Capítulo 4: A Revelação de Lorde Henry
A luz da lua lançava um brilho suave sobre o jardim, e Flora sentia que, por um momento, o mundo ao seu redor havia desaparecido. A presença de Lorde Henry Blackwood era ao mesmo tempo reconfortante e eletrizante, e ela se sentiu atraída por ele de uma forma que não conseguia explicar. A tensão entre eles era palpável e, ao mesmo tempo, carregada de promessas não ditas.
“Flora,” Henry começou, sua voz suave e contemplativa, “o que você realmente deseja? O que procura nesta sociedade que parece estar sempre em movimento?”
Flora hesitou, as palavras se formando em sua mente antes de finalmente serem pronunciadas. “Eu desejo autenticidade, Henry. Quero encontrar algo verdadeiro em um mundo que parece tão superficial. Sinto que todos estão jogando um jogo, e eu… eu não quero ser apenas mais uma jogadora.”
Henry a observou com um olhar intenso, como se estivesse estudando não apenas suas palavras, mas também o que havia por trás delas. “Você é uma mulher rara, Flora. Poucas têm a coragem de buscar o que realmente importa. A maioria está tão preocupada em manter suas aparências que se esquece de viver.”
A sinceridade em sua voz fez o coração de Flora acelerar. “E você? O que busca, Lorde Blackwood?” Ela sentiu que a conversa estava se tornando mais íntima, uma dança diferente daquelas que aconteciam no salão.
“Eu busco liberdade,” ele respondeu, a expressão em seu rosto se tornando mais séria. “Liberdade para ser quem sou e para amar sem as amarras que a sociedade impõe. Muitas vezes, sinto que estou preso em um papel que não escolhi. Um conde, uma figura pública… é um fardo.”
Flora franziu a testa, intrigada. “Mas você parece tão confortável em seu papel. Todos o admiram, e você é respeitado.”
“Admiração não é amor,” ele retorquiu, sua voz carregada de emoção. “Ser respeitado não significa que eu seja compreendido. Às vezes, tudo o que eu quero é a simplicidade de uma conversa honesta, como esta.”
As palavras de Henry tocaram Flora profundamente. Era raro encontrar alguém disposto a compartilhar seus sentimentos mais íntimos, especialmente em uma sociedade que valorizava a superficialidade. Ela deu um passo em sua direção, sentindo-se atraída por uma conexão que parecia transcender as barreiras sociais.
“Você não precisa usar uma máscara comigo, Henry,” Flora disse, sua voz suave. “Sei que existe mais em você do que o que os outros veem.”
Ele sorriu levemente, como se suas palavras o tivessem tocado de alguma forma. “Você é uma das poucas que me vê, Flora. E isso é refrescante. A sociedade espera que eu mantenha uma imagem, mas, com você, sinto que posso ser eu mesmo.”
Flora sentiu a química entre eles se intensificar, uma energia que pulsava como o batimento de um coração. A atmosfera ao redor deles estava carregada de emoções, e Flora percebeu que estava se apaixonando por um homem que também lutava contra as convenções sociais.
“Você se sente preso, assim como eu?” ela perguntou, um toque de vulnerabilidade em sua voz.
“Às vezes, sinto que não há saída,” ele respondeu, seus olhos sombreados pela luz da lua. “Mas, ao mesmo tempo, encontrei esperança em momentos como este, em conversas como a nossa.”
Flora ficou em silêncio, absorvendo suas palavras. Naquele instante, ela percebeu que havia algo especial entre eles. Uma conexão que desafiava todas as normas da sociedade. Ela desejava conhecer Henry mais profundamente, explorar os segredos que ele guardava e descobrir a verdade por trás de sua fachada.
“Então, o que podemos fazer para encontrar essa liberdade?” Flora perguntou, sua curiosidade crescendo.
Henry hesitou, como se estivesse ponderando suas palavras. “Podemos começar sendo verdadeiros um com o outro. E, quem sabe, com o tempo, poderemos desafiar as expectativas que nos cercam. O amor verdadeiro não deve ser contido por regras impostas.”
As palavras dele ressoaram em seu coração, e Flora sentiu uma mistura de esperança e temor. Poderia ela realmente se permitir amar em um mundo que não aceitava facilmente a autenticidade?
“Eu gostaria disso,” ela respondeu, seu olhar fixo no dele. “Mas como podemos fazer isso em meio a um mundo que não nos permite ser livres?”
Henry deu um passo à frente, aproximando-se dela. “Precisamos ser corajosos, Flora. Precisamos encontrar momentos como este, longe dos olhares julgadores. E, com o tempo, talvez possamos inspirar outros a fazer o mesmo.”
Flora sentiu um frio na barriga ao ouvir suas palavras, mas, ao mesmo tempo, uma chama de determinação acendeu-se dentro dela. Ela queria ser parte desse movimento, queria desafiar as normas e criar um espaço onde o amor pudesse florescer livremente.
“Então, vamos ser corajosos juntos,” Flora disse, um sorriso tímido surgindo em seus lábios.
Henry sorriu de volta, e aquele momento parecer ser iluminado por uma luz especial. “Juntos, Flora. Vamos desafiar o mundo e encontrar a verdade que buscamos.”
Enquanto a música do baile ainda ecoava ao fundo, Flora e Henry ficaram ali, sob a luz da lua, prontos para enfrentar não apenas a sociedade, mas também os segredos que cada um guardava. O caminho à frente seria repleto de desafios, mas, naquele instante, eles se sentiram invencíveis, unidos por uma conexão que prometia mudar suas vidas para sempre.
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Atualizado até capítulo 63
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