...MAITÊ ...
Eu quase não dormi a noite, o cheiro dele, o seu toque me causando uma sensação estranha, o nervosismo, não saia da minha cabeça, tentei entender o porque causou isso tudo em mim. Tá, ele era um homem bonito, quer dizer, gato, gostoso, atraente, um Deus grego, enfim, ele jamais olharia pra uma garota como eu e porque me importaria com isso? Estou focada nos estudos, só isso importa agora.
Quase derramei a xícara de café quando a campainha tocou, respirei fundo, soltei a mesma em cima da mesa e atendi a porta:
Douglas: Bom di...
Maitê: Eu vou te matar! Por que você fez aquilo?
Puxei ele pra dentro e estapeei seu braço;
Douglas: Ai calma! Foi tão ruim assim?
Maitê: Foi constrangedor. Estou brava com você, muito brava Dodô.
Cruzei meus braços e tentei fazer uma cara de mal, mas Douglas caiu na gargalhada, arrancando uma risada de mim também.
Maitê: Seu idiota! Isso não tem graça.
Douglas: O cara parecia afim de você, eu vi vocês de mãos dadas, desculpa! Achei que queria aproveitar a noite.
Maitê: Eu não sou você e não me encaixo no mundinho dele.
Douglas: Epa! Calma! Princesa você precisa se divertir mais, para de ficar colocando coisas nessa cabecinha, eu duvido muito que ele se importe com isso.
Maitê: Eu preciso é focar na faculdade, apenas isso. Você não perde tempo.
Douglas: A vida é feita pra se divertir também princesa.
Douglas da uma piscadela pra mim, reviro os olhos e volto pra cozinha, terminando meu café.
Maitê: Ele só me ajudou me livrar de um babaca qualquer.
Douglas: Espera aí, o que rolou?
Maitê: Eu só queria usar o banheiro, acabei entrando em um quarto e um cara entrou atrás de mim, me agarrando a força, mas por alguma razão ele estava lá e foi pra cima do rapaz, ameaçando.
Douglas: Humm! Esse cara já ganhou ponto comigo.
Olhei pra ele de canto de olho.
Maitê: Não coloca você, coisa na cabeça, vou escovar meus dentes pra gente ir.
Vou rapidamente escovar os dentes, pego minha bolsa e seguimos então pra mais um dia de aula. Sentei no meu lugar aliviada por não ter me esbarrado com ele:
Aline: Bom dia!
Maitê: Bom dia Aline.
Ela se sentou e se ajeitou em seu lugar.
Aline: Porque Guilherme te levou embora ontem?
Dei de ombros:
Maite: Meu querido melhor amigo, saiu com uma garota e Guilherme tinha me ajudado a encontrar o banheiro, eu estava perdida e aí quando Douglas me achou, ele acabou se oferecendo de me levar embora.
Aline: Homens!
Maitê: É.
Ela sorriu, a sala aos poucos foi se enchendo com nossos colegas, alguns com uma cara péssima, acho que só o corpo tava presente, suas caras não negavam que a noite devia ter sido pura diversão e bebedeira. A aula não demorou para começar, o professor não ficou muito contente quando entrou na sala e viu a cara dos alunos, dizendo que em plena quinta-feira não era dia de festa e pra ajudar, nos deu uma atividade para responder, umas perguntas aleatórias, sabe aquelas provas que fazemos para poder tirar a carteira, o psicotécnico? Foi quase isso.
Aline: Que professor maluco! Estamos na universidade, é normal ter festas durante a semana, hoje é sexta caramba!
Ergui minha cabeça e olhei ao redor, todos estavam quase desmaiando em cima de suas carteiras, encarei Aline que não estava nada contente com aquela atividade:
Maitê: Isso aqui não faz sentindo. " Um paciente chega no dia do seu plantão, tossindo muito e reclamando de dor no peito, o que você faria? A: Receitaria apenas uns remédios e o liberaria. B: Pediria um raio x para se certificar que sua tosse não seja nada mais grave. C: É apenas uma tosse e manda o paciente embora.
Aline soltou uma gargalhada, arregalei os olhos.
Professor: As mocinhas ai de trás, já terminaram?
Olhei relutante pro professor, um pouco sem graça, neguei a com a cabeça.
Professor: Vocês tem mais quinze minutos! Nem um minutinho a mais, entenderam? E quem não responder as perguntas, já estarão marcados comigo pro resto do ano.
Aline: Rabugento!
Resmungou Aline, segurei meu riso, professor olhou em direção a ela, mas a mesma abaixou a cabeça rapidamente e começou a anotar alguma coisa. Voltei a aprestar atenção naquela folha, que não fazia sentindo nenhum, claro que tínhamos que ter ciência dessas coisas, mas no segundo dia de aula? Com certeza serão grandes longos anos.
Assim foi com os outros dois próximos professores, hoje eles estavam com mal humor, não era possível. Quando deu nosso intervalo, seguimos pro refeitório, Douglas e João já estavam juntos, gargalhando, se aproximamos deles, seus olhares desviaram para nós duas:
Douglas: Nossa! Pela cara de vocês também tiveram aquelas atividades sem noção!
Aline: Nosso primeiro professor ainda era rabugento!
Aline falou em um tom indignada, fazendo nós rir.
João: Bem vindos a tortura calouros!
Maitê: Espera ai, quer dizer que só para os calouros tiveram isso?
João: Eles fazem isso todo ano, só pra ter uma base se você está aqui apenas por estar, ou se estão pra valer mesmo.
Revirei os olhos, Douglas começou a se queixar que deveria ter ido péssimo, por causa da dor de cabeça mal conseguiu aprestar a atenção.
Bruno: Bom dia galerinha!
Aline: Oi meu gato!
– Bom dia!
Respondemos todos juntos, mas uma voz em si, me fez estremecer e ficar paralisada.
Guilherme: Bom dia! Os calouros tiveram as atividades sem noção hoje?
A risada dele fez meu corpo tremer, ele estava aqui e sentou do meu lado, o que estava acontecendo comigo? Seu braço roçou no meu ombro, me causando calafrios, Douglas a minha frente estava de testa franzida, eu deveria estar feito uma idiota, trancando a respiração, melhor do que ninguém, ele deveria ter percebido isso.
Guilherme: Está tudo bem Maitê?
Ou não só ele. Virei minha cabeça e um sorriso perfeito surgiu em seus lábios.
Maitê: Ah bom dia Guilherme, tudo ótimo.
Ele arqueou a sobrancelha, esticou seu braço e roubou um biscoito que eu estava comendo, sem pedir permissão, ele era ousado, muito ousado. Tentei disfarçar e fingir que ele não estava ali, o que foi difícil, porque era impossível não sentir seu cheiro ou o choque que meu corpo dava ao se encostar ao seu. O pessoal estava programando de querer fazer algo esse final de semana, não sei bem se eu queria, estamos ainda no segundo dia de aula, precisava manter o foco e minha cabeça no lugar, o que vai ser difícil, já que Guilherme está no meio de amigos que eu e Douglas fizemos.
Douglas: Ei nós vamos, né princesa?
Pisquei algumas vezes, meus olhos passearam por cada um me encarando, esperando por uma resposta, quando encontrei com aqueles olhos lindos me fitando, abaixei a cabeça e me encolhi:
Maitê: É eu não sei gente, não sou de sair muito.
Aline: Ah não amiga, como assim? Vamos!
Dei uma olhada rápida para Aline, em seguida encarei Douglas que fez uma careta:
Douglas: Eu vou convencê-la de ir.
Arqueei a sobrancelha, nosso horário havia terminado, cada um de nós seguimos para nossa sala, Aline tentou me convencer mas eu só sabia dizer eu não sei, eles queriam fazer apenas uma festinha na casa de Bruno, em frente à praia, aproveitar o calor imenso que estava fazendo, mas eu estar num mesmo ambiente que Guilherme? Eu não sei, meu corpo todo se arrepia só de imaginar, acho que se ele me agarra-se eu não conseguiria fugir, eu não entendo, eu mal o conheço.
Douglas: Ei, princesa?
Maitê: Dodô não.
Douglas: Porque não?
Olhei pra ele que me encarava, mas um sorriso abobalhado surgiu dos seus lábios.
Douglas: Você tá fugindo.
Maitê: Que? Do que está falando?
Douglas: Você tá afim dele.
Maitê: Não! Não estou, faz dois dias só que o conheci, isso que está falando não faz o menor sentindo.
Eu estava afim dele? Douglas solta uma risada, o encaro de cara feia, ele levanta as mãos em redenção:
Douglas: Então me dá um motivo certo pra que você não possa ir esse final de semana. Não pode ficar fugindo o tempo todo, por medo do que as pessoas irão pensar sobre sua vida, já te disse várias vezes, classe social não importa, as pessoas verdadeiras, permaneceram em sua vida independente disso.
Desviei o olhar e fechei meus olhos, tá, eu não tinha um motivo, o meu motivo era ficar sozinha com aquele cara, perto demais, eu estava afim dele? Assim? Apenas dois dias? Talvez seja porque ele é um cara bonito, quer dizer, lindo, o cara mais lindo que eu já vi, absurdamente atraente. Ahhh!
Maitê: Tá, eu vou.
O encarei, um sorriso convencido se contraiu em seus lábios.
Douglas: Essa é a minha garota! Você vai se divertir, vai ver que não é ruim assim, estamos na universidade princesa, tá na hora de se divertir. Sei que você quer focar nos estudos, da pra fazer as duas coisas ao mesmo tempo, todos fazemos isso, porque você não irá conseguir?
Dei de ombros, ele tem razão, talvez seja por isso que nunca fui uma garota de muitos amigos, porque vivia em casa, negava toda saída que Douglas me convidava, talvez conhecer essas pessoas, ter entrado na universidade, me faça viver um pouco mais.
Maitê: Tá Dodô, tem toda razão.
Eu só espero não me arrepender disso, espero que ele realmente tenha razão, que eu não perco meu foco dos estudos.
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...GUILHERME ...
Eu acordei disposto hoje, acabei de conhecê-la e já tive um sonho tão intenso, que parecia ser real demais, o que tudo isso significa? A vontade de vê-la hoje, ver aquele sorriso tímido em seu rosto, eu nunca me senti dessa maneira por ninguém, principalmente em apenas uma única vez, nem se quer tive o prazer de beijar aquela boca. Mas acordei disposto a uma coisa, acabar com o meu noivado, minha família sendo contra ou não, não posso mais continuar com isso.
Pedi para um amigo meu que trabalha com essas coisas de noticiário, por coincidência ele viajou a trabalho e participaria do evento onde Bianca irá desfilar, pedi a ele que ficasse de olho, que eu precisava de provas que ela continuava me dando belos pares de chifres e naquela manhã durante a aula, recebi várias fotos dela, da noite anterior, bebendo e rodeado de caras, eles irão ter que aceitar esse término.
No intervalo, ali estava ela, linda como sempre, quando sentei ao seu lado, o seu cheiro já inalou minhas narinas, meu corpo sentiu aquele sensação estranha ao se tocarem, ousado, roubei um biscoito do seu lanche, ela me olhou parecendo não acreditar no que fiz, então apenas dei uma piscadela e o restante dos minutos, ela me ignorou, acho que de alguma forma, eu mexia com ela como ela estava fazendo comigo.
O pessoal combina de todos irmos pra casa da praia de Bruno, aproveitar que ainda estava fazendo muito quente, topamos mas Maitê, parecia perdida em seus pensamento. Douglas chamou sua atenção, a forma dele chamá-la de princesa, me incomodou um pouco, é normal um amigo chamar uma amiga dessa forma? Hum! Não sei, nunca vi ninguém tratando uma pessoa dessa forma, ele parecia ser um protetor com ela.
Maitê: É eu não sei gente, não sou de sair muito.
Como assim? Não é de sair muito? O pessoal começou a zoar, tentando convencê-la, Douglas disse que conseguirá fazer isso, nosso tempo logo acabou e tivemos que voltar pra nossa aula, confesso que estava desapontado, mas espero que realmente esse cara consiga convencê-la de ir porque qual seria a graça? Eu queria tentar me aproximar, sinto essa necessidade.
A tarde segui para o hospital, mas antes, marquei um jantar com meus pais e os pais de Bianca, eles acharam estranho, na verdade até se empolgaram achando que eu iria vê-la esse final de semana, que eu não precisava marcar um jantar pra isso, que eles super apoiavam, mas insisti, não dei muita continuidade, precisava focar no meu trabalho.
Dr. Roberto: Guilherme esse final de semana é seu dia de fazer plantão!
Guilherme: O que?
Olhei pra Roberto em minha frente, merda, não acredito.
Dr. Roberto: Não me diga que esqueceu?
Guilherme: Esqueci completamente.
Soltei um suspiro decepcionado, não posso acreditar nisso, justo esse final de semana? Meu celular começou a apitar, dois números diferentes foram colocados no nosso grupo, quando li uma mensagem de Aline desejando boas vindas para Maitê e Douglas, meu coração se acelerou. Cliquei rapidamente em seu número, abri sua foto e a admirei, ela era linda.
As mensagens começaram a todo vapor, o pessoal estava animado com o final de semana, o tal de Douglas havia mesmo conseguido convence-la de ir, não tive muita escolha, avisei que ficaria fora dessa, teria que fazer meu turno de plantão esse final de semana, talvez eu conseguisse aparecer numa próxima vez, todos responderam, decepcionados, menos ela.
Segui pro meu apartamento, tomei meu banho, observei mais uma vez todas as fotos que recebi de Bianca, ela havia tentado me ligar hoje mas ignorei todas suas ligações, terminei de me arrumar e fui pra casa dos meus pais.
Isabel: Quem é vivo sempre aparece.
Guilherme: Mãe, para de drama.
Fernando: Ela tem razão, esqueceu dos seus pais depois que se mudou.
Abracei os dois.
Guilherme Eu estou com muitas coisas pra resolver, trabalhando e estudando pra me formar logo.
Isabel: Último ano meu filho, você irá conseguir, será um ótimo pediatra, as crianças te adoram.
Guilherme: Eu espero.
Sorri, ficamos na sala aguardando os pais de Bianca, eles não demoraram muito pra chegar, a mulher que trabalhava na casa dos meus pais, era uma mulher de mãos cheias, sua comida era divina e eu sempre tentava rouba-la pro meu apartamento, mas meus pais não permitiam, ela já trabalha em nossa família a muito tempo, meus pais confiavam muito e a adoravam, ela era realmente uma pessoa humilde e encantadora.
Fernando: Agora diga meu filho, pra que esse jantar?
Olhei para os quatros em minha frente, respirei fundo, peguei meu celular, abrindo a primeira foto e coloquei na frente dos meus pais, mandando eles passarem pro lado e assim fiz com meus "sogros". A cara de espanto e de desgosto, era grande, ótimo, então chegou minha hora;
Guilherme: Vocês não podem exigir que eu continue com esse noivado.
Carlos: Eu não posso acreditar, essa não foi a filha que eu criei.
Guilherme; Senhor Carlos, eu sinto muito, mas essas fotos são verdadeiras, eu mesmo pedi pra um amigo ficar de olho nela, ele estava a trabalho no mesmo evento que Bianca desfilou ontem.
O olhar dele ficou ainda mais decepcionando, sua esposa se levantou da mesa e saiu parecendo desnorteada com aquelas fotos, senhor Carlos se levantou e a abraçou, enquanto ela desabava em seus braços.
Fernando: Guilherme.
Guilherme: Pai não! Essas fotos são provas do que Bianca faz, aquela vez em Las Vegas não foi a primeira e nem última vez, eu não vou continuar com esse noivado, está tudo acabado!
Márcia: Deve ter uma explicação para isso, minha menina não é assim.
Olhei incrédulo pra dona Márcia.
Guilherme: Eu sinto muito, mas convoquei esse jantar pra anunciar a vocês, não existe mais eu e Bianca, esse noivado acabou, ela não me ama, nunca amou, só fui um brinquedinho em suas mãos, não vou ficar sujando minha imagem por causa dela, as notícias se espalham rápido, ninguém irá ter controle quando essas fotos virem à tona outra vez e eu serei o noivo corno de Bianca Grades.
Eles não disseram mais nada, meu celular apitou com uma mensagem, peguei rapidamente, era Bruno, pedi com licença e o chamei em uma ligação:
Guilherme: Oi cara.
Bruno: Oi, que voz é essa Gui, aconteceu alguma coisa?
*Guilherme: **não .. eu só.. - olhei de longe para meus pais, eles estavam de cabeça baixa conversando, enquanto Carlos acalentava sua mulher. *– Só estou num jantar com os meus pais e os pais da Bianca.
Bruno: Vix, então não tem nada haver com o plantão esse final de semana né?
Guilherme: Eu realmente não vou poder ir, tenho mesmo que fazer plantão, eu só decidi acabar com o inferno do noivado de uma vez.
Bruno: Eu imagino que não tenha sido fácil. Mas certeza que é por causa disso?
Guilherme: Tenho. Por que mais seria?
Bruno; Talvez a presença de Maitê possa ter te incomodado?
Aline; BRUNO!
Ouvi Aline gritando com ele e o repreendendo, isso não tinha nada haver com ela.
Guilherme: Não cara, não viaja.
Aline; Me da aqui. Oi Gui, sou eu.
Guilherme: Eu sei Line.
Aline: Vou ser direta, não se atreva fazer de Maitê seu novo brinquedinho, entendeu? Ela não é essas garotas que você se envolve e quero a sua querida noiva, longe dela.
Parece que Maitê não conquistou só a mim, mas a nossa querida Gaúcha também.
Guilherme: Eu não estou entendendo..
Aline: Não se faça de idiota, acha que eu não percebi ontem na festa seus olhares de prendedor pra cima dela? E hoje na universidade? An? Fique longe dela, acabamos de conhecê-la, talvez eu esteja enganada mas ela parece inocente demais pras suas garras.
Ok, eu estava levando um sermão, talvez eu devesse mesmo manter distância de Maitê, mas as coisas que ela me fez sentir, fiquei curioso e queria descobrir o que tudo aquilo significava.
Bruno: Ok, ele já entendeu o recado gata, agora passa pra mim o celular.
Ela resmungou alguma coisa do tipo "eu mato você se for preciso." Ouvi Bruno rindo e longo sua voz:
Bruno: Ela está realmente furiosa. Você está afim dessa garota?
Guilherme: Eu não sei dizer, a conheci ontem, ela só me fez ter umas sensações estranhas.
Bruno: Guilherme.
Guilherme: Eu já entendi irmão mas não vou prometer ficar longe dela.
Bruno: Isso vai dar problemas.
Guilherme: Confia em mim, nunca fui um cafajeste, apenas Bianca despertou o meu pior lado, sabemos o porque. Agora preciso voltar a enfrentar as feras aqui, aproveitem por mim.
Bruno: Valeu, boa sorte com seu plantão.
Desliguei, guardei o celular no meu bolso e respirei fundo, eu realmente não era um cafajeste, talvez eu tenha agido como um mas esse não era eu, apenas era uma versão minha tentando esquecer essa merda toda, de ter acreditado que era apaixonado por uma garota e depois que a sua fama veio, começou mostrar sua verdadeira face.
Fernando: Filho?
Me virei e meus pais vinham em minha direção, olhei ao redor e franzi a sobrancelhas:
Guilherme: Cadê eles?
Fernando: Márcia não aceitou muito bem aquelas fotos.
Guilherme: Pai olha..
Fernando: Tudo bem, entendemos você, eu realmente estou decepcionado pela atitude dela, pensei que vocês dois se casariam, nos dariam netos mas isso não está certo, você precisa ter ao seu lado uma mulher que o ame.
Isabel: Sentimos muito por isso.
Guilherme: Então quer dizer que não preciso mais casar com ela?
Fernando: Não, estamos com você e sentimos muito por não ter ouvido você das outras vezes.
Isabel: Sempre me senti culpada, eu conseguia ver através dos seus olhos que não estava feliz com esse noivado meu filho, mas você era louco por ela.
Guilherme: Eu era mãe, até o dia daquela primeira matéria sair e eu passar pela humilhação de ser o noivo corno. Talvez tenha passado apenas de uma atração por um tempo.
Isabel: Só queremos ver você feliz e tenho certeza, que ainda encontrará uma mulher que te faça flutuar.
Agradeci, eu odiava decepcionar meus pais, sempre foram bons e me apoiaram em tudo, sei que todas as pessoas tem defeitos e eles cometeram um grande erro quando acreditaram na desculpa de Bianca, ela conseguia manipular qualquer um, até eu caí no seu encanto de boa moça mas isso acabou, estou livre, ela vai me perturbar quando ficar sabendo mas tenho cinco meses pela frente, antes dela voltar e infernizar minha vida outra vez.
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Atualizado até capítulo 35
Comments
Elise Farias
Tomara que Maitê não perca o foco dos estudos,porque se ela se envolver com o Guilherme a vida dela vai ser infernizada pela Ex noiva.
2025-02-13
0
Elza Teodoro
coloca as fotos dela prá rodar a funcionará deles é mãe da Maitê
2024-07-24
0
Socorro Oliveira
eu tbm acho que as mãos de fada é da mãe da Maitê
2023-10-12
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