Arrumo minhas coisas e resolvo dar uma volta pelas redondezas. Paro diante de um pequeno lago e dou um mergulho no final da tarde.
- Ahh Deus\, eu não sabia que tinha alguém aqui. - vejo Alyssa parada ao lado das minhas coisas com as mãos cobrindo o rosto. - Vista algo. - ela me joga uma toalha.
- Oi para você também. - digo.
- A é você. - ela finalmente tira as mãos do rosto.
- O que você ta fazendo aqui.
- O mesmo que você aparentemente. - ela indica o lago. - É proibido agora?
- Deveria sempre ter sido\, isso aqui é propriedade privada. Como chegou aqui? - a olho desconfiado.
- Tm um caminho pela floresta\, não é muito difícil de chegar. Não sabia que era propriedade privada\, e o que você faz aqui? So falta me dizer que é p dono. - ela abre a boca para dar uma gargalhada quando percebe meu olhar serio.
- Eu não sou o dono\, mas meus pais são.
- Eles não estão aqui\, ou estão? - ela olha em volta preocupada.
- Não\, eles não estão.
- Bom\,... sendo assim. - ela começa a tirar a roupa e se joga no lago ee segundos depois emerge da agua do seus cabelos negros grudados ao corpo úmido. - Você não vem?
Me jogo no lado, volto a superfície, passo a mão nos meus cachos louros que caiam no rosto.
- Eu sinto muito.. - minha voz sai baixa e triste.
- Pelo que? - ela sorria radiante.
- Pelo seu bebe. - vejo seu sorriso se transformar em uma linha tenua em seus lábios\, o brilho em seus olhos se apagara\, ela congela por um segundo onde estava me encarando.
- Tudo bem. - ela abaixa a cabeça encara os movimentos na água.
- A culpa foi minha. - sinto a culpa crescer cada vez mais dentro de mim. Até aquele omento eu não havia parado para encarar o que havia feito\, as consequências que isso traria para ela.
- Isso já passou\, não tem como voltar a trás.
- Se eu pudesse mudar as coisas\, eu....
- É é eu sei\, você concertaria as coisas. - ela vai ate a margem e sai da água.
- Por isso você veio para cá.
- Exato. - ela coloca a roupa. - Bom\, agora eu vou indo\, a gente se vê por ai. - abre um sorriso fraco e vai embora.
Fico ali parado em meio as ondas baixas das águas do lago, a cena daquela mulher deitada no chão diante meu carro não saia da minha cabeça, eu havia tirado dela a esperança e o sonho, o amor que ela teria pela criança que crescia em seu ventre. O que eu tinha feito a ela não tinha como concertar, mas eu precisava me desculpar e fazer tudo o que estivesse ao meu alcance para corrigir isso.
Passo pela porta e me deparo com a imensidão de um casa vazia, estava acostumado a casa cheia, com meus irmãos por todo lado, minha mãe na sala e meu pai saindo do escritório, com pessoas perguntando sobre meu dia, se interessando e fazendo perguntas pelas coisas que eu faço, mas ali, agora, eu estava sozinho, completamente sozinho.
"Filho sua mãe me disse o que aconteceu, volte para casa, vamos conversar e explicar tudo. "
Encaro a tela do telefone, já era tarde de mais para concertar algo.
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Atualizado até capítulo 71
Comments
Helena Ribeiro
Difícil de entender
2024-05-03
1
Flavia X Cecilia
porq seta q a familia biologica dele.nao quis saber dele
2022-08-02
0
Maria Aldeliza Lourenço da Silva
Que será que aconteceu, será que o pai dele tinha a mãe dele como amante?
2022-07-24
1