Capítulo 4

Arthur subia as escadas correndo! Abriu a porta do quarto bruscamente fazendo que Isis saltasse assustada.

— O que houve? algum problema?

Ela perguntou preocupada.

— Tenho que ir a cidade, se precisar de alguma coisa você pode me ligar.

O tom brincalhão havia sumido dando lugar a um olhar preocupado.

— Não posso ir com você ? não quero ficar sozinha aqui.

Isis praticamente implorou.

— Sinto muito, não é seguro, não depois do que aconteceu na casa do Drago.

Arthur disse sem se dar conta das palavras.

— O que houve na casa dele? Aconteceu alguma coisa com a minha irmã?

Estava apavorada.

— Não vou mentir ok! entraram no apartamento e levaram Agatha e Veridiana, O Drago está no hospital.

— Não pode ser! não brinque com isso Arthur, não tem graça.

Disse tentando passar pela porta.

— Jamais brincaria com algo assim, estou vindo de lá, não disse nada por que as informações eram desencontradas, quando eu e jhon chegamos eles já tinham levado sua irmã, eu sinto muito Isis, sinto mesmo.

A menina chorava em descontrole enquanto Arthur tentava consola-la.

— Estou avisando porque ficarei um tempo fora, provavelmente vai demorar, a casa é segura, um amigo vira trazer um celular e poderá te ajudar se precisar de algo, o nome dele é Vitório.

— Acha mesmo que vou ficar aqui parada enquanto minha irmã está desaparecida? não mesmo Arthur, não pode me impedir.

Arthur olhou sério para Isis que encarava emburrada.

— A não? então olha.

Correu para porta trancando do lado de fora enquanto a menina gritava.

— Foi mal Isis, não é seguro.

Desceu pelas escadas chamando pela governanta que prontamente atendeu.

— Maria! Não permita que ela fuja do quarto, aquela criatura é teimosa como uma mula, se precisar amarre ela mais não a deixe sair daqui.

Maria assentiu enquanto Arthur correu para a caminhonete, Os dias se passaram e Isis inconformada tentava a todo custo convencer Maria que a deixasse ir para Veneza, a mulher que fiel a seu patrão obedecia suas ordens fazia com que Isis fosse vigiada todo tempo.

Risos eram ouvidos da cozinha enquanto Isis descia as escadas, acreditava que era Arthur que havia voltado mais se surpreendeu ao ver o homem trajado de chapéu e botina que tomava café sentado a mesa. Assim que Vitório avistou a menina seus olhos brilharam, para ele aquela era a visão do paraíso, nem mesmo em seus sonhos havia visto tal beleza.

—Dia!

Ele disse, o sotaque era carregado, nascido e criado na fazenda o rapaz trazia a roça em seu sangue.

— Bom dia.

Isis Respondeu com gentileza.

— Sou vitório, vim trazer esse aparelho que o Arthur pediu.

Estendeu a caixa a Isis que pegou rápido.

— Precisa de mais alguma coisa?

__ Não, de nada, obrigada!

Saiu dando as costas ao rapaz que a olhava encantado, Os dias se tornaram semanas Arthur não voltava e sem notícias de Veridiana, Isis se desesperou, Vitório a visitava todos os dias e a aproximação se tornou amizade muito rápido, era um rapaz gentil e a tratava com respeito o que lhe passava confiança. Não foi difícil para Isis convencê-lo a levá-la a Veneza, Nem a Vitório convencer Maria que tinha o consentimento de Arthur para isso, assim que chegou a cidade Isis correu para o Apartamento da irmã, vitório a esperaria quanto tempo fosse necessário, ela tinha o número do rapaz que agora seu amigo fazia todos os seus caprichos. Quando viu Veridiana passar pela porta Isis não acreditou, mais desacreditado olhava Arthur para a moleca parada a sua frente.

— Como chegou aqui? não pedi que ficasse em segurança onde a deixei?

Perguntou bravo.

— Não manda em mim! minha irmã estava desaparecida acha mesmo que eu ficaria onde quer que fosse sem notícias dela?

Cruzou os braços fazendo birra depois correu para Veridiana. Os olhos de Isis se encheram de lágrimas ao olhar para irmã que estava muito machucada, Veridiana abriu um sorriso triste quando a viu.

— Veri, eu sinto tanto.

Ela chorava em desespero, Arthur se aproximou tentou conforta-la e ela o repeliu.

— Não chore, eu ficarei bem!

Veridiana disse acariciando o rosto da irmã.

— Pode ajudar Jhon com Ágata?

Drago perguntou a Isis.

— Não tenho coragem de toca-la como está, sei que está muito ferida e não tenho nenhuma mulher para fazer isso por ela.

Isis apenas assentiu, segurou na mão de Ágata enquanto Jhon a carregava no colo, Arthur a seguia com cara de poucos amigos.

— Posso Saber como chegou aqui?

— Vitório me trouxe.

Disse seguindo Jhon que com Ágata no colo ignorava os dois.

— Vou matar aquele babaca.

— Não você não vai, ele está lá embaixo, vai ir até lá e dizer a ele que vou passar a noite aqui e que só irei embora quando minha irmã estiver melhor.

— Se eu descer até lá arrasto a cara daquele imbecil no asfalto.

— Tudo bem! vou eu então.

Arthur a agarrou pelo braço.

— Não seja engraçadinha, eu vou até lá.

Saiu pisando alto enquanto Isis no quarto cuidava de Ágata com a ajuda de Jhon, o ciúmes em seu rosto era algo nítido.

— Posso saber que diabos passou pela sua cabeça quando a trouxe para cá?

Arthur gritou furioso ao amigo.

— Ela queria ver a irmã.

Disse como se fosse óbvio.

— É uma maldita feiticeira.

Arthur resmungou.

— A feiticeira dos meus sonhos se me permite uma observação.

Vitório respondeu baixinho mais não passou despercebido por Arthur que o fuzilou com os olhos.

— É a minha esposa puto desgraçado.

—Conheço a história Arthur, lembra? você mesmo disse que é um casamento por aparência, gosto dela, e se não a ama nada me impede de tentar conquista-la.

Arthur engoliu seco, não entendia o ódio que o atormentava.

— Faça como quiser depois do divórcio, mais enquanto estiver casada comigo fique longe dela, não tenho vocação para o apelido de corno que quer enfeitar em meu nome, ela vai ficar uns dias aqui, pode voltar para fazenda, eu a levo pra casa.

—Posso esperar.

Disse Vitório se apoiando a poltrona.

— Já disse que a levo.

A rispidez de Arthur fez com que o amigo tremesse.

— Diga a ela que ligo amanhã, boa noite Arthur.

Saiu deixando o rapaz louco de ciúmes.

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