Dentro da mansão Dallas, imensa e qualquer um que visse diria que eram a família que era conhecida como o império, mas em um certo quarto de muitos com a janela aberta, uma garota está escrevendo no seu Notebook, o barulho das teclas soavam pelo quarto todo mas a voz da garota também podia ser escutada, lendo alto o que escrevia.
Seu quarto estava bagunçado para ser de uma garota de tal família, roupas jogadas pelo chão juntos de alguns papéis de rascunhos de desenhos sobre a cama desarrumada, a única coisa que estava intacta era uma prateleira de livros que ficava no lugar do grande guarda roupa que todas as garotas como ela tinha cheias de roupas finas e caras mas no caso dela era livros caros e edições perfeitas e raras com capa duras, o que mais tinha de gênero naqueles livros era romance e alguns variados, ela continuava teclando e falando enquanto escrevia, parecia ser bem cedo nem parecia que ela tinha dormido, o preto debaixo de seus olhos era bem visível, mas ela não parecia estar com sono e sim focada escrevendo.
—Ele andava alguns passos atrás dela seguindo todos os seus, quando a mesma percebe e se vira para ele perguntando, “Está me seguindo?”—Seus olhos sérios olhando para a tela é interrompido com o som de um alarme elétrico em cima da escrivaninha marcando exatamente às 6h.
A mesma começou a teclar mais rápido da forma que ia olhando para o despertador e para a porta como se alguém fosse aparecer a qualquer momento, e ela estava certa todo dia a governanta da casa vai ao seu quarto e lhe acordava, Não era esse o trabalho dela mas por ter literalmente criado ela por causa da ausência dos pais a mesma fez isso a vida toda e já havia virado uma rotina.
Subindo as escadas o barulho de seus sapatos ecoava pela casa toda e escutando do quarto ela teclava mais rápido como se sua vida dependesse disso e quando a outra estava abrindo a porta, a mesma apertou em enviar algo e fechando seu Notebook se jogou na cama fingindo que estava dormindo. A governanta abre a porta e olha em volta e vendo a janela aberta olhou para a outra que olhou com um olho aberto disfarçadamente e sabia que tinha se esquecido de algo e xingou mentalmente. A governanta desliga o despertador.
—Esqueceu de fechar a janela novamente antes de dormir? Você não tem jeito— balança a cabeça sorrindo—Anda Bia levante-se, seu café está na mesa, os meus senhores já devem está descendo ou já devem estar na mesa—dizendo começa a pegar as roupas do chão e alguns papéis que estão em seu alcance e a outra fingi que se levanta agora esfregando os olhos.
—Bom dia Ana…—Se levanta pegando algumas roupas e indo para o banheiro no próprio quarto, e a governanta continua a pegar as roupas do chão e logo pega os papéis de desenhos e um deles chama sua atenção e a mesma solta um sorriso emocionada e guarda colocando em cima da mesa.
No papel havia uma governanta ainda em esboço, Ana sabia que era inspirado nela e isso a deixava muito feliz que se não fosse um pouco fria já teria caído várias lágrimas dramáticas de emoção, Depois de arrumar o quarto Bia sai do banheiro vestida com uma calça preta um pouco larga e All Star de cano alto vermelho o cabelo curto que dava nos ombros estavam molhados que pingavam, as mechas vermelhas que ficavam nas pontas até a metade do cabelo estavam bem escuras, balançando o cabelo pegou uma toalha e começou a enxuga-lo enquanto pegava livros e cadernos colocando dentro de uma mochila preta de couro, olhando para os lados procurando algo, sua governanta já sabendo o que ela estava procurando entrega seu celular e a outra lhe dá um sorriso abrindo a porta.
—Obrigado Ana, Até mais tarde—Batendo a porta desce as escadas e entra no salão de jantar e vê sua mãe no celular comendo na mesa e seu pai no Notebook teclando sério e coloca a mão em seus óculos de grau ajeitando-os no rosto.
Uma mulher de olhar frio sendo seus olhos claros como um céu azul, com os cabelos lisos ,loiros e longos, pele branca quase pálida usando um terno branco com algumas partes pretas, estava bem séria falando com alguém no outro lado da linha, o homem no outro lado que estava teclando em seu computador, tinha cabelos pretos como os de sua filha, os seus olhos era um pouco escuros mas ao mesmo tempo eram um pouco claros quase como se fossem um ouro derretido, e sobre esse olhos tinha um par de óculos que continham grau que o deixavam elegante assim como seu cavanhaque, sua pele um pouco bronzeada usando um terno preto com a gravata azul marinho, o ar era pesado com aquelas duas pessoas no mesmo comodo da casa que os empregados olhavam sufocados e não se atreviam a dizer nada.
Olhando em volta me sentei no meio deles daquela mesa imensa, cada um dos dois estão na ponta da mesa ,cada um de um lado e ignorei a existência deles e comecei a preparar um sanduíche simples e minha mãe nota minha presença e para de mexer no celular desligando a chamada e me olha coçando a garganta e sua voz sai fria como sempre o que não estranhei.
—Bom dia querida, Dormiu bem?—Disse me olhando enquanto corta um pedaço de bolo com um garfo e a olhei mexendo os olhos de um lado para o outro que senti minha boca amargar. Isso é sério?
—Sim eu tive uma boa noite de sono e acho que a senhora tem trabalho como sempre e eu a escola então já estou me retirando—Pegando meu sanduíche me levantei saindo rolando os olhos.
O homem que estava teclando, alevanta o olhar para a sua mulher e a mesma o olha por um segundo e ele balança a cabeça de um lado para o outro de leve com um olhar frio e vago e sussurrou.
—Por que ainda tenta?, Não vê que não temos mais como conseguir o que nos tiramos e perdermos a muito tempo—Ele deu de ombros de uma forma indiferente e ela o olhou de uma forma miserável e continuou a comer como se não importasse com as palavras que ele tinha dito e retrucou.
—Perguntar por educação não significa nada—O ignora.
Indo para a fora da mansão entrando num imenso jardim eu dava algumas mordidas em meu sanduíche e em minha volta estava alguns empregados passando, alguns regando o jardim como todos os dias não tinha nada diferente era como se eles fossem robôs. Peguei meu celular de dentro da mochila e vi uma notificação de mensagem e já sabia de quem era e só dei um sorriso vendo e abri a mensagem para responder.
( Tô aqui na frente!) 6:20.
6:21. ( Tô Saindo!)
Sorrindo fui até a grande porta daquela mansão cercada por uma alta segurança e dei o sinal para os seguranças fazendo careta na câmera que ficava na parede ao lado do portão e eles abriram a porta e quando fiquei do lado de fora olhei para os lados e o vi na frente da casa do vizinho que ficava no outro lado da rua.
Marshall estava sentado na calçada ao lado de uma moto e quando me viu se levantou ajeitando a calça e os seus cabelos ruivos um pouco encaracolados que quase cobriam seus olhos claros esverdeados, sua pele era um pouco pálida, usava um chapéu que tinha um formato de balde na cabeça, calças pretas largas com uma bota e um casaco com um moletom vermelho. Indo até ele meus olhos começaram a procurar algo e ele já sabendo o que eu estava procurando soltou um sorriso com os seus lábios um pouco rosados me respondendo mesmo sem eu fazer a pergunta.
— Está procurando a minha bicicleta, estou certo?—Disse com um sorriso e acenei concordando olhando mais uma vez ,dei conta da situação.
—Nos vamos de pé hoje? Devia ter me avisado, desse jeito vamos chegar atrasados—Digo e ele cai na gargalhada dando uma risada mostrando os seu dentes perfeitos tirando do bolso uma chave de moto e liga a que estava no seu lado.
—Eu resolvi comprar uma moto, Vai subir ou não?—Diz com um sorriso mostrando os dentes.
O olhei supressa e reparei na moto preta que era uma BWM S1000RR, (Uma das motos que eu era obcecada.) e sorri depois subindo na garupa e ele entrega um capacete e seu chapéu que guardo na minha mochila e coloco o capacete e o outro conferi pelo o espelho e começa a pilotar a moto numa alta velocidade andando pelas ruas passando pelos carros facilmente e segurei em sua cintura por segurança ou eu poderia sair voando.
Olhando para os lados, prédios, carros olhei e vi uma grande empresa e já a olhando sabia a quem pertencia, era de minha família e olhei para o lado evitando olha-la.
Marshall era um ano mais velho do que eu e por ter reprovado, estava na mesma sala e no mesmo ano que eu. Somos amigos desde os meus dez anos, Ele é o único amigo que eu tenho, nos dois não ligamos sobre o que os outros falavam que o fato que ele estava ao meu lado era por interesse por causa do nome da minha família, isso não era verdade, Nos dois somos melhores amigos e estamos sempre juntos e ele também era de uma família poderosa.
Chegando na escola, era o meu último ano estudando já estava entrando no meio do terceiro ano do ensino médio e mesmo assim eu não conseguia olhar para aquela escola com bons olhos eu realmente não gostava dela, se pudesse já tinha colocado fogo. Só tinha ricos mimados que gostavam de aparecer com o nome que tinham e isso me deixa irritada só de olhar para a cara de um deles.
Marshall deu um sinal depois que eu desci da moto, Ele ia estacionar e eu esperei encostada na porta da entrada ignorando os que entrava e me olhavam com aqueles malditos olhares que eu odiava com todas as minhas forças e tirando minha atenção disso eu recebi uma mensagem, era de um aplicativo, alguém havia comentado no novo capítulo que eu tinha escrito hoje de manhã.
Anónimo
( Mas um capítulo incrível estou curioso para o próximo!) 6:57.
( As vezes fico me perguntando como o Daniel consegue! ) 6:57.
7:00 ( Fico feliz que gostou, respondendo a você sobre Daniel, Ele a ama e gosta dela do jeito que ela é, mesmo com a personalidade que ela tem!)
Eu olhava todas as mensagens de meus supostos fãs, mas tinha um que era diferente ele sabia exatamente o que cada capítulo queira trazer e dizer, eu tinha várias histórias nesse aplicativo e sou bastante conhecida por lá por outro nome e gosto mesmo de escrever usando um pseudônimo assim ninguém saberia que sou eu.
O outro vendo ela perdida entre as mensagens no seu celular fica ao lado dela pegando seu celular e começa a digitar e depois a olha esperando sua mensagem chegar para ela e a mesma vê.
7:02( Olha para o lado)
Eu estranhei a mensagem que ele me mandou e quando eu olhei para o lado ele me deu um sorriso inclinando a cabeça e revirei os olhos e dei o seu chapéu na sua mão e sai andando para dentro da escola e o outro vai atrás de mim colocando o chapéu como se fosse um filhote de cachorro atrás de sua adorável dona, entrando nos corredores ficamos na frente de nossos armários que ficam um do lado do outro, ele abre o seu colocando suas coisas e pega seu celular e dirigi a palavra a mim.
—Tenho aula de natação agora então te vejo no intervalo ou na biblioteca?—Ele me olhou esperando minha resposta animado com os olhos brilhando e respondi digitando no celular depois colocando-o no bolso indo abrir o meu armário.
—Sô não vai se afogar!— Comecei a rir da minha própria piada e ele dá um sorriso fechando o seu armário rolando os olhos ,mas quando eu abri totalmente o meu armário, livros ensopados caíram de dentro do armário em cima de meu tênis, ele olhou para aquilo e para o meu rosto ficando pálido.
O mesmo começa a se irritar olhando para mim vendo aquela situação e olhando aquilo fechei os olhos por um momento mantendo a calma e comecei a escutar os cochichos dos outros ao redor me olhando com aqueles malditos olhares e eu estava tentando manter calma e Marshall encostou sua mão em meu ombro como uma forma de apoio, mas me abaixei para pegar os livros e meus olhos passaram por cada capa e o nome.
O meu rosto começou a ficar sério e sombrio que minhas mãos tremeram, Ele se abaixou para me ajudar, Quando duas garotas encostaram-se no armário do lado onde ficavam os nossos e alevantei o olhar e estavam rindo da nossa cara.
—Eu acho que foram os seus livros que se afogaram—As duas garotas se acabavam de rir da sua própria piada e me levantei ficando de frente a eles e Marshall me olhou e se levantou segurando minha mão tentando me impedir.
—Bia não faça nada, Se acalme por favor deixa que eu resolvo isso!—Me soltei de sua mão e peguei um caderno de capa dura que estava no chão e olhei nos olhos da garota que estava na minha frente.
—Foi você que fez isso?—Digo com um sorriso no rosto e a garota olhou para a outra e deu seu olhar zombeteiro para mim ficando de frente com a mão na cintura zombando de mim com uma cara de deboche e o outro olha para mim vendo minha mão tremer e engoliu em seco.
—E se tiver sido eu?— Diz e ela nem vê quando eu taco o caderno com força na cabeça dela que se taca no armário caindo no chão com a mão na cabeça e a outra se abaixa tentando ajudá-la.
Todos olham supressos e Marshall trisca no meu ombro tentando me acalmar e um grupo de garotos se aproxima vendo o que tinha acontecido e um se abaixa falando com a outra que supostamente era sua namorada e fica de frente para mim e me olhava tentando me intimidar com seu tamanho, encarando que não demonstrava nenhum medo de mim, Meu companheiro ao meu lado vendo isso se irritou mais ainda e ficou entre nos dois e encarou o outro.
—Não se mete nisso cara, São brigas de mulheres—O outro deu de ombros o empurrando e quando meu companheiro vai soca-lo entro na frente dele o impedindo e o mesmo só olhou Irritado para o outro e o mesmo riu de mim me provocando em vez de agradecer por não ter levado um soco de Marshall.
—Fui eu que molhei seus livrinhos, por que não se mete comigo?—Cai na gargalhada e todos me olharam um pouco tensos e o outro atrás de mim viu a minha mão se mexer e quando viu melhor eu taquei o caderno na cabeça do outro também com bastante força.
Marshall já sabia o que iria acontecer mas não conseguiu evitar e quando tudo acabou havia várias pessoas ao redor daquilo a diretora vendo aquela multidão em comum foi na direção e quando entrou dentro viu que eu estava sendo segurada por ele e o ao redor no chão o grupo de garotos estavam todos arrebentados e um gritava de dor, os outros ao redor olhavam pasmos com aquela situação só eles haviam visto o que eu tinha feito sozinha,(Não era como se isso não acontecesse sempre.)
A Diretora me levou para sua sala, e me sentei de frente a mulher de pele morena com cabelos cacheados que me dava sermão. Escutava aquilo irritada por que ela só via a parte errada que eu fazia, Nunca via o que eles faziam e que era o começo de tudo, Só via a parte da agressão e não o motivo daquilo, Isso me aborrecia pois eu sempre saia como a errada e eles os inocentes.
—Beatriz você acabou de quebrar o braço de um garoto e espancou gravemente outros usando seus estilos de luta que não devia usar, já é a segunda vez essa semana e as outras nos outros meses, não estamos conseguindo lidar com você assim! Vou ligar para os senhores Dallas e vamos resolver sua transferência, espere lá fora!—Disse indiferente com a situação sem olhar nos meus olhos e sim para a tela de seu celular. Talvez verificando a conta depois de me transferir, deve estar chovendo de dinheiro.
Me levantando sentei lá fora furiosa, Ela se quer parou para ouvir a minha versão, se não fosse pelo o que eles pagam para ela….Diretora corrupta, olhei para o meu celular e tinha uma mensagem que já esperava de Marshall.
(Não pude ficar com você, a senhora Macnald não deixou, liga para mim quando sair!). 9:37
Só visualizei mas não respondi e me encostei na parede, estava esperando as reações de meus pais e o que eles iam fazer comigo, sendo chamados no horário de trabalho não iriam vir com um bom humor e eu já estava um pouco indiferente com isso, se eles mandasse sua secretária como algumas vezes era bem melhor. Mas não demorou muito e os meus pais entraram pela porta com uma cara de decepcionados e passaram por mim indiferentes e os olhei demostrando que não estava errada sobre o que eu tinha feito e eles entraram na diretoria e depois de um tempo saíram e me levantei já preparada para o que ia escutar e minha mãe só me olhou friamente de cima a baixo.
—Vamos embora, pegue suas coisas—Disse secamente.
Peguei minha mochila e fui até ao meu armário e fiz uma limpa das coisas que ainda estavam intactas, quando sai para fora vi o carro de meus pais esperando-me e entrei e ninguém falava nada, de repente a mãe fez uma ligação e coloquei os fones de ouvido num rock bem alto do meu astro favorito, Slam Wocky e esperei chegar em casa.
É mesmo ninguém falaria nada como uma família normal dentro de um carro, eles nem falavam muito, Quando chegamos eu sai do carro e segui meus pais e a governanta logo nos recebeu e estranhando a situação me olhou preocupada, tenho certeza que ela se perguntou o que eu tinha feito agora, e logo eles ficaram de frente a mim sérios mas nem uma vez abaixei a cabeça para eles e meu pai tomou a palavra.
—Eu e a sua mãe viemos pensando a um tempo sobre isso e já nos decidimos vamos a mandar para morar com sua tia a irmã de sua mãe, Clara!—Eu fiquei supressa com o que ele disse, o meu pai não falava muito e vindo dele foi diferente, Se eles querem se livrar tanto assim de mim agora, então por que não fizeram isso antes?
—Filha não aguentamos mas isso, não conseguimos cuidar de você, estamos cheios de trabalhos e isso é importante—Eu fui na direção das escadas e subi na direção para o meu quarto e a governanta veio atrás de mim.
Enquanto eu subia as escadas eu só pensava nas palavras de minha mãe, “ Não conseguimos cuidar de você, estamos cheios de trabalhos e isso é importante”, Vocês nunca cuidaram de mim e agora perceberam? O seu trabalho é mas importante que a sua filha? Já era de se esperar isso deles.
Entrei no quarto e comecei a abrir minhas malas e Ana começa a me ajudar pegando as roupas e as dobrando colocando dentro, mas estava insatisfeita com a decisão de seus patrões, agora eu não estaria mas sob seus cuidados e sentiria falta do que recebia cuidando de mim, é isso o que acho, Ana só cuida de mim pelo salário que recebe a mais.
—Vou sentir sua falta Bia— Ela sorri gentilmente de uma forma acolhedora e me deu um abraço e depois soltou-me e continuou pegando minhas coisas e colocando dentro da mala quando a mulher de olhar frio para na porta de meu quarto.
—Ela vem lhe pegar as 11h— Continuei a arrumar minhas coisas e não respondi nada e a governanta se retirou vendo a tensão naquele quarto e o olhar frio que estava sobre mim, a mulher quebra o silêncio olhando friamente—É para seu bem minha filha, nós não conseguimos cuidar de você—Continuei a arrumar minhas coisas e sentei mandando mensagens para alguém e olhei para a minha mãe.
—E quando cuidaram? Não me lembro, mas não se culpe, eu nunca senti falta do que eu nunca tive—Digo de uma forma fria e indiferente e vi o olhar da minha mãe congelar um pouco e ficou em silêncio e se retirou friamente e olhei para o celular vendo que me responderam.
10:12(Marshall vem para cá!).
( Já chego aí!)10:15.
Me jogando na cama olhei para o teto e vendo minhas malas terminadas coloquei tudo para fora do quarto e dei as ordens para os empregados as colocarem no carro de tia Clara quando ela chegasse ,e recebi uma mensagem e desci as escadas saindo da mansão e dessa vez não precisei pedir permissão para os seguranças e quando olhei para os lados vi Marshall esperando em cima de sua moto em frente ao muro da mansão, dei lhe um sorriso e ele me devolveu com um e fui até ele ficando ao seu lado e lhe contei tudo, depois de falar, ele bagunça o cabelo ruivo me olhando com seus olhos claros desanimado.
—Você vai mesmo?—Diz num tom apático e acenei concordando estando encostada no muro da mansão com um dos pés triscando no muro olhando para baixo e disse num tom baixo.
—Vou, não é como se eu tivesse escolha, mas você pode me visitar—Digo e chuto uma pedrinha e ele fica minha frente saindo de sua moto me olhando sorrindo e pegou em minha mão e o olhei.
—Como seu melhor amigo eu exijo saber a próxima escola que vai estudar e onde vai morar—soltei um sorriso e peguei na sua mão de volta.
Quando um carro vermelho estaciona bem na frente da mansão e nos olhamos e saiu uma mulher loira de cabelos curtos ondulados de dentro do carro com um grande sorriso no rosto animada, sua aparência lembrava um pouco a senhora fria dos Dallas minha mãe, mas a forma que as duas olhavam era totalmente diferente podia houver uma certa semelhança mas as roupas eram bem chamativas com cores vivas diferentes da outra que estava vestida para luto sempre e a mesma olha para os lados e me vê de mãos dadas com Marshall e seu sorriso cresce mais quando ela me reconhece que seus olhos brilham e a mesma bota uma mão na cintura e acena com a outra muito animada.
—Oi minha querida! Não se preocupe eu espero você se despedir de seu namorado!—Grita um pouco e nos olhamos e começamos a sorrir e o abracei me despedindo sem dizer nada e ele entendeu e deu um beijo na minha testa sorrindo e nos olhamos por uma última vez, subindo na sua moto ele saiu pilotando em alta velocidade.
Fui até a minha tia e a mulher pulou em cima de mim, me dando um abraço não querendo soltar e a olhei supressa com isso, bem fazia anos que ela não me via era explicável e os empregados trazem as malas e colocam no porta malas com um pouco de dificuldade pois tinham bastante malas e algumas tiveram que ir em cima do capô do carro mas conseguiram colocar todas no carro. A mulher olhou para mim sorrindo.
—Não vai se despedir dos seus pais querida?—Olhei para a mansão e vi os dois numa janela olhando e no outro lado Ana acenando e acenei de volta e entrei no carro e a tia entrou logo depois de falar com os empregados que estavam ainda lá fora e ligando o carro começou a dirigir.
Enquanto estávamos nas avenidas movimentadas de carros e motos eu olhava para os lados e tia ligou a música que logo começa a tocar pelo carro todo e conhecia algumas e não me incomodou e ela olhou pelo espelho retrovisor e continuou a olhar para frente logo em seguida.
—Não se preocupe você vai gostar de viver com a Mãe aqui, vamos viver muito bem juntas—Comecei a rir da expressão “A Mãe aqui” que quer dizer a mesma coisa de “O Pai aqui!” pois eu costumava usar bastante isso anos atrás e vê que tia fala assim parecia que nos duas vamos nos dar muito bem e olhei para o celular e tem uma mensagem.
(Você já chegou? Só para dizer tá, Eu te amo viu? )11:23
11:24(Quando eu chegar aviso, Eu também me amo!).
Desliguei o celular pensativa e continuei a olhar os carros que passavam pela a Janela, eu realmente estava irritada por ser chutada de casa daquela forma mas finalmente senti um sentimento de paz surgir dentro de mim como nunca, finalmente tinha saído daquela mansão talvez as coisas seriam diferentes com minha tia, eu não era tão pessimista comigo mesmo e com os outros, então estou bem calma com isso que só podia olhar os carros e motos passarem por nós e vendo os edifícios nas ruas desaparecem de pouco em pouco.
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Atualizado até capítulo 38
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