O sino da confeitaria tocou quando Caio abriu a porta, hesitando antes de entrar. O ar estava saturado com o cheiro de baunilha e chocolate, quase doce demais para ele. As vitrines brilhavam com tortas impecáveis e bolos decorados como se fossem obras de arte.
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Caio!
*Lucas acenou de trás do balcão, o sorriso brilhando mais que qualquer cobertura de açúcar*
Caio engoliu em seco, tentando não parecer um completo idiota enquanto acenava de volta.
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💭Respira, Caio. É só um lugar cheio de doces. E do Lucas...
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Que bom que você veio!
*Lucas saiu de trás do balcão, andando até ele com um avental sujo de farinha*
Meus pais estão super animados.
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Ah, sério?
*Caio murmurou, torcendo para que os pais de Lucas não esperassem que ele provasse alguma coisa*
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Sim! Eles adoram quando eu trago amigos pra cá. Só um aviso… minha mãe é um pouquinho intensa
*Lucas riu, pegando a mão de Caio e puxando-o para mais perto das vitrines*
O toque foi rápido, mas suficiente para o coração de Caio disparar.
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💭Ele nem percebeu que me tocou... ou percebeu?
A mãe de Lucas apareceu com a energia de um furacão coberto de confeitos.
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Ah, então você é o Caio!
*Ela disse, analisando-o como se fosse um cliente especial.*
Lucas fala muito de você.
Caio sentiu as orelhas esquentarem. Lucas tossiu, parecendo desconfortável.
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Mãe, exagero.
*Ele revirou os olhos, claramente tentando evitar que a situação piorasse*
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Exagero nada!
*Ela riu, voltando a atenção para Caio*
Bem, espero que você goste de doces, porque temos muita coisa nova pra testar hoje!
Caio travou, mas antes que pudesse inventar alguma desculpa, Lucas interveio.
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Mãe, o Caio não é muito fã de doces. Ele só veio pra me fazer companhia.
A expressão da mulher mudou de surpresa para um sorriso caloroso.
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Ah, isso é diferente!
*Ela piscou para Lucas*
Bom, qualquer amigo do meu filho é mais do que bem-vindo aqui, goste de doces ou não.
Caio suspirou, aliviado, mas logo percebeu Lucas encarando-o com um pequeno sorriso.
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Você ficou nervoso agora, né?
*Lucas perguntou baixinho*
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Talvez.
*Caio respondeu, desviando o olhar*
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Relaxa. Você vai sobreviver. Prometo que não vou te obrigar a comer nada.
*Lucas deu uma risadinha, tocando de leve o ombro de Caio*
Enquanto os clientes chegavam e os pais de Lucas atendiam o balcão, os dois se sentaram a uma das mesas nos fundos.
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Então… Você realmente não gosta de nada doce?
*Lucas perguntou, curioso*
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Não muito.
*Caio respondeu*
Mas… isso não significa que eu não possa apreciar o trabalho. Tudo aqui parece incrível.
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Meu pai vai adorar ouvir isso.
*Lucas sorriu, descansando o queixo na mão*
Mas, sabe… Não é estranho pra mim. Quero dizer, você é diferente. Isso é legal.
Caio sentiu o rosto esquentar de novo.
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💭Diferente é bom? Espero que sim.
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Diferente como?
*ele perguntou, tentando manter a voz estável*
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Não sei. Você é mais… honesto. Não tenta agradar todo mundo o tempo todo. Isso é raro.
Caio não sabia como responder. Tudo o que conseguia pensar era em como Lucas parecia tão confortável, tão natural.
Antes que o silêncio ficasse constrangedor, Lucas mudou de assunto, puxando Caio para a cozinha para mostrar os bastidores da confeitaria. Entre risadas e histórias sobre bolos desastrosos que nunca chegaram ao balcão, Caio percebeu que estar ali com Lucas era menos assustador do que ele imaginava.
Talvez o problema não fossem os doces. Talvez o problema fosse o quanto ele queria que Lucas o visse como algo mais.
E, pela primeira vez, talvez isso não fosse impossível.
Comments
Uma fudida qualquer
bateu até fome 😋
2024-12-26
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