Ato VIII
Te encontrar foi tropeçar no improvável,
esbarrar no destino sem pedir licença,
como quem anda distraído
e de repente se vê sorrindo por razões que não sabe explicar.
Teu nome virou prece.
Tua voz, melodia.
Tua presença, abrigo.
E é doce, amor, tão doce...
Como o cheiro do café pela manhã,
como o som da chuva no telhado,
como teu sorriso dizendo sem dizer:
"Fica, porque aqui é teu lugar."
Ato IX
Teu corpo é mapa,
e eu me perco em cada linha que desenha teu existir.
Tua pele tem cheiro de lar,
teu abraço tem gosto de eternidade.
E há um fogo que nasce quando teus olhos me despem,
quando tua boca procura a minha,
quando teus dedos decifram os segredos da minha pele.
É desejo, sim.
Mas é também amor —
um amor que queima, que pulsa,
que faz do toque um ritual,
e do beijo, redenção.
Ato X
Se amar é arte,
tu és minha obra-prima.
Teus olhos, duas telas onde a vida se pinta mais bonita.
Tua voz, poesia que ecoa além das palavras.
Teus gestos, dança que o tempo jamais esquecerá.
O amor que mora entre nós
é feito de eternidade disfarçada de cotidiano.
E se me perguntarem o que é a beleza,
direi teu nome,
porque em ti encontrei a definição perfeita do que é viver,
e viver amando.
Ato XI
Amar em tempos modernos é resistência.
É te amar entre prazos, metas, boletos e cafés às pressas.
É mandar “chegou bem?” no meio do expediente,
é trocar áudios longos,
é discutir sobre qual série assistir,
e fazer as pazes pedindo pizza.
Nosso amor não vive nas cartas de papel,
mas mora nos prints guardados,
nos “olha isso, lembrei de você” enviados no meio da correria.
E mesmo que o mundo gire rápido demais,
em ti eu desacelero.
Tu és meu refúgio em meio ao barulho.
Ato XII
Há dias em que o amor se faz silêncio.
Quando o abraço demora mais que o habitual,
quando o olhar procura resposta,
e as mãos se tocam só pra não esquecer que estamos aqui.
Nem todo dia é feito de sol.
Às vezes chove dentro,
às vezes venta tanto que parece que vamos desabar.
Mas é nesses dias, amor,
que eu mais te amo.
Porque mesmo nas rachaduras,
nós escolhemos permanecer.
E permanecer...
é o jeito mais bonito que o amor tem de dizer:
"Eu não vou embora."
Ato XIII
Se amar é verbo,
contigo ele se conjuga no presente, no futuro, no sempre.
Tu és meu motivo, meu caminho, minha estação preferida.
És inverno e coberta,
verão e mar.
Primavera em flor,
outono em cheiro de terra molhada.
Amar-te é não caber mais em mim,
é ser nós —
em cada amanhecer,
em cada despedida breve,
em cada reencontro cheio de sorriso.
És meu poema favorito,
minha prece mais bonita,
meu pedaço de eternidade
num mundo que insiste em ser passageiro.
Ato XIV
E se o mundo acabar, amor,
que acabe aqui —
no abraço onde o universo inteiro se esconde,
no beijo que faz esquecer qualquer fim,
no olhar que diz, sem nenhuma palavra:
"Somos mais que o tempo, mais que a vida, mais que tudo."
Porque te amar é isso —
é saber que mesmo quando tudo se apaga,
o que construímos segue aceso,
iluminando o que nem os deuses podem apagar:
— O infinito que existe entre eu e você.
^^^(E assim seguimos).^^^
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Atualizado até capítulo 93
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