Ele perdeu completamente a noção! O que ele achou, que eu iria cair na dele e simplesmente beijá-lo? Qual é, cai na real! Quem, em sã consciência, faria isso? É mais que óbvio que eu iria joga-lo na areia e sair.
Encontrei com os meus pais depois disso, na areia, percebi também que eu havia-me afastado bastante deles. Nós fomos para outro restaurante, eu disse a minha mãe que encontrei um, a beira da praia, mais ela já havia pesquisado um, na ‘internet’, e estava louca para experimentar de tudo!
Fiquei até aliviada, vai que aquele louco tenta-me atacar lá no restaurante da praia como fez na areia? Se bem que... está bem, eu admito, eu curti ficar próxima de um homem lindo como ele e sentir os seus músculos também, mais algo dentro de mim, fez-me correr dele... acho que o deixei intrigado, senti ele vir atrás de mim mais tudo que eu vi, quando finalmente olhei para trás, foi seu corpo pulando na água.
Deve ser salva-vidas, eu notei um corpo deles não muito longe de onde eu fui 'atacada'. O restaurante que, aliás, a minha mãe escolheu antes mesmo nos mudarmos, fica no centro da cidade de MoonWolf e como ela é bastante extensa, nós demoramos quase uma hora para chegar lá. Pedimos uma mesa, comida típica desta região e eu posso dizer que fiquei super feliz ao ver que é bem parecida com a que fazemos no Brasil.
O fato interessante de tudo isso, é que desde que passamos pela fronteira e chegamos na cidade, eu não sinto mais dor. O meu coração está com uma palpitação acelerada, que aumentou de densidade quando "conheci" Bryan e isso, a certo modo, assusta-me bastante.
Tenho medo e receio de entregar-me inteiramente para este sentimento, porque mais tarde ele próprio pode trair-me. Enquanto eu comia, os meus pais conversavam o tempo todo comigo:
Mãe:
— Filha, lembrou de deixar separado na sua bolsa de mão.....
Dizia a minha mãe ao longe, parecia que ela estava falando baixo apenas para ela mesma escutar, mais os olhos do Bryan não saiam da minha mente...
Pai:
-..Filha?... Mel?
Chamou o meu pai, falando o meu nome mais auto e isso me trouxe de volta para a realidade:
- Sim! Desculpa... o que foi que disse?
Pai:
- A sua mãe perguntou, se você lembrou de separar os documentos para a nova escola em que vai trabalhar amanhã.
Ele estava ranzinza, não gosta quando não escuto eles:
— Há sim! É... lembrei-me pai, estão na minha bolsa lá no carro
Eu disse a tentar disfarça o rubor que, provavelmente, se encontrava na minha bochecha. Mas a minha mãe é sempre muito atenta a tudo que acontece comigo:
Mãe:
— Você está distraída desde que voltamos da praia, quer me contar o que houve?
Disse ela levantando-me a sobrancelha, olhei para o meu pai e ele já estava pagando a conta, também atento ao que mamãe havia-me perguntado:
— Nada demais mãe, só estou... distraída, vocês escolheram um lugar bom para vivermos, era o que eu queria, só tenho a agradecer e-
Pai:
— Corta essa Mel, quem é o cara da vez?
Eu engasguei com o ultimo gole do meu refri, tossi e olhei para eles, que me pareciam aflitos e preocupados:
— Pai, não tem ninguém.
Fiquei um pouco estressada, não gosto quando sinto que eles estão me pressionando:
Mãe:
- Você pareceu melhorar... repentinamente eu admito, quando chegamos na cidade
-Não é isso mãe, eu-
Tentei responder, mas meu pai me cortou outra vez:
Pai:
— Só estamos preocupados, filha. Parecia leve e feliz caminhando na areia, mas quando voltou, estava brava e agora...
— Eu tenho uma-
E outra vez:
Mãe:
— Agora está distante, distraída. Te perguntei que cor quer a cortina do seu quarto e você nem me ouviu!...
Preciso inventar algo, e rápido:
— Eu só fiquei assim por causa do salva-vidas!
Eu disse alto demais, acabei levantando e batendo as mãos na mesa. Meus pais se espantaram um pouco, nunca tive esta reação com eles:
- Desculpem, podemos ir para casa? Estou cansada...
Mais eles obviamente não gostaram da minha reação, então o garçon limpou a nossa mesa e trouxe café para eles em poucos minutos. O mais comum seria eu sentar-me e explicar, seja lá o que vir a minha mente, para eles. Mas cruzei os meus braços, tentei ao máximo abaixar o tom de voz para controlar a minha respiração, estranhamente, acelerada:
Mãe:
— Não vai se sentar?
Ela estava séria, eu recusei e papai disse:
Pai:
— Ótimo, não vamos sair daqui a nos contar o que aconteceu com você na praia.
Senti o meu corpo suar, tenho certeza que devo estar vermelha... olhei para os meus pais sentido os meus olhos queimarem de tanto calor e raiva que me subia, eu nunca senti essas coisas antes... o que esta cidade está fazendo comigo? Tomei água, que o garçon trouxe a pedido meu e tentei:
- Eu fui abordada na praia, por-
Pai:
— O que, um homem, mulher?
Mãe:
— Você não acha que é cedo demais para se apaixonar e ficar com a cabeça na lua outra vez?
Pai:
- Até quando vai ficar pensando em casamento? Precisa de concentrar, o seu emprego como professora começa amanhã!
Quando fui responder, ele apareceu. Sim, Bryan estava na porta do restaurante e ele... estava... cheirando o ar?! Cara estranho...
Isso deixou-me ainda mais desesperada, principalmente quando ele me viu e começou a caminhar na minha direção. Então eu disse a primeira coisa que me veio na cabeça:
Mãe:
— E então? A resposta não está nas outras mesas.
Pai:
— Estamos esperando, Mel.
Olhei novamente para os meus pais e disse uma daquelas frases, corridas, que vemos nos filmes e seriados:
- Vou ser salva-vidas nos finais de semana, agora podemos ir? Ótimo, me desculpem pelo meu comportamento a conta do café fica por mim mesma então-
Eu disse tudo isso o mais rápido possível, mais infelizmente ele nos alcançou antes de mesmo de nos levantarmos:
Bryan:
— Porque você correu daquela forma? Pensei que estavamos-
Mãe:
— Esse o tal Salva-vidas filha?
Ele se apresentou e o papai disse, quebrando o gelo momentâneo:
Pai:
— Bom, você sempre pensou nisso então, não vejo problema.
Eles estavam relaxados, pena que eu não. Fiz cara de boba com um sorriso besta e disse:
— Não é, pai?! É ele mesmo mãe! Não é legal?! É uma experiência ótima!
Palavra, eu também estava com a voz idiota. Fico assim toda a vez que tento mentir. Bryan olhou-me e disse:
Bryan:
— ah! Já contou para eles? Isso é maravilhoso minha-
Minha?! O que este cara está pensando que somos? Então ele ameaçou colocar as mãos no meu rosto, eu abracei-o pelo pescoço rapidamente, disfarçando, enquanto o meu pai disse:
Pai:
— Minha?
Afastei-me do Bryan com dois passos e disse, ainda sorrindo até as orelhas de forma bem falsa:
- Minha Ajudante pai, o Bryan vai me ensinar a como ser Salva-Vidas!
Bryan:
— Salva-vidas? Mas você é a minha-
— Ajudante, eu já entendi. Nada de iniciantes entrando na água! É uma pena sabe? Tenho três medalhas de ouro de natação.
Ele sorriu maroto e então, quando senti que ele entendeu, isso por algum motivo deu-me calafrios:
Bryan:
— Isso mesmo, senhor e senhora Safena! Eu mesmo vou dar aulas para a Mia. Ah! Pode vir comigo um momento ali fora? Eu vim-lhe trazer o seu equipamento. Senhor. Senhora.
Ele curvou-se, educadamente e simplesmente saiu. Eu fiquei ali parada, olhando ele indo com cara de tonta:
Mãe:
— Rapaz educado, não achou querido?
Pai:
— Normal. Não viu que ele estava sem camisa? E aquelas tatuagens todas?!
"E que tatuagens"... pensei:
— Encontro vocês no carro, está bem?
Sorri timidamente, deixando o meu cartão com eles e saí. Logo quando cheguei no estacionamento da frente do restaurante, avistei o Bryan num jipe preto, mais distante dos outros. Quando me viu, ele foi para a parte de trás sem tirar os olhos de mim e enquanto eu caminhava, pensei:
"— Que mrda... porquê ele tem que ser tão gostoso hein?!"
✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨
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Atualizado até capítulo 43
Comments
Mariana Velino
sofrido a vida da Mia
2024-09-17
1
Maria Nice Grudgen
😂😂😍😍😍
2023-10-07
1
Dalva Ferreira Rocha
tô começando gostar da história 😁😁😁😁
2023-02-18
0