Já estava anoitecendo. O sol descia lentamente no horizonte, tingindo os céus com tons de laranja. As pessoas do vilarejo fechavam suas portas, como se o a noite trouxesse consigo algo que não deveria ser visto. Os animais das fazendas também ficavam quietos, recolhidos em seus abrigos.
Embora não houvesse tecnologia naquele mundo, os relógios Na parede da pequena casa, os ponteiros marcavam exatamente 18:00.
— parece que já está na hora... — sussurrou Colete, quase sem mover os lábios. — Por favor, entre. também... não faça nenhum barulho até o amanhecer.
Akira abriu a boca para perguntar algo, mas ela o interrompeu com um gesto simples.
— Shiii... Por favor não faça barulho.
Sem entender direito, mas respeitando, ele entrou em silêncio.
Na manhã seguinte, Akira acordou com o som distante dos animais. O mesmo bip repetitivo que escutou antes de acordar no dia anterior, mas desta vez cessou mais rápido, como um eco antigo perdendo força.
— Que estranho... achei que... — Ele olhou ao redor. Era o mesmo quarto de antes. — Então eu realmente estou vivo... Sera que eu... Não isso, isso e loucura.
Levou a mão a cabeça onde tinha sido ferido — não havia ferimento, nem cicatriz. — Realmente ontem foi real.
Seguiu até a cozinha, guiado pelo som familiar da faca cortando legumes. Colete estava lá, preparando o almoço.
— Bom dia.
— Bom dia. sente-se , eu já vou servir você — ela, parando o que fazia — deve está com muita fome.
— Ah... obrigado... Más porque tá me tratando tão bem assim eu não fiz nada para você — Akira, ficou um pouco sem jeito — inclusive estou na sua casa
— Não tem problema, e assim que trato os meus convidados. Principalmente se forem especiais.
— Especial...? — repetiu ele, surpreso.
— Sim isso mesmo. Como você mesmo disse ontem, você não é deste mundo. como você não renasceu você não deve ser um reencarnado.
Akira, ainda confuso, franziu a testa:
— Eu acho que entendi... mas como assim um reencarnado?
Colete a inda servindo o café da manhã e explicou:
— no mundo lá fora. Frequentemente, surgem pessoas que renascem com memórias de vidas passadas. Alguns dizem ter sido reis antigos. Outros, heróis com armaduras brilhantes. E há os que não eram nada... pessoas cumus.
As palavra ecoaram na mente de Akira. Ele ficou em silêncio, perdido, enquanto a voz de Colete ia ficando distante, como se ouvisse debaixo d’água.
— Akira... — chamou ela, preocupada. — An?
— Está tudo bem com você? — Colete encostou a mão em sua testa. — Você ficou pálido de repente...
— Ah... eu estou bem...
— Pelos deuses! Você está ardendo em febre. Eu vou levá-lo até a senhorita Meilin.
O caminho até a casa de Meilin era estreito e coberto por folhas secas. Akira teve que se apoiar em Colete — algo estava errado. Sua visão turvava, e palavras estranhas sussurravam em sua mente como vento entre árvores.
— Por favor, não durma agora — implorou Colete, segurando-o firme. — Estamos quase chegando.
A casa da curandeira Meilin ficava no extremo leste da vila. Era cercada por uma cerca de galhos trançados com fitas. Pequenos vasos de pedra com flores azuis exalavam um perfume forte, quase doce demais.
Ao empurrar o portão, um sino preso à porta soou com um tilintar suave e misterioso.
Sentada sobre uma almofada, estava Meilin. Cabelos longos e prateados, olhos verdes como folhas vivas e uma aura serena que impunha respeito.
Meilin não ficou surpresa com a visita inesperada de colete — ele precisa de ajuda colete apoiava Akira nós ombros.
— com a voz firme. — Deite ele ali.
Colete ajudou Akira a se deitar. Meilin lhe ofereceu uma bebida de cor âmbar e aroma amargo.
— Isso não é uma febre comum... — murmurou Meilin, examinando-o atentamente.
Akira tentou perguntar algo, mas os sussurros voltaram:
“...meu irmão...” “...Meu irmão...” “...Você precisa acordar...”
Um zumbido surgiu logo depois, antes que sua mente mergulhasse em um silêncio absoluto.
Ele então respirou, aliviado, como se tivesse sido puxado para o sono de repente.
— Você pode esperar lá fora — disse Meilin a Colete.
Do lado de fora, Colete esperava pacientemente. Sua expressão era calma como sempre, mas havia um toque sutil de preocupação em seus olhos.
Pouco tempo depois, Akira saiu, respirando com mais facilidade.
— Como se sente agora? — perguntou Colete.
— Já estou bem melhor. Me desculpe por dar tanto trabalho...
— Já está tudo certo com ele — disse Meilin, aproximando-se. — Mas antes de irem embora, quero que você segure estas pedras.
Ela entregou a Akira algumas pedras transparentes, lisas como cristal.
Assim que ele as tocou, começaram a brilhar com uma luz dourada, quase como ouro líquido pulsando dentro delas.
Colete
— Eu já suspeitava...
Meilin completou, com um leve brilho nos olhos:
— pra ser sincera, eu não esperava por isso.
Akira, antes cheio de perguntas, agora estava ainda mais confuso.
— Acho que cheguei em uma boa hora — disse uma voz firme, chamando a atenção de todos.
Meilin levantou os olhos e sorriu ao reconhecê-lo. — Alexandre...
O homem se aproximou com um aceno descontraído ele tinha pele morena uma armadura brilhante e um espadão em suas costas. — Olá a todos. Olha só quem e então ele finalmente acordou?
— quem e esse ...? — murmurou Akira, confuso.
Colete se virou para ele: — Ele é Alexandre, um Nobre aventureiro que me ajudou a te trazer para a vila.
Alexandre estendeu a mão para cumprimentá-lo. — Muito prazer em conhecê-lo... Mas devo estar vendo coisas, ou aquelas pedras realmente brilharam agora há pouco?
Akira franziu a testa. — olha cara nem eu sei o que tá rolando... O que tá acontecendo aqui exatamente?
Colete se aproximou com um olhar sereno. — Deixe que eu explico. Há eras, muitos magos tinham visões do futuro e maior era sobre coisas Ruins como doenças desastres Naturais. E também que um homem vindo de terras distantes apareceria para lutar contra um grande mal que viria aparece.
Alexandre complementou com um gesto animado: — E parece que as Pedras Antigas escolheram você.
Colete voltou os olhos para Akira. — Essas pedras normalmente não brilham assim, muito menos com tanta intensidade e nem com essa cor dourada...
Akira coçou a nuca, desconcertado. — Olha... Eu acho que vocês estão enganados. Não sou tão especial assim...
Alexandre deu risada e bateu levemente nas costas de Akira. — Haha! Deixa disso, um homem de verdade não pode fugir das responsabilidades.
Colete manteve a calma de sempre. — De qualquer forma, ele ainda precisa descansar.
Meilin então olhou para Alexandre, com certa curiosidade. — E você? O que veio fazer aqui?
— Vim trazer as ervas que você me pediu. Colhi na montanha, no ponto onde o sol bate mais forte, como você mesmo disse — ele, entregou um pequeno saco de tecido para ela. — Mas agora preciso ir. Parece que os porcos selvagens estão sendo caçados de novo pelo pessoal da cidade.
Ele acenou para todos e saiu, confiante como sempre.
Meilin suspirou. — Bom, acho que vou entrar. — Ela se virou para Colete e disse: — Trate de explicar tudo direitinho pra ele.
Colete apenas assentiu, com um leve sorriso no rosto.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Pariel
mano é um capítulo melhor q o outro e agora já tô ansioso pro proximo
2025-04-12
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