_Aí! Minha cabeça! – é a primeira coisa que Júlia diz assim que acorda, cerca de uma hora depois.
Ela está sentindo sua cabeça latejar de tanta dor, assim que tenta se levantar da cama em que está, ela sente também uma pontada sob as costelas.
_ Oh! Droga deve ter sido na hora em que tentei fugir, desgraçados - Júlia leva uma das mãos em baixo das costelas por causa da dor e a outra ainda permanece na cabeça.
Mesmo estando com a vista um pouco embaçada Júlia nota o curativo no ferimento da sua costela e sente com as mãos que está com outro também na cabeça. Dando uma olhada ao redor e sabendo que não está em algum lugar conhecido, olha para sua bolsa que está em cima de uma cômoda, bem ao lado da cama em que ela está deitada, sem precisar fazer esforços Júlia estica seu braço e a pega para conferir se está tudo no lugar, no caso sua arma.
_ Ao menos não mexeram aqui e viram isto - Ela pega sua arma nas mãos e respira um pouco aliviada se encostando na cabeceira da cama.
Júlia está aliviada por ninguém ter pego a sua arma mas antes que possa fazer qualquer coisa a porta do quarto de abre.
_ Quem é você e oque está fazendo aqui? - Júlia se levanta rapidamente da cama e pergunta seriamente apontando a arma para o homem que está à sua frente.
_ Opa! calma aí - ele ergue as mãos em sinal de rendição e com um sorriso atraente no rosto para se apresentar - eu me chamo Miguel, e até onde eu sei eu moro aqui e durmo aqui nesse quarto e nessa cama.
_ Você é o cara do bar! Como me encontrou? - Ela agora abaixa a arma sentando-se novamente na cama apoiando sua mão no ferimento de sua costela.
_ Bom! Você me ignorou no bar e saiu, fiquei te observando, me chamou atenção afinal, até dois caras saírem atrás de você, e o resto você já sabe - Miguel fala se aproximando para trocar o curativo da sua ferida.
_ E como você soube onde eu estava? - Júlia o questiona.
_ Eu não sabia, apenas encontrei sua bolsa e logo depois ouvi ruídos e gargalhadas quando a vi desmaiada no chão - ele diz colocando o novo curativo.
_ Eu espero nunca mais vê-los novamente, acho que preciso ir a uma delegacia agora - ela fala se afastando dele e levantando da cama com dificuldade - tenho que dar queixa daqueles desgraçados.
_ Quanto a isso não se preocupe, eles nunca mais vão lhe fazer mal, nem mesmo a qualquer outra pessoa - Ele diz com um semblante sério recolhendo o algodão fazendo com que ela se recorde também dos tiros que ouviu.
- O que você fez? - Júlia pergunta um pouco assustada - você... você matou eles?
_ Eu não tive escolhas, afinal não suportei ver você jogada ao chão e aqueles cretinos sobre você, uma pena não ter evitado esses hematomas - ele diz um pouco agitado.
_ Você só pode estar de brincadeira com a minha cara né!... Você, você salvou a minha vida e está procurando por eu estar ferida - Júlia fala desacreditando no que acaba de ouvir!
Miguel sorri gentilmente após o comentário feito pela advogada.
_ Você sabia que eu poderia ter atirado agora em você né? - Júlia pergunta trazendo o assunto para o agora enquanto Miguel ri.
_ Está rindo do que o idiota!? - Júlia o chinga impaciente, mesmo sem querer ela é grossa.
_ Eu salvei a sua vida e você ainda me chama de idiota? - ele diz um pouco indignado pelo seu comportamento - E a propósito eu retirei as balas.
Ele da um sorriso assim que fala sobre sua arma e sai do quarto, nesse momento Júlia checa a arma que está realmente sem munições.
- Desgraçado - Ela fala pra si mesma e não gostou de saber que ele mexeu em suas coisa, mesmo ele tendo salvo a sua vida.
Júlia está ali alguns segundos sozinha no quarto de Miguel, ela quer apenas ir para sua casa naquele momento, ainda está com dor mas não pretende passar o resto que sobrou da sua noite, na casa de um desconhecido.
Em seu pensamento vem a ideia de ligar para Lúcia, mas assim que ela encontra seu celular dentro da bolsa não consegue desbloquear a tela, o celular está descarregado!
- Droga, está sem bateria - ela diz desapontada e o guarda novamente dentro da bolsa.
Sem opções, Júlia sai do quarto decidida a sair daquela casa e quando ela já está passando pela porta da sala acaba sendo impedida por alguém que a segura.
- Ei, espera aí, você está indo aonde? - Miguel a segura firmemente pelo braço, mas não a machuca.
- Estou indo para a minha casa é óbvio! - Júlia diz virando-se pra ele mantendo o braço onde está.
- Você só pode estar maluca, você não pode estar falando sério né garota! - ele diz indignado pelo que acaba de ouvir, afinal de contas ela está muito machucada e com as roupas todas rasgadas.
- QUAL É O SEU PROBLEMA? - Júlia grita furiosa puxando o seu braço das mãos de Miguel.
- MEU PROBLEMA? É SÉRIO ISSO? - ele também aumenta o tom de voz, igualando com o tom grosseiro da advogada e pega o celular do bolso para mostrar que já são mais de três horas da manhã - Não basta os problemas que já me causou, quer arrumar mais saindo sozinha há essa hora e com essa sua roupa toda rasgada desse jeito - ele prossegue sem medir o peso de suas palavras.
- Não, é sério isso? A culpa é minha agora - Júlia diz sem acreditar no que acabou de ouvir de Miguel - você é ridículo! Eu não pedi para ser perseguida, assediada, agredida e ter quase sido estrupada ou morta naquele beco e muito menos pra que você interferisse.
As palavras que Miguel utilizou de modo indevido, que venhamos a falar assim, feriu muito ela, toda a gratidão que Júlia poderia sentir por ele, evaporou no mesmo instante que ele a feriu com o que disse e ela fez questão que ele soubesse claramente do seu desprezo.
- SEU CRETINO IDIOTA - ela dá um tapa, de raiva, na cara dele e sai correndo da casa.
Só depois que leva o tapa na cara que Miguel se dá conta doque acabou de falar para a jovem.
- Merda! Olha só oque acabei de fazer - ele passa as mãos pelos cabelos e pela nuca e olha para cima até que corre atrás de dela - Ei, me desculpe não foi isso que eu quis... dizer!
Embora ele tenha tentado ir atrás de Júlia para se desculpar, ela esta decepcionada pelo que ouviu e o impede de chegar perto entrando rapidamente dentro de um táxi que estava parado do outro lado da rua.
- Mais que droga Miguel, que droga - Ele fica transtornado pelo que falou e chuta o próprio ar antes de voltar para dentro da casa.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 44
Comments
Cristiane Paes Fagundes
Miguel é o delegado, pq ele não pode levar ela para o hospital?
2024-04-14
5
Lucimara Miranda
eu tô achando ela muito arrogante mau educada nem agradeceu por ter sido ajudada.
2024-04-12
0
Rose Andrade
não consegui entender pois ela estava sendo seguida esperou ser pega e não pegou a arma antes...
2024-04-07
2