Capítulo 4

Laura

Já no meu quarto desfiz minhas malas e coloquei as roupas no armário, porque odeio ficar procurando roupa na mala depois, além de acabar amassando tudo, então prefiro tudo organizado.

Depois de ajeitar tudo me deitei na cama, preciso dormir, estou morta de cansaço. A viagem foi muito longa além de bem exaustiva e chegamos aqui a noite então nem que eu quisesse iria sair pra ver algo a essa hora. Muito embora tenhamos parados em alguns lugares bem iluminados e conseguimos algumas fotos lindas. E eu até sou do tipo que curte sair a noite pra espairecer ou pegar uma balada e tudo, mas não hoje, hoje eu só quero dormir.

Antes que eu pudesse dormir a porta do quarto foi aberta e Alexander entrou no quarto me dando um susto e me deixando sem entender nada.

Laura: Oque você tá fazendo aqui?

Alexander: Esse é o meu quarto.

Laura: Não é não, é o meu quarto.

Falei me levantando e lhe entregando meu cartão onde dizia quarto 367, porém para minha surpresa ele me entrou o dele que dizia a mesma coisa, quarto 367.

Notei seu olhar sobre o meu corpo e só aí percebi que estava usando apenas um baby doll branco, bem indecente e mais nada. Cobri meus seios com os braços e fingi que não havia percebido.

Laura: Que palhaçada é essa? Vou falar com meu pai.

Antes que eu pudesse sair do quarto ele me segurou pelo braço não me deixando sair.

Laura: Ei, me solta seu doido, eu em.

Alexander: Seu pai está cansado e está em lua de mel. Tem certeza que vai subir lá e incomodar ele?

Parei um pouco e fiquei pensando, afinal, ele também deve estar cansado, todos estamos a viagem foi exaustiva.

Laura: E oque você sugere então?

Alexander: Deita ai e dorme, eu durmo no sofá.

Olhei pra ele e pro sofá e pensei seriamente se ele realmente cabe naquele pequeno sofá.

Laura: E você cabe ali?

Alexander: Eu me viro garota, agora vai dormir vai.

Laura: Porque você é tão grosseiro?

Alexander: Porque você é tão mimada?

Revirei os olhos vendo que essa conversa não chegaria a lugar algum, então achei por bem ir me deitar e deixar que ele se vire no sofá minúsculo.

Ele foi ao banheiro e voltou com um calção mais larguinho e sem camisa e gente do céu, esse homem não é de verdade, não é possível, ninguém é tão grande assim, que loucura.

Alexander: Tira uma foto, vai poder babar por mais tempo.

Revirei os olhos.

Laura: Desculpe, mas nada ai me impressiona.

- Inclusive já ouvi falar que quem toma muito anabolizante fica brocha. Então desculpe, mas prefiro mil vezes algo funcional a apenas músculos e mais nada.

Eu vi quando o queixo dele caiu assim que terminei de falar. E vi quando ele ia me responder, mas me virei de costas me ajeitando pra dormir.

Alexander

Que garota insolente, oque ela tá pensando, querendo dizer que sou brocha.

Vontade de pegar ela de jeito e mostrar oque que não funciona aqui. Fazer ela pedir água, uma, duas, três vezes, pra ela engolir cada palavra que disse.

Deitei no sofá minúsculo e fiquei com as perna pra fora porque eu se quer cabia ali. Porém isso era oque menos me importava, eu estava possesso com a audácia daquela garota, ela me deixou fervilhando de raiva.

Acabei demorando pra dormir, porque a porra daquela garota vestindo aquele pijama transparente não me saia da cabeça. Eu podia ver praticamente tudo mas ao mesmo tempo nada. Vontade terrível de pedir pra que ela arrancasse aquele pijama, já que é pra se vestir com aquilo que fique nua de uma vez.

Acabou que esses pensamentos me renderam apenas uma enorme ereção. Tô falando que tô parecendo um adolescente virjão. Sinceramente, isso é que é decadência. Alexander Stanheven, com 45 anos, pensando numa garota de 23 ano que ainda por cima é uma mimada insolente, e se não bastasse tudo isso, ainda me chamou de brocha, aff.

Custei a pegar no sono, mas acabei conseguindo, mesmo estando completamente desconfortável no sofá o cansaço me venceu.

XX

Laura

Acordei já eram 9 horas e olhei em volta mas não havia ninguém no quarto, apenas as malas daquele troglodita, oque me indicava que ele realmente dormiu aqui e que não foi um sonho ele ter aparecido no meu quarto a noite. Oque me faz lembrar que preciso conversar com meu pai pra resolver essa palhaçada.

Fui pro banheiro e tomei um banho, depois escovei meus dentes e voltando ao quarto escolhi uma roupa bem fresquinha, já que está extremamente calor. E resolvi colocar o biquíni por baixo porque acho que depois vou pra piscina pra relaxar.

Peguei o elevador e desci até o térreo indo tomar meu café da manhã, e quase que não deu tempo, o café da manhã se encerra 10:30 e eu cheguei 10:10. Mas consegui ainda me alimentar bem e depois segui para a área externa pra ver se via meu pai por aqui, se não vou me obrigar a subir até o quarto dele. Eles estando em lua de mel ou não, eles terão que resolver meu problema com aquele brutamontes.

Cheguei na área da piscina e lá estava a parede de músculos malhando, o filho da mãe faz muito o meu tipo e se não fosse tão imbecil eu bem que tentaria algo com ele.

Parei de olhar assim que percebi ele olhando em minha direção.

Fui até o bar e encontrei Vanessa e Carla sentadas tomando drinks sem álcool.

Laura: Qual a graça de beber se não tiver álcool.

Carla: Eu bem que queria mas mamãe não me deixa beber.

Vanessa: Nem começa, você não tem idade pra isso. E eu estou te fazendo companhia e também não estou bebendo nada alcoólico.

Laura: Sabem do meu pai?

Vanessa: Ele saiu faz pouco tempo, foi ver se nos conseguia umas porções de camarão.

- A ali ele vindo.

Ele chegou, me deu bom dia e beijou a Vanessa e deixou a porção em cima da bancada.

Laura: Pai, estou com um problema.

Carla: Tava demorando.

Laura: Não se mete garota.

Emílio: Não comecem as duas.

Vanessa olhou de cara fechada pra Carla a repreendendo.

Emílio: Fala Laura, oque foi?

Laura: Os quartos que você reservou, eu e o brutamon... quer dizer.. eu e o Alexander ficamos no mesmo quarto.

Emílio: Como assim no mesmo quarto?

- Vocês dormiram juntos?

Os três me olharam incrédulos e de olhos arregalados esperando a minha resposta.

Laura: Eu dormi na cama e ele sentou expremeu no sofá.

Emílio: Vou até a recepção ver oque aconteceu. Mas vocês deviam ter me falado isso ontem.

Laura: Estávamos todos cansados, achei por bem deixar que ficassem tranquilos.

Ele negou com a cabeça e saiu em disparada para a recepção, nos deixando sozinhas, então acabei por me sentar junto a elas e pedi uma caipirinha de frutas vermelhas.

Ficamos sentadas ali por um bom tempo enquanto eu a Vanessa jogávamos conversa fora e Carla não saia do celular.

Depois de um bom tempo papai voltou.

Laura: E aí pai, oque resolveu?

Emílio: Quando liguei pra cancelar um dos quartos que seria o do Murilo cancelaram dois quartos.

Laura: E agora, arrumaram outro quarto?

Emílio: Pediram imensas desculpas, mas o hotel está lotado e não tem quarto nenhum disponível.

Vanessa: Oque vamos fazer então querido?

- A Laura não pode ficar dormindo com o Alexander e ainda mais ele dormindo no sofá.

Emílio: Vocês podiam dividir o quarto.

Falou olhando pra eu e Carla.

Carla: A nem ferrando.

- Não vou passar minhas férias enfurnada com ela já não basta termos que viver juntas. Podem dar um jeito aí mas eu e ela no mesmo quarto sem chance.

Meu pai olhou pra Vanessa como se pedisse ajuda, porém como sempre Carla tinha tudo que queria.

Vanessa: Não se preocupa filha, vamos dar um jeito.

Revirei os olhos enquanto olhava pro meu pai que também não gostou nada daquilo.

Emílio: Seguinte filha, você pode ficar no nosso quarto.

- Era surpresa, mas eu paguei um cruzeiro pra eu e Vanessa, vamos ficar 7 dias fora.

Vanessa: Ta falando sério.

Falou totalmente empolgada.

Emilio: Claro amor.

- Eu queria um que pudéssemos rodar o mundo mas por enquanto não poderemos ir longe por que precisamos voltar pra casa logo.

- Mas então Laura, você fica no nosso quarto.

Carla: A não, o quarto de vocês é uma das suítes mais caras do hotel, não é justo.

Laura: Nem começa garota, ou você vai acabar dormindo jo sofá.

A olhei irritada e lançando outro olhar pra Vanessa pra que entendesse que nem se atravesse a abrir a boca ou a briga seria feia. Eu em, garota invejosa do caramba.

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