Capítulo 4

Dax Logan Belfort,

A minha verdeira intensão, é levar ela para o porão da minha casa, já que aqui eu ainda não comprei um galpão para trabalhar. Riper, é um dos meus homens mais fiel, eu dei a ele o cargo de meu braço direito, pois onde eu vou, ele está comigo.

William Riper

Assim que chegamos na casa dos Forth's, vejo que parece mais uma fortaleza. Eles devem ter muitos inimigos, pois a casa é cercada de seguranças. Para onde você olha, tem um homem de terno.

— Pega a minha cadeira e me ajuda a sentar nela. — Riper desce do carro e faz o que eu mando. Depois, seguimos para a portaria da casa. — Quero falar com o responsável pela família Forth.

— Quem é o senhor?

— Dax Logan Belfort! — Digo praticamente silabando, ele pega um telefone e fala. Depois de um tempo, ele pede para eu esperar. Um homem aparece e vem caminhando até a mim.

— Belfort? Não dá para acreditar, que mundo pequeno.

— Você me conhece de onde? — pergunto avaliando ele de baixo para cima.

— Trabalhei muitos anos com o seu avô. Bom, em que posso te ajudar? A propósito, me chamou Edson Ambery, sou o cunhado do James Forth, mas pode falar comigo o que você precisa.

— Não quero falar com você, quero falar com o tal James. Ele é o pai da Eloísa, certo? — Ele ergue uma das sobrancelhas e depois concorda com a cabeça. — Então minha conversa é com ele e não com você. Pode chamá-lo ou vou ficar aqui o dia todo?

— É... você herdou o humor dos Belfort's, não dá para negar que é sangue legítimo. Mas, entre, já que precisa falar com ele. — Ele abre o portão e eu entro com o Riper e mais um dos meus soldados. Os outros, mando ficar esperando do lado de fora. — Não sabia que você era cadeirante.

— E não era, até uma semana atrás. Mas logo você vai descobrir o que aconteceu. — Chegamos em uma sala, que eu acredito ser a principal, e logo em seguida, o James Forth aparece. Eu sempre quis estar de frente a ele, mas era para o meu aplicativo, e não para pegar a filha dele...tá, isso soou bem estranho.

— O que queria falar comigo? — Ele pergunta cruzando os braços.

— Queria não, eu quero. Não perderia tempo se não fosse urgente. Veja a minha situação, senhor Forth.

— Certo, eu sinto muito, mas o que eu tenho haver com isso?

— A sua filha me atropelou a uma semana atrás. Fiquei em coma, mas os meus homens me falaram que ela fugiu do acidente. Vim para buscar ela, pois ela irá pagar como se deve.

— O que? Está mentindo, Eloísa nunca faria isso, eu conheço bem a minha filha. — Fecho a minha cara no mesmo instante, ele está achando que eu estou mentindo?

— Temos provas, senhor Forth. — Riper se aproxima dele e entrega o tablet. Posso ver a cara dele se fechada a cada segundo que se passa. — Como pode ver, ela ainda desceu do carro, do lado do motorista, isso prova que era ela quem estava dirigindo.

— AMÉLIAA!!! — ele grita, e eu sinto até um incômodo. — Traga a Eloísa aqui, agora mesmo.

— O que ela fez, James?

— Ela vai presa, causou um acidente e fugiu. — Ela olha para mim, pega o celular dela e sai digitando alguma coisa.

— Ela não irá presa, eu tenho outros planos para ela.

— Ela não irá com você, Dax. — O homem que disse que trabalhou com o meu avô se mete. — Vamos resolver isso de outra forma, nada de fazer isso, ou eu ligo para sua mãe.

Reviro os olhos, minha mãe é a única que pode me barrar de fazer algo. Não sei como esse cara sabe, mas ele acabou de atar as minhas mãos.

Ela aparece, e olhando assim para ela, entendo porque os pais dela disse que ela não faria isso com ninguém. Ela é aquelas diabas que tem a casca de anjo. Seu rosto é delicado, alias, ela parece a delicadeza em pessoa.

(...)

Depois de acertar que ela será a minha terapeuta, foi a única coisa que eu pude fazer, mas ela nem imagina que eu serei o seu pior carcereiro.

Assim que ela sobe as escadas para buscar suas malas, o nojento do Eros aparece, e como sempre, quer se crescer em cima de mim. Eu estou para conhecer alguém mais mimado que esse cara.

— O que você fez para a minha irmã para ela ir presa?

— Eu já ouvi falar que tem lugares que a vítima é a culpada e não o criminoso. — Ele fecha a cara e vem querer vir para cima de mim, e eu quase me levanto da cadeira para enfrentar ele. Mas, o tio o segura.

— Você armou para ela, só para fazer chantagens. Mas eu não vou assinar contrato nenhum com o seu banco de merda.

— Então, de acordo com você, eu fui atropelado pela sua irmã porque eu queria fazer chantagem? Eu fiquei no hospital durante uma semana, só para te convencer a usar o meu banco? Ou, estou nessa cadeira de rodas, só para comover vocês? Bravo, você acaba de ganhar o troféu do homem mais burro do mundo.

Novamente ele vem para cima de mim, mas é barrado pelo seu tio e seu pai. Tadinho, ele é movido pela raiva, seria melhor levar ele para tomar a vacina anti rábica.

(...)

Eu já começo aqui na casa dos pais dela mesmo escravizá-la, forçando ela a me levar até o carro. A cadeira de rodas é elétrica, mas quem disse que eu sei controlar essa merda?

Mesmo com a sua negação, eu a obrigo, ele acaba cedendo, mas antes, me deixa um aviso em meu ouvido. Me viro para lhe dar a melhor resposta, mas quando os nossos narizes se encontram, e ela está assim tão perto, eu até perco a fala.

Ela se ajeita e eu olho para frente, tentando entender o que foi que acabou de acontecer. Que merda que foi isso que eu senti? Deve ser a raiva, pois é a única coisa que eu sinto por ela.

Eloísa me empurra até o carro, mas o Riper que me coloca para dentro com a ajuda de mais dois seguranças. Eu sou grande, sou pesado, já que tenho um corpo bem musculoso. Ela se senta do meu lado, mas fica o mais afastado possível de mim.

— Você vai me pagar muito caro por isso que me fez, vai se arrepender de ter me atropelado. Eu vou fazer da sua vida um inferno, e você vai pedir para seu pai te colocar na cadeia, ou talvez, me pedir para te matar logo.

— Eu já estou pagando. Se eu soubesse que teria que fazer isso, eu teria dado ré, passado em cima da sua cabeça e tinha te matado logo de uma vez. Mas não se preocupe, senhor Belfort, teremos muitos dias para vermos quem vai matar quem. Só lhe desejo boa sorte!

— Quem é você? — Ela me dá um sorriso de lado e olha pra a janela. Como eu tinha imaginado, ela é uma diaba com a cara de anjo.

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