cap 5

pov. Celina
Eu sinto o vento no meu rosto, os meus cabelos voando para trás, enquanto eu pedalo o mais rápido que consigo. Eu não olho para trás, não quero saber se ele está me perseguindo. Eu apenas continuo pedalando, focada em escapar daquela situação.
Eu sinto uma sensação de liberdade, de que eu posso ir para qualquer lugar, fazer qualquer coisa. Eu não estou mais presa àquela casa, àquela situação. Eu estou livre.
os musculos das minhas pernas começama a queimar de dor pelo esforço, mas eu não me importo. Eu estou determinada a continuar pedalando, a encontrar um lugar seguro. Eu não sei onde estou indo, mas eu sei que preciso continuar.
Sinto os cabelos grudados nas minhas bochechas em quanto choro sem parar, pedalo numa estrada de terra com pouco iluminação e começa a chover.
[Ótimo era só o que faltava para completar o meu dia] pensei
Em minutos estou inteiramente molhada da chuva.
Eu sinto a chuva gelada penetrando nas minhas feridas, mas eu não me importo. Eu estou tão cansada, tão emocionada, que eu não sinto mais nada. Eu apenas continuo pedalando, mesmo que a estrada esteja escorregadia e perigosa.
Eu não sei para onde estou indo, mas eu sei que preciso continuar. Eu não posso voltar para casa, não posso enfrentar o meu pai novamente. Eu preciso encontrar um lugar seguro, um lugar onde eu possa-me esconder e recuperar-me.
A chuva começa a cair mais forte, e eu sinto que estou perdendo o controle da bicicleta. Eu freio bruscamente, e a bicicleta derrapa na estrada escorregadia. Eu caio no chão, sentindo uma dor intensa no meu joelho.
Eu fico lá, no chão, chorando e tremendo de frio. Eu não sei o que fazer em seguida, eu não sei para aonde ir. Eu estou completamente sozinha e perdida.
Engulo o choro, levanto-me com dificuldade e começo a andar na estrada carregando a bicicleta ao meu lado em quanto as lágrimas se misturam com a água da chuva.
O céu começa a brilhar, e eu vejo os raios iluminando as nuvens acompanhados de trovões. Eu sinto um medo intenso, eu sei que a tempestade está se aproximando.
Um medo sombrio rasga o meu peito e eu subo na bicicleta novamente para pedalar para um lugar longe ta tempestade.
A chuva continua a cair e o céu a brilhar. Prestes a fazer uma curva na estrada ouso um zumbido ensurdecedor, uma onda de medo preenche cada parte do meu corpo fazendo com que todos os fios de cabelo do meu corpo arrepie, vejo um clarão e então sinto uma dor insuportável nas costas, a minha visão escurece e tudo a seguir foi um vasto silencio.
Continua…
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