Melissa: Calma que ainda dá tempo... Digo imitando a sua voz.. Por acaso você se esqueceu quanto tempo de viagem a gente leva daqui pra Manhattan Moranguinho?
Lucy: Não, eu não esqueci, mas o facto de termos que madrugar pra o trabalho, não quer dizer que devo sair de casa de qualquer jeito não achas?.
Diz Lucy saindo do banheiro com a sua bolsa já em mãos e eu reviro os olhos pra ela, eu sou vaidosa, mas a minha amiga chega a exagerar às vezes, e perde tempo demais tratando da maquilhagem como se estivesse se arrumando pra um evento importante, e isso chega a me dar nos nervos, dou graças à Deus por só a aturar uma vez na semana.
Melissa: Tudo bem, vamos logo antes que se faça tarde.
Saímos as duas do nosso quarto e fomos para o da tia Helena onde as duas deixamos um beijo em sua testa enquanto ela ainda dorme.
Lucy e eu trabalhamos em horários diferentes, e enquanto o meu expediente de segunda à sexta é das 7h às 15h, ela entra às 10 horas e larga às 18 horas, ela folga às quintas-feiras, e decidiu também trocar a folga para sábado e trabalhar às quintas mas em um horário diferente do habitual, já que o restaurante também oferece serviço de pequeno almoço em 2 dias na semana, assim teria o final de semana para descansar da correria da semana, até nisso pensamos igual.
Enfim chegamos à tempo de pegar o metrô das 6 horas, e sentámo-mos no nosso lugar favorito "no meio do vagão", e quando o transporte atingiu a capacidade de passageiros deu partida e fomos conversando durante o trajecto sobre assuntos diversos.
(...)
Mais de meia hora depois, finalmente chegamos no nosso destino, saímos do metrô e fomos caminhando até os nossos locais de trabalho, graças à Deus chegamos a tempo e antes do início do expediente.
Lucy: Até depois Amor, nos vemos na hora do almoço.
Melissa: Até gata.
Nos despedimos com um abraço e cada uma foi pra o seu lado, o bom de tudo mesmo é que tanto o restaurante em que Lucy trabalha quanto a cafeteria não ficam distantes uma da outra, assim nos vemos sempre que podemos, inclusive almoçamos juntas algumas vezes.
São 6h: 49 minutos, adentro na cafeteria e já encontro clientes sentados e algumas colegas anotando seus pedidos. Me aproximo do balcão, saúdo Lucas que é o responsável pelo caixa e Imediatamente me dirijo para o trocador, onde registro a minha chegada no Relógio de Ponto Electrónico "por biometria", só depois pouso a minha bolsa e retiro o meu avental da gaveta com o meu nome estampado, faço um coque no cabelo e coloco a touca.
Saio do trocador juntamente com o meu bloquinho de notas, e vou para o andar de cima começar mais um dia de atendimento. Posto lá, me aproximo de Pietra que estava anotando o pedido de um cliente e a saúdo com um beijo em seu pescoço.
Melissa: Oi, e bom dia gata.
Digo me dirigindo para outras mesas, até porque não é permitido conversar enquanto seus colegas estiverem atendendo os clientes. Como sempre, sou educada com todos e tenho sempre a preocupação de saber como a pessoa está antes de oferecer os nossos serviços.
Após atender cerca de 3 mesas, estou descendo para o andar de baixo quando, vejo um cliente sentado em uma mesa solitária perto do balcão de atendimento e olhando o cardápio, me aproximo do homem, dando bom dia e sendo educada, ao ouvir a minha voz o homem direciona o olhar para mim.
Vejo ele me olhando fixamente como se estivesse hipnotizado e penso... Que homem mais lindo! Nem sei até se ele percebeu alguma palavra que saiu da minha boca, então chamo a sua atenção uma, duas e na terceira vez ele sai do transe e pede desculpas dizendo o que queria de café da manhã, ainda olhando para mim mas tentando disfarçar a sua admiração.
Anoto o seu pedido e digo que traria o seu pedido em instantes. Me afasto da sua mesa e caminho pelo ambiente sorrindo e acenando com a cabeça para alguns clientes que em alguns instantes suspenderam a sua refeição. Já estou até acostumada, pois todos os santos dias é a mesma coisa, e o melhor que tenho a fazer é simplesmente ser simpática e não deixar que essas atitudes afetem o meu desempenho.
Enquanto caminhava pelo local, sentia um olhar queimar em mim, e eu sabia de quem era, continuei andando até chegar perto da porta da cozinha, mas antes de entrar decido olhar em sua direção , só pra ver o homem que trajava em um terno preto, olhando para mim.
Foi rápido, mas deu pra perceber o mesmo olhar de admiração em seus olhos, então decido de uma vez entrar na cozinha onde encontro Pietra e Lizzie, aguardando alguns pedidos para levar no andar de cima e logo Lizzie fala pra mim.
Lizzie: Sério Mel, às vezes dá uma certa inveja ver como os clientes todos param de fazer suas refeições somente pra olhar pra você nem que for por um segundo, é incrível como as coisas acontecem de maneira tão espontânea sem nenhum esforço da tua parte.
Nem já com a insuportável da Emily acontecia tal coisa, já que ela vivia se insinuando para os clientes algumas vezes.
Juro que se eu estivesse no seu lugar, iria me aproveitar do facto de ser linda demais pra fisgar quem sabe um ricasso, somente pra sair da extrema pobreza que me encontro, estou cansada de ficar esperando ônibus por horas e correr atrás de táxis.
Pietra: Cuidado com o que desejas amiga, nem tudo o que parece é. Esses caras aí sentados podem ter o dinheiro que tiverem, mas isso não os isenta de serem homens violentos, cafajestes e escrotos. Prefiro ser amada e continuar sofrendo pra pegar um ônibus, do que viver chorando por homem tudo porque ele me banca, minha paz de espírito vale mais que qualquer dinheiro nesse mundo.
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Atualizado até capítulo 102
Comments
galega manhosa
comcordo miga
2025-08-20
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