Capítulo 1: Sombras do Passado

A noite caía sobre Eldrida como um manto pesado, envolvendo a cidade em um silêncio profundo. As luzes das casas piscavam timidamente, enquanto os moradores se refugiavam em seus lares, ignorando o que as sombras poderiam esconder. Lara Martins observava da janela de seu quarto, sentindo a familiar sensação de que algo estava prestes a acontecer.

Desde a morte de sua mãe, há um ano, as noites se tornaram mais longas e solitárias. Lara frequentemente se lembrava do sorriso caloroso de sua mãe e das histórias que contava sobre os seres que habitavam a escuridão. Agora, aquelas histórias não pareciam tão distantes; elas eram uma parte de sua realidade.

Ela se afastou da janela, pegando seu diário. As páginas estavam cheias de anotações sobre visões e sonhos estranhos que a assombravam. Havia algo mais nas suas visões agora: uma figura masculina com olhos penetrantes e um sorriso enigmático. Lara não sabia quem era, mas sentia uma conexão inexplicável.

O som de batidas na porta interrompeu seus pensamentos. Era sua avó, Sofia, com seu olhar preocupado.

— Lara, você está bem? — perguntou ela, abrindo um pouco a porta.

— Estou sim, vovó. Só pensando... — respondeu Lara, tentando esconder a inquietação que a consumia.

Sofia entrou no quarto e se sentou na beirada da cama.

— Às vezes, é melhor não pensar demais sobre o que não podemos controlar — disse ela suavemente. — O passado pode ser doloroso, mas devemos nos concentrar no presente.

Lara assentiu, mas sabia que os mistérios do passado estavam ligados ao seu futuro. Naquela noite em particular, uma sensação estranha a envolvia. Algo no ar parecia diferente; havia uma eletricidade palpável que fazia seus pelos se arrepiarem.

Decidida a sair daquela atmosfera opressiva, Lara resolveu dar uma volta pela cidade. Colocou um casaco leve e saiu para o ar fresco da noite. As ruas estavam desertas, iluminadas apenas pela luz da lua cheia.

Enquanto caminhava pelas calçadas cobertas de folhas secas, ouviu um sussurro ao seu lado. Ela parou abruptamente e olhou em volta, mas não havia ninguém ali. O coração acelerado lhe dizia para voltar para casa, mas algo mais forte a puxava para frente.

Foi quando ela o viu: Ethan Blackwood estava encostado em uma árvore antiga no parque central. Ele era ainda mais impressionante ao vivo do que em seus sonhos — cabelos prateados ao luar e olhos que pareciam brilhar com um mistério profundo.

— Você não deveria estar aqui sozinha à esta hora — disse ele com um sorriso intrigante.

Lara ficou sem palavras por um momento; aquele encontro parecia predestinado.

— E você deveria estar na sua casa? — respondeu ela com um sorriso tímido.

Ethan caminhou em sua direção, e Lara sentiu uma onda de emoções conflitantes: atração e medo dançavam em seu peito.

— Eu vim em busca de respostas — ele disse suavemente. — E acho que você pode me ajudar.

A noite parecia prometer mais do que apenas mistérios; era o início de algo maior do que ambos poderiam imaginar.

A noite parecia prometer mais do que apenas mistérios; era o início de algo maior do que ambos poderiam imaginar.

Clara e Lucas, sob a luz prateada da lua, sentiram uma energia pulsante ao seu redor, como se o próprio ar estivesse carregado de possibilidades. Enquanto caminhavam pela floresta envolta em névoa, cada passo os levava mais fundo em um território desconhecido, onde a natureza parecia sussurrar segredos antigos.

De repente, um brilho intenso surgiu entre as árvores, iluminando o caminho à sua frente. Curiosos e ao mesmo tempo cautelosos, eles se aproximaram, descobrindo um altar coberto de símbolos estranhos e flores luminescentes. Era ali que as lendas falavam de um antigo pacto entre humanos e seres mágicos, um vínculo que poderia ser a chave para derrotar as forças das trevas que ameaçavam seu lar.

Mas não estavam sozinhos. Silhuetas sombrias se moviam nas bordas da clareira, observando-os com olhos famintos. Clara sentiu seu coração acelerar; a presença das criaturas era palpável e ameaçadora. Lucas, percebendo seu medo, segurou sua mão com firmeza, transmitindo uma sensação de segurança.

"Precisamos desvendar isso juntos", ele disse, sua voz firme apesar da apreensão. "Se formos fortes um pelo outro, podemos enfrentar qualquer coisa."

Com uma determinação renovada, eles se prepararam para encarar os desafios que viriam. O destino os aguardava, e a noite ainda guardava muitas surpresas.

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