Nina abre lentamente os olhos, piscando-os confusos e encara o ambiente tentando confirmar que está no lugar devido e não diante da loucura que a assomou pela noite.
Assim que se levanta, descobre-se dolorida em seu corpo, sua pele ardida e sua intimidade igualmente sensível.
— Céus, Nina! Você anda tão desesperada assim por um homem, por uma noite tórrida que até sonha com algo tão... errado? Meu Deus, os sinais da loucura devem ser esses. Sonhar com sexo de forma tão real... Porque sinto dores?
Ela reclama consigo mesma e logo tropeça em uma revista largada no chão. Assusta-se quando encara o homem de cabelos de noite na imagem, como se a estivesse encarando e toma-a nas mãos para ter certeza do que vê.
— Dominic Byron. — Diz, testando o nome em sua boca. — Eu sabia que ele era familiar... Mas por que você habita meus sonhos? — Questiona retoricamente. — Claro! Eu estava lendo antes de dormir, estou carente e minha mente extraordinária fantasiou ao invés de se tornar útil para os livros que eu deveria escrever. — Reclama para si mesma. — Dominic, o grande CEO da Byron Enterprises da Inglaterra, dominante no setor de tecnologia e finanças. Construiu um império ainda jovem e agora se consolida como o número um das empresas mais rentáveis do mundo. E além disso tudo é solteiro. Quem será a afortunada a conquistar seu coração?
Nina joga a revista sobre a cama e anda de um lado para o outro, imersa em pensamentos.
— Ele existe e é como se fosse um super herói no mundo dos negócios. Eu li ontem a noite e minha mente perversa o fez protagonista... daquilo. Mas eu não tenho ideia do porquê estou toda dolorida.
Arrumada, prepara-se para a reunião com sua editora, que deseja debater sobre seu novo livro e, no trajeto, tem a sensação de ser observada, olhando ao redor. Quem a observa?
— Meu Deus, estou ficando paranoica. Foi um sonho, bem real, mas um sonho. Que loucura alguém simplesmente me exigir um filho...
— Falando sozinha, Nina? — Jojo, sua editora, logo a interrompe, na entrada da sede da empresa.
— Jojo! Que bom que chegou. Sim, tive um sonho tão real, que ainda estou um pouco atordoada. Minha mente não despertou...
— Bem, então vamos acordá-la com um café bem forte, porque precisamos do seu novo livro para ontem!
— Não seja cruel a essa hora. — Reclama.
— Quero apenas colocar comida na mesa. Na minha e na sua. Anda!
Jojo é a única pessoa que existe na vida de Nina, cuja lealdade e amizade pode realmente contar. Conheceram-se há cinco anos, quando Nina finalmente conseguiu um emprego no qual se sentisse realizada, ainda que não fosse na editora mais renomada.
— Acha que preciso... você sabe. Arrumar um encontro?
— Obviamente, como dois mais dois são quatro. Nina, você escreve sobre o amor, mas nunca mais o viveu desde... você sabe. Mas o que isso tem a ver com seu sonho?
— Eu estava com alguém. Enfim, não importa.
— Posso te arrumar aquele encontro agora?
— Pode.
— Você não vai reclamar, espernear e dizer que sou louca?
— Não. Arrume o encontro, pois eu Nina D’Ávila reconheço que preciso movimentar minha monótona vida. — Ela brinca, pousando a mão no peito e levantando a outra como se fosse um juramento. — E concedo a você, Jojo Medeiros, o poder de marcar o primeiro.
Entre suas colegas de trabalho, o assunto nada inédito que predomina é o que Nina menos esperava.
— Mulher, se eu encontro Dominic Byron na minha frente, eu sentava até ficar dormente!
— Luciana!
— O que? Estou errada?
— Eu ouvi dizer que ele mandou construir uma mansão na cidade e o nome é Mansão Empire. Ele deu o nome de Império! Ele é praticamente o dono do mundo!
— Vocês já repararam naqueles olhos?
— E a boca?
— Gente, a voz dele arrebata qualquer uma e...
A mente de Nina voa longe, enquanto todas ressaltam a beleza do Imperador das tecnologias que acaba de ganhar mais um prêmio.
Recorda-se de uma voz rouca próxima do ouvido dizendo-lhe o quão próximo ele estaria. A boca quente tomando sua pele como se fosse um manjar e seu interior invadido uma e outra vez à exaustão.
Ja em casa, arruma-se para seu encontro, vestindo-se com um tecido claro, que deixa-a parecendo uma fada e arruma seus cabelos, deixando-os lisos com pequenas ondulações nas pontas. Seu melhor amigo Carlos, costumava dizer que a imaginava como uma fada e assim se sentiu desde a infância até seis anos atrás, quando o perdeu.
Encara Tony, seu pequeno gato vira-lata, que se enrosca em seus pés e faz um afago, para logo alimentá-lo.
— Onde você estava, bichano? Não o vejo desde ontem! Eu cheguei...
Nina paralisa, quando percebe não recordar-se de seu retorno para casa, mas logo ignora o fato quando nota estar atrasada.
— Ando um pouco esquecida, Tony. Acho que preciso realmente ver pessoas. Fique quietinho e não saia caçando nos aquários da vizinhança!
Infelizmente, seu encontro ocorre de forma terrível, levando-a de volta para casa mais cedo que o esperado.
Quando se aproxima de seu pequeno prédio, um homem esbarra em Nina, quase levando-a ao chão.
— Oh! Me desculpa! — Pede, mas logo estremece ao perceber que o homem é aquele que a encarava dias atrás na rua.
— Venha comigo. — O homem sinistro ordena, fazendo-as querer fugir. — Fugir será pior. Dominic Byron espera você!
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Alessandra Garcia não vi essa cena.
eu entendi menos ainda
2022-09-16
0
Vanessaalmeida
não entendi nada até agora
2022-09-15
1
Carmem Gomes
não entendi nadaa
2022-05-19
1