entre o fim e você — parte 4

O corredor seguinte estava envolto por uma névoa densa. Os passos ecoavam como se algo invisível os seguisse. Dokja mantinha a mão perto da espada curta que carregava, mesmo sabendo que, ao lado de Joonghyuk, dificilmente teria a chance de usá-la.
joonghyuk
joonghyuk
— Essa névoa não é natural — Joonghyuk disse, a mão no cabo da sua lâmina. — Prepare-se.
Antes que Dokja pudesse responder, uma voz soou dentro de suas cabeças. Uma voz idêntica à dele próprio.
> "Se ele morrer, você não sabe se consegue continuar."
Dokja gelou. A névoa se distorceu e uma figura idêntica a Joonghyuk apareceu à frente, segurando a mesma espada, com o mesmo olhar afiado. Só que esse não era o verdadeiro.
Kim doka-ja
Kim doka-ja
— Uma cópia baseada nas nossas verdades… — Dokja murmurou, entendendo rápido demais o cenário.
A cópia de Joonghyuk sorriu.
> "Você disse que não quer que ele morra. Mas já pensou que talvez seja exatamente isso que vai acontecer? E vai ser culpa sua."
O verdadeiro Joonghyuk avançou sem hesitar, cortando a névoa com um golpe
joonghyuk
joonghyuk
— Não ouça.
Mas, no mesmo instante, atrás dele, surgiu uma cópia de Dokja. Ela falava com a voz fria e cruel:
> "Você disse que ele é a única constante que não consegue abandonar. Então, quando ele desaparecer… o que vai restar de você?"
Joonghyuk parou, só por um segundo. Um segundo perigoso. A cópia aproveitou, avançando.
Kim doka-ja
Kim doka-ja
— Joonghyuk! — Dokja gritou, correndo sem pensar. Ele bloqueou o ataque com sua pequena espada, o impacto o jogando para trás. O braço ardia, mas ele não soltou.
O verdadeiro Joonghyuk recuperou o foco e, em um movimento rápido, cortou a cópia ao meio. A névoa se dissipou, deixando-os sozinhos outra vez.
Kim doka-ja
Kim doka-ja
Dokja respirava rápido, sentindo o peso do olhar dele. — Eu disse… que não ia deixar você lutar sozinho.
Joonghyuk não respondeu. Em vez disso, deu um passo à frente, parando tão perto que Dokja podia sentir o calor da respiração dele.
joonghyuk
joonghyuk
— Se fizer isso de novo… — a voz saiu baixa, carregada de algo que Dokja não sabia nomear — …eu não vou conseguir me segurar.
E então ele se afastou, como se nada tivesse sido dito. Mas Dokja sabia. Sabia exatamente o que aquilo significava.
Continua

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