— Estou indo mãezinha..., é que mais uma vez não conseguir fechar as contas..., a sua aposentadoria não mexo..., é pra os seus medicamentos..., um e outro alimento aqui e acolá que falte..., o meu salário foi todo comprometido com os gastos da faculdade..., primeiro período..., o mais difícil por conta materiais de estudo, aí vêm o transporte, a roupa..., porque é importante se vesti dignamente..., principalmente em determinados locais..., eu até fico circulando com o uniforme da Clínica..., quase sempre aproveito a saia e coloco uma camisa branca de manga..., mais é errado..., temos a água, o gás, a energia e principalmente o aluguel..., como pôde..., vivemos no subúrbio..., num barraco com três cômodos..., pesudo-banheiro, um quarto e uma cozinha e pagar esse valor
Elvira: Filha..., eu sei que tá difícil mais não desanime..., eu sei que sou uma carga pra você..., impossibilitada de trabalhar, com a mobilidade reduzida e cheia de doenças..., melhor que eu morresse logo de uma vez
— Não fala assim mãezinha..., sabe que eu não gosto..., como vou viver sozinha nesse mundo sem a senhora..., eu não sei viver sozinha..., só tenho a senhora no mundo
Elvira: Porque não faz como todos os meses..., tira um pouquinho da minha aposentadoria, um pouquinho..., mais bem pouquinho do seu salário e cobre o restante que falta
— Fiz isso..., inclusive coloquei uma parte do vale-alimentação pra cobri o gás..., mais não fechou...,acredito que foi devido aos enxames caríssimos que a nova doutora do Posto passou desnecessariamente para a senhora e sabendo que pelo SUS, seria impossível..., nós vivemos checando sempre os enxames de rotina..., tudo diretinho e ela vêm com aquele exagero todo..., no fim das contas deram todos negativos..., graças a Deus
Elvira: Tenha fé minha filha..., que Deus vai dar um jeito..., agora vêm deitar que daqui a pouco está amanhecendo
Bernardo chega em casa pela manhã e percebi a porta do quarto da irmã trancada. Ele sabe que esses momentos acontecem na vida da Rafaela vez ou outra e têm o seu jeito próprio pra lidar com essas situações. Sem perguntas, ele acolhe a dor da irmã, deixando-a livre pra chorar a vontade sem vergonha ou culpa.
— Anda magrela..., abre a porta..., já comprei o seu sorvete preferido..., vamos assisti ao filme maninha..., já coloquei o seu preferido "COMO SE FOSSE A PRIMEIRA VEZ "com o pior ator do mundo
Rafaela: Não fala assim do Adam Sandler..., que você gosta de " Clik e golpe baixo "..., se ficar implicando eu coloco " UM AMOR PRA RECORDAR " ..., me devolve o controle Ber..., volta aqui Bernardo
O tempo seguiu o seu curso de forma apressada, todos seguiram as suas rotinas como de costume e trezentos e sessenta e cinco dias passaram-se voando.
— Bom dia! Magrela..., olha aqui a nota que terei nessa matéria..., toou ou não toou com moral
Rafaela: Não sei como consegui..., se você se levasse a sério..., seria o melhor aluno da turma..., topa-me acompanhar ao fórum..., quando terminarmos o café
...(...)...
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Atualizado até capítulo 60
Comments
ElenaSalvatore
é bonito o cuidado dele com a irmã, apesar das coisas erradas que faz
2025-07-13
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