Capítulo 4 - A realidade: Nua e crua (Parte IV)

O motivo de haver somente camponeses naquela região, foi o que aconteceu ali a uns anos  atrás. Uma grande praga devastou aquele lugar depois da Wars Troys, e por conta disso, os próprios moradores perto da vila não queriam de jeito nenhum ter contato com aquele  local; os camponeses vinham de todo o lugar do reino, queriam trabalho, para sustentar  suas famílias, independente da situação. 

Enquanto Nick e sarah estavam indo em direção a vila, algumas pessoas estavam  saindo para trabalhar. 

Esta vila ficava muito longe da capital, desta forma, a probabilidade de terem ouvido alguma explosão , foi quase nula.

Uma família, que tinham se mudado recentemente para o local, já tinham conseguido trabalho em pouco tempo. E, naquela mesma manhã, estavam se preparando para ir trabalhar no campo, que ficava a poucos minutos dali.

— Papai, hoje eu quero ajudar a mamãe na colheita, posso ir? — Falou Katsuo Yamazaki,  que a poucas semanas havia chegado nesta vila, chamada de Tori, com seus pais e sua irmã  mais nova. 

— Claro Mazaki, vá e ajude sua mãe — Falou o pai de Katsuo, que o chamou pelo seu  apelido, que era somente quase metade do seu sobrenome. 

Enquanto corria para ajudar sua mãe, que já havia saído um pouco mais cedo para colheita  junto com outros camponeses, avistou ali um clarão, e em seguida uma explosão  aconteceu onde se encontrava o plantio de batata. Era exatamente uma cabana, feita de  tronco de árvore e como telhado, usavam folhas secas de uma grande árvore que ali  existia. 

— O q-que foi isso? — Mazaki se assusta. 

Logo, uma preocupação repentina tomou conta dele; era ali, onde sua mãe trabalhava; sem pensar, correu o mais rápido que ele pôde. E, em alguns minutos, ao chegar perto, viu alguns trabalhadores caídos pelo chão, uns gritando por socorro, outros correndo desesperados, porém, nada o prepararia para o horror que veria a seguir.

— Tio, onde está minha mãe? — Questiona a um conhecido da família.

— Mazaki, saia daqui agora. — Disse um dos sobreviventes, correndo desesperado e sangrando.

Ele se importava apenas com uma situação…

Onde estava sua mãe?!

(...)

Por favor, alguém sabe onde minha mãe está? — Ele  pergunta a aqueles que estavam no chão, e é avisado que sua mãe estava dentro da casa de  plantações quando uma explosão aconteceu.

Logo, se desesperou. Foi o mais rápido  para a cabana,  mesmo com todo aquele fogo se alastrando por todo aquele local. 

— Mãe, onde está?— Gritou, se esquivando do fogo imenso que ali estava. — Mamãe?

Adentrando um pouco mais a fundo, viu que haviam três pessoas ali dentro. Dois deles estavam ambos com sobretudo longo,  capuz na cabeça e algo acobertando seus rostos. Um emblema era muito visível em uma das roupas que dizia ¹Satsujin no senmoka – Kattã¹. 

— Quem está aí? — Perguntou, em voz alta, enquanto tossia.

Uma voz, um pouco rouca e masculina ecoa. 

— Ei, Ei, Ei Garotinho, por que está aqui? Não gosto da ideia de crianças em lugar de gente  grande, e na hora errada. — Disse Nick Slavor, conhecido em seu grupo por ser um mago  mutilador de pessoas. 

— Quem é você? Cadê minha mãe? — Questionou.

A fumaça, por um momento, se dispersou.

Seus olhos começaram a se arregalar lentamente.

— Sua mãe? Não sei quem é garoto, mas esta mulher aqui, vou fazer picadinho dela. — Nick segurava aquela mulher pelo cabelo enquanto ela estava ajoelhada. 

O garoto congelou. 

— Mamãe? N-Não, por favor! — Levantou a mão em direção a ela. — Te imploro, não mate  minha mãe! — foi se aproximando um pouco pensando que talvez pudesse parar aquele  rapaz, mas logo foi repreendido pela mãe para ficar quieto. 

Ele estava diante de uma cena que poderia marcar sua vida, era a primeira vez que se  deparava com aquele tipo de situação.

— Nick, seu malvado! — Disse Sarah. — Por que está fazendo isso? É só uma criança, poxa.

 Ela anda alguns metros, lentamente até Mazaki.

— Calma, garotinho. — Disse ela, passando sua mão na cabeça dele, em forma de carinho.

Após isso, Sarah se virou e voltou ao lado de seu parceiro.

— Já sei, mostra para ele o que acontece quando um homem não consegue nem proteger a  mamãezinha dele. — Apontou para a faca de Nick e sorrindo. — Passa a faquinha da  felicidade nela. 

A expressão do garoto muda drasticamente, observando cada segundo daquela cena.

Enquanto ele estava ali com aqueles dois, sem saber o que fazer. Pensando que tanto  sua mãe e ele poderiam morrer ali mesmo… começou a gritar desesperadamente, pedindo  socorro. 

— Alguém? alguém nos ajude.  

— Ninguém vai te ajudar garoto, quem em sã consciência iria ajudar um bando de  camponeses imprestáveis? — Disse Nick, sorrindo. 

— Alguém, por favor, nos ajude! — Continuava a gritar. 

— Mata logo essa mulher, e vamos embora que está ficando sem graça já, e o Simon vai  brigar com a gente. — Disse Sarah, já impaciente. 

— Sim, sim, princesa Medusa. 

Sara Bolchevisk Canor era uma maga peculiar. Era visível uma aura de água e terra ao redor dela. Diziam que sua magia petrificava até a alma de quem a desafiava.

Nick, sem qualquer remorso ou compaixão, começou a tirar sua faca que estava presa a  perna direita, para cortar o pescoço da mãe de Mazaki. 

Sabendo que iria morrer ali, a mãe dele dá suas últimas palavras antes de morrer . 

— Meu menino, não se preocupe. — Começou a chorar desesperada. — A mamãe ama  muito você, cuida bem do papai e da irmãzinha, seja gentil como você sempre foi, viu? A  mamãe vai cuidar de vocês lá de c... 

— Tsc, já deu o que tinha que dar. — Sem hesitação, Nick passa a faca no pescoço dela lentamente na  frente do garoto. 

Sangue escorria lentamente pelo seu pescoço, enquanto começava a se engasgar.

— Não, não, não... — Uma cena horrível estava acontecendo em sua frente, mas não  conseguia se mexer, não podia fazer nada. 

— Agora, falta só você, garotinho, seja bonzinho e venha aqui. — Disse Sara levantando a  mão e se aproximando de Mazaki. 

Neste momento, ele estava completamente paralisado diante daquela cena. Ele caiu de joelhos no chão, apenas observando sua mãe agonizando e morrendo lentamente. Seus olhos estavam trêmulos, lágrimas caiam como uma chuva densa.

Porém, ali,  uma forte luz brilhou dentro da cabana e rasgando o teto, caiu um raio de cor azul diante dele e daqueles dois. 

— Parece que nossos visitantes indesejáveis estão se divertindo, matando pessoas e  destruindo famílias. — Falou Mitsu em tom de raiva, desgosto e não estava nem um pouco  contente com a situação. — DAQUI... VOCÊS NÃO SAEM VIVOS! — Bradou.

O Capitão havia escutado o pedido de socorro do garoto, é como se Stugart já soubesse do  que aconteceria ali, foi algo inacreditável ou um pouco estranho. Logo, o capitão se  desculpa com o garoto, por não ter chegado antes. 

— M-minha Mãe, min.... — Mazaki se senta no chão se tremendo e apontando em direção  de sua mãe, tentando entender o porquê daquilo estava acontecendo. 

Nick olha atentamente para o garoto e lhe fala palavras que jamais ele esqueceria, foi  humilhado de uma forma inaceitável, e aquele capitão que havia ali chegado, escutou por  alguns segundos, aquelas palavras, sendo ditas para um garoto que poderia ficar com  trauma para sempre. 

— Garotinho, de homem para homem, apenas escute bem o que vou te dizer, a realidade  dessa vida medíocre que você leva com essas pessoas é surpreendente, e você nem sequer  conseguiu proteger alguém. Mas, não se preocupe, muito mais do que isso, a palavra que te  define perfeitamente é FRACO. — Disse calmamente, enquanto sorria com Sara. 

— Ei, Garoto! — Mitsu coloca a mão em seu ombro. — Tem mais alguém aqui com você? — Questionou.

Assim que Mitsu adentrou o local, uma pequena fumaça e poeira se levantaram, dificultando ver quem estava no chão.

— Minha mae… — Mantinha seus dedos apontados para o chá, onde sua mãe já morta estava.

Mitsu virou rapidamente, já entendendo a situação. Mas, já era tarde.

— Sua mãe? 

Mazaki apenas balançou sua cabeça em forma positiva, com seus olhos parado e olhando para um ponto fixo.

— Me perdoe, tentei  chegar o mais rápido que pude. — Falava enquanto olhava atentamente pra ele, vendo-o  com aquele rosto de uma criança que ficaria com um trauma por toda a vida. — Mas, não  se preocupe, eu vingarei sua querida mãe e todos aqui que perderam suas vidas, e estes  dois, não saíram daqui impune.

A aura de Mitsu era tão forte, que com sua presença, o fogo baixou rapidamente.

— Pela vida das pessoas inocentes que você tiraram hoje… será paga com sangue.

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Comments

°.•Ichigo•.°

°.•Ichigo•.°

carambaaaaaaaa, isso PRESCISA de uma continuação!

2025-06-11

1

Elain

Elain

O amor presente na história me fez acreditar novamente.

2025-06-11

1

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