Capítulo 2

Amanda Bianchi

Estou andando pelas ruas da Itália com a minha pequena, acabamos de fazer as compras pra casa, quando passamos pelo beco e a Ana me cutuca, ela aponta pro beco onde lá tinha um criança abraçada em um ursinho de pelúcia, ela chorava chamando por mamãe e papai, me aproximo calmamente dela e chamo atenção da pequena

Amanda: Oi pequena, tá fazendo o que aqui sozinha, cadê seus pais

Isabele: nau sei

Peguei ela nos braços e vejo se tem alguma coisa que possa me ajudar a encontrar os pais dela, olho dentro da bolsinha dela e dentro tem um papel, com um número de telefone e um nome de um homem, levo as duas pra minha casa e dou um banho nela, vesti nela uma roupinha da Ana que já estavam perdidas nela, faço um mingau e dou pra elas e depois elas se sentam no chão brincando de boneca, peguei meu telefone e disquei o número, coloco no ouvido e espero a pessoa atender, logo escuto uma voz chorosa e grossa do outro lado da linha

Amanda: Bom noite senhor Gabriel, eu me chamo Amanda, encontrei uma garotinha em um beco escuro toda encolhida, dentro de uma bolsinha que ela carregava, tinham um papel com um número de telefone e o seu nome escrito nele, trouxe a mesma pra minha casa, pq ela tava muito assustada e nesse lugar só tem gente que faz o mal, se puder vir busca-la o endereço e ****"****

Gabriel: Graças a Deus, irei buscá-la imediatamente, já estou a caminho

Eu desligo, ele parece ter ficado contente e também aliviado, então não teria motivos dele ter abandonado a criança em um lugar como aquele

Amanda: Querida, como você foi parar naquele lugar

Isabele: Muié mau me dexo lá dilendo que eu ela um ploblema pô meu papai, e que ela ia casa com ele e ia me abandonar

Vejo a pequena chorar, pego ela e deito ela em meus braços, logo a pequena dorme, peguei aninha e deitei ela também que logo acaba pegando no sono, ajeitei as duas na caminha que pus na sala, e enrolo elas no cobertor, elas estavam abraçadas dormindo tranquilamente, estou nesse momento a procura de um emprego e nada de me contratarem já que eles não querer legar uma mulher que tenha filhos não e mesmo, mas mesmo assim continuo jogando os currículos, a campainha logo toca, já imagino quem seja, vou até a porta e abro ela, do lado de fora vejo um homem, alto, pele clara, olhos azuis, cabelos escuros, bem vestido e aparenta ter uns 25 a 26 por aí, do lado dele estava uma mulher, não tem cara de ser a mãe pq ela estava irada, mas quando ver que eu olho pra ela, a mesma revira os olhos e me olha com desgosto, talvez não tenha gostado da menina ter aparecido, dou espaço pra que eles entrem, quando o homem ver a pequena deitada na cama ele vai até ela, com a barulheira as meninas acabam acordando, Isabele quando ver seu pai, o abraça imediatamente, aninha quando ver a cena vem até mim com os olhinhos cheio de lágrimas, ela abraça minhas perninhas e eu aliso seus cabelos, então o homem chama ela pra um abraço também e agradeçe por ter sido uma amiguinha boa pra Isabele, a mesma fica feliz, então ela pergunta pra ele se ele era pai dela, mas ele não entende pq a mesma fala em libras então eu traduzo pra ele, que logo diz que sim

Ana: Moça mau, Isa disse que aquela moça é muito má e que abandonou ela (em libras)

Amanda: Ela disse que essa moça ao seu lado e muito má, pq ela quem deixou Isa naquele lugar

Vejo o maior olhar para a moça com fúrias em seus olhos, as menininhas se despedem e eles vão embora, aninha ficou tristonha a noite todinha, mas logo dormiu novamente, era a primeira vez que a Ana ganha uma amiguinha, mas logo passa

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