Capítulo 3

            POV: Miguel.

   Totalmente surpreso, é como me sinto nesse momento, olhando para a Natália com uma criança no seu colo, que me olha com os olhos iguais o da mãe.

O seu trabalho no último mês tinha sido muito bom, mas na última semana tem deixado muito a desejar.

Ela sempre chegar atrasada, está sempre cansada, já peguei ela dormindo na sua mesa, isso me deixou muito irritado, por que não me importo com a vida pessoal de ninguém, desde que isso não atrapalhe o seu trabalho.

Só de pensar o que a deixa tão cansada, fico mais irritado.

Tentei relevar, mas hoje foi a gota d'água, por que procurei uns documentos, que vou precisar, para a reunião amanhã logo cedo, para levar pra casa, mas não os encontrei.

Depois de procurar em todo o escritório, minha irritação só aumentava, então liguei para ela, ameacei o seu emprego.

Esperava tudo, menos a cena que estou vendo na minha frente.

Ela me olha envergonhada.

- Desculpa senhor Miguel, prometo que vou achar os documentos que o senhor precisa.

Tô tão surpreso que só balanço a cabeça.

Ela passa por mim de cabeça baixa, entra no minha sala, fico igual uma estátua sem saber como agir, então que a sigo.

Ela senta a criança no sofá.

- Fique aqui quietinha, meu amor, que já vamos para casa.

A criança só balança a cabeça, ela beija a sua cabeça.

Ela começa a procurar os documentos, eu só consigo olhar para ela e para a criança.

- Ela é sua?

É o que consigo perguntar.

Ela parar o que está fazendo, me olha, dar para ver os seus olhos vermelhos e cansados.

- Sim, ela é a minha filha.

Volto a procurar os papéis.

- Mas você não disse isso, na entrevista de emprego.

Falo sem pensar muito.

- Seu eu contasse, não seria contratada.

Ela fala triste, dá para perceber na sua voz.

- Mamãe?

A criança a chama, ela olha curiosa para mim.

- Só mais um pouco, meu amor.

Fala carinhosa com a pequena, que continua sentadinha onde a mãe a deixou, ela sorri pra mim, não tem como não sorri de volta.

- Quem é você?

Me pergunta como voz de bebê, ela é muito fofa.

- Filha, não faça perguntas, já estamos indo.

- Sim, mamãe.

Fala obediente a mamãe.

- Aqui está os papéis, senhor Miguel, eu tinha colocado junto com os papéis que eram pra ser arquivado, desculpa pela confusão.

A Natália me entregar a pasta com os documentos, eu ainda não sei como agir.

Ela volta até a minha mesa, tentando arrumar a bagunça que eu fiz.

- Não precisa arrumar, pode deixar assim mesmo.

Fala meio arreio.

- Mas eu que fiz essa confusão.

- Mesmo assim, não precisa arrumar.

Falo, ela só concorda, vai até a filha, e a agasalhar, a pegando no colo.

- Desculpa mas uma vez por que essa confusão, senhor, sei que merece, mas por favor, não me demita.

Concordo com a cabeça.

- Boa noite, senhor Miguel.

- Boa noite, Natália.

Ela sai com a filha, que sorri pra mim outra vez.

Me sento no sofá onde a criança está antes, ainda sem conseguir raciocinar direito, com o que acabou de acontecer.

- O que você tem, Miguel?

Minha mãe me pergunta, enquanto estamos jantando.

- Eu não tenho nada, mãe, por que?

- Você está muito calado.

O meu pai fala.

- É só algumas coisas no trabalho.

- Realmente as coisas estão mudando, nunca visto você fala assim sobre trabalho, você está ficando velho, filho.

Minha mãe fala brincando comigo sorrindo.

- Velho não, mãe, maduro, faço o maior sucesso com a mulherada por causa disso.

Me gabo ela faz uma carreta.

- Pra que que eu fui perguntar.

Nos sorrimos.

Ainda mora com eles, por que não gosto muito de viver sozinho, eles também gosto de me ter como eles.

Mas pretendo me mudar, já comprei um apartamento, só estou esperando terminar a reforma.

Estou deitado na minha cama, com as mãos atrás da cabeça.

Penso na Natália e na sua filha.

A sua filha é muito parecida com ela, linda igual a mãe.

Esse deve ser o motivo do seu cansaço, e atrasos.

Será que ela é casada? já que ela mentiu sobre ter uma filha, pode ter mentindo em outras coisas também.

Mas não vou tirar conclusões precipitada, segunda feira, vou ter uma conversa muito séria com ela, espero que ela seja verdadeira dessa vez.

Pego o meu telefone, tem várias mensagem do Augusto, me chamado para sai, mas preciso ficar em casa, ele tira sarro de mim, mas não ligo.

Ultimamente estou preferido fica em casa.

Vem na minha cabeça a conversa que tiver com a minha mãe, com o Pedro, será?

Não, só estou concentrado no trabalho.

Entro no aplicativo Instagram, procuro por o nome Natália Siqueira, tem várias, mas nenhuma é ela, então desisti, resolvo a dormir que faço melhor coisa.

                 POV: Natália.

    Depois de um final de semana agarrada com a minha pequena, que graças a Deus não passou mas mal.

Aproveitamos para passear, fomos no parquinho, passamos o domingo na na casa dos seus padrinhos, ela ama está com eles.

Vê-la feliz, se divertindo é a coisa mais importante pra mim.

A deixei na creche, já que ela faltou a semana passada toda, por que estava doente, ela estava animada para voltar para a creche.

Vou para o trabalho, não sei se ainda tenho um, por que depois de tudo que aconteceu na semana passada, o senhor Miguel ainda descobriu sobre a Maya, não sei como vai ser.

O banco ainda não retornou sobre o pedido de empréstimo, coloquei o pequeno apartamento como garantia, por que é único bem material que possou.

Chego na empresa, passo pela portaria, minha entrada que ainda está liberada, então significa que ainda tenho um emprego, vou até a minha mesa, me sento, vou até a sala do senhor Miguel, arrumo para quando ele chegar, volto para a minha mesa, aguado a sua chegada.

Logo ele chega lindo, exalando o seu perfume.

- Bom dia, Natália.

Me cumprimentar animado, como de costume, olho pra ele que me olha com sempre.

- Bom dia, senhor Miguel.

Ele entra na sala, sem falar mas nada, isso me preocupar.

Ele me liga pelo ramal do telefone, me pedindo para ir até a sua sala.

Já imagino qual é o assunto, respira fundo, entro.

- O que o senhor deseja, senhor Miguel?

Pergunta receosa.

- Sente-se, Natália.

Faço o que ele pedir.

- Senhor...

Tento fala, mas ele me corta.

- Olha Natália, vou te fazer algumas perguntas, espero que fale a verdade dessa vez, por que não admito mentiras.

Fala me olhando sério.

- Sim, senhor.

- Por que não disse que tinha uma filha, na entrevista para o emprego?

Respiro fundo, lhe respondo.

- Por que nas outras entrevistas, quando falava que tinha uma filha pequena, eu era descartada na hora, sei que errado menti, mas eu precisava desse emprego.

Fala abaixando a cabeça, um pouco emocionada.

- Você é casada?

Me pergunta prestando atenção em mim.

- Não, sou mãe solteira.

- Os seus atrasados, e cansaço são por causa da sua filha?

- Sim, ela tem asma, tem crises, as vezes é necessário leva ela ao hospital, para fazer inalação, como uso a saúde pública, os atendimentos são demorados, então muitas vezes, passo quase a noite toda no hospital com ela, mas vou fazer de tudo, para que isso não volte a afetar o meu trabalho novamente.

O garanto.

- Esse doença tem cura?

Me pergunta, parecendo realmente interessado.

- Não, mas com o tratamento certo, ela pode ter uma vida normal.

O explico.

- Ela faz o tratamento?

- Não, por que ainda não tenho condições.

Falo angustiada.

- Tudo bem, isso é tudo, Natália, pode volta para a sua mesa.

Levanto os meus olhos, olho para ele, que me olha atento.

- Eu vou ser demitida?

Pergunto aflita.

- Não, mas vai ser chamada pelo RH, para atualizar a sua situação, colocar a sua filha no plano de saúde da empresa.

Olho para ele surpresa.

- Mas ainda estou no meu período de experiência.

- Não está mais, agora você está contratada.

Fala sério, eu fico emocionada.

- Muito obrigado, senhor.

Ele se levanta, me entregar uma lenço para mim.

Com um impulso, o abraço pela cintura, ele fica surpreso, mas logo me abraça de volta, sinto o seu cheiro, fecho os olhos, sentido o calor do seu corpo junto ao meu, me sinto tão bem.

Mas volto a realidade, saio dos seus braços, fico envergonhada.

- Desculpa, senhor, mais uma vez, obrigado.

Falo com a cabeça baixa, saio daquela sala, com o coração acelerado, e transbordando de alegria, com mais alguns sentimentos.

                   POV: Miguel.

         Cinco minutos, que estou parado no mesmo lugar, depois que ela saiu dos meus braços, e da minha sala.

Meu coração está acelerado, o seu cheiro impregnado em mim, com a sensação de vazio, depois que ela saio dos meus braços.

Vou até o frigobar, pego uma água, bebo me sentando, afrouxando a minha gravata.

Passei o final de semana inteiro pensando, no que aconteceu sexta feira, então resolvi conversar com ela, logo que cheguei a empresa.

Nunca imaginei que a sua filha tivesse algum problema de saúde, ela parece tão saudável.

Agora, além da sua mãe povoar os meus pensamentos, a filha dela, não sai da minha cabeça, como ela é linda e fofa.

 Ela é mãe solteira, abomino esse tipo de homem, que não cumpre com as suas responsabilidades de pai.

Ela deve sofrer muito por cuidar da filha sozinha, aínda depende da saúde pública.

Agora eu a entendo, por que ela mentiu, muito difícil uma empresa, aceitar os seus atrasados, e saídas repentinas, ou até mesmo contrata uma mãe com uma filha pequena, isso é um absurdo.

Ela é alguém muito forte, por passar tudo isso, me faz admira-la.

Volto ao trabalho, ligo por RH, explico a situação a Renata, fala que vai cuidar disso imediatamente.

- Então é isso.

A Sabrina responsável pela equipe de marketing que crias as campanhas da empresa, terminar de apresentar a nova ideia para a campanha, mas não me convenceu.

- Acho que falta algo.

Falo olhando para o slongan da campanha.

- Não seria melhor, colocar um slogan mais popular, para abordar todos os públicos.

A Natália fala, depois parece envergonhada, acho que falou por impulso, ficamos surpresos.

- Não, não trabalhamos com todos os públicos, sim, com um público mas sofisticado.

A Sabrina retrucar.

- Mas é ruim, para qualquer marca, fica parada só em um conceito ou público, acaba ficando pra trás dos outros concorrentes.

Fala com muito convicção, eu concordo com ela, pelo que está no seu currículo ela é formada em marketing.

- Quando foi que você se tornou da equipe de marketing? por que até onde sei, você é apenas uma secretária.

A Sabrina fala pra a Natália com arrogância, e desprezo, isso me irrita.

- Uma secretária que dá melhor ideias do vocês, que são pagos para fazer isso, vou dá mais algum dias para ver se vocês apresentam algo que preste.

Fala sério, saio da sala com a Natália ao meu lado.

- Desculpa, senhor Miguel, não queria ter me intrometer, quando vi já tinha falado.

Fala enquanto caminhamos em direção a minha sala.

- Você fez muito bem, Natália, por que não escrevi a sua ideia, e me mostra.

- Sério?

Me pergunta surpresa e sorrindo, não tem como não olha para a sua linda boca.

- Sim, você trabalha comigo, e a sua ideia também são bem vindas.

Falo sincero.

- Obrigado, senhor, vou fazer isso.

Fala animada, eu sorriu da sua felicidade.

            Uma semana depois.

- O que o senhor, achou?

Me pergunta, enquanto olho para a sua ideia de campanha, com slogan mais simples, mas muito bom.

- Isso está incrível, Natália.

Falo surpreso, mas contente.

- Obrigado, senhor.

- Você tem muito talento.

A elogio ela fica vermelha, isso a torna ainda mais linda.

- Por que não trabalha nessa área?

Seu sorriso some, me arrependo da pergunta, por que não gosto da tristeza que vejo nos seus olhos.

- Depois que a Maya nasceu, não tive muita oportunidade de trabalhar nessa área, então aceitava qualquer trabalho que dê para sobreviver.

Ela fala triste, isso aperta meu coração, só de imaginar o que ela pode ter passado.

- Maya é o nome da sua bebê?

Pergunto mudando de assunto, dá certo, porque seus brilham ao ouvir o nome da filha.

- Sim, ela se chama Maya.

Fala com orgulho, sorrindo lindo.

- É um nome lindo, assim como ela.

Falo sorrindo também.

- Obrigado, ela é perfeita.

Fala com tanto amor da filha, que é bonito de ver, eu fico encantado.

- Quanto anos ela tem?

Pergunto interessado.

- Tem dois anos.

- Ela parece ter mais.

- Sim, ela bem esperta e grande para a sua idade, se não fosse o seu problema de saúde, ela seria uma criança normal.

Fala um pouco triste, quer fazer eu querer abraça-la.

- Logo ela vai estar bem.

Falo positivo.

- Assim espero, senhor.

Fala também sendo positiva.

- Por que você não coloca todas essas suas ideias em uma proposta de campanha? para apresentar no dia, que escolherem a nova campanha da empresa?

Ela me olha surpresa, mas eu não falei nada demais, a sua ideia é muito boa, para ser desperdiçada.

- O senhor, está falando sério?

Me pergunta ainda surpresa.

- Sim, você agora teve a melhor ideia até agora, não é justo jogar isso fora.

A explico.

- Achei que o senhor, usaria essa ideia.

- Mas a ideia é sua, você tem que ter os méritos por ela.

Falo sincero, ela me olha com admiração, que causa uma sensação boa em mim.

- Mas eu sou sua secretária, não dá equipe de marketing.

Fala desanimada.

- Mas isso não te limita a nada, você pode fazer a sua proposta, se for aceitar, você pode ser integrada a equipe de marketing.

Fala sincero, por que alguém talentosa como ela, não pode ficar apenas trabalhando com secretaria, apesar que sinto uma sensação ruim, só de imaginar não a ter mais ela aqui comigo.

- Nossa não sei o que dizer, muito bem pela confiança, que o senhor está depositando em mim.

Fala emocionada.

- Só acredito no seu potencial

- Acho que estou um pouco enferrujada, já que faz tempo, que não trabalho nessa área.

Fala ainda insegura.

- Eu posso te ajudar.

Falo por impulso, mas não me arrependo.

- Nossa, então vou tentar.

Fala mais confiante.

- Assim é que se fala.

- Vou volta para a minha mesa.

Se levanta para sai, mas se vira para mim, com um lindo sorriso.

- Mas uma vez obrigado, senhor Miguel, prometo não decepciona-lo.

- Tenho certeza que não.

Falo sorrindo.

Ela sai feliz, eu continuo sorrindo.

Tenho certeza que ela vai se sai bem, por que dá pra ver o quanto ela é talentosa.

Só não sei se vai dá certo, eu fico mas tempo perto dela, por que ela me faz sentir coisas que não sei explicar.

Mas pretendo ajudá-la, no que ela precisa.

- No que mais você vai me surpreende, Natália?

Me pergunto encostando na cadeira, suspirando forte.

            Espero que gostem 😊

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Comments

Vanilde Silva

Vanilde Silva

começando a ler dia 10 de fevereiro 2025

2025-02-10

2

Meire Garcia

Meire Garcia

começando a ler em 19/02/2025

2025-02-19

1

Valdercina Rodrigues

Valdercina Rodrigues

Tomara que Natalia arrume um homem que ame ela e a filha dela porque merece é uma batalhadora.

2025-02-11

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