Capítulo – “Amigas, Vocês Não Vão Acreditar”
Ana Júlia mal saiu do prédio. Estava com o coração disparado, a bolsa quase caindo do ombro e um sorrisinho bobo no rosto. Parou no meio da calçada, respirou fundo, pegou o celular e fez o que qualquer mulher sensata faria naquele momento:
Ligou para o grupo.
Letícia
Mariana
Thaís
Ela apertou o nome “As Três Mosqueteiras” e colocou no viva-voz.
— Aloooou?! — gritou Mariana do outro lado. — Gente, tô em reunião! Isso é vida ou morte?
— Isso é mais do que vida ou morte, Mariana. É homem interessante. - Ana falou.
Silêncio por meio segundo.
— TÔ SAINDO DA REUNIÃO. — Mariana disse, desligando um ruído ao fundo.
— O que aconteceu? — perguntou Letícia. — Ana Júlia, você tá ofegante. Você correu de alguém ou atrás de alguém?
— Amiga, eu entrei no elevador… e aí o universo disse: “Você não está preparada, mas vai conhecer o seu crush de novela agora”.
— Ele era bonito? — Thaís entrou na chamada como se tivesse farejado fofoca.
— Bonito? Ele era proibido por lei de ser tão bonito. Camisa social, barba bem feita, cheiro de alguém que toma banho com responsabilidade emocional. E ele sorriu pra mim. Sorriu!
— Jesus amado. Isso foi no seu prédio? — Letícia perguntou, já animada. — Você pegou o andar dele?
— Não, fiquei tão nervosa que saí no andar errado e dei boa tarde pra uma planta artificial.
— Ana! — Mariana gargalhava. — E ele disse alguma coisa?
— Ele perguntou meu nome… e disse “prazer, Lorenzo”. E olhou como se me conhecesse de outro universo, sabe? Eu só não desmaiei porque estava de salto e dignidade não permite.
— Eu tô vendo o casamento. — Thaís declarou. — Tema: elevador. Votos de casamento: “subiremos juntos até o último andar da vida”.
— Meninas, eu tô falando sério! Foi real. Sabe quando parece cena de filme? Eu esbarrei nele e…
— VOCÊS SE ENCOSTARAM?! — as três gritaram ao mesmo tempo.
Ana Júlia teve que parar de andar de tanto rir.
— Encostar é pouco. O celular caiu no chão, ele pegou, nossas mãos se tocaram e... eu ouvi “The One” da Taylor Swift tocando na minha cabeça.
— É ELE. — disse Mariana. — É O HOMEM. Vamos todas marcar na agenda: hoje é o dia do impacto.
— Eu tô tremendo, gente. Isso foi surreal. Se ele me mandar mensagem, eu aviso. Se não mandar… eu me mudo e finjo que nunca aconteceu.
— Se ele não mandar, a gente manda. Hacker tem pra quê? — Letícia brincou.
— Ai, minhas doidas… — Ana Júlia suspirou, olhando o céu. — Tomara que isso vire história.
— Já virou. — disse Thaís. — E você sabe que a gente vai lembrar desse dia quando ele ajoelhar pra te pedir em casamento. Anota aí.
Ana Júlia sorriu.
E naquele instante, ela soube: o amor tinha dado o primeiro sinal. E, claro, suas amigas seriam as narradoras oficiais de cada capítulo.
“ELE MANDOU MENSAGEM!”
Eram 9h da manhã do dia seguinte. Ana Júlia estava tentando focar no computador, mas cada célula do corpo dela estava esperando... algo. A notificação do celular vibrou em cima da mesa e ela, como se estivesse em câmera lenta, virou o aparelho.
Lorenzo: “Bom dia, Ana Júlia. Fiquei com aquele sorriso preso na memória. Aceita um café depois do expediente?”
Ana não gritou. Ela berrou. Deu um pulinho na cadeira, derrubou a caneta, o copo de água e quase clicou sem querer em “Encerrar reunião” no Zoom.
Ela pegou o celular, digitou freneticamente:
Ana Júlia (no grupo “As Três Mosqueteiras”):
MENINAS
É AGORA
É ELE
ELE.
MANDOU.
A.
MENSAGEM.
Cinco segundos depois, Mariana ligou em chamada de vídeo. As outras entraram em seguida.
— EU TÔ GRITANDO NA FIRMA! — disse Mariana, escondida atrás do monitor.
— ELE MANDOU MESMO?! — Letícia apareceu já com uma xícara de café e um pão na mão, claramente interrompendo o café da manhã por uma prioridade maior.
— MOSTRA A MENSAGEM, ANA! — gritou Thaís. — Mostra ou se não eu morro em três, dois…
Ana Júlia virou a câmera e mostrou a notificação na tela. As três gritaram juntas, em sincronia perfeita.
— ISSO AQUI É UM MILAGRE! — disse Mariana. — Ele lembra o nome, lembra o sorriso, e ainda marca café? Ele é uma IA criada pra ser o namorado perfeito?
— Amiga, responde logo! — Letícia falou. — Mas sem parecer muito empolgada. Tem que ter charme. Tem que ter... jogo.
Ana Júlia riu, já nervosa:
— E se eu colocar: “Aceito. Mas só se você prometer não tentar me impressionar com frases de efeito”?
— PERFEITA. — Thaís gritou. — É flerte, é desafio, é elegância com personalidade. Manda. AGORA!
Ela digitou, respirou fundo… e mandou.
Segundos depois, chegou a resposta:
Lorenzo:
“Prometo. Só com sinceridade.”
— EU ME DERRETI. — disse Mariana, dramatizando com um guardanapo como se fosse uma lágrima.
— Tá oficialmente autorizado a casar. — Letícia decretou. — Mas antes, a gente vai escolher esse look do café. Quero cabelo, make, perfume e talvez uma análise de personalidade astrológica.
Ana Júlia colocou a mão no peito, ainda sorrindo:
— Vocês sabem que eu amo vocês, né?
— A gente sabe. Mas hoje, quem você ama mesmo é o Lorenzo. — Thaís riu.
E elas seguiram o dia mandando prints, ideias de penteado, palpite de que tipo de café ele tomava, e memes. Porque quando o amor começa… ele vira evento principal no grupo das amigas.
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Atualizado até capítulo 56
Comments
pine
Obrigatória releitura no futuro.
2025-04-06
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Dulce Gama
Autora linda sua história está linda maravilhosa parabéns é a primeira história sua certo mas tô adorando 🎁🎁🎁🎁🎁🌹🌹🌹🌹🌹👍👍👍👍👍❤️❤️❤️❤️❤️🌟🌟🌟🌟🌟
2025-04-28
1