Capítulo 4

Sente que a escuridão a domina, vê tudo borroso, sua cabeça dói deitada no chão. Isabella não entende o que aconteceu, tenta se levantar.

Depois de tropeçar no tapete, bateu a cabeça na ponta da cômoda. Sentia um líquido escorrendo pelo ouvido, estava sangrando.

—Maldita seja minha sorte, algo mais vai acontecer hoje? Com muito cuidado, levantou-se.

Pegou uma toalha e cobriu a ferida, havia muito sangue no chão. Começa a limpar, e uma vez que tudo está arrumado, começa a juntar suas coisas.

Se Jed não a amava, não tinha por que continuar naquela casa. Ela não abortaria seu filho, mas e se ele a procurasse para obrigá-la? Escreveu uma carta:

Jed:

Você tinha razão, eu menti. Pensei que você me pediria em casamento assim que eu te contasse que estava grávida. Decidi não perder mais meu tempo e juventude com você.

Isabella

Isso seria suficiente para que ele não a procurasse. Atingir seu orgulho, sabia muito bem que Jed não suportaria ter sido enganado por ela, não a procuraria e seu filho estaria a salvo junto com o dinheiro e as joias. Deixou o bilhete sobre a cama, entrou em seu carro e fugiu da cidade.

Seu destino era incerto, mas precisava se afastar, não pararia até chegar a outra cidade.

Jed terminou o whisky, pegou o telefone e pediu ao motorista que preparasse o carro, ligou para seu amigo Roberto para convidá-lo para jantar, queria tirar algumas dúvidas sobre a gravidez de Isabella.

Roberto era a única pessoa com quem podia falar com total sinceridade, confiava nele. Jed não sabia nada da gravidez e, embora no fundo não acreditasse que Isabella o tivesse traído, preferia perguntar a Roberto quando poderia comprovar a paternidade.

Saiu de seu escritório e entrou no elevador até o térreo.

Contaria a Isabella sua decisão, imaginava a cara que ela faria ao saber que ele estava disposto a torná-la uma mulher honesta.

No jantar com Roberto, este o felicitou por sua futura paternidade, embora só tivesse coincidido em poucas oportunidades com Isabella, pelo que havia observado, ela não era o tipo de mulher que usaria tal artimanha, mas se ele quisesse se certificar, uma vez comprovado o estado e tempo de gravidez, diria quando seria conveniente fazer o teste de DNA.

Depois do jantar, pediu ao motorista que primeiro deixasse Roberto em sua casa e que depois o levasse ao apartamento de Isabella.

Jed tinha seu próprio apartamento e, 9 meses antes, havia comprado o apartamento de Isabella, embora ela não soubesse. Quando a conheceu, ela morava em uma casa com algumas colegas de estudo, ele conseguiu esse apartamento com um amigo que havia viajado por uma temporada.

Isabella seria a dona, mas o idiota do seu amigo se apaixonou na viagem e vendeu o apartamento para Isabella. Já havia chegado ao apartamento, observou da rua que as luzes estavam apagadas, entrou no prédio. Subiu no elevador, abriu a porta, estava tudo escuro.

— Isa, cheguei! Foi ao quarto, a cama estava vazia. — Onde você está? Viu o bilhete, pegou-o em suas mãos, Jed não podia acreditar no que estava lendo, era uma maldita vadia!