...MAITÊ ...
Ainda fiquei na dúvida se deveria ir ou não para aquela festa, mas Dodô conseguiu me convencer de todas as maneiras, principalmente usando a minha mãe para isso;
Lurdes: Vai filha, fazer amizades novas, a vida não é só estudar, é preciso se divertir também.
Douglas: Ah eu já disse que eu amo você dona Lurdes?
Disse Douglas a abraçando, comecei a rir e revirar os olhos, eles eram uma dupla e tanto.
Maitê: Ok, vocês conseguiram!
Douglas: Passo pra te buscar às sete e meia!
Ele veio até a mim, beijou meu rosto e se foi.
Lurdes: Agora me conta, como foi o primeiro dia?
Me ajuntei a mamãe na sala, contando a ela sobre os professores, Aline e Bruno, como tudo isso parecia um sonho, o tamanho daquela universidade, eu estava realmente encantada. Aproveitei a tarde com ela, já que havia ganhado uma folga por ter trabalhado até tarde ontem. Quando estava perto do horário fui pro meu quarto, tomar banho e me arrumar.
Não demorou, Douglas chegou para me buscar, quando entrei dentro do seu carro, era impossível não sentir o seu perfume;
Maitê: Você tomou um banho de perfume Dodô?
Ele soltou uma risada, em seguida analisou minha roupa;
Douglas: Acho que não é só eu que está querendo arranjar alguém hoje.
Maitê: Nada disso. Estou indo porque vocês insistiram.
Douglas: Você disse para Aline e Bruno que ia, o que eles pensariam dando cano neles logo na primeira vez?
Fiz careta e assim seguimos para a localização que Bruno nos deu. Eu me senti um pouco sem graça estar no meio daquelas pessoas, aquilo não era uma casa, era uma mansão, estou chocada e Douglas parecia estar tanto quanto eu, com a boca aberta em um perfeito *o*.
Maitê: Estamos no lugar certo?
Douglas: Sim princesa! Esse é o endereço, eu só não sabia que o amigo de Bruno tinha tanto dinheiro assim.
Maitê; Eu não sei se encaixo nesse lugar.
Ele me olha e franze a testa;
Douglas: Não começa com isso, você ter dinheiro ou não, não te faz ser uma pessoa diferente. Você é muito mais humana que muita gente, vamos logo.
Descemos do carro, fomos até a entrada, esperamos por alguém atender e por sorte, um rosto conhecido;
Bruno: Vocês vieram mesmo! Aline vai ficar feliz em te ver Maitê, ela jurou que você não iria vir, não colocou muita fé.
Douglas: Ela não queria mesmo vir, mas, joguei meu charme.
Maitê: Ei!
Dei um empurrão no ombro dele, fazendo Bruno soltar uma risada. Em seguida ele deu espaço para entrarmos, meu Deus, aquele lugar era luxo puro, quem quer que seja que more nessa mansão, gosta muito de usufruir do seu poder.
Bruno: João, mais dois calouros para serem trolados!
Aline: Ai você veio!
Ela rapidamente veio me abraçar, retribui, dei um sorriso sem graça pro rapaz loiro que nos encarava;
Douglas: Espera ai, trolados?
Bruno gargalhou junto com o rapaz loiro:
Bruno: Estou zoando cara! Relaxa! Maitê e Douglas esse é João, o dono dessa casa e o responsável pela festa.
João: Prazer em conhecê-los.
Sorri sem jeito quando ele pegou minha mão e depositou um beijo, em seguida ele cumprimentou Douglas com um toque de mãos.
Aline: Menina, me diz uma coisa, como faz pra ser linda dessa maneira?
Olhei pra Aline e soltei uma risada, ela estava maravilhosa, com um vestido preto brilhoso, colado em seu corpo, marcando perfeitamente suas curvas e deixando seus seios bem fartos, fora sua sandália de salto quinze que tenho certeza que deverá custar uma fortuna.
Maitê: Boba! Perto de você, eu sou só uma feia, arrumadinha!
Ela gargalhou.
Aline: Besteira! Você está uma gata, pode acreditar.
Ficamos conversando por um tempo e vi um cara alto, moreno, musculoso, cheio de estilo, se aproximar e cumprimentar os rapazes. Quando seu olhar parou em nossa direção, desviei, senti meu coração acelerado sem entender o motivo, será que ele percebeu? Voltei a olhar e seus olhos estavam fixos em mim, sorri sem graça, meu Deus Maitê ele deve ter percebido.
Fomos pra dentro e seguimos pra uma sacada, enquanto a trolagem rolava na parte de baixo, pelo menos Bruno cumpriu sua promessa de que deixaríamos fora disso. Tinha pessoas muito bem vestidas e bonitas naquele lugar, mas apenas um chamou totalmente minha atenção, eu sentia seu olhar pra cima de mim o tempo todo, mas quando João veio com uma cerveja e eu disse que não bebia, Douglas se aproximou me chamando de princesa, e eu o vi saindo.
João: Vamos lá gata, você vai gostar, não é tão ruim assim.
Arqueei a sobrancelha pra João, todos ali me encaravam como se fosse uma coisa ruim não beber.
Maitê: Tá, da aqui.
Peguei aquela garrafa e dei o primeiro gole, fazendo careta, o gosto era amargo, não era ruim mas como também as pessoas poderiam dizer que isso era bom?
Bruno: Isso ai, vamos descer e nos enturmar.
Assim fizemos, Aline me puxou para dançar, ela era animada demais, nem parecia a garota com problemas como havia mencionado hoje na universidade. Aos poucos fui me soltando, talvez pelo efeito do álcool? Alguém pode ficar "alegre" com apenas uma garrafa de cerveja? Enfim, eu não sei, minhas bochechas estavam quentes.
Sentia uma mão ou outra tentando me agarrar, mas desviava de todas elas, olhei ao redor e não encontrei mais com Dodô, com certeza deve ter achado alguma garota por aí. Logo vi Bruno chegando e lascando um beijo em Aline, tomando o que é dele, me senti sem graça e precisava usar o banheiro.
Fui em direção a casa, subi as escadas a procura de um banheiro, entrei em uma porta qualquer quando percebi um rapaz me seguindo mas assim que entrei, ele entrou junto e puxou meu braço.
Rapaz: Vem cá gata!
Maitê: ME SOLTA!
A porta se abriu e vi apenas o vulto de alguém grudando em sua camisa. Arregalei os olhos e logo percebi quem era, aí meu Deus. Ele mandou o cara se mandar dali e sem dizer nada, o mesmo saiu desesperado.
Guilherme: Você está bem? Ele tocou em você?
Meu peito subia e descia loucamente assustada com aquilo, ele foi se aproximando de mim e fui ficando ainda mais nervosa. Pude sentir seu cheiro, me assustei ao sentir seu toque e uma corrente elétrica tomar conta do meu corpo. Quando consegui responder e ele perguntou do meu namorado, entendi que falava do Douglas, todos tinham essa primeira impressão.
Maitê: Eu não tenho namorado. Você é o amigo do Bruno não é?
Vi um sorriso se formando em seus lábios, caramba e que sorriso! Ele logo se apresentou como Guilherme, estendeu sua mão, fiquei meia receosa de pegar, com medo dele perceber que estava nervosa na presença dele, nem eu estou entendo o porque, quando toquei em sua mão senti novamente a corrente elétrica e tentei puxar, mas ele segurou, levou até seus lábios e beijou docemente;
Guilherme: Maitê! Um nome bonito e você faz jus dele.
"Ousado".
Maitê: Ah! Obrigada!
Disse sem graça, ele soltou minha mão e sorriu, seus olhos me intimidaram, me observando, minha bochechas com certeza deveriam estar me entregando que eu estava totalmente sem graça.
Maitê: É desculpa! Você sabe me dizer onde fica o banheiro?
Guilherme : Claro, final do corredor, a porta esquerda.
Maitê: Obrigada!
Caminhei pra fora do quarto, Guilherme logo veio atrás, olhei pra ele e o mesmo ergueu a mão em redenção;
Guilherme : Eu vou acompanhar você, caso algum engraçadinho tenta te agarrar outra vez.
Maitê: Eu posso me cuidar sozinha.
Ele arqueou a sobrancelha, revirei os olhos e segui pro banheiro, Guilherme parecia determinado fazer isso, ótimo. Assim que entrei, fechei a porta, fiz o que deveria fazer, lavei minhas mãos e me encarei por um segundo no espelho, ele ainda estaria ali esperando por mim? Porque eu estou tão nervosa? Não é do meu costume estar dessa maneira perto de alguém.
Guilherme: Está tudo bem aí?
Dei um pequeno pulo, meu Deus, ele está ali esperando. Respirei fundo e sai do banheiro.
Maitê: Está tudo bem, agora você pode ir curtir a festa.
Guilherme: Nós vamos!
Ele pegou na minha mão e me puxou, arqueei a sobrancelha, aquela corrente elétrica presente, não questionei, mas confesso que estou desesperada sem saber o que ele estava fazendo. Descemos as escadas, passando pelo meio das pessoas, via alguns olhares das garotas em nossa direção, não sei se era pra mim ou pra ele, acho que pra ele, porque algumas até se arrumavam na postura.
Douglas: Ah ai está você! Está tudo bem?
Guilherme soltou minha mão, Douglas arqueou a sobrancelha;
Maite: Tudo bem, só precisei usar o banheiro e Guilherme me ajudou.
Douglas: Ok certo! Você quer ir pra casa ou podemos ainda aproveitar mais um pouco?
Olhei ao seu lado, uma garota agarrada em seu braço;
Maitê: Ah tudo bem, estou bem não se preocupe Dodô.
Guilherme: Se você quiser posso levá-la pra casa.
Maitê: Não!
Disse no impulso, os dois olharam pra mim, neguei a cabeça disfarçadamente pra Douglas, mas ele me conhecia muito bem e deu um sorrisinho sacana;
Douglas: Te devo essa Guilherme!
Guilherme: Me deve nada, aproveite sua noite!
Ele piscou e eu fechei meus punhos, querendo matar meu amigo.
Douglas: Você vai me agradecer depois. - sussurrou em meu ouvido, enquanto me abraçava e beijava minha bochecha. – Vamos gata?
A garota concordou e ele saiu, eu vou matá-lo na primeira oportunidade. Olhei pra Guilherme que sorriu;
Guilherme: Você quer ir pra casa agora?
Dei de ombros.
Maitê: Tanto faz.
Ele olhou ao redor, em seguida deu um sorriso e voltou a me encarar;
Guilherme: Bom! Acho que ainda não iremos embora, Aline acenou para mim e nos chamou até eles.
Assenti, ele me deu espaço para passar e assim fiz, senti sua mão tocar na minhas costas e me arrepiei, quase atropelei meus próprios pés.
Aline: Menina você sumiu! Que susto. Douglas estava atrás de você.
Maitê: Ah é, eu o encontrei.
Guilherme : Fica tranquila Line, Maitê está inteirinha.
Ela olhou pra ele e estreitou os olhos, mas João os interrompeu;
João: Que isso meus amigos? Não quero ver ninguém parado, vamos! Bora remexer esses quadril!
Começou a tocar moda sertaneja, senti ele me puxando pra dançar, Bruno já agarrou Aline, eu nem tinha jeito e nem sabia dançar esses tipos de músicas.
João: Relaxa gatinha! Oh só me acompanha.
Ele me conduziu, tentei acompanhá-lo mas na verdade eu estava morta de vergonha. Quando terminou a dança, ele me rodopiou e em seguida beijou minha mão;
João: Você foi bem! Agora, se remexendo, quero ver ninguém parado nessa festa.
Acabei rindo, o astral dele era alto demais, aliás todos eles ali eram.
Guilherme: Eu não acredito que você não sabe dançar sertanejo.
Guilherme se aproximou, olhei pra ele e arqueei a sobrancelha;
Maitê: Eu não sei, não sou muito acostumada a frequentar esses lugares.
Guilherme; Sério?
Assenti, o mesmo bebeu toda sua cerveja, caminhou até uma lata de lixo e a jogou dentro. Guilherme voltou e estendeu a mão;
Guilherme: Então, João é meio desajeitado pra ensinar uma garota a dançar, mas eu tenho toda paciência do mundo.
Observei sua mão esticada, olhei pra ele que abriu um sorriso, eu deveria? Eu não sei, esse homem tá mexendo comigo, não sei se será uma boa estar próximo demais a ele.
Guilherme: Vai, uma dança Maitê.
Ele fez uma carinha, que meus lábios se contraíram em um sorriso.
Maitê: Uma dança e depois dessa, eu preciso ir pra casa.
Guilherme: Como você deseja!
Peguei na mão dele, estremeci, seus olhos intensos grudados a mim, Guilherme me puxou para mais perto, uma de suas mãos apoiaram na minha cintura e outra onda eletrizante, aí meu Deus, minhas pernas quase vacilaram, o que é isso? Olhei pra ele sem graça, sua boca bem desenhada, barba bem feita, olhos escuros, seus músculos firmes, esse cara era um Deus grego, mas saberia que o encanto acabaria assim que soubesse aonde moro.
Guilherme: Só me acompanha! Olha pros meus pés.
Assenti, conforme ele dava os passos eu fazia, mas meu coração estava descontrolado que estava impossível de me concentrar, pergunto se ele poderia ouvir as batidas, porque eu posso. Sem querer acabei pisando em seu pé, me afastei rapidamente e arregalei os olhos.
Maitê: Ai me desculpa!
Ele fez uma expressão de dor, mas negou com a cabeça;
Guilherme: Está tudo bem, não foi nada, isso acontece.
"Ótimo Maitê, você está sendo patética, pagando maior mico." Abracei meus próprios braços e alisei, eu estava sem graça, não sabia dançar e não levava nenhum jeito pra aquilo e também ele não me ajudava, me deixava nervosa de uma maneira estranha.
Guilherme: Você quer ir pra casa?
"Casa", eu não precisaria que ele descobrisse isso, mesmo que nunca mais se falemos, não precisava passar por isso.
Maitê: É, não precisa se incomodar, eu moro um pouco distante daqui, posso pedir um Uber.
Ele riu.
Guilherme: Um Uber Maitê? Quase uma hora da manhã? No Rio? Você tem noção do perigo?
Pior que eu tinha, eu sou daqui, não terei outra alternativa, meu melhor amigo me colocou em uma enroscada.
Maitê: Você tem razão.
Guilherme: Vamos se despedir do pessoal.
Se aproximamos deles, tinha umas pessoas diferentes junto que eu não saberia quem era. Aline ficou me observando estranha quando Guilherme disse que me levaria pra casa, dei um sorriso fraco, estava desconfortável, me despedi e então seguimos pra fora. Paralisei quando vi o seu carro, uma ranger rover preta. Ele abriu a porta pra mim e arqueou sobrancelha;
Guilherme: Está tudo bem?
Maitê: Tu..tudo.
Caminhei e entrei na mesma, nossa, essa deveria ser o último lançamento, meu Deus, agora que meu constrangimento era maior. Assim que Guilherme entrou, deu seu celular pra eu colocar a localização, com as mãos tremendo coloquei, entreguei a ele que olhou, arqueou a sobrancelha e em seguida deu de ombros, colocando o celular pendurado no painel do carro, tá isso foi estranho.
...\~\~...
...GUILHERME ...
O que essa garota tem? Porque toda vez que a toco sinto essa sensação estranha percorrer em minhas veias? Eu nunca senti isso em toda a minha vida, ainda pra ajudar me ofereci pra levá-la pra casa e seu amigo parecia levar pra um lado malicioso. Ela não levava jeito nenhum em dançar um sertanejo coladinho, mas o que importa? O seu cheiro era doce, o cheiro mais delicioso que eu já senti, me questionei se seu beijo seria tão doce quanto o cheiro.
Quando ela colocou a localização no meu celular, arqueei a sobrancelha, ela morava num bairro simples mas não me importava, isso era de menos, mas tive uma curiosidade;
Guilherme: Quer dizer que é caloura?
Ela me olhou rapidamente, dei um sorriso de canto, sem tirar os olhos da estrada, mas conseguiria vê-la.
Maitê: É eu sou..
Guilherme: Você já conhecia Aline ou Bruno?
Maitê: Ah.. não.. Eu a conheci hoje mesmo na universidade, sou do Rio.
Arqueei a sobrancelha curioso e a olhei, ela desviou o olhar, evitando o contato visual, voltei aprestar atenção na estrada:
Guilherme: Então vai cursar medicina?
Maitê: Uhum.. É, eu.. fiz uma prova e consegui uma bolsa.
Olhei pra ela outra vez, mas dessa vez seus olhos cruzaram com o meu, ela parecia sem jeito, até constrangida eu diria, mas caramba, isso não tem nada pra se constranger, sua inteligência deveria ser altíssima! Dei um sorriso e desviei;
Guilherme: Isso mostra o quanto você é inteligente, porque pra conseguir uma bolsa, deve ter estudado muito.
Maitê: É.. bom, passei minha vida toda pra realizar esse sonho.
Guilherme: Eu também faço medicina, estou no último ano.
Maitê: Ah, sério?
Assenti com a cabeça em resposta, percebi com o canto de olho, um pequeno sorriso em seu rosto.
Guilherme: Quantos anos você tem?
Maitê: Dezoito e você?
Dei um sorriso de canto.
Guilherme : Novinha!
Maitê: Ah sério! Quantos anos você tem?
Guilherme: Vinte e quatro anos.
Maitê: Nossa! Muito velho você.
Nossa risada se misturou, olhei pra ela de relance:
Guilherme: Você já tem ideia em qual área gostaria de atuar?
Maitê: Na verdade ainda não sei. Pensei em cardiologista, mas talvez, seja uma mera médica de clínica geral.
Guilherme: Hum! Tenho certeza que o coração dos seus pacientes serão muito bem cuidados.
Balancei a cabeça no que acabei de falar, ouvi ela soltando uma risada, soltei um suspiro, pelo menos a fiz rir.
Maitê: E você?
Guilherme: Eu?
Maitê: É, ja está no último ano, qual a profissão?
Guilherme: Pediatra!
Olhei pra ela e percebi um sorriso de canto surgindo em seus lábios;
Guilherme: O que foi?
Maitê: Nada, eu tive dúvidas também em querer cuidar de criancinhas.
Guilherme: Elas são as coisinhas mais puras desse mundo, são mais fáceis de lidar do que pessoas adultas.
Ela concordou e sorriu, desviei outra vez a atenção pra estrada, fomos conversando o caminho todo, sobre coisas aleatórias, a conversa fluía de uma forma tão natural, que parece que o caminho foi tão curto.
Guilherme: Bom! Chegamos.
Ela olhou pro lado, observando sua casa, em seguida me olhou sem jeito.
Maitê: Bom é aqui.
Sorri, olhei por cima do seu ombro e estralei meus beiços, apontei pra casa:
Gabriel: É uma casa bonita!
Ela riu cruelmente;
Maitê: Não precisa ser gentil Guilherme. Queria ter evitado isso.
Arqueei a sobrancelha, ela falou tão baixo a última parte que eu quase não pude ouvir, mas deixou claro que estava com vergonha.
Guilherme: Eu não estou vendo problema nenhum aqui, não significa que você seja uma pessoa simples que não seja tão humana quanto eu, na verdade; é mais humana que muitas outras pessoas egoístas, com dinheiro.
Seus ombros relaxaram, ela encarava as próprias mãos em seu colo, falei com sinceridade, porque não importa a classe, cor, religião ou raça, quem faz ser uma pessoa boa e de caráter é você, não essas coisas.
Maitê: Bom! É obrigada pela carona e desculpa incomodar.
Maitê colocou a mão pra abrir a porta, segurei rapidamente seu braço, ela encarou minha mão e depois me olhou:
Guilherme: Não foi incômodo nenhum, foi um prazer ter te trazido até aqui. Te vejo amanhã na universidade?
Ela franze a testa.
Maitê: É, acho que sim!
Guilherme: Boa noite!
Me inclinei e beijei sua bochecha, percebi na mesma hora as mesmas ficaram ruborizadas, ela parecia surpresa, ou talvez, por ter sentindo o choque quando toquei minha boca em sua pele, até eu estou:
Maitê: É boa noite, Guilherme!
Acenei com a cabeça, ela abriu a porta e desceu, dei um sorriso antes de fecha-la e a mesma me retribui. Espero ela entrar dentro de casa pra dar a partida, meu coração estava desgovernado, o cheiro dela parece ter ficado impregnado dentro desse carro, encostei minha cabeça no banco:
Guilherme: Você tá fodido Guilherme, que mulher é essa?
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Atualizado até capítulo 35
Comments
Elise Farias
O Guilherme é uma boa pessoa,mas tem a noiva,os pais dele e a classe social.
2025-02-13
0
Elza Teodoro
só tem um porém a vagaba da noiva
2024-07-24
0
Conce Mota
Gostei do Guilherme, Rico porém gentil sem ser esnobe 😍
2023-05-14
3