Tudo começou em 1340 quando a pequena guerreira tinha apenas dez anos, uma garota feliz e uma família amorosa, seu pai sempre na ferraria fazendo suas belas criações em armas até ao entardecer mais sempre perto o bastante para dar carinho e atenção, sempre me dizia: minha pequena você tem um propósito maior, um dia vai ter a liberdade de saber tudo sobre sua existência e seu propósito.
Mesmo com as lições de casa, não se sentia normal como outras garotas, pois seu pai lhe ensinava a arte da luta e espada. enquanto outras garotas estavam começando a fazer seus enxovais para possíveis casamentos, naquela época as garotas casavam muito jovens, pois estimavam que o casamento com um bom parceiro poderia ter filhos e encher a casa.
E por isso não tinha muitos amigos pois era diferente, sua dedicação era ao contrário de suas tradições. Como o final no outono onde o fio estava cada vez mais forte, com ventos e às vezes tempestades anunciando que em breve o inverno chegaria e as poucas neves já se instalaram no chão deixando branco e uma bela paisagem com céus cinzentos e pancadas fortes de chuvas frias.
O vento trazia suas músicas que tocavam as montanhas e assobiavam as planícies, deixando as vegetações que restavam se curvarem em quando as tocavam.
E assim chegava o inverno lentamente e a cada dia a neve cobria mais as estradas, as casas e montanhas,tudo era pura aventura como todos os invernos anteriores, então não se viam mais os visitantes e nem comerciantes a vila só pertencia aos moradores, com suas chaminés esquentando suas casas deixando as confortáveis.
E numa noite de inverno, naquele ano tudo mudou, a tempestade estava rigorosa, era noite de lua cheia, mas com as nuvens densas a lua não brilhava no céu.
Mais cedo, alguns homens se reuniram para providenciar lenhas e tinha que buscá-las na floresta que estava ao lado sul da Vila antes das montanhas altas,eram florestas densas e de difícil acesso e com muitas lendas envolvidas, onde homem algum se atreve a explorar além do limite determinado pela lei real e todos respeitam esse limite.
Um grupo de aproximadamente dez homens entraram na floresta para apanhar as lenhas naquela tarde, considerando que nessa época o anoitecer vem um pouco mais cedo, então teriam que apressar, pois seria impossível voltar no escuro e poderia ser surpreendidos por animais selvagens ou até mesmo apanhados por
tempestades que naquela época do ano era comum.
E o pai da Aella, o senhor Jacob estava com eles,pois era um homem cujo a experiência com ferramentas era respeitado por todos devido a sua posição na cidade de comerciante bem sucedido.
O tempo foi passando e a noite chegou completamente, mas ninguém voltou da floresta e a noite ficou sombria.
As mulheres começaram a se desesperar, e com lanternas de lamparinas,batiam de porta em porta pra saber se alguém teria voltado e as horas se passavam.
Mais a tempestade começou a ficar muito forte e ninguém mais saia de casa, pois tinha que trancar as portas e janelas, para se aquecer e o ruído do vento faziam as tábuas rangerem como tanta força e de repente não apenas o vento ruína, tudo ficou em silêncio, como se o tempo parasse naquele instante por alguns segundos,e de repente gritos de socorro vindo da floresta começou a aterrorizar os moradores da vila, alguma coisa estava atacando os homens na floresta era aterrorizante mas ninguém podia os ajudar,era uma noite de tempestade e ninguém se arriscaria sair de casa, pois nada se conseguia ver a mais de um palmo. apenas se ouviu tocar o sino no meio da vila, anunciando que algo estava acontecendo.
Aella correu até seu irmão que era dois anos mais novo e sua mãe disse: - Não saiam de perto um do outro!
E sentados em uma poltrona que ficava perto da lareira muito bem aquecida e confortável,tremiam de medo.
Seu irmão estava aprendendo a ler,pois na época, os meninos tinham privilégios de frequentar a escola, então pegou um livro velho da estante e começou a ler uma história, para tentar desviar a mente dos sons que vinham de fora e da floresta. Parecia funcionar, era o que eles pensavam, sua mãe começou a rezar, ela era muito apegada em sua religião, com os joelhos ao chão com as mãos entrelaçadas, começou pedir proteção ao seu novo Deus e a Zeus nesse dia,pedia para que os homens da vila que estavam na mata que todos voltassem com vida,tinha convicção que algum dos deus poderia atender seu pedido e poderia parar a tempestade.
Seus pais eram cristãos, mas rezavam para Zeus também, pois afinal mesmo o poderoso lhe virou as costas, eles criavam a filha do próprio. Mas sempre estávamos na igreja cristã e a levavam a pequena Aella para a pequena paróquia da vila, mesmo ela não gostando muito, mas estava ali ouvindo os sermões do padre, mas voltando aos homens na floresta..
De repente tudo ficou em silêncio e por alguns segundos só o vento gemia e fazia ranger as tábuas velhas das janelas da casa, foi quando o silêncio se quebrou e uivos de lobos alto e assombrador começou, era de arrepiar os ossos do corpo. Parecem que estavam se comunicando, nunca tivemos lobos tão perto daquela região e estavam vindo da floresta e cada vez mais aterrorizante, o medo fazia a alma congelar, como se o frio não bastasse naquela noite, agora estavam vivendo um pesadelo um verdadeiro terror, a noite foi longa e fria para quem desejava o amanhecer.
Na manhã seguinte a tempestade já havia passado e apenas neves caiam calmamente. A dona Maria se quer dormiu, mas seguiu ao amanhecer para a pequena praça onde se reuniu com outras mulheres e lá decidiram entrar na floresta e procurar seus maridos.
A pequena praça da cidade era usada para pequenas reuniões onde era tratadas algumas coisas importantes da vila, tinha uma fonte de água e ao redor em época da primavera as flores encantavam trazendo cor e vida, com bancos e algumas árvores ao redor era encantador para os amantes na noite, pois suas pequenas lamparinas aos postes iluminavam a praça e as deixavam românticas, além das festividades que faziam ali, era o centro da pequena vila. mas agora estava repletas de mulheres e homens com suas armas, na como facões e foices instrumentos usados nas lavouras ou em casa,mas estavam prontas para procurar seus maridos e seguiram determinadas para a floresta, aella apenas observava em silêncio de longe,pois era apenas uma garota de 10 anos, viu quando as entraram na imensa floresta e começaram a chamar seus maridos pelos nomes, e ninguém respondia.
Tudo era silêncio só as folhas das árvores faziam barulhos pois o vento assoprava, qualquer pisada em falso galhos se quebravam e a deixavam amedrontadas, mas elas não se deixavam que o
medo as dominasse e a coragem fazem seguir em frente, começaram a chamar pelos nomes em vozes altas.
Juan, Josafá, Felipe,Jacob... e cada vez os chamava mais alto e mesmo assim ninguém respondia e já quase desistindo de procurar por eles resolveram voltar mais seguiram outro caminho e quase chegando na vila ouviram um sussurro de socorro no meio da mata e foram procurar e conforme elas caminhavam ao encontro do sussurro o som da voz se tornava mais alto.
- Socorro,socorro,alguém me ajuda, por favor!
Era o Sr,Jacob ele estava ensanguentado e não conseguia se mexer, estava muito machucado e o frio fazia bater os dentes, os ferimentos eram profundos e pareciam ser por garras enormes ou dentes de um animal muito grande, rapidamente homens estavam carregando para o vilarejo, enquanto isso alguns jovens, entraram logo em seguida com a localização de onde deveriam encontrar os corpos achados de outros e mesmo com tanto esforço infelizmente sr,Jacob o único a ser encontrado respirando e mal conseguiu chegar ao vilarejo, pois tinha um curandeiro que poderia ajudar a curar suas feridas.
Aella, foi chamada, pois seu pai teria algo para lhe contar, então ela correu até a casa do curandeiro para ver seu pai que tanto o amava, quando o viu começou a chorar pois seu pai estava muito ferido e abraçou e disse,papai melhora logo.
Mas seu pai abraçando a disse a ela, minha pequena Aella meu dia chegou ao fim, mas o seu está para começar.
com lágrimas nos olhos a pequena Aella pergunta.
- Papai o que você diz.
Com a voz baixa e embargada devido às dores que sentia.
- Jacob - você tem um grande propósito e logo será convocada para sua missão,continua com os treinamentos e com as leituras, pois o mundo precisará de ti, mesmo eu não estando por perto para te acompanhar em suas venturas,quando chegar a hora sua mãe te dirá tudo que você precisa saber,foi uma honra ser o teu pai mesmo com muito pouco tempo,adeus minha pequena guerreira,filha dos deuses. E seu pai respirou pela última vez.
Aella chorava muito por saber que seu pai não estaria mais presente em sua vida,ele era tudo para ela, desde os contos histórias dos deuses antigos como Zeus o senhor todo poderoso que sempre passeava na terra e ajudava os homens nos velhos tempos. Ele fazia as histórias serem verdadeiras e ela adorava quando ele contava com tanta devoção que me fazia acreditar nos deuses mesmo ele sendo cristão.
Mas aquele dia era de dor e angústia, sua mãe ficou para ajudar a preparar o corpo. Ela voltou para casa onde estava seu irmão,o abraçou bem forte e disse:papai se foi.
Seu irmão de sete anos, mas já entendia as coisas e sempre estava na ferraria brincando e ajudando seu pai,era seu companheiro fiel e sempre tinha perguntas para seu pai, e sempre respondia suas curiosidades pois fazia parte de seu crescimento e curiosidades, além disso era apaixonado pelos contos de terrores que seu pai contava.
Dona Maria voltando para casa, para cuidar de alguns deveres e alimentar seus filhos, pois mesmo com o luto a vida tinha que continuar seguindo.
-Sentou-se em um banquinho que estava perto do fogão a lenha e com as mãos no rosto dizia: Mãe, como vamos seguir agora sem o papai?
E as lágrimas corriam de seus olhos,sua mãe o abraçou e disse: Meu pequeno homenzinho não se preocupe tudo vai dar certo, tudo vai dar certo e olhando vagamente pro nada
Sabendo que suas vidas mudariam dali para frente,Aella tinha apenas dez anos, mas já entendia que sem o seu pai, a sua mãe teria que trabalhar, mesmo tendo a ferraria o Jacob só tinha um ajudante e agora,terão que vender ou arrumar mais alguém para tocar o negócio da família.
No dia seguinte fizeram o funeral com as orações pelos corpos que conseguiram achar na floresta alguns foram enterrados em sua cova no pequeno cemitério da vila,que ficava um pouco acima do vilarejo no lado norte,era um campo bem verde e cercado, tudo bem arrumado para aqueles que já foram muito queridos.
O sr. Jacob já preferia a muito tempo que seu corpo seria cremado e seguia navegando sobre as águas do rio que passava sobre a vila, a barca foi feita e ele foi cremado e seguiu viagem conforme sonhava quando vivia.
afinal acreditava nos antigos deuses, mesmo seguindo outra fé. sempre dizia que os deuses iriam recebê-lo, foi assim foi feito conforme sua vontade e seguiu viagem.
Os dias passavam normalmente e lentamente, dona Maria agora tinha mais responsabilidades, além da casa tinha que fazer a contabilidade da ferraria, claro que sempre ajudava seu marido os essas tarefas, mais agora estava sozinha e com dois filhos para cuidar e alimentar. as vizinhas ajudava com que podia, pois sabia que a vida estava um pouco dura com ela e as via chorar no final da tarde porque o Jacob não entrava pela porta,os dias se tornaram ruins e amargos, mais aos poucos foram se ajustando. a vila estava voltando ao normal novamente e a gente começou a viver esquecendo aos poucos o que tinha ocorrido a primavera chegava de mansinho, deixando a neve derreter e achacar a terra dando ela vida e as pequenas gramas e vegetações voltando a vida dia após dias.
O ajudante da ferraria, o Jovem Carter continuou a trabalhar e assim contrataram mais um ajudante para a ferraria e claro o Baltazar tornou-se seu ajudante também afinal era um negócio da família ele deveria a aprender para seguir com o legado do
pai e assim foram passando os dias com muitos trabalhos e produzindo ferramentas e armas para os soldados do rei, com isso ajudava a sustentar a casa, e manter os trabalhadores pois a queda de produção era baixa e estávamos perdendo clientes devido as notícias que vinham de outras vilas.
Mesmo ninguém sabendo que tipo de fera teria atacado os homens da vila,e se eram lobos famintos que estavam passando ou se tiveram má sorte ou ursos, que também eram comuns naquelas áreas.
E nos fins da tarde todos da vila se recolhiam em suas casas e fechavam bem as janelas e portas,pois temiam que o mal da floresta poderia chegar até o vilarejo.
Os dias de alegrias se tornaram de grande temor na vila e a única taberna não funcionava mais a noite.
Os forasteiros se afastaram e longos foram os dias,meses até anos para que a vila voltasse a ser como era antes do ataque aos homens.
O medo foi deixando de existir, mesmo assim os homens quando saíam para o campo ou para colheitas, se preveniam andavam sempre com, punhais e espadas aqueles que possuíam uma.
E se passaram cinco anos e tudo começou a voltar ao normal, nunca receberam ajuda real,apesar de ter mandado um mensageiro ao rei levando as notícias do ocorrido,mas foram esquecidos.
A vida seguia em frente e só alguns animais eram encontrados mortos devido alguns coiotes que às
vezes passavam por ali, mas tiveram que tomar algumas providência de construir granjas para guardar os animais pela noite, assim não teriam grandes perdas.
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Atualizado até capítulo 64
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