Depois daquele dia em que Eduardo defendeu-me da minha própria irmã, algo dentro de mim mudou. Não era como se, de repente, o mundo tivesse se tornado mais fácil ou que as piadas tivessem parado – longe disso. Mas, pela primeira vez, senti que alguém me enxergava de verdade.
Eu e Eduardo começamos a conversar mais na escola. Não era como se ele fizesse questão de estar comigo o tempo todo, mas sempre encontrava um jeito de me incluir. Ele me chamava para sentar com ele e seus amigos no intervalo, mesmo que eu preferisse ficar sozinha.
— Não sei por que você insiste em sentar nesse canto. A sombra é boa, mas a companhia é péssima, não acha? — ele disse uma vez, com um sorriso leve, enquanto estendia a mão para me ajudar a levantar.
Eu ri, meio sem graça.
— Talvez eu goste da paz daqui.
— Ou talvez você esteja se escondendo — ele rebateu. Aquilo me pegou de surpresa, mas ele continuou sem esperar resposta: — Vamos, a gente vai comer pizza hoje.
Não sei o que era pior: o fato de eu saber que Isa estava do outro lado do pátio, rodeada de pessoas, ou o fato de Eduardo estar me puxando para o grupo dele, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
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Com o tempo, Eduardo virou quase um porto seguro para mim. Ele nunca me tratava como "a loira burra" ou "Panela de Pressão". Com ele, eu era só Pâmella.
— Você sabia que seu nome significa “doce como mel”? — ele disse um dia, enquanto estávamos na biblioteca, revisando um trabalho.
— Sério? — perguntei, surpresa.
— Sim. Combina com você.
Aquilo foi o suficiente para o meu coração dar um salto. Eu sabia que Eduardo só estava sendo gentil. Ele era assim com todo mundo, mas, comigo, parecia diferente. Ou talvez eu quisesse acreditar que era.
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Claro, nem tudo era perfeito. Isa, como sempre, fazia questão de me lembrar de quem realmente era a estrela.
— Não se iluda, Pâmella. Ele só sente pena de você — ela dizia, sempre que Eduardo aparecia em casa ou se aproximava de mim na escola. — Meninos como ele nunca ficam com garotas como você.
Doía ouvir isso, porque uma parte de mim acreditava que era verdade. Mas, mesmo assim, eu não conseguia evitar. Quanto mais tempo passávamos juntos, mais eu me pegava pensando nele. No jeito como ele ria de piadas bobas, no olhar sincero que ele dava quando alguém falava com ele, ou na forma como ele sempre me incluía, mesmo quando não precisava.
Eu sabia que Eduardo não me via da mesma forma. Para ele, eu era uma amiga. Talvez uma amiga especial, mas ainda assim, apenas uma amiga. Mesmo assim, cada momento com ele fazia meu coração acelerar um pouquinho mais.
E, pela primeira vez, eu comecei a me perguntar: será que algum dia ele poderia me ver de um jeito diferente?
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se vocês estão gostando, por favor me apoie para eu continuar trazendo mais Capítulo e eu aceito a opinião de vocês por favor é minha primeira vez fazendo uma obra então não vai ficar tão bom 😭 mas vou tentar
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Atualizado até capítulo 28
Comments
Erica Nascimento
eu não acho a essência dela,as pessoas tem que colocar na cabeça que existe vários tamanhos de corpo, não e que a mulheres que e gorda e menor que a mulher que não e,todas merece respeito e encontrar um amor verdadeiro e se amada,corpo não define ninguém
2025-01-19
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Catia Petrowicz Odorizzi
autora transforma ela em um mulherão de dar inveja em todas e ter todos os homens aos seus pés.
2025-01-14
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Alice Paixao
só acho q as vezes,vcs repetem muito umas falas....mas estou gostando....
2025-01-15
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