Capitulo 2

Diogo

Quem me vê com a pose de dono do mundo não imagina que eu já fui um tolo idiota que fazia de tudo em nome do amor.

Há quem diga que o tempo cura tudo e que o amor faz bem as pessoas, um erro grave acreditar nisso. Acredito que cada um carrega consigo um trauma.

Agora eu não tenho escapatória, o aniversário de casamento dos meus pais estão chegando e com isso ja prevejo a minha mãe me encurralando nesse assunto.

Deus do céu preciso urgentemente da um jeito nesse problema. Tirando esse pequeno detalhe da minha família eu os amo.

Acordei esta manhã no horário de sempre para fazer a minha rotina matinal, fui ao banheiro tomar banho e após fazer a minha higiene pessoal eu fui ate o closet me vestir.

Após me vestir desci para a sala de jantar onde a Tina ja tinha preparado o café da manhã.

Estava quase terminando de comer quando a Tina retornou da cozinha e notei que ela queria me dizer algo.

- Esta tudo bem Tina?- perguntei olhando-a.

- Esta sim Senhor Diogo, na verdade é a sua irmã Senhor- diz ela cautelosa.

- O que ela queria?

- Ela insiste em falar com o Senhor, disse que é para o senhor retornar a ligação assim que possível- diz ela e eu suspiro entediado.

- Continua falando que vai me dar o recado, uma hora ela cansa- digo terminando de comer.

- Sim Senhor- diz calma.

Terminei de comer e me despedi da Tina, peguei minhas coisas e sai em destino a Empresa da família onde desde que tomei posse a uns anos atrás

Tenho me dedicado a manter sempre no topo como uma das melhores do país. Pouco tempo depois cheguei ao estacionamento da empresa, fui direto para o meu elevador.

Assim que sai do elevador vi a minha secretária em sua mesa fazendo seu trabalho. Passei por ela sem a cumprimentar como sempre e fui para a minha sala.

Não sei o porquê mas desde que a Srta. Sartori veio trabalhar na empresa eu sinto uma sensação estranha, um frio na barriga, minha boca seca e meu coração acelera, a primeira vez que senti isso fui ao médico com medo de estar tendo algo grave mas os médicos não acharam nada.

Enfim, não sei o que anda acontecendo comigo.

Depois de uns minutos escuto minha porta bater, sabendo que era minha secretária liberei sua entrada.

A figura de uma mulher de altura mediana e de cabelos castanhos claro entra na minha sala: Lucynda Sartori que é minha secretária a quase um ano entra na minha sala, ela trabalha para mim a mais tempo que qualquer outra que ocupou seu cargo anteriormente.

Observando-a vejo ela caminhar com cautela como se estivesse indo em direção a morte, talvez esteja nervosa como sempre aparenta quando se está na minha presença, não que eu seja alguém para se ter medo...

Enfim, percebi com o passar dos anos que causo esse efeito na maioria das pessoas, principalmente meus funcionários, mas nesse caso é bom temer pois qualquer deslize pode ser desastroso aqui na empresa.

Conforme caminha em direção a minha mesa reparei em seu corpo como sempre faço desde que eu tive o meu primeiro "piripaque": ela deve ter seus 1,65cm.

Ela tenta se cobrir o máximo que consegue mas nada esconder suas curvas e nuances, ela é um pouco magra e posso jurar que se alimenta mal, sua pela era morena clara de um tom que sugere ter pouco contato com o sol. Afirmo isso pois ela sempre tem os braços tampados com roupas de mangas compridas e raramente usa algum tipo de decote e ela tenta ao maximo usar calças no lugar de saias ou vestidos.

Seus longo cabelo castanho claro esta soltos o que destaca ainda mais seu tom de pele e com um batom que destaca o volume dos labios que esta... Franzi a testa disfarçadamente analisando mais um pouco os labios da minha secretária e vi que esta com um corte no canto inferior, achei estranho e não gostei nada do que vi mas resolvi não comentar.

Ela logo me passou meu cronograma e saiu da minha sala um pouco apressada vinte minutos depois sai para a primeira reunião do dia.

Durante a reunião tive algumas pequenas discussões devido a imprevistos da outra parte interessada, após concluir tudo e ambas as partes estar de acordo com o que foi resolvido.

Saí da sala de reunião exausto frustrado porque durante a reunião eu não parava de pensar no corte nos labios da Srta. Sartori e antes de entrar na minha sala ela me chamou a atenção.

- Senhor Marques.

- Fale- digo respirando fundo olhando-a.

- A sua irmã...- a interrompi.

- Ignore-a- falei e voltei a andar.

- Na verdade Senhor, ela esta esperando pelo Senhor em sua sala- disse cautelosamente e me virei para ela.

- Droga- resmunguei baixo em sussurro olhando para o chão- Esta bem, traga para mim uma xícara de café- falei olhando-a por um momento e depois sai.

Assim que entrei em minha sala minha irmã logo se apressou em falar.

- Ate que fim você voltou, estava quase indo embora- diz fingindo estar chateada.

- Oi para você também pirralha- digo a abraçando e ela rir.

De todos da minha família a Anna Bella é a que mais mantenho contato, apesar de estar a ignorando ultimamente. Ela é gentil e amigável com a maioria das pessoas à nossa volta e adora manter contato com todos.

- Seu chato- diz rindo me dando um tapinha na nuca me fazendo rir- Porque nao esta atendendo as minhas ligações ou me retornou como pedi? Deveria sentir vergonha por pedir a Tina que mentisse para mim!- diz se sentando novamente.

- Estou bastante ocupado ultimamente- menti novamente.

- Nao precisa mentir para mim Diogo, eu sei que você nao anda tao ocupado assim.- me olha chateada ao perceber que menti.

Antes que eu responda minha secretária bate na porta e libero sua entrada. Novamente ela vem andando nervosa mas tenta nao deixar transparecer.

Ela deixa meu café na mesa e se vira para minha irmã.

- Deseja alguma coisa Srta. Marques?- pergunta educadamente.

- Sim. Que você pare de me chamar assim. Já falei e nao ligue se ele reclamar- diz se referindo a mim- Somente isso, obrigada- diz e sorrir.

Como resposta minha secretária sorrir educada e faz menção em sair mas minha irmã a chama.

- Lucy- minha irmã a chama com total intimidade.

- Sim A..Anna Bella- diz nervosa olhando para mim e depois para minha irmã.

- Gostei do Batom, você poderia me falar o nome?- diz minha irmã curiosa.

Nesse instante eu vi minha secretária ficar branca feito papel como se tivesse visto um fantasma, ela imediatamente colocou a mão sobre a boca, mas precisamente a onde havia o corte e intercalou o olhar entre minha irmã e eu.

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