a descoberta da gravidez

Um mês depois........

Meu chefe,o senhor Harper não me deu uma trégua desde que chegou,o conhecer não foi nada bom,ele mal olha na minha cara ao pedir qualquer coisa

Zac-o que eu pedi não está aqui,senhorita Miller,porra por que não faz as coisas direito.

Ele se levanta olhando bem na minha cara

Zac-ache os documentos dos carros,tem meia hora,ou rua.

O som da porta se fechando atrás de mim, foi quase tão cortante quanto as palavras dele. Fiquei ali, sozinha na sala de reuniões, com o cheiro amadeirado do perfume dele ainda pairando no ar, como um lembrete cruel do homem sem coração que ele é

Minhas mãos tremiam. Por fora, eu mantinha o semblante de uma profissional controlada, a funcionária discreta e a mulher que sabia o seu lugar dentro daquela empresa... mas por dentro, o caos se espalhava como um incêndio fora de controle.

Respirei fundo, tentando colocar algum equilíbrio nos pensamentos, mas as imagens da conversa giravam em looping na minha cabeça. O tom da voz dele... aquele,arrogante, miserável,ele falava,não gritava com sílabas cortadas de forma impaciente... a forma como me chamou de incompetente na frente dos seus acionistas, como se fosse uma piada interna de mau gosto...

quem era ele na fila do pão,depois da minha mãe, passei anos ao lado dela tentando reconstruir minha vida com ela,a ajudando,e é como se todo meu esforço tivessem sido varridos para debaixo de um tapete fino e frágil.

Engoli o choro que ameaçava subir e me forcei a levantar,da cadeira,toda sem graça,Cada movimento parecia mais difícil que o anterior, como se o ar na sala tivesse se tornado denso demais para os meus pulmões. Recolhi minhas anotações com mãos trêmulas.

fechei a agenda de compromissos do meu chefe, e fiz o máximo para manter a coluna ereta quando saí pela porta, ignorando os olhares curiosos de alguns acionistas,e colegas de trabalho, que pareciam ter notado a tensão no ar.

Atravessei o corredor como quem atravessa um campo minado. Cada passo era como uma explosão silenciosa dentro de mim,meus saltos agulhas cantavam pelo corredor longo da empresa,e fui direto para o banheiro.

Assim que entrei no banheiro, me tranquei na primeira cabine disponível, desabei sobre a tampa fechada do vaso sanitário e só então permiti que o corpo tremesse. Não chorei. Já tinha gastado todas as minhas lágrimas pelo que minha mãe me disse,a dois dias atrás.

Leia-voce deveria ter morrido assim que nasceu,assim seu pai nunca teria trabalhado tanto

 Mas tremi. Tremi de raiva, de medo, de vergonha.

Leticia-Como o senhor Harper,podia ter aquele olhar,frio? Aquela calma de quem nunca sentiu culpa de nada,do que me fez na quela sala? Como podia agir como se eu fosse só uma qualquer,era a sua secretária,merecia mais respeito.

Ele me tratou como se eu fosse descartável, fingindo que eu era um rosto qualquer.e não a droga da secretaria que movia sua vida medíocre

A vontade de largar tudo, pedir demissão e sumir de novo era quase física. Mas dessa vez... eu não podia.tinha o aluguel,da casa onde não era amada,e tratada como mais um lixo

O gosto metálico na garganta não passava. Por mais que eu tentasse respirar fundo, o ar parecia ficar preso no meio do caminho, como se meus pulmões tivessem esquecido como funcionavam. Fechei os olhos, deixando a testa encostar contra a porta da cabine, como se aquele contato frio fosse suficiente para me trazer de volta para o controle. Mas a verdade é que não havia controle algum. Não quando se tratava do meu chefe.

Levantei e coloquei minha vida para fora,em jatos enorme,todo o meu café da manhã havia sido varrido para fora do meu estômago,em segundos.

Por mais que respirasse,havia mais para colocar para fora,e o gosto metálico na garganta não passava.vomitei até perder a cor.me equilibrei pelas laterais do banheiro e fui até a pia.

Lavei meu rosto pálido,estava sem cor alguma.Levantei o rosto, puxei o rolo de papel, enxuguei com força as lágrimas que insistiam em escapar pelos cantos dos olhos, por mais que eu estivesse dado meu melhor para evitá-las.

Meu reflexo no espelho do banheiro era um retrato fiel da confusão que me consumia, olhos marejados, rosto pálido e os lábios sem cor.

Abri a bolsa, peguei o pó compacto e forcei um sorriso quase mecânico, como se aquilo fosse o suficiente para camuflar o desastre emocional que eu era por dentro.Quando saí da cabine, dei de cara com Roberta

roberta-voce está bem

Leticia-vou ficar

Roberta -a empresa inteira ouviu os gritos dele.

Leticia-eu sei,agora preciso achar a droga desse documento

Roberta-voce,não está bem,esta muito pálida

Leticia-eu sei,vamos,tenho médico na hora do almoço

Fui para minha sala,procurei por tudo,e liguei para os setores responsáveis,em dez minutos,já estavam as cópias na minha mesa,e também exigi as originais.me levanto e vou até a sala,do maluco.respirei fundo e bati na porta.

Zac-entre

Entrei e fui até a mesa dele,bem firme

Leticia-aqui está senhor, Harper

ele olhou o relógio e me olhou bem sério

Zac-otimo,na hora,vê se dá próxima não cometa o mesmo erro.

Leticia-vou anotar suas ordens,com licença.

Zac-senhorita mulher

Respirei e virei para olhar o senhor todo poderoso

Leticia-sim,senhor.

Zac-anote na sua agenda,que amanhã teremos um almoço de negócios,e você vai comigo.

Leticia-sim senhor,mais alguma coisa.

Zac-nao,se retire,e não me transfira nenhuma ligação,por uma hora.

Leticia-impossível...........o

nem terminei,entrou uma loira,vestida com um vestido vermelho piranha,o chamando de amor,ele só me manda sair,balançando as mãos,sai e fechei a porta,que escroto,trouxe uma puta para realizar as fantasias nojentas dele aqui na empresa,belo respeito pelo pai,que ele tem.

Voltei para minha sala e remarquei as ligações para ele depois que voltasse da consulta,com a ginecologista,pego minha bolsa e vou para a frente da empresa,o táxi já me aguardava

Leticia-boa tarde

Ele me cumprimenta e falo para onde vou,ele segue o caminho,e me deixa na clínica da ginecologista que procurei pelo celular,com muita recomendação

já havia feito a marcação da consulta,ela aceitava meu plano de saúde.falei meu nome e aguardei ser chamada.alguns minutos depois sai uma paciente.

Medica-leticia Miller

Leticia-eu...

Ela me chama e sigo para sua sala e me sento onde ela apontou a sua frente

Medica-muito prazer Letícia,me chamo teresa crisper,vou ser sua médica hoje,o que a trás aqui hoje

Leticia-minha menstruação,não desceu este mês

Teresa -ela já atrasou alguma vez

Leticia-nao,essa é a primeira vez

Teresa- é sexualmente ativa.

Leticia-nao,tive uma primeira noite,na verdade alguém me drogou,e....

teresa- quando foi isso

Leticia-a um mês atrás

teresa- fez um boletim de ocorrência,Letícia,isso é grave

Leticia-nao,não fiz

Teresa- olha isso é crime,e você poderia ter contraído uma doença sexualmente transmissíveis,vou te pedir alguns exames,mais vou ser bem sincera,você pode estar grávida

Leticia-oi.como assim

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