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Capítulo 13 – Ecos do Passado

Aurora descobriu uma caixa antiga no porão da mansão Moretti. Curiosa, puxou o conteúdo com cuidado: fotos antigas, recortes de jornais, cartas... e uma em especial chamou sua atenção.

Era da mãe de Luca.

"Meu filho,

Sei que herdará o trono, mas oro para que nunca herde a frieza do seu pai.

Você nasceu com um coração que ainda pode amar.

Use-o. Antes que seja tarde."

Aurora ficou paralisada. Aquele lado de Luca, que ela começava a conhecer, sempre esteve ali. Apenas sufocado pela dor, pela responsabilidade, pela máfia.

Quando ela mostrou a carta a ele, Luca ficou em silêncio por um tempo longo.

— Ela sempre quis que eu fosse diferente. Mas eu não consegui... até você chegar.

Aurora tocou o rosto dele.

Capítulo 14 – A Noite do Baile

A máfia italiana organizava um baile anual. Tradicional. Perigoso. Era onde alianças eram seladas… ou destruídas.

Luca e Aurora chegaram juntos, impecáveis. Ela com um vestido vermelho justo, a barriga levemente saliente. Ele com o olhar de Don, mas a mão possessiva sobre a cintura dela.

Todos os olhos estavam sobre eles. E especialmente sobre ela.

— Estão esperando que você cometa um erro — Luca murmurou em seu ouvido.

— Que pena. Porque essa noite… eu vou brilhar.

E brilhou. Sorriu com elegância, dançou com graça, falou com firmeza.

Luca a observava com um orgulho silencioso.

Naquela noite, entre cristais e ameaças veladas, Aurora não era mais apenas a esposa do Don.

Ela era a rainha do império.

— Você ainda pode ser. Por nós dois.

Capítulo 15 – Um Corpo, Dois Corações

Aurora acordou com dor. Forte. Intensa. Seu coração disparou.

— Luca! — gritou.

Ele surgiu em segundos, pálido ao vê-la encolhida na cama.

— Está doendo… muito!

Eles correram para o hospital. Médicos, exames, tensão no ar.

Mas então… o som.

Tum… tum… tum… tum…

Dois corações. O dela. E o do bebê.

— Está tudo bem — disse o médico. — Contrações de treinamento. Comuns. O bebê está forte.

Luca afundou na cadeira ao lado dela, cobrindo o rosto com as mãos. Quando levantou os olhos, estavam marejados.

— Achei que te perderia…

Ela segurou sua mão.

— Estamos aqui. Ainda estamos aqui.

Naquela noite, deitados no hospital, sem luxo, sem armas, sem tronos… eram só dois.

Dois corações batendo por um terceiro.

Dois inimigos… agora cúmplices do mesmo amor.

Capítulo 16 – Um Nome, Uma Herança

Já de volta à mansão, Aurora preparava o quarto do bebê. Ela queria cores neutras, nada extravagante — apenas paz. Mas Luca apareceu com um berço de madeira escura esculpido à mão, com o brasão Moretti gravado.

— É tradição — disse ele. — Meu pai me colocou nesse mesmo berço. Agora é a vez do nosso filho.

— Já decidiu que será um menino? — ela sorriu, provocando.

Ele deu de ombros, com aquele olhar dominador:

— Homem ou mulher, vai carregar o nome Moretti. E ninguém ousará tocar.

Aurora engoliu seco. A herança de sangue já pesava sobre aquele bebê que nem nascera ainda.

Mas havia também uma promessa implícita: proteção.

A que Luca jamais dera a ninguém… até agora.

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