Theodore Matheson (Theo)
Agora não tem mais volta assinamos o contrato de venda, e a escritura séria transferida para o nome do Sr. Reger Fidel assim que o pagamento for confirmado.
Sinto como se um peso tivesse sido tirado das minhas costas, como se pudesse respirar novamente, nunca imaginei o quão estava preso nessa cidade, na minha loja e na fazenda.
Agora será um novo começo, onde poderei curar todas as feridas, que a tempo estou lambendo.
Não que essa mudança vai tudo, mas eu decidi, que preciso viver, estou vivo, mesmo, me sentindo morto e enterrado, Deus tem um motivo, agora depois de 5 anos, eu consigo aceitar a morte deles, e decido seguir.
Me concentro na minha tarefa de esvaziar o escritório, e pegar toda a documentação e deixar separada, para entregar para o novo dono, quando assinamos o contrato eu acrescentei uma única cláusula, que mantivesse a caderneta de fiado, aberta, todos que compravam na caderneta eram pontuais com os pagamentos.
O Reger Fidel disse-me que no final de um ano, o negócio tivesse dando o lucro esperado ele continuaria com a loja de ferragens, na verdade, vendia de tudo, de um parafuso, a ração de animais, tudo que era necessário para viver naquela cidade, e os lucros eram altos.
E quando ele os analisou gostou do que viu, e assim ficou combinado de passar o número de todos os fornecedores, eu liguei para todos, dizendo que ele seria o novo responsável pelas compras e era o novo dono, muitos dos fornecedores, ficaram tristes, com a venda, mas com os anos, criamos laço de amizade.
Disse que a nossa amizade continua a que poderíamos nos falar sempre que quisessem.
Está sendo mais difícil que eu imaginava, eu realmente amo essa cidade, e a odeio também, mas não tenho tempo para lamentar.
Separo caixas de documentos, passei dois dias nessa tarefa, não queria ver um papel por bom tempo, como poderia ter tanto documentos assim.
O pagamento cai na minha conta, transfiro a escritura para o nome do
Sr. Reger Fidel, e entrego as chaves, e número do alarme, e me despeço.
Vou para a fazenda, coloco tudo que havia separado da casa na minha camionete, e essa tarefa, demora, até a hora do almoço, coloco a lona, entrego a chave da casa e da porteira, para nova família que vai morar ali e vão ser muito felizes como eu fui um dia.
Vou ao bar da (Van), peço o especial do dia, era filé de peixe com fritas, e um refrigerante, como devagar, sentiria falta da comida, o Sr. Henrique chega.
Henrique: Então é oficial né Garoto, você está indo embora, observei a sua camionete, já está carregada.
Theo: E oficial sim, estou só almoçando e vou embora, e vou sentir a sua falta o meu amigo.
Henrique: Eu também Garoto, eu também, mas seja feliz onde você for.
Theo: Vou tentar.
Henrique: Não tente, consiga, deixe o seu passado aqui, como deve ser, morto e enterrado, siga para a felicidade.
Theo: Eu vou fazer isso sim, assim que passar pelos limites da cidade.
Henrique: E não olhe para trás, só para frente.
Nos nus abraçamos e eu vou embora, sem olhar para trás.
Encerro esse capítulo da minha vida.
Chego no limite da cidade, e respiro profundamente, fecho os olhos e peço em silêncio, ME GUIE MEU DEUS!
E vou para a estrada da direita, e começo a minha viagem, com o tanque cheio de gasolina, e mais dois galões, e o coração cheio de esperanças, de começar uma nova vida, num novo lugar, tudo novo, para um novo homem.
Eu sei que consigo.
Adeus Sedona.
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Atualizado até capítulo 71
Comments
Iara Drimel
Espero que Théo encontre felicidade para onde for. Estou curiosa com o que aconteceu.
2023-12-11
6
Aline Priscila 🦋🌻
imagino! Deixar o passado pra trás, tantas lembranças, uma vida toda e partir pra começar tudo do 0 outra vez!
2023-10-25
1
Nadja Borges
que gato 🐈
2023-10-10
1