📝 Capítulo 2 – Time skip
Anos se passaram desde o ataque ao vilarejo. Ren agora era um jovem com expressão cansada, mas um olhar frio e determinado. Seus cabelos negros cobriam parte do rosto, e ele sempre usava um capuz velho e rasgado.
Ele caminhava pelas ruas movimentadas da cidade, ouvindo o barulho de mercadores anunciando produtos, crianças correndo, guardas patrulhando. Parou diante de um quadro de missões preso em um poste, analisando os papéis pregados.
— Hm… Tudo missão lixo… nada que dê dinheiro de verdade… — disse suspirando, com as mãos nos bolsos.
Ren precisava pagar sua pequena moradia, um quartinho sujo nos fundos de um bar. Enquanto caminhava em direção à taverna onde morava, sentiu seu estômago roncar alto.
— Droga… tô morrendo de fome… — disse coçando o nariz, enquanto pensava no que conseguiria comprar com as poucas moedas que tinha.
Quando entrou no bar, sentiu o cheiro de carne grelhada e sopa quente. Seus olhos brilharam por um momento. Mas logo lembrou de suas finanças e suspirou. Sentou-se no canto, pensando em pedir apenas água para encher o estômago de alguma forma.
Enquanto estava sentado, três homens entraram no bar rindo alto. Um deles segurava pelos cabelos uma jovem garçonete que trabalhava ali.
— Vamo lá, vadia, paga logo o que deve! — disse o maior deles, segurando a cabeça dela contra a parede.
Os clientes ficaram quietos, sem coragem de se meter. O dono do bar apenas tremia atrás do balcão. A garota chorava, dizendo que ia pagar no próximo mês.
Ren olhou a cena, suspirou, colocou a mão na nuca e murmurou:
— De novo essa palhaçada…
Ele se levantou calmamente e caminhou até os três homens.
— Ei, vocês podem parar? Tô tentando descansar aqui… — disse com a voz entediada.
O maior deles se virou, rindo.
— Hã? E quem é você, moleque? Quer morrer também?
A HUD do bandido apareceu diante dos olhos de Ren:
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Bandido Mercenário – Rank D
HP: 500
Ataque: 90
Velocidade: 70
Stamina: 120
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Ren suspirou e coçou o nariz.
— Vocês fedem… — disse, antes de sumir.
Num piscar de olhos, Ren apareceu atrás do bandido maior e o acertou com um chute tão rápido que o homem foi jogado contra a parede do bar, desmaiando instantaneamente. Os outros dois nem conseguiram ver o movimento.
— O quê… o que foi isso!? — disse um dos bandidos, tremendo, antes de receber um soco no estômago e cair no chão sem ar.
O último tentou correr, mas Ren o pegou pela nuca e jogou na porta, quebrando a madeira.
Todos no bar ficaram em silêncio, observando Ren limpar as mãos na calça. A garçonete o olhava com lágrimas nos olhos.
— M-muito obrigada… você… você me salvou… — disse ela, tremendo.
Ren apenas deu de ombros.
— Vocês deviam contratar guardas melhores pra esse lugar… — disse enquanto voltava para sua mesa.
O dono do bar, tremendo, chegou perto dele.
— E-eu… não tenho muito, mas… você pode comer de graça aqui hoje, por favor, aceite como agradecimento!
Os olhos de Ren brilharam, ele coçou a nuca com um sorriso bobo.
— Sério!? Valeu mesmo! Tô morrendo de fome!
Ele comeu como se não houvesse amanhã. Enquanto comia, pensava consigo mesmo:
— É… pelo menos hoje eu não vou dormir com fome… mas ainda preciso arrumar dinheiro pra pagar o aluguel esse mês…
Quando terminou de comer, se levantou, agradeceu e saiu andando pelas ruas escuras.
— Amanhã… vou ter que achar alguma missão que preste… — disse, enquanto caminhava em direção ao seu quarto, com o rosto cansado iluminado apenas pela lua.
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Atualizado até capítulo 44
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