armadilha de sombras

Rodrigo sabia que sair da mansão sem avisar Erik era um erro — mas precisava respirar. Pensar. Sentia-se sufocado dentro daqueles muros luxuosos, onde o cheiro de sexo e perigo se misturavam a cada cômodo. Os lábios de Erik ainda ardiam nos seus, a pele ainda marcada pelas mordidas da madrugada anterior. Mas aquilo tudo era demais. Era rápido demais.

Velmir à noite era um convite ao erro. O céu encoberto escondia as estrelas, e as ruas estreitas pareciam observar. Rodrigo caminhava sob um capuz, mãos nos bolsos, olhos atentos. Precisava encontrar uma conexão, uma pista sobre quem o queria morto — porque já não tinha mais certeza se era só Erik que controlava o jogo.

Foi virando uma esquina, perto de um beco iluminado por uma única lâmpada tremeluzente, quando tudo escureceu. Alguém o puxou com força, uma mão cobriu sua boca, e o cheiro de clorofórmio invadiu seus sentidos. Tentou lutar, mas era tarde.

Acordou horas depois com os braços presos acima da cabeça, amarrados por correntes finas e frias. Estava sem camisa, com as calças semiabertas, sentado numa cadeira metálica enferrujada. O lugar era úmido, com cheiro de ferro e sangue. Luzes fracas revelavam paredes descascadas e manchas que ele preferia não identificar.

O coração acelerado batia contra o peito nu. Tentou se soltar, mas os pulsos já estavam machucados. Estava sozinho, por enquanto.

Ouviu passos. Graves, precisos. A respiração dele parou por um segundo.

Erik apareceu.

Vestia preto dos pés à cabeça, com luvas de couro e um olhar gelado. Mas por trás da frieza, Rodrigo viu outra coisa: fúria. Desejo. Possessão.

— Você é burro ou quer morrer? — Erik perguntou, com a voz baixa, controlada.

Rodrigo engoliu em seco. — Eu precisava sair. Pensar. Sozinho.

Erik se aproximou lentamente, até parar diante dele. Retirou uma faca pequena do bolso e, com cuidado perigoso, passou a lâmina sobre a corda, libertando os pulsos de Rodrigo.

— Sozinho? Aqui fora? — Ele jogou a faca no chão e cravou os olhos nos dele. — Você quer ser caçado?

Rodrigo tentou se levantar, mas Erik o empurrou de volta na cadeira, agarrando-o pela mandíbula.

— Eu devia te deixar aqui. Mas você... — O tom da voz baixou ainda mais — ... você me tira do controle.

A tensão entre eles explodiu. Erik inclinou o rosto e beijou Rodrigo com força, invadindo sua boca como se quisesse provar sua alma. Rodrigo respondeu na mesma intensidade, mordendo, puxando, gemendo baixo.

Erik puxou as calças de Rodrigo com brutalidade, ajoelhou-se à sua frente e o olhou de baixo com os olhos ardendo.

— Sabe o que eu faço com homens que desobedecem? — sussurrou.

Rodrigo apenas encarou, desafiador. — Mostra.

E Erik mostrou.

Com a boca e as mãos, ele tomou Rodrigo como se estivesse marcando território, sem pressa, mas com uma firmeza que beirava a violência — e ainda assim, era prazer puro. Rodrigo gemeu alto, cabeça tombada pra trás, os dedos cravando nos braços da cadeira enquanto o calor subia até os ossos.

Depois, Erik se levantou, tirou o cinto com um puxão seco e virou Rodrigo de costas na cadeira, forçando-o a apoiar os braços no encosto. Com um movimento rápido, abaixou suas próprias calças e pressionou o corpo contra o dele.

— Você não é meu prisioneiro — murmurou ao ouvido de Rodrigo. — Mas é meu.

Rodrigo estava quente, suado, ofegante. A entrada de Erik foi lenta, dominadora, e o grito que escapou da boca de Rodrigo não foi de dor, mas de puro vício. Ele queria aquilo. Precisava daquilo.

Os corpos batiam forte, o som das estocadas ecoando pelo porão abafado. Rodrigo gemeu alto, jogando a cabeça pra trás, e Erik cravou os dentes em seu ombro, marcando a pele.

O clímax veio como uma explosão: suado, sujo, selvagem. Rodrigo caiu sobre a cadeira, os músculos tremendo, a respiração descompassada. Erik ainda ofegava, com o rosto colado em suas costas.

Por um momento, só o som do silêncio. Nenhum deles disse nada.

Até que Erik se afastou, limpando a boca e vestindo a camisa devagar. Os olhos voltaram ao tom frio.

— Te pegaram porque você foi burro. Da próxima vez, talvez eu não chegue a tempo.

Rodrigo se levantou devagar, ajeitando as calças. Seus olhos ainda estavam vítreos, zonzos da intensidade.

— Da próxima vez, talvez eu deixe me pegarem. Só pra ver o quanto você se importa.

Erik virou de costas, mas antes de subir as escadas de ferro, lançou a frase como um soco:

— Eu me importo mais do que deveria. E isso... me assusta pra caralho.

Rodrigo ficou ali, parado, entre a dor e o desejo, o corpo ainda quente da foda e a mente em chamas.

Estava afundando. E sabia disso.

Mas talvez fosse tarde demais pra voltar à superfície.

oi gente eai tao gostando ? espero que sim! esse aqui e a pedido de um seguidor na rede vizinha ent ta mais focado no que ele pediu muito hot e tals

Capítulos
1 sinopse
2 chegada em Velmir
3 sangue na escuridão
4 a marca de Erik
5 armadilha de sombras
6 fodido de prazer
7 entre a vida e a dor
8 Cicatrizes Queimando
9 Sangue Silencioso
10 Herança de Sangue
11 A Visita do Passado
12 o menino sem nome
13 Debaixo da superfície
14 No nome dele
15 Nome esquecido, dor inesquecível
16 Tudo que ainda doi
17 fome e promessa
18 primeira vez
19 a verdade que mata
20 fênix
21 Ecos de Um Ventre Silencioso
22 O Peso do Que Nasce
23 O Legado Queimado
24 O Juramento no Fogo
25 Um Nome, Um Lar, Um Futuro
26 Um nome, Um Lar, Um Futuro (Parte 2)
27 O Nome Dela é Futuro
28 Um Nome, Um Susto
29 O Peso do Poder
30 O Sangue Oculto
31 forca e pressao
32 O Retorno do Trono e o Peso da Recuperação
33 O Trono Firmado e o Nascimento de Amaya
34 O Início de Uma Nova Era
35 o Reino de Amaya
36 Correntes Invisíveis
37 Entre Fraldas e Facas
38 Respirar sob Guerra
39 Os Dois Lados Da Guerra
40 O Coração da Guerra
41 sangue por sangue
42 Fogo cruzado
43 sentença de sangue
44 Entre ruinas e estratégias
45 Trono de sangue
46 Fogo cruzado
47 sangue e poder
48 o preço da vitoria
49 O resgate impossivel
50 sangue, fogo e mar
51 desmoronar
52 tempestade em terra firme
53 o despertador da fúria
54 corrida pela vida
55 silêncio e cicatrizes
56 Paz iniciada
57 Escolha
58 vencemos
59 finalmente nos dois
60 silêncio
Capítulos

Atualizado até capítulo 60

1
sinopse
2
chegada em Velmir
3
sangue na escuridão
4
a marca de Erik
5
armadilha de sombras
6
fodido de prazer
7
entre a vida e a dor
8
Cicatrizes Queimando
9
Sangue Silencioso
10
Herança de Sangue
11
A Visita do Passado
12
o menino sem nome
13
Debaixo da superfície
14
No nome dele
15
Nome esquecido, dor inesquecível
16
Tudo que ainda doi
17
fome e promessa
18
primeira vez
19
a verdade que mata
20
fênix
21
Ecos de Um Ventre Silencioso
22
O Peso do Que Nasce
23
O Legado Queimado
24
O Juramento no Fogo
25
Um Nome, Um Lar, Um Futuro
26
Um nome, Um Lar, Um Futuro (Parte 2)
27
O Nome Dela é Futuro
28
Um Nome, Um Susto
29
O Peso do Poder
30
O Sangue Oculto
31
forca e pressao
32
O Retorno do Trono e o Peso da Recuperação
33
O Trono Firmado e o Nascimento de Amaya
34
O Início de Uma Nova Era
35
o Reino de Amaya
36
Correntes Invisíveis
37
Entre Fraldas e Facas
38
Respirar sob Guerra
39
Os Dois Lados Da Guerra
40
O Coração da Guerra
41
sangue por sangue
42
Fogo cruzado
43
sentença de sangue
44
Entre ruinas e estratégias
45
Trono de sangue
46
Fogo cruzado
47
sangue e poder
48
o preço da vitoria
49
O resgate impossivel
50
sangue, fogo e mar
51
desmoronar
52
tempestade em terra firme
53
o despertador da fúria
54
corrida pela vida
55
silêncio e cicatrizes
56
Paz iniciada
57
Escolha
58
vencemos
59
finalmente nos dois
60
silêncio

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