Capítulo 3 Quem Maitê estaria traindo?

👠 Maitê 👠

Eu estava na escola com Evinha e sua prima Beatriz, quando sou surpreendida pelo Roberval, ele apareceu com um lindo buquê de rosas vermelhas, ele parecia inquieto, estava olhando o seu relógio de bolso a todo momento, e quando me viu soltou um sorriso e arrumou sua gravata e secou sua testa suada com seu pano, eu me cheguei mais perto dele e logo ele me disse.

Roberval — Maitê, como é bom vê–la, está linda. Essas rosas são para você.

Ele parecia nervoso, desde o dia em que me pediu em namoro senti que queria me dizer algo a mais, ele me olhava com um olhar ansioso e preocupado, então resolvi eu mesma perguntar o que havia de errado.

Maitê — Eu agradeço o buquê Roberval, são lindas(pego o buquê de suas mãos e vejo que estão suadas)

Roberval— Gostaria de leva–la para tomar um sorvete, o que acha?

Maitê — Pode ser, mas antes(seguro o seu braço com delicadeza)quer me dizer algo Roberval? parece nervoso.

Roberval— Na sorveteria, eu lhe contarei, está bem?

Maitê — Está bem.

Ele me deu seu braço e eu aceitei, ele me levou até seu carro e abriu a porta para eu entrar, entrei e ele a fechou, entrou no banco do motorista e fomos em direção a sorveteria, ele estava tão nervoso que fomos o caminho todo sem conversar.

Assim que chegamos à sorveteria,ele abriu a porta para mim e fomos para dentro da sorveteria, nos sentamos em uma das mesas e a atendente veio nos trazendo o cardápio, eu fiz o meu pedido e Roberval fez o dele, e ficamos em silêncio até que o sorvete chegou, ele então começou a tomar o sorvete e a tentar falar comigo.

Roberval— Sabe Maitê.. E–e–u–u, é que, eu n–ã–o sei por onde começar.

Maitê — Fique calmo Roberval, somos namorados, pode me contar o que lhe aflige.(disse segurando gentilmente em sua mão)

Ele então olhou para a minha mão e a pegou, olhou nos meus olhos e sorriu, ele então soltou minha mão e tirou do seu bolso uma caixinha vermelha e me olhou, nesse momento eu já imaginava do que se tratava todo aquele nervosismo.

Roberval — Maitê, aceita se casar comigo?

Eu paralisei, eu esperava por isso, mas queria acreditar que era apenas uma ideia sem importância da minha cabeça, e como um ato de impulso fiz a maior burrada da minha vida.

Maitê — Sim, aceito(sorri cheia de felicidade)

Roberval — Agora preciso pedir sua mão a seu pai, espero que ele deixe.

Maitê — Vai deixar sim, ele sabe que você é um homem de bem.

Roberval — Tem razão, vamos então?

Maitê — Vamos.

Fomos para a minha casa, e ao chegarmos Roberval já foi logo pedindo a permissão de meu pai para se casar comigo, e como eu imaginava ele aceitou, e então começaram os preparativos para o casamento.

Eugênia — Filha todos de São Miguel do Arcanjo estão animados para o seu casamento, já tenho até às listas de presentes.

Maitê — Que bom mãe, você sabe da Evinha? Ela ia vir aqui.

Eugênia — Pare de ficar atrás de suas amigas, você vai se casar!! Precisa pensar no vestido, na lua de mel, nos sapatos!!

Minha mãe dizia tudo com muita felicidade e entusiasmo, eu queria saber por qual motivo ela estava assim, eu que sou a noiva estou tão... Normal, eu nem consigo sentir essa felicidade toda, o que é estranho.. é como se eu estivesse num lugar que não é meu.

Eu fui me encontrar com Eva no clube da cidade, íamos nadar, beber uma água de coco e conversar um pouco, eu a encontrei e ela logo me abraçou animada.

Eva— Maitê, estou tão feliz por você amiga!! Ai, se casar, que sonho!

Maitê — Evinha, vamos conversar sobre outro assunto, pode ser?

Eva— Outro assunto? Mas Maitê, é seu casamento, será o maior evento de São Miguel!!

Maitê — Aí que exagero Evinha, você parece a minha mãe..

Eva— O que você tem Maitê? Nem parece que está feliz, que vai se casar...

Maitê — Eu não entendo também, eu pensei que fosse ficar tão feliz ao ser pedida em casamento(respiro fundo)mas é como se não tivesse mudado nada na minha vida.

Eva— Como assim??? Você vai se casar, não gosta mais do Roberval?

Maitê — Claro que gosto Evinha! Estou falando de mim não dele! Você não consegue entender Evinha, o problema sou eu , não o Roberval! SOU EU!

Eu digo brava e pulo na piscina, eu não entendo porque estou assim, parece que estou fazendo a escolha errada, como se eu estivesse traindo alguém. Que droga, que sensação esquisita!

No dia da sorveteria eu disse ao Roberval para fazer nosso casamento no dia do meu aniversário de 18 anos, acho lindo casar no dia do aniversário, mas parece que essa magia toda se perdeu..

(...)

Eu estava conversando com a minha mãe sobre o vestido quando nosso mordomo me informou que Roberval estava no portal querendo me ver, então minha mãe mandou ele entrar, e eu e ele ficamos no jardim em frente a minha casa.

Eu e Roberval estávamos conversando sobre a viagem de lua de mel, que seria na França, então ele disse o quanto estava ansioso para se casar comigo, e eu não consegui dizer o mesmo, apenas fiquei em silêncio.

Roberval — Você não está ansiosa também Maitê?

Maitê — Sim, com certeza, quer um suco de groselha? Eu adoro suco de groselha.

Peguei o suco na bandeja e entrei a ele, ele e eu tomamos o suco e assim consegui disfarçar minha "ansiedade em se casar" mas após bebermos o suco, Roberval me olhou e pegou minhas mãos e me pediu permissão para me beijar na boca, eu então permiti e ele me deu um beijo gentil e carinhoso, mas então meu pai apareceu e me chamou para dentro deixando Roberval lá fora sozinho e inquieto.

Meu pai me deu uma broca daquelas, eu não poderia ser vista aos beijos com meu noivo, pois caso ele resolvesse desfazer o noivado eu estaria falada na cidade e não iria conseguir um casamento novamente, eu me senti suja, afinal eu e Roberval nos beijamos por 2 minutos e olhe lá, e foi um beijo tão ingênuo, ele sempre me respeitou. Mais papai me enxerga apenas como um pedaço de carne que a qualquer momento um lobo virá devorar e jogar fora.

Eugênia — O que aconteceu, querido? Maitê fez algo indevido?

Sebastião — Sua filha estava aos beijos com Roberval na frente de casa, onde todos pudessem ve–los!

Eugênia — Maitê filha! Que absurdo!

Sebastião — Espero que eu tenha sido claro o suficiente Maitê!

Nesse momento eu ergui a cabeça e olhei meu pai de cima a baixo com um olhar de coragem e deboche ao mesmo tempo, e ele se irritou.

Sebastião — O que é? está me desafiando Maitê?(diz zangado)

Eu então abaixei a cabeça, e subi para o meu quarto, olhei pela janela e vi minha mãe dispensando Roberval, fiquei tão sem graça que voltei para a minha cama e fiquei pensativa.

Será que é assim? Minha história de "amor" será dessa forma? Sem graça? porque sinto essa sensação de que estou traindo alguém?

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