II

Com o vestido enorme tirado, tratei de vestir um short curto com uma blusa lilás de manga curta e um tênis confortável. Quando sair do hotel em que estive hospedada durante esses dias — isso aí! da para acreditar?! Sou forçada a me casar com alguém que não conheço e nem mesmo tenho o direito de dormir na casa que por direito também me pertence. Mas em enfim, quem se importa — um carro preto muito bonito me esperava, assim que o motorista me viu, desceu do carro e aguardou que eu me aproximasse.

O motorista era um homem alto, de ombros largos e com cara de segurança de shopping e daquelas boates noturnas. Ele usava um terno preto e gravata da mesma cor, que combinava perfeitamente com seu cabelo bem cortado e seus olhos escuros. Acho que até sentir uma queda por ele.

— Sra. O' Brian, vim lhe levar para casa.

Sra. O' Brian até que não soava ruim. Quando não era pronunciado por mim.

— Claro, podemos ir.— Sorri e fui abrir a porta do carro para entrar, mas o motorista foi mais rápido.

O tempo começou a passar e nada da gente chegar, será que eu ia morar no meio do nada? em outra cidade? O silêncio estava começando a me incomoda um pouco, na verdade muito. Eu sou uma pessoa ativa, que gosta de falar e fazer uma fofoquinha de vez em quando. Corrigindo: uma pessoa que gosta de se manter informada. Por isso tratei de tentar investigar um pouco meu "marido", dizem que empregados adoram falar sobre a vida dos patrões.

— Qual o seu nome mesmo?

— Denys, minha senhora.

Estava começando a me acha uma velhota!

— Denys, será que poderia me falar um pouco sobre o meu marido?

De repente o carro para, e meu corpo é jogado para frente. Ele tinha feito isso de propósito?

— Chegamos.— sua voz seria me chamou a atenção.— E senhora, acredito que deve perguntar sobre o Sr. O' Brian a ele mesmo ou procurar outra maneira.— disse me olhando pelo espelho do carro.

Meu coração deu uma acelerada rápida, o olhar que ele havia me dado parecia saída de um filme de terror. Parecia que fofocar com a sua patroa não era algo a se cogitar fazer.

Desce do carro, com uma cara nada feliz com que tinha acontecido, mas logo minha expressão mudou totalmente quando sair. Cause desmaiei com a vista que se encontrava na minha frente — ouviram o que eu disse sobre está indo morar no nada? pois é, parece que minha pergunta não foi em vão. Era uma mansão enorme, que com certeza dava para construir seis casas do tamanho da minha, sem problemas. Acredite não estou exagerando.

Também tinha um grande jardim e um estacionamento de tirar o fôlego, mas não entendia o porque construir algo tão grandioso no meio do nada, com uma floresta ao redor e uma estrada de terra, onde com certeza nenhum carro passava. Bem, se algum momento eu tiver que fugir, vou precisar andar por muito tempo. Então essa ideia estava fora de questão.

— Senhora, não precisa olhar com tanta admiração, sua casa é só um pouco menor que essa.— Segurei um sorriso.

— Com certeza... só um pouco...

Denys se eu te contasse que minha casa deveria ter o tamanho da sala dessa mansão você morreria de rir.

Ele pegou minhas malas e até tentei carregar uma delas, mas foi em vão, Denys pegou as duas sem muito esforço. Acho que não estou fazendo o papel da mulher nojenta, mandona, chata e mesquinha direito — Sinto muito pessoas ricas do mundo, não levo jeito para isso. Ele se direcionou para entrada da mansão e eu o seguir, tentando não demostrar que era a primeira vez que via um jardim do tamanho de campo de futebol e uma mansão tão luxuosa antes.

Mas o meu tentar se transforma em algo impossível quando entro na mansão olhando tudo em volta em completo estado de choque e percebendo que tinha errado feio! A sala era bem maior que minha casa.

Tudo era maravilhoso, paredes com cores vivas, moves luxuosos, lustres de cristal, cortinas grandes e abertas, assim como as janelas que traziam muita luz natural para o ambiente. Não entrava na minha cabeça que um homem podia decorar uma casa assim, principalmente o homem que estava naquele altar. E é claro que ele não era o responsável.

Assim que acabei que admirar tudo, me virei na direção que tinha entrado e me deparei com uma mulher alta, de olhos azuis e cabelos ruivos — Certamente Jack tinha herdado os cabelos loiros de seu pai —, elegante e com aproximadamente a mesma idade que minha mãe. Ela ficou me encarando e aquilo estava me assustando, até que ela abriu um sorriso largo.

— Minha querida seja bem vinda, estava te esperando ansiosa.— Veio até mim rápida e me abraçando forte. Me fazendo sentir também um alívio.

— Muito obrigada, eu não a vir em nenhum momento no casamento.

— Você sabe, o meu filho exigiu que ninguém fosse e isso incluiu eu.

Mas é claro, era a mãe do meu marido, nossa! Já tinha dito essa palavra muitas vezes em um só dia.

— Tudo bem senhora, eu deveria ter pensando nisso.— disse seguindo seus passos até o sofá.

— Por favor, nada de senhora, pode me chamar de Olívia.— exclamou com um sorriso caloroso.

— Como desejar Olívia.

Parece que finalmente alguma coisa tinha dado certo para mim nesse dia. Olívia estava sendo um amor de pessoa e um doce de sogra — acho que meu "querido marido" não puxou isso da família. Ela me serviu um chá e alguns biscoitos de chocolate, estava me sentindo uma criança sendo mimada.

— Madame, para onde levo as malas da senhora?.— uma das empregadas nos interrompeu.

— Como assim para onde!? Para o quatro do Jack é claro... em falar nisso, ele não veio te receber.— disse segurando minhas mãos.

— Não precisa...

— Pode deixar vou chama-lo.— eu ia tentar interferir de novo, mas não deu tempo.— Jack!!!!!

Tudo bem, talvez eu tenha exagerado um pouco com o " doce".

Com certeza com o grito que ela deu, até os pássaros voaram para longe. Ela gritou pelo menos mais umas três vezes, antes que seu rosto começasse a sair fumaça e ficar tão vermelho quanto seu cabelo, parecia que ia explodir.

Ela deu um olha maligno para as grandes escadarias da casa e se virou para mim com um sorriso calmo no rosto.

— Não se preocupe meu anjo, vou já resolver isso.

— Eu...

E novamente fiquei sem poder dizer nada, já que ela correu direto para as escadas pisando pesado. Parecia até que seus passos iriam causar um terremoto a qualquer momento.

Se passou alguns minutos desde que Olívia havia subido e já estava cogitando a ideia de ir atrás dela, mas então ouvir um barulho alto vindo do andar de cima, então desistir no mesmo instante.

Quem vai se meter em uma briga de mãe e filho num é mesmo? Eu pessoalmente que não.

De repente ouvir passos se aproximando e logo vejo Olívia retornar, agora acompanhada de Jack, que estava evidente em sua expressão que não tinha vindo por escolha própria. Diria mais por livre e espontânea pressão.

A ruiva voltou a se dirigir a mim com muita doçura e puxou Jack para mais perto de mim, que estava de frente a eles.

— Jack, comprimente sua esposa.

— Olá.— Olívia deu um pequeno beliscão nele e cause não conseguir segurar a gargalhada.— Seja bem vinda, espero que a viajem até aqui não tem sido difícil, minha esposa.

Acho que vou morrer de rir.

— De jeito nenhum, foi muito calma.— tirando o pequeno incidente dentro do carro.

— Fico feliz em ouvir isso. Pode deixar que eu mesmo irei te ajudar a levar sua mala para o nosso... quatro.

— Oh! Obrigada.

Dá para acreditar no que uma única conversar com a mamãe pode transformar uma pessoa. Eu acho que alguém nessa casa vai me ajudar muito com meu marido.

— Vão lá e se conheçam melhor. E Melissa, qualquer coisa pode me pedir.

Concordei com a cabeça — com certeza iria — e seguir Jack desviando um pouco meu olhar para suas costas — Meu Deus! Até as costas da pessoa era um colírio para os olhos.

Depois de passamos por um corredor enorme, ele abriu uma das dezenas portas do andar de cima e entrou jogando minhas malas em um lugar qualquer.

O quatro era enorme. Me perguntava se existia algo naquela casa que não fosse do tamanho de um campo de futebol. Passei meus olhos em tudo, menos no banheiro. Com certeza deveria ser maior que o meu quatro. Me aproximei da porta com a intensão de bisbilhotar, mas fui impedida.

— Senta aí!.— Jack exclamou, me fazendo automaticamente me sentar em uma poltrona não muito longe da cama.— Presta atenção! Não somos marido e mulher de verdade, tudo isso é apenas interesse, então não precisa bancar a esposa preocupada e atenciosa, ouviu?

— Eu...

— E mais uma coisa! Aqui existem regras.— e fui interrompida de novo.— Primeira; nada de mexer em minhas coisas ou nos meus assuntos. Segundo; nada de carinhos melosos ou contato físico. E terceira; nada de amantes. Se não gos...

— Tá ótimo para mim, não se preocupe.— dei de ombros e fui matar minha curiosidade no banheiro.

Será que eu deveria ter me importado? Não.

Olhei para o banheiro e ele parecia um spa, nem se comparava com o do hotel. Como uma pessoa pode morar em um palácio e ter uma mãe como a Olívia e ter tanto mal humor? Se eu vivesse deitada nessa banheira todos os dias, o mundo poderia acabar que não me causaria nenhum estresse.

Me virei para a sala e me deparei com Jack me encarando.

— Qual o problema?

— Você. Ouviu o que eu disse?!.— indagou irritado.

— Sim, cada palavra. E por mim tudo ótimo, com tanto que você durma no chão e eu na cama.— falei passando por ele.

Os olhos dele se arregalaram e percebi que tinha voltado a me olhar, mas dessa vez muito mais irritado e com ódio.

— Você pensa que pode argumentar aqui?!

— Bem se você não gostou, posso dizer para sua mãe que você não quer dormir comigo e talvez ela...

De repente ele me prendeu contra a parede, sem muita dificuldade. Fazendo com que não conseguisse mexer um centímetro do meu corpo. Eu definitivamente estava assustada e apavorada. Acho que até minha respiração tinha parado.

— Olha aqui, não me vem se fazer de Santa. Eu sei que se casou comigo por dinheiro, por isso nem pense que sou um dos seus amantes idiotas, porque vai se arrepender.— ele me soltou e quase cair no chão, minhas pernas estavam trêmulas. Ele foi até a porta e parou.— faça o que te convém sobre onde dormir.

E foi embora.

O que foi aquilo?

Me joguei de imediato na cama gigante, tentando confortar o pavor que tinha sentido. Acho que cause morri de medo. Eu merecia pelo menos um pouquinho de respeito, uma conversinha não machuca ninguém.

Aquele ser idiota e grosseiro!

— Seu psicopata!.— gritei pegando um travesseiro e batendo nele com força.

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Comments

Princesa Barbie

Princesa Barbie

🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣

2023-11-25

3

Princesa Barbie

Princesa Barbie

🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣

2023-11-25

0

Raquel Ciriaco

Raquel Ciriaco

por dinheiro não por medo do pai fazer algo com a mãe dela esse pai escroto

2023-10-04

1

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