Capítulo 2°

Eu volto para a cama. Quando ouço a música do piano ressonar fracamente, eu sorrio. A música é muito sombria para eu dormir, especialmente após a interação que acabei de ter com o Peter. Ele é tão bonito, mais ele parece tão desesperado! Como se parte dele não estivesse realmente aqui, no mundo real, comigo. Parece me enfeitiçar como se fosse mais mágico do que humano. Eu não sei porque, mas eu me sinto conectada à ele. Por mais uma hora, eu o escuto, incapaz de adormecer. O Peter toca à noite toda? Ele não dorme...?

"Quem é você, Peter?... Você parece um diamante negro, tão brilhante e tão escuro..."

Como não consigo dormir, digo à mim mesma que a melhor maneira de pegar no sono é ler, esquecendo os pensamentos que estou obcecada. Eu escolho um livro fantástico cuja heroína é uma lutadora feroz contra as forças do mal. Eu adoraria ser tão forte e linda quanto ela. Eu me pergunto se eu também, um dia, estarei no centro de uma aventura assim... Eu olho para o meu celular e percebo que já está tarde.

"Vamos Mellanny, para a cama!"

Suspiro e tento adormecer novamente. Se eu não conseguir, eu vou ficar um caco amanhã. A música do Peter muda um pouco como se ele tivesse ouvido minhas lamúrias e quisesse me ajudar à dormir. A melodia é doce, como uma cantiga infantil, delicada e lenta. Sinto que ele quer me forçar à dormir. Essa música me faz esquecer o desconforto que a mansão me causa. Olho pela janela. A lua está cheia. Então eu vejo os movimentos de deslumbrantes asas brancas no céu. É ela. Desde que cheguei à Mystery Spell, uma coruja tem me vigiado. Abro a janela para que ela perceba minha presença. Ela se aproxima e vem descansar no beiral da minha janela.

Eu à considero uma presença reconfortante neste lugar estranho. Eu tento acariciá-la. E ela não se afasta. Meu relacionamento com este animal é tão especial que eu até lhe dei um nome. A White dá um pio de satisfação é voa novamente. Ela se afasta na floresta que se estende atrás do jardim da mansão. Fecho a janela e volto e me sento com as pernas cruzadas na minha cama. Eu fecho meus olhos e foco novamente na melodia que o Peter está tocando. Pouco à pouco, eu consigo dormir.

...♦♦♦...

Hoje estou de volta à faculdade! Eu adoro andar por esses corredores cheios de alunos borbulhando de energia! Já tenho alguns hábitos. Eu vou à cafeteria para encontrar a minha nova amiga, Sarah. A Sarah é feliz, otimista e divertida. Ela é como a luz do sol em meus dias cinzentos pontuados pelas explosões emocionais da família Bartholy. Às vezes, na mansão, me sinto solitária. Ela sempre sabe como me animar. Antes de encontrá-la, vejo o Logan e a Samantha discutindo na frente do prédio. 

Samantha: Você disse que viria comigo!

Loan: Eu nunca disse isso, pare de fazer uma cena!

Eu não sei do que eles estão falando, mas isso não soa muito apaixonante. O Loan é o cara popular da universidade, o colírio do time de futebol. Basicamente um clichê! Nós trocamos poucas palavras, mas eu consegui descobrir o quanto ele gosta de bancar o playboy. A Samantha é uma bela loira com curvas generosas, líder de torcida do time. O segundo clichê da escola. Ela tem um temperamento maldoso. Ela odeia quando as pessoas se aproximam dela quando ela está com o Loan, que ela considera seu namorado.

Samantha: Não vou embora sem você! 

Loan: Tudo bem, fique aqui então.

Ninguém pode ser tão estúpido! O Loan percebe que eu estou os observando. Ele parece envergonhado e, nervosamente, passa uma mão pelos cabelos. Sem uma palavra, ele sai, deixando a Samantha sozinha.

Samantha: Volte aqui, não terminei com você!

"Que rainha do drama!"

...♦♦♦...

Eu vejo a Sarah sentada em uma mesa da cafeteria tomando um refrigerante. Eu à chamo.

Mellanny: Sarah, como você está?

Ela se vira para mim com um sorriso radiante. 

Sarah: Mellanny, eu estava esperando por você, como você está?

Eu digo à ela o que acabei de ver, e ela cai na risada.

Sarah: Pobre Loan, uma vítima de seu sucesso...

Mellanny: Ele realmente não é o meu tipo, e você?

Sarah: O mesmo para mim! Muitos músculos com nada na cabeça...

Mellanny: Eu vejo que temos o mesmo gosto!

Ela sorri para mim de forma encantadora.

Sarah: Sim, estamos sempre no mesmo comprimento de onda, e eu gosto disso! 

A Sarah me dá uma piscadela e não posso deixar de corar um pouco. Eu vejo o Peter no fundo, sozinho como de costume. As meninas estão o observando de longe, mas ninguém se atreve a se aproximar dele. Ele está totalmente focado em um livro. Penso novamente em nosso confronto ontem. Agora sei que ele é capaz de encantar multidões com seus dedos habilidosos, mas eu prefiro manter esse segredo só para mim. Em um ponto, vejo que os caras do time de futebol se aproximam dele e começam à tirar sarro dele. Eles sussurram, olhando para ele e rindo. Odeio esse tipo de comportamento. O Peter não falou com eles, ele estava lendo calmamente no canto! Eu me levanto e me aproximo deles, os punhos nos quadris.

Mellanny: Você acha engraçado? Você tem oito anos ou algo assim? 

Eles imediatamente param. O Peter olha para mim por um momento, surpreso com minha intervenção, mas não diz nada. De repente, o relógio da cafeteria me chama atenção. É hora da minha aula de mitologia! É melhor me apressar! Eu me viro desajeitadamente para voltar à minha mesa, de frente para uma Sarah divertida.

Mellanny: Estamos atrasadas!

Esta aula é importante para mim. Eu cheguei à esta universidade especialmente por causa deste assunto... Eu carrego um grande segredo. Algo que não consigo falar com ninguém, ou eu seria presa. Desde que me lembro, testemunhei fenômenos paranormais que vão além de mim... Há outro mundo, paralelo ao nosso, que evolui com suas próprias regras... Preciso aprender mais sobre isso e encontrar respostas para as minhas perguntas. Eu também preciso aprender um pouco sobre mim mesma... Por que eu recebi esse dom.

Por que eu e não outra pessoa? Estou prestes à deixar a cafeteria com a Sarah, mas sinto que alguém me observa. Eu viro. Eu vejo os olhos verdes do Peter em mim. Me pergunto o que ele pensa de eu sair com a Sarah. Eu me pergunto o que ele pensa sobre ela. Afinal, ele está em Mystery Spell por muito mais tempo do que eu. Enquanto nossos se encontram, ele não desvia o olhar e, pela primeira vez, vejo um sorriso fino nos seus lábios perfeitos. Chocada, eu me viro, com meu coração batendo rápido. O que acabou de acontecer? 

...♦♦♦...

A Sarah e eu estamos sentadas no anfiteatro e esperamos pelo professor. Eu já tive várias aulas com ele, e devo admitir que ele é bastante sexy. A maioria da classe é composta por garotas que vêm exclusivamente para babar nele. Não são os meus olhos de âmbar estranhos que me atraem, mas sim o que ele tem para nos ensinar.

"Bem, eu admito que eles são uma vantagem!"

Quando ele entra no anfiteatro, ouço sussurros e suspiros arrebatados. Ele tem cabelos pretos, muitas vezes desgrenhados, com alguns fios azuis, e ele expõe uma aura selvagem, quase animalesca, que não passa despercebida. Mesmo que ele seja bastante encantador, ele ainda é nosso professor. Não consigo me imaginar atravessando essa linha! Surpresa, vejo o Peter atentar-se na parte de trás da sala. Não posso evitar, seu lado reservado e misterioso me fascinam! Ele me ignora, seus olhos mergulhados em um livro mais uma vez. Suspiro, um pouco frustrada. Me pergunto por que ele decidiu fazer esse curso específico. Ele é quase o único menino na sala. No entanto, percebo que o professor, Sebastian Jones, olha para ele por um momento. Com seus olhos de predadores.

"Eles se conhecem?"

Ele retoma rapidamente o curso. Esta semana estamos falando de vampiros: Mitos e Lendas sobre eles. Vampiros, seu poder de atração, seu lado misterioso... Devo admitir que tudo isso é fascinante para mim. O professor Jones explica que a data exata da aparição dos mitos dos vampiros, provavelmente na antiguidade, não é conhecida. Vampiros estiveram presentes na imaginação popular na Europa desde o século XII. Naquela época, eles eram mais como mortos-vivos do que sanguessugas. Mas está acima de todas as doenças, como a raiva, por exemplo, dos assassinatos em série popularizando a lenda, tornando-a universal.

Aparentemente, alguns assassinos em série naqueles dias bebiam o sangue de suas vítimas por nenhum motivo particular. Foi o que deu à luz a idéia de vampiros. Eu estremeço de excitação com tudo fora do comum! Ele então explica que, mesmo que o mito varie de um país para outro, os vampiros tem vários pontos comuns... Sua necessidade de sangue para sobreviver, a longevidade e a falta de apetite por comida mortal... Estranhamente, esse pensamento me faz pensar nos irmãos Bartholy... A angústia envolve meu coração. Eu tenho vivido com eles por duas semanas e nunca os vi comendo algum alimento. A Lorie nunca come o que eu preparo para ela. Seus irmãos à desculpam, explicando que ela é muito exigente.

"De primeira, na verdade não me surpreendeu..."

Essa situação estranha pode passar despercebida na escola, mas não se vivemos com eles todos os dias. Sem poder me parar, olho para o Peter. Ele é mais expressivo do que o habitual. Franzindo o cenho, ele não parece feliz. E ao mesmo tempo, um brilho de tristeza cintila em seus olhos verdes.

"O que o deixa tão tenso?"

Enquanto o professor explica que os vampiros são muitas vezes vistos como seres monstruosos, incapaz de conter seus impulsos, o Peter se levanta abruptamente. Ele pega as suas coisas e sai da sala.

"Qual é o problema dele?"

Eu noto que o professor Jones faz uma pausa e vê o Peter sair com um sorriso malicioso, ele retoma a aula. Tem realmente alguma coisa acontecendo entre eles! Eu percebo que não sou a única à observar o que está acontecendo. Uma jovem, à quem não conheço, está olhando a porta que o Peter acabou de bater. Em seus olhos, posso ver que a reação dele à incomodou tanto quanto eu. Ela tem um visual muito peculiar. As mechas pretas longas de misturam com fios de cabelos loiros platinado. Seus grandes olhos azuis também são bordados de ébano. A aparência meio emo, maquiagem forte, tudo o que eu não gosto muito. Ela percebe que eu a estou observando e nossos olhos se encontram. Eu lhe dou um pequeno sorriso porque não quero parecer grosseira. Ela me ignora descaradamente e volta sua atenção para a aula.

"Legal!"

Nunca à vi antes. Ela é nova na escola? Ela acabou de chegar aqui? Eu acho que eu teria notado, considerando sua aparência! Ela também parece muito interessada no que o professor diz sobre vampiros. Ela toma nota à velocidade da luz.

Mellanny: Ei, Sarah, você conhece aquela garota lá de cabelo loiro?

Ela se volta para a jovem e à olha por um momento, sem dizer nada. Ela parece muito surpresa.

Sarah: Nunca à vi antes, e ainda pensei que conhecesse todos aqui. Ela definitivamente chegou à pouco. Porque?

Mellanny: Sem motivo. Nunca à vi nessa aula, então eu me perguntei se você a conhecia, só isso.

A Sarah não parece acreditar em mim. Ela olha para a garota atrás de nós, e depois acaba deixando para lá e redireciona sua atenção para o professor. Eu também me concentro na aula, ansiosa para aprender mais sobre vampiros. Ele explica que, de acordo com as crenças mais comuns, os vampiros não tem medo de cruzes ou alho. Por outro lado, o sol que não os queimam, pode diminuir seus poderes. Eles também precisam ser convidados para entrar na casa de alguém. Eles geralmente são mais fortes, mais qualificados e mais rápidos que os humanos. E eles têm uma habilidade surpreendente para seduzir e cativar suas presas, para melhor possuí-las.

Francamente, quem não sonhou em ser imortal, de ser mais forte e mais rápido? Na verdade, é uma espécie de super-heróis com dentes afiados! A aula termina e me deixa cheia de perguntas. Eu sei por experiência que a magia existe. Então os seres sobrenaturais provavelmente devem existir também... Uma pergunta congela meu sangue: e se eu topei com uma família de vampiros? Os Bartholy são realmente quem eles afirmam ser...? Essa idéia da arrepios nas minhas costas. Eu acho que estou tremendo. A Sarah me observa pelo canto de seus olhos.

Sarah: Você está bem, Mellanny?

Mellanny: Sim, nada sério, estou cativada pela aula, só isso! - eu minto.

Ela olha para mim por um momento sem dizer nada, mais séria do que o habitual para ela.

Sarah: Você acredita em vampiros?

Mellanny: Vampiros? É apenas uma história para assustar crianças, nada mais que isso.

Ela parece pensativa.

Sarah: Eu acredito neles, e acho que devemos ser mais cautelosos com o que nos rodeia. As pessoas ficaram muito cínicas para perceber que estão ameaçadas.

Seu tom me surpreende. Ela nunca falou comigo tão a sério, e ainda estamos falando de vampiros!

Mellanny: Você acha que os vampiros são fundamentalmente ruins?

Sarah: Eles bebem sangue humano... Então, obviamente, eles são ruins!

Não respondo, pensando. A Sarah parece odiar os Bartholy por algum motivo desconhecido. Talvez ela pense que eles são vampiros? Afinal, ela acabou de me dizer que ela acredita neles. Mas ela teria me dito isso de qualquer maneira, certo?  Nos vemos com frequência e começamos a confiar uma na outra. Se eu vivesse sob o mesmo teto que vampiros, ela certamente me avisaria... Eu vou ter que fazer minha investigação para esclarecer isso! A Sarah muda sua expressão e seu sorriso estelar reaparece em seus lábios.

Sarah: Por sinal, não esqueça que este fim de semana tem a celebração de Halloween em Mystery Spell! As ruas e os bares estão decorados, pode ser divertido ir!

Halloween, em uma cidade tão misteriosa, promete bons momentos de medo e risada.

Mellanny: Eu mal posso esperar! Vamos fazer uma caçada aos monstros?

Sarah: Nós vamos nos divertir, você vai ver, eu participo desde que era pequena, e todos os anos eu fico maravilhada.

Em qualquer caso, sair da mansão um pouco não vai me fazer mal. Digo adeus à Sarah e prometo encontrá-la na festa do Dia das Bruxas. Afinal, você só vive uma vez!

Continua....

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