Capítulo 2

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Thiago passou para a sala de jantar e Verónica aqueceu a comida e serviu ao homem. Entre conversas, anedotas e risadas terminaram de jantar.

THIAGO: _(acendendo a vela do bolo) Nikita, faltam 3 minutos para as 12, faça um pedido e apague a vela.

VERÓNICA: Obrigada, Valeri.

A mulher fechou os olhos e fez o seu pedido para depois apagar a vela. Desejava ser feliz, feliz ao lado de alguém que a compreendesse, que lhe dedicasse tempo, feliz com alguém que a tivesse entre as suas prioridades. Depois de apagar a vela, ambos desfrutaram do bolo.

THIAGO: Bom, linda, eu já tenho que ir._(dando um beijo na bochecha)

VERÓNICA: Adeus, Cinderela, corre para a tua carruagem antes que se transforme em abóbora._(com deboche)

THIAGO: Oh, meu príncipe, recordarei este dia tão especial para mim, recordarei os teus belos olhos e o teu lindo sorriso. Juro pela deusa que jamais o esquecerei, meu adorado cavaleiro._(seguindo o jogo da mulher)

VERÓNICA: hahaha, adeus, Valeri, tenha cuidado no caminho.

THIAGO: hahaha assim o farei, não te livrarás de mim tão facilmente. Cuide-se e não se mortifique por esse maldito._(disse para sair dali)

Thiago Valeriano é um homem de 29 anos, dono de uma empresa de tecnologia dedicada à investigação científica para a saúde. Conheceu Verónica quando esta tinha 17 anos de idade e desde então são os melhores amigos, compartilham as suas tristezas, as suas alegrias, os seus triunfos e os seus fracassos. O homem sempre esteve para apoiar e animar a garota em cada momento da sua vida, detesta Santos pela maneira como trata e ignora Verónica

Depois que Thiago saiu da casa, Verónica jogou o resto da comida no lixo, retirou a decoração e subiu para o seu quarto. Ali trocou de roupa e guardou o conjunto de joias que o seu amigo lhe tinha presenteado, estava feliz porque o seu amigo tirou o seu tempo para felicitá-la e acompanhá-la para jantar nessa noite.

VERÓNICA: (( Se não fosse por ele, estaria completamente sozinha neste mundo))._(pensava antes de adormecer)

Nesses momentos, Verónica encontrava-se no seu consultório a rever a sua agenda para o dia. Ao terminar entrou no seu facebook e a primeira coisa que viu foram fotos de Santos junto a Pamela e várias pessoas mais, o homem parecia feliz e sorridente.

VERÓNICA: (( Comigo nunca mostra um sorriso ou algum indício de felicidade))

Saindo dos seus pensamentos a mulher dedicou-se a atender os seus pacientes até passadas as 5 pm que o seu turno terminava. Ao sair do hospital recebeu uma chamada de Santos.

VERÓNICA: Diga.

SANTOS: Verónica, volto para a cidade dentro de 2 dias, Pamela tem que assistir a alguns eventos devido ao prêmio outorgado.

VERÓNICA: Está bem, volte quando puder, já estou acostumada a estar sozinha._(expressou irritada)

SANTOS: Ok, ao voltar iremos celebrar o seu aniversário._(ignorando o aborrecimento na voz da sua esposa)

VERÓNICA: Como quiser._(disse para desligar a chamada)

A mulher irritada e dececionada pelo comportamento do homem, dirigiu-se para o seu carro. Desde há alguns meses que Pamela apareceu, este está mais pendente da que diz ser sua amiga que dela que é sua esposa. Enquanto conduzia a mulher recebeu uma chamada da sua sogra.

VERÓNICA: Senhora Riquehiros, precisa de alguma coisa?

MAGNOLIA: Olá filha, ligava-te para vos convidar para jantar esta noite.

VERÓNICA: Senhora Riquehiros, terei que rejeitar o seu convite, acabei de sair do trabalho e estou cansada. Além disso o seu filho não está na cidade.

MAGNOLIA: Saiu por trabalho? Por que não sabia que não estava na cidade?

VERÓNICA: Está acompanhando a sua melhor amiga a alguns eventos.

MAGNOLIA: Entendo, então os convidarei outro dia._(disse para depois desligar a chamada)

...DOIS DIAS DEPOIS...

Era o dia livre de Verónica, assim que a garota estava em casa organizando e limpando o seu quarto, para logo dispor-se a cozinhar, já que embora tivessem empregados a Santos só gostava de comer a comida preparada por ela e não gostava como as empregadas arrumavam as suas coisas. A mulher estava na cozinha, quando recebeu a chamada do seu esposo.

SANTOS: Verónica, em meia hora chegarei ao aeroporto, venha me buscar.

VERÓNICA: Estou ocupada, Santos, enviarei o motorista.

SANTOS: Hoje é o seu dia livre, assim que venha você me buscar.

VERÓNICA: Bem, já saio para aí.

A garota encarregou a cozinha aos empregados, para ela ir para o quarto tomar um duche e arrumar-se para ir buscar o seu esposo ao aeroporto. Antes de chegar ao estacionamento, pôde ver o seu esposo em companhia daquela mulher que tem roubado toda a sua atenção, ambos falavam alegremente sendo observados por uma mulher mais velha. A garota aproximou-se no seu carro a uma distância prudente para escutar a conversa.

PAMELA: Santos, está seguro de que a sua esposa não se aborrecerá se ficarmos na sua casa?

ROMA: Por que se aborreceria? Essa casa é de Santos e ele pode levar quem quiser ali._(disse com arrogância a mãe de Pamela)

SANTOS: Assim é, a casa é minha e você e a sua mãe podem ficar ali sem nenhum problema, estou seguro que Verónica não se aborrecerá.

PAMELA: Ok

VERÓNICA: (( Assim que se ele diz que sim, a minha palavra não tem nenhum valor.))

ROMA: Onde está a sua esposa que não chega? Já estou cansada de estar de pé.

PAMELA: Certo, levamos já bastante tempo esperando.

SANTOS: Já ligo para ela, deve ter ficado presa no trânsito.

O homem ligou perguntando onde estava e por que demorava tanto, pois as suas convidadas já estavam cansadas de esperar.

VERÓNICA: Já estou chegando.

A garota desligou a chamada e tocou a buzina para que eles se aproximassem.

ROMA: Não serves para nada, levamos horas esperando-te e você relaxada quem sabe onde._(disse entrando no carro irritada)