Acordei às sete horas da manhã, dormi como uma pedra. Tomei meu banho demorado, me maquiei com cuidado, coloquei uma calça jeans bem justa, uma camisa branca e uma sandália de salto alto, tomei café no flat e fui em direção ao presídio.
Cheguei e fui direto para minha sala. Atendi alguns detentos com pequenos ferimentos, um outro com início de overdose, fiz a ronda na enfermaria para verificar como estão os internados, estava tudo em paz.
Estava na minha sala verificando alguns exames quando entrou um carcereiro, que se chama Bruno, ele é bonito,corpo forte, cabelo castanho claro e olhos castanhos, deve ser uns dez anos mais jovem que eu.
Se sentou na cadeira em frente a minha mesa.
- Posso te ajudar?
- Só vim fazer as honras da casa, não me apresentei ontem. Meu nome é Bruno, seja bem vindo.
- Muito obrigada Bruno, eu sou a Surya. Estendi a mão para ele que depositou um beijo.
- E aí doutora? Está gostando da cidade?
- Pode me chamar de Surya. Na verdade, até agora só conheci o frete que estou hospedada e o presídio.
- Humm, então que tal um dia desses eu te levar pra conhecer a cidade?
- Eu acho ótimo,podemos marcar sim. A propósito, estou procurando um apartamento para alugar. Você conhece algum?
- Conheço sim, que tal amanhã depois do expediente eu te levo para você conhecer?
- Te agradeço muito.
Continuei o meu dia normalmente, perto do horário do almoço teve início de confusão, os alarmes soaram, os agentes correram. Me levaram para uma sala protegida por grade, fiquei ali com alguns funcionários da administração. Me informaram que aquela era a sala de segurança no caso de uma rebelião. Fiquei lá por alguns minutos. Um agente foi me chamar:
- Doutora tem um detento esfaqueado.
Corri com dois enfermeiros até a enfermeira, os agentes já estavam colocando o detento deitado na maca.
Começamos o atendimento, os detentos estavam com uma coisa pontuda no ombro e sangrava muito
Tiramos um raio x, verifiquei que não era cirúrgico, fiz a retirada do espeto.
- Sua filha da puta. O detento cheirou quando fiz a retirada do espeto.
Eu não respondi, continuei concentrada fazendo o meu trabalho, percebi que o detento ficava observando o meu rosto, fiz de conta que não percebi nada. Fiz todo o procedimento, por último suturei , fiz um curativo. Disse que ele iria ficar na enfermaria por sete dias para tomar os antibióticos intravenosos.
Eu ia deixá-lo na enfermaria, porém o diretor informou-me que ele é líder de uma facção criminosa, então eles montaram um leito numa sala separada por segurança.
- Fiz a prescrição dos antibióticos, o enfermeiro foi retirar na farmácia do presídio.
Quando o enfermeiro chegou, ele foi até o presidiário para pegar um acesso. O preso começou a xingar o enfermeiro reclamando de dor.
- Seu cuzão de merda, faz essa porra direito caralho.
- Tanta tatuagem e não aguenta uma picadinha? Falei provocando. E os agentes que estavam fazendo a segurança começaram a rir.
O enfermeiro me olhou assustado.
- Esse cuzão que não sabe nem tirar sangue, já me furou três vezes e não consegue.
- Doutora não consegui pegar a veia....
- Pode deixar comigo Alan, obrigada.
Ele me olhou e se afastou.
Cheguei perto do preso em silêncio, coloquei as luvas, coloquei o elástico no braço dele e furei. Tirei três tubos de sangue e deixei o acesso para receber medicação.
- Pronto, não precisa chorar. Falei tirando as luvas
O preso só me olhava com cara de poucos amigos, coloquei a medicação.
- Agora você vai ficar de repouso por sete dias aqui na enfermaria.
Ele ia falar alguma coisa, mas eu virei as costas e sai. Sentei na minha mesa e fechei as cortinas.
No final do dia passei as informações para o médico que iria assumir o plantão e fui para casa. Hoje o dia foi tenso. Eu estava exausta.
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Beatriz Silva
maiss
2025-07-26
0
Thaliaa Vieira
posta mais autoraaaaaa
2025-07-25
0