Com os goblins derrotados, um silêncio tenso preencheu a câmara, quebrado apenas pela respiração pesada de Yoru e Akari. Yoru, ainda sentindo o formigamento da energia recém-adquirida, notou que onde os corpos dos goblins haviam se dissolvido, pequenas pedras translúcidas, de um brilho azulado suave, jaziam no chão.
[Yoru]: "O que é isso?" Ele se abaixou\, pegando uma das pedras. Era fria ao toque\, mas parecia vibrar levemente em sua palma.
[Akari]: "Pedras de mana." Akari explicou\, já recolhendo as suas com um movimento prático. "São restos da energia mágica dos monstros das dungeons. Valem algum dinheiro nas cidades\, e cultivadores podem usá-las para repor um pouco da energia. São raras fora daqui."
Yoru assentiu, guardando as suas. A distinção entre os monstros de dungeon e os de fora começava a fazer sentido.
[Akari]: "Vamos. Esta é apenas a entrada. Ruínas como esta costumam esconder mais perigos."
Eles avançaram para o túnel que a porta havia revelado. A escuridão era quase absoluta, forçando Akari a manter sua esfera de luz flutuante mais próxima, revelando a cada passo inscrições antigas nas paredes, contando uma história em símbolos esquecidos.
O corredor sinuoso logo os levou a uma nova seção. Desta vez, não havia monstros à vista, mas o chão estava irregular e o teto, baixo em alguns pontos, parecia pontilhado de minúsculos orifícios. Yoru sentiu um leve arrepio na espinha, uma intuição.
[Yoru]: "Espere." Ele estendeu a mão\, parando Akari.
A tela do Sistema, invisível para Akari, permaneceu em branco, mas a sensação em Yoru era clara. Algo estava errado. Ele se agachou, passando a mão pelo chão empoeirado, sentindo as irregularidades.
[Akari]: "O que foi agora? É alguma de suas 'sensações'?" A pergunta dela era retórica\, com um tom de impaciência\, mas ela não avançou.
[Yoru]: "Armadilhas." Yoru murmurou\, os olhos varrendo o teto. "Esses buracos... e o chão está estranho aqui."
De repente, um dos símbolos na parede, que antes parecia inerte, piscou com uma luz avermelhada. Um som sibilante cortou o ar, e flechas dispararam dos buracos no teto, zunindo para onde eles estavam.
Akari reagiu com reflexos incríveis, brandindo sua espada para desviar algumas flechas, enquanto Yoru se jogou para o lado, rolando para trás de um pilar caído. Uma das flechas ricocheteou perigosamente perto de sua cabeça.
[Akari]: "Por que não avisou antes?!" Ela gritou\, a voz tensa\, enquanto se movia agilmente para evitar uma nova saraivada.
[Yoru]: "Eu senti! Não tive tempo de analisar!" Ele se viu em apuros novamente\, sem uma arma decente. Enquanto as flechas continuavam a chover\, Yoru notou um brilho fraco vindo de debaixo dos escombros do pilar onde se abrigava. Era a empunhadura de algo metálico.
Com um puxão rápido, ele tirou uma adaga simples, mas bem feita, de um nicho oculto na base do pilar. A lâmina era de um metal escuro e polido, e a empunhadura parecia perfeitamente moldada para sua mão. Uma estranha sensação de familiaridade o percorreu ao segurá-la. O Sistema permaneceu em silêncio.
[Yoru]: "Consegui uma arma!" Yoru anunciou\, girando a adaga na mão. Não era uma espada\, mas era melhor que nada.
[Akari]: "Ótimo! Agora use-a!"
Eles tinham que avançar, mas as flechas tornavam o caminho perigoso. Yoru olhou para os buracos no teto, depois para os símbolos nas paredes. Eles paravam de piscar e as flechas cessavam por alguns segundos, antes de recomeçar.
[Yoru]: "Os símbolos!" Ele gritou\, apontando para as paredes. "Quando eles brilham\, as flechas disparam! Deve ser um padrão!"
Akari, que estava desviando com uma agilidade impressionante, olhou para os símbolos. Seus olhos se arregalaram. [Akari]: "É um antigo dialeto mágico! Eles representam... sequência! Quatro símbolos para a armadilha!"
Eles precisavam decifrar o padrão para desativar a armadilha. A cooperação forçada continuava, e agora, com uma adaga em mãos, Yoru sentia-se um pouco mais preparado para o que viesse a seguir nesta traiçoeira Ruína Silenciosa.
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Atualizado até capítulo 39
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