Estou na centésima taça de vinho, eu acho, não comi nada o dia todo e estou aqui pensando nos meus filhos. Enzo não está em casa, deve estar transando com alguma prostituta já que não toca em mim para nada.
Estou usando a minha camisola favorita, sou obrigada a sair do meu quarto para pegar mais uma garrafa de vinho. As que eu tinha estão vazias, não tem ninguém andando pela mansão além de mim.
Todos os funcionários já foram embora, tem apenas os seguranças lá fora que não pisam aqui dentro a menos que sejam convidados. Estou sozinha.
Entrei na adega e peguei mais seis garrafas de vinho sem me importar com a safra ou qualidade do vinho, só quero beber e me afogar em álcool. Antes que eu pudesse sair da adega escuto o som da voz dele chamar meu nome.
— Irina, vai acabar com o estoque de vinho essa noite?
— Não é da sua conta! — falo dando passos na direção da porta — Vá transar com as suas vagabundas e faça o que você faz de melhor, me ignore.
Ele segura meu pulso com força e me puxa para ele me fazendo largar as garrafas de vinho, elas quebram quando tocam o chão e isso me deixa irritada.
— Olha o que você fez, seu babaca. Agora terei que pegar mais.
— Não vire as costas para mim quando eu estiver falando com você.
— Por que? — o encaro — Vai fazer o que comigo, Enzo? Acho que sei o motivo para não transar comigo, você deve ser brocha ou tem o pau pequeno... Não me lembro daquela noite, você não é homem suficiente para mim.
— Sua desgraçada.
Ele me segura pelo pescoço e suspende. Em seguida me jogou em cima da mesa com força e abriu minhas pernas se posicionando ali. Sua mão aperta meu pescoço e eu começo a revirar os olhos, mas a sensação é boa, me excita.
— Quer mesmo saber o quão homem sou? Quer sentir minha virilidade? Você não é digna de mim, Irina.
— Não sou? Então por que está tão excitado? Acho que seu pau não concorda com você. — falo com dificuldade.
Ele me solta e se afasta, eu começo a tossir e puxo o ar para mim enquanto minha garganta queima. Olho para ele que apenas me observa.
— Sou homem, seu corpo feminino despertou um interesse momentâneo em mim... Deve ser porque gosto de prostitutas.
— Seu desgraçado. — me levanto e vou até ele, dou-lhe uma bofetada e ele segura minha mão.
— Por que você escolheu a mim para infernizar? Tendo outros bilionários na cidade, por que logo eu?
— Porque você era o único disponível naquela noite!
Falei isso olhando nos olhos dele e depois deixei a adega sem olhar para trás. Não vou deixar ele me humilhar, de agora em diante vai ser deu, levou.
Entro no meu quarto e bato a porta atrás de mim, escorrego encostada na porta até sentar no chão. Choro feito uma criança, mas não irei chorar na presença dele.
Sinto falta de quando meu único problema era pagar o aluguel e ver se iria sobrar dinheiro para fazer compras. Sinto falta de quando ia trabalhar de ônibus e quando perdia o horário tinha que correr atrás de um jeito de chegar na hora no trabalho.
Rasgo a minha cara e fina camisola e vou para o banheiro, ele me tocou, preciso lavar seu toque do meu corpo... Eu o desejei, por que o desejei?
Me lavo como se estivesse muito suja e acabo esfolando minha pele. Quando saio do banheiro me jogo na cama e me cubro com o edredom. Adormeço exausta, tenho outro de meus pesadelos recorrentes e desperto passando das nove da manhã.
Minha cabeça dói, peguei um comprimido na gaveta e fui para o banheiro. Jogo ele na minha boca e bebo água da torneira para engolir o comprimido. Se o vinho não me matou, não é essa água que vai.
Depois de um banho, me visto e desço para o café. Ele está à minha espera, o sarcasmo vem carregado no meu tom de voz.
— Creio que irei fazê-lo ter uma indigestão com a minha presença, espero que já tenha terminado sua refeição. — sem olhar para mim ele responde:
— Temos um encontro marcado em um dos hotéis, iremos receber uma poderosa equipe política e minha mãe acha que devemos representá-los. Você tem cinco minutos.
Ele se levanta e vai para a sala. Não estou com cabeça para trabalhar hoje, odeio ser a modelo ideal para a imagem do hotel. Quando chegamos no hotel somos obrigados a atuar.
— Olá, senhor e senhora StarRed. Já preparamos tudo para receber o governador e sua equipe. O almoço também será servido a vocês na área vip.
— Certifiquem-se que não terá nenhum paparazzi no hotel, aumentem a segurança para que o governador tenha a privacidade que precisa.
Enzo ordena enquanto segura minha mão, ele já apertou tanto que meus dedos doem. Quando o funcionário nos deixa sozinhos eu a puxo para mim e o empurro para longe.
— Qual é o seu problema, Irina?
— Quer quebrar meus dedos?
— Não me tente!
— Não quero que me toque se for para me machucar, seu idiota ingrato.
— Tinha que usar esse vestido? Tinha que chamar tanto a atenção para você?
— Isso é sério? — pergunto indignada — Então dá próxima vez escolha você uma roupa para mim.
Caminho na direção da porta e ele segura meu pulso me obrigando a olhar para ele.
— Onde pensa que vai? Temos que encontrar o governador em vinte minutos.
— Então, quer dizer que tenho vinte minutos para ficar longe de você.
Puxo minha mão para mim e saio do quarto deixando-o sozinho. Caminhando pelo hotel me lembro do que eu fazia, minha vida era bem mais simples naquela época. Acabo me encontrando com um velho conhecido daquela época.
— Fernando, que bom vê-lo aqui. Como conseguiu vir para o hotel principal?
— Oi, Irina. Estou aqui há três anos, nem acreditei quando fui transferido. — ele se aproxima e sussurra — O que dizem é verdade, aqui os funcionários têm salários mais altos.
Sinto um braço possessivo envolver minha cintura e me puxar com força, meu corpo se choca com o dele e nossos olhos se encontram... Enzo.
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Comments
Adriane Alvarenga
Esse Enzo é um louco possessivo....já estou vom ranço dele....🤬🤬🤬🤬🤬
2025-03-12
0
Ivanilde T. Serra
Esse Enzo é um doete possessivo.
2025-05-01
0
Adryelle de jesus😍
Durante esse cinco anos,ninguém descobriu quem dopou eles
2025-03-08
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