Cada Um dos Seus Desconfortos

A conquista até as mortíferas Dunas de Areia Augria para chegar à Torre de Vigia Plêiades.

A “Usuária de Majuu” Meili se juntou ao grupo de Subaru como um membro que aumentaria sua confiança para escapar do labirinto de areia– um ambiente que continha tocas de bestas demoníacas.

Por conta disso, decidiram trazê-la com eles. No entanto, essa garota continuou sendo a única pessoa a residir no quarto de confinamento da mansão por um longo e restrito período de um ano inteiro, porque ela estava ajudando Roswaal.

Subaru sabia que naturalmente haveria discussões sobre a libertação de Meili de seu confinamento, considerando que ela havia sido responsável pelo evento do ataque a mansão através de uma traiçoeira “Caçadora de Entranhas”, mas,

Meili: Não há nada de errado com isso, ceeerto? Se outras pessoas além da irmãzona e o irmãozão também irem, não haverá problema nenhum comigo saindo também, não ééé? Mesmo que meu julgamento tenha sido incorreto e ela tenha más intenções, vocês são aqueles que ela almeja.

Roswaal deu permissão a Meili para partir depois disso. Os detalhes de sua resposta eram o tipo de detalhes que você não podia deixar de admitir que realmente pareciam coisas que Roswaal diria.

Mas, de qualquer forma, ela havia obtido permissão por enquanto. Assim, Meili conseguiu ser libertada com segurança do confinamento em que esteve durante um ano inteiro.

Meili: Mm~! Assim como eu imaginei, a atmosfera aqui fora é muito diferente. Ficar naquele quarto apertado durante muito tempo dificultou minha respiração.

Subaru: Mas ainda assim, ele tentou fazer um monte de coisas diferentes para fazer você se sentir melhor, hein. Não foi tão ruim quanto você diz que foi, não é?

Meili: Sério? Agradeço a consideração, mas ser capaz de mover-se livremente por aí é uma sensação totalmente difereeente. Irmãozão, se você não aprender a apreciar as pequenas coisas da vida, será odiado pela irmãzona e a senhorita muito antes de perceber, saaabe.

Meili fez beicinho com os lábios enquanto segurava sua infinidade de bichinhos de pelúcia. A propósito, a pessoa a quem Meili se referia quando disse “Irmãzona” era Emilia, enquanto a outra pessoa a quem ela se referia quando disse “Senhorita” era Beatrice.

Meili: Então, posso descansar nesse quarto?

Subaru: Pelo que me disseram, não deve haver problema. 一Alguém entrou para limpar o lugar, apesar de ser um cômodo que não é usado com frequência, então você não precisa se preocupar com a sujeira ou qualquer coisa desse tipo. Frederica deve ter vindo limpar o quarto bem na hora em que trouxemos nossa bagagem.

Meili: …Ok.

Havia esse lugar na ala oeste da Mansão do Roswaal. Este era o quarto que Meili continuava a olhar ao redor com curiosidade ―― o interior do quarto que ficava no andar dos quartos privados das empregadas.

Meili tentou experimentar o que era estar livre do confinamento.

Claro, era necessário que alguém examinasse a mansão para que não fosse negligenciada. Mas qual era exatamente o seu papel? Ela era uma convidada? Ela era uma empregada? Seu papel não estava longe de ser o de um convidado, mas também seria injusto perder a parte dela que a tornava uma empregada.

Assim, ela seria rotulada como “cooperativa” do casarão, pois seria insuficiente chamá-la de empregada, e não seria suficiente chamá-la de hóspede.

Ela cuidaria desse quarto no andar das empregadas como se representasse a segunda metade de seu corpo interno. Ela trouxe cada um de seus pertences que estavam anteriormente guardados em seu quarto do confinamento, fazendo parecer que este quarto insípido estava sendo tingido de cor.

Meili: Mesmo que eu tenha sido libertada assim, não sei quanto tempo vou poder ficar aqui. Afinal, quando surge uma perspectiva que parece ser uma oportunidade de viver em paz, eu posso fugir imediatameeente.

Subaru: Bem, o mais importante é que você não cause problemas. Então, contanto que você não me leve para aquela sua mãe assustadora, você pode fazer o que quiser. Ah, mas vou me certificar de que você execute seu próximo trabalho adequadamente. Depois disso, você pode fazer o que quiser.

Meili: Você está dizendo que quando tudo estiver resolvido, eu posso morrer onde eu desejar?

Subaru: Eu tenho que ouvir esse tipo de coisa? Por que eu me importaria com onde alguém morre…? Isso é o que o meu eu cínico e pretensioso do passado diria, mas agora não irei dizer coisas assim.

Depois que Subaru colocou todos os seus pertences no quarto, ele acariciou a cabeça de Meili enquanto ela ficava parada na janela. Esta garota de cabelo azul-escuro trançado tinha os olhos brilhando enquanto Subaru continuava a acariciar sua cabeça.

Subaru: Eu honestamente quero que minha gangue esteja preparada para arriscar suas vidas, não importa o quê. Você pode sair quando quiser, mas se vai sair dessa maneira, pode muito bem seguir o que a carta diz; ou seja, você deve apenas aproveitar esse tempo de maneira mais genuína possível.

Ele deu um leve tapinha em sua cabeça no final de sua declaração e, em seguida, baixou a mão. Depois de receber um leve toque em sua cabeça da mão que anteriormente acariciava seu cabelo, Meili olhou para Subaru com olhos de desprezo.

Meili: …irmãozão, você conquistou a senhorita e a Petra assiiim? Mesmo estando em constante cautela com você isso não é suficieeente.

Subaru: Você sabe que essa não era realmente minha intenção.

Depois que Subaru terminou de ajudar Meili a trazer seus pertences pessoais, ele coçou a cabeça e se dirigiu para a saída do quarto. Ele não tinha intenção nenhuma de possivelmente ajudar na reorganização da sala ao completar a tarefa de trazer as coisas dela.

Além disso, havia uma parede indefesa separando o senso de rearranjo de Subaru e o senso de rearranjo de Meili. Assim, ele decidiu que seria melhor partir antes de fazer qualquer coisa desnecessária que pudesse fazer com que ela não gostasse dele.

Meili: Bem, vou levar suas palavras com um grão de sal. Além disso, você vai acabar jogando sua vida fora nas Dunas de Areia de Augria, de qualquer fooorma.

Subaru: Não vamos jogar nossas vidas fora; vamos montar nossas vidas. E é aí que iremos precisar muito dos seus poderes, então vamos contar com você.

Meili: Ok, ok. — hihi... será que, algum dia, poderei reencontrar aquele garoto, novamente?

Subaru: Garoto? Ah— ainda fala do Akashi? Como eu disse, ele está muito ocupado e pode não voltar em algum tempo, além disso, mesmo se o reencontrar, o que acha que aconteceria?

Meili: Tenho certeza de que, se conversarmos tranquilamente, ele me perdoaria, se é esse o caso.

Subaru: Heh, talvez, o Akashi tende a ser bem impiedoso com pessoas maldosas, mesmo sendo um "bom garoto".

Meili: Isso é o que vamos ver, se eu me esforçar, ele com certeza vai me perdoar e ai... finalmente... poderemos ficar juntinhos de novo!

Subaru: Ehh?? Você tá bem confiante disso, hein?

O rosto de Meili parecia um pimentão, enquanto sua expressão apaixonada era facilmente perceptível. De mãos juntas, a garota olhava para o teto, relembrando quando percebeu Akashi naquela batalha de 1 ano atrás.

Subaru coçou sua cabeça, arquando sua sobrancelha enquanto perguntava.

Subaru: Você tá legal?

Meili: Eu vou ficar melhor quando o encontrar, agora irmãozão, preciso que saia, por favorzinhoo.

Meili balançou a mão para frente e para trás e, em seguida, levou Subaru para fora da sala, segurando uma de suas mãos.

Ela tirou cada um de seus pertences de uma caixa – com um rosto indiferente, evitando olhar para Subaru – e seus pertences começaram a formar um arranjo temporário de seu próprio quarto.

Assim como Meili disse, aquele era um quarto que fazia sentir como se ela não soubesse por quanto tempo ficaria, nem se voltaria.

Meili: Ahh, estou me divertiiindo.

Essa garota se satisfazia em seu próprio quarto enquanto caminhava com um andar que exemplificava um entusiasmo desenfreado.

Ele foi capaz de ver parcialmente a visão agradável da vivacidade dessa garota, uma vivacidade que era exibida por apenas estar satisfeita simplesmente por ter todos os seus bichinhos de pelúcia favoritos colocados em toda a sala. Era um tipo de vivacidade que demonstrava como uma garota de sua idade reagiria ao conseguir seu primeiro quarto.

Com a decisão de adicionar Meili ao grupo, os participantes da “Viagem emocionante para questionar o Sábio” incluíam este grupo de 7; Subaru, Emilia, Beatrice, e seus seguidores que estariam ajudando na periferia – isto é, as outras três pessoas que eram Julius, Anastasia e Meili – e então, finalmente, a única garota que eles finalmente seriam capazes de levar, Rem.

Estes foram os últimos 7 membros que enfrentariam as Dunas de Areia de Augria localizadas no extremo leste do mundo.

A direção para as Dunas de Areia de Augria que era um lugar distante do mundo e longe de seu grupo – parecia uma linha reta que apontava para o leste da mansão oriental de Roswaal.

No entanto, essa jornada tinha um caminho que era ainda mais longo do que aquele que foi necessário seguir para chegar até a cidade das Comportas de Pristella, levaria cerca de 20 dias para uma viagem apenas de ida.

Ou seja, essa jornada levaria um total de 40 dias apenas para ida e volta. Eles chegariam com segurança à torre de vigia e, se pensassem em ficar lá por alguns dias, a duração desta grande expedição poderia muito bem se transformar em uma viagem de 2 meses. O problema disso tudo era que–,

Subaru: Eei, Petra. Desculpe por deixar você sozinha durante tanto tempo. Eu farei você se sentir melhor.

Petra: Não se preocupe ~. Eu não estou brava. Está tudo bem. Subaru pode ir para quantos lugares distantes e perigosos ele quiser, como sempre fez, certo?

Petra estava cedendo à forte depressão resultante de ter que ficar distante de Subaru que foi para Pristella por um período de um mês, logo esse sentimento se estenderia para um período de dois meses.

Esta garota caminhava impetuosamente pela mansão com um rosto frio e claro enquanto ela encenava em torno de sua roupa de empregada, uma roupa que era condizente com seu pequeno corpo.

Quanto a Subaru, ele estava se desculpando atrás dela e não sabia que palavras usar para tentar melhorar seu humor.

De qualquer forma, embora fosse necessário que Subaru ficasse tão frenético para tentar descobrir uma maneira de consertar o humor de Petra, as garotas também tinham essa suposição comum sobre os garotos em relação ao humor deles.

E essa suposição comum entre eles era que, em todos os momentos e lugares, sempre que ficavam insatisfeitos com algo assim, normalmente era culpa do cara.

Na realidade, Petra era a garota com o poder feminino mais proeminente na mansão. Ela iria exibir orgulhosamente esse poder feminino como representante das garotas.

Os únicos infelizes possíveis nesta mansão que poderiam ter prejudicado seu humor eram Subaru, Akashi, Roswaal, Garfiel, Otto e…espere um segundo, não são muitas pessoas? E espere… todos os caras não se tornaram infelizes quando alcançaram o poder? Puck também teve que adotar esse poder de homens patéticos, pois ele precisou fazer isso a fim de realizar seu renascimento. Não foi nada além de patético. Mas de qualquer maneira-

Subaru: Eu sei que deixar você para trás com Roswaal na mansão iria estressá-la tanto que tornaria tudo mais difícil para você, mas se você apenas raciocinasse que tudo isso é apenas um trabalho e fizesse o seu melhor para…goowey!

Petra: Eu não fico brava com coisas assim! Eu não sou criança! Pare de dizer coisas estranhas como essa quando eu tenho a Ram e a Frederica.

Subaru: Pensar que uma garota que dá uma cabeçada na boca do estômago de um homem consegue alegar que ela não é uma criança é simplesmente…

Petra fez com que Subaru desmoronasse em agonia com um golpe em uma parte vital de seu corpo que realmente lembrava a raiva. Ela fez uma pose orgulhosa ao segurar a cintura com as duas mãos e esticou o peito para convencê-lo insistentemente de que sua aparência lembrava a de uma figura que era indicativa de qualquer coisa, exceto uma criança.

No entanto, o espírito de uma dama é algo que se completa antes mesmo que seu corpo se desenvolva e o alcance. Quanto a Beatrice, a taxa de crescimento de seu corpo não o acompanharia, então parecia que seu espírito estava sendo arrastado, mas…

Subaru: Mas Petra, você não atingiu essa cabeçada em um lugar mais alto do que no ataque anterior? Parecia que houve um pequeno momento no início de sua cabeçada anterior em que você estava na ponta dos pés antes de voar em direção ao meu peito.

Petra: …Estou pasma. Beatrice não te contou? Ei! Veja! Eu cresci durante esse um mês também, pois minhas costas cresceram, minhas pernas cresceram e meu rosto também não ficou mais fofo?

Subaru: Ah, acho que você cresceu um pouco. Suas costas e seu cabelo, quero dizer. Embora seu rosto fosse fofo desde sempre.

Petra já era a beleza da aldeia de Arlam. Ser atraída para fora da mansão como uma de suas criadas na época era uma situação complicada, pois Petra tinha essa imagem fixa de uma garota com quem todos queriam se casar.

Para ser mais específico, Subaru poderia fazer um torneio de luta de sumô no centro da praça se desafiasse esses bebês chorões. Os adultos iriam invadir no final de tudo e a celebração de levantá-lo no ar de alguma forma chegaria ao fim. Seria um rito de passagem enigmático.

De qualquer forma, Petra era essa garota que era amada pelos aldeões. Ela era uma garota que frequentemente expressava sua tristeza por ter deixado sua antiga vida na aldeia e ter ido ajudar com a mansão. Ele queria usar a conveniência de tê-la na mansão, tanto quanto possível, para o bem da extraordinária Petra no futuro.

Dito isso, ao mesmo tempo, Subaru não tinha poder nenhum dentro da mansão, então ele valorizaria esses dias até que ele chegasse a continuar de se lembrar desse tipo de vida comum, embora,

Subaru: Além disso, aqui dentro, você não é capaz de ser a garota extremamente brincalhona que é. Quanto à sua irmã mais velha, que vive com seu temperamento bem conhecido… Estou ciente de como você se sente sufocada por ela sempre lhe dizer para trabalhar o tempo todo.

Petra: Mas não é exatamente assim…

Subaru deixou os dois braços abertos para consolar a garota aborrecida. Petra mostrou um gesto ligeiramente hesitante e então pulou nos braços de Subaru. Ele abraçou seu pequeno corpo e acariciou sua cabeça como se quisesse recompensá-la.

Petra: Subaru…quero dizer senhor Subaru, você vai fazer algo perigoso de novo?

Subaru: Não é como se estivesse completamente decidido que vai ser perigoso, sabe? Na verdade, parece que estou dizendo que você não deve considerar a possibilidade de ser perigoso, mas a verdade é que realmente pode ser uma expedição razoavelmente segura.

Petra: Qual é a probabilidade de cada resultado?

Subaru: Acho que seria uma proporção de 8,2% com o resultado seguro sendo o mais baixo, talvez?

Petra: Para mim, isso parece muito perigoso.

Revelar algo relevante tardiamente na conversa e não conseguir mentir eram duas tendências infelizes de Subaru. Subaru sentiu que Petra começou a ficar descontente ao ser segurada em seus braços. Ele então soltou um suspiro, pois não entendia porque ela começou a agir assim. De repente, Petra começou a esfregar a testa contra o estômago dele.

Petra: Estou preocupada. O senhor Subaru é sempre assim; desde que você veio para a mansão pela primeira vez, e desde que eu te conheci na aldeia. Você vai tomar medidas diligentes em todos os lugares de novo, mesmo quando parecer tão perigoso. Seria bom se você aprendesse uma ou duas coisas com meu Mestre preguiçoso.

Subaru: Nah. Mesmo que Roswaal tenha dado seu selo de aprovação, ele provavelmente ainda transpira quando não estamos lá para ver. No entanto, eu concordo que ele é inútil quando se trata de questões de risco de vida.

Petra: Foi difícil com os majuus; foi difícil com o Culto da Bruxa; foi difícil com as Aranhas da Terra; foi difícil com a estátua da Deusa; foi difícil na floresta de Elior; e também foi difícil limpar os Túmulos. Apesar de tudo isso, você ainda lutou com o Culto da Bruxa em Pristella, e então Otto e os outros…ainda assim lutaram.

^^^Nota: A parte com Aranhas da Terra está se referindo a um tempo no arco 5, volume 6, onde Subaru, Garfiel e Otto acabaram se defendendo de uma multidão de Aranhas da Terra. Foi narrado de forma muito breve, por isso pode soar desconhecido para vocês.^^^

Subaru: Otto quase nos matou naquela época.

“Otto morreu muito.” Por incrível que pareça, Subaru estava de acordo com isso, mas gostaria de simplesmente não morrer. Se Otto morresse, Subaru não poderia mais se permitir morrer –para não exagerar como uma amizade que continuaria até a morte ou algo assim.

Petra: Por que alguém diferente de você não pode fazer isso? Alguém, outra pessoa…você simplesmente deveria deixar isso para alguém mais forte ou algo assim, como o Mestre, já que ele tem tempo.

Subaru: Eu…eu entendo. Eu entendo quanta frustração você deve ter acumulado por causa de como Roswaal desperdiça seu tempo com tanta frequência. E pare de tentar adicionar coisas na tentativa de conduzir Roswaal até sua morte. Isso cria uma tensão intensa na facção.

Não seria um problema se fossem apenas coisas como Roswaal não perceber como Petra colocava suco espremido do pano usado em seu chá. No entanto, obviamente seria ruim se ela começasse a demonstrar claramente sua hostilidade e malícia.

Subaru chamou atenção dela antes que a situação ficasse assim, mas Petra olhou para Subaru com seriedade. Parecia que uma decepção meia-boca e palavras falsas não seriam capazes de convencê-la. Além disso, acima de tudo, Petra estava seriamente preocupada com a segurança de Subaru. Dizer qualquer coisa desnecessária e descuidada nesta situação seria um desrespeito aos sentimentos de ansiedade de Petra.

Subaru: Bem, entendi. É verdade que parece haver Majuus a caminho da torre de vigia; é verdade que dizem que o labirinto do deserto é ridículo. E eu sei como é ridículo em primeiro lugar ir em direção ao sábio que ficaria irritado por nós chegarmos perto da torre…mas mesmo assim, não há nenhuma maneira de eu deixar isso para outra pessoa.

Petra: …Por quê? Subaru, talvez você não esteja superestimando sua própria força? Deixe o Garf fazer uma suposição embaraçosa como essa.

Subaru: Seu rigor crítico é seriamente ridículo! De jeito nenhum vou deixar isso pro Garfiel!

Os padrões críticos de Petra eram tão rígidos que faria um homem tremer se os ouvisse. Seria apropriado caracterizar a atitude de Garfiel em relação à sua fraqueza como a de criar falsas expectativas sem se intimidar.

No entanto, Garfiel fez questão de envidar todos os esforços para transformar essas “falsas expectativas” em “realidade”. Além disso, neste caso, o problema provavelmente era o fato de que ele interpretaria sua capacidade de criar “falsas expectativas” como força. O assunto em questão, portanto, não poderia ser tratado por Garfiel, considerando a interpretação de sua força e a sua força real.

Subaru: Bem, colocando a justaposição da impressão de Garfiel e sua maneira de pensar de lado…não é como se eu…Não é como se eu achasse que não houvesse uma pessoa mais adequada para o trabalho. E em primeiro lugar, deixar tudo para Reinhard seria muito mais seguro se houvesse preparativos para escapar do labirinto do deserto.

Petra: Então por que você não deixa ele fazer isso?

Subaru: Eu também me pergunto o por quê. Apesar de ser alguém que gosta de ser mimado, também pensei que eu era alguém que não ansiava por honra.

Na verdade, ele realmente não entendia por que desejava fazer isso. Suas palavras audaciosas simplesmente tomariam forma dessa maneira. Sempre que suas palavras audaciosas tomavam forma, provavelmente se tornaria algo assim.

Subaru: –Esqueça. Afinal, isso é algo que eu mesmo quero fazer. Mesmo que haja alguém mais adequado para isso, mesmo sabendo que haveria uma chance maior de sucesso, eu ainda quero fazer isso.

Petra: Por quê?

Subaru: É constrangedor, mas…é porque eu quero ser o primeiro a vê-la quando ela acordar.

Ele não especificou quem era. Mesmo que ele não tenha especificado, Petra entendeu de quem se tratava. Se uma maneira de acordar aquela garota, a garota que continuava em um estado de sono profundo, fosse encontrada na torre do Sábio, ele queria ser o primeiro e único a agarrá-la.

Mesmo que houvesse outra pessoa por aí que fosse mais adequada para o trabalho, mesmo se alguém que não fosse ele tivesse uma chance maior de sucesso, essa era a única coisa a qual ele não desistiria. Ele não queria desistir. Este era o ego de Subaru.

Subaru: Se eu desconsiderasse meus sentimentos e pensasse nisso de um ponto de vista racional…qualquer um poderia ser o responsável por acordá-la. Se algo como uma doença ridícula se espalhasse e se fôssemos apenas falar em salvar essas pessoas eu não me importaria com quem desenvolveria uma vacina ou um medicamento específico para isso. Eu não me importaria com o processo, se isso significasse salvá-los.

Petra: …Sim.

Subaru: Mas se meus sentimentos me levarem, eu quero fazer as coisas do meu jeito. Eu quero ser aquele que os salvará. Eu quero ser o único a acordá-los. Eu quero dar o máximo de mim e salvar tudo e a todos.

――Assim, Natsuki Subaru seria o único a ir.

Havia incontáveis ​​outros que eram mais fortes.

Havia incontáveis ​​outros que eram mais confiáveis.

Havia incontáveis ​​outros que eram mais sábios.

Mas Natsuki Subaru iria ignorar tudo isso, e ele seria o único a ir. Ele está fazendo isso apenas porque queria ser elogiado por essa garota depois de salvá-la.

Subaru: Desculpe por desapontá-la com meu egoísmo.

Petra: Você realmente me decepcionou. Nada do que você disse mudará os meus sentimentos. Hm?

Depois de ela reconhecer a culpa de Subaru, ele acariciou a cabeça de Petra enquanto se preparava para ser repreendido. Mas depois de Petra deixar escapar uma voz vacilante, ela levantou sua cabeça dos braços de Subaru. Ele se surpreendeu quando seu olho grande e redondo ficou enevoado por uma gigante gota de lágrima. E então—

Petra: Eh!

Subaru: Outra cabeçada—-!?

Petra girou sua cabeça pontuda para baixo, o que fez sua testa causar uma grande dor na boca do estômago de Subaru. Petra mirou numa parte vital e indefesa de Subaru – fazendo-o cair de joelhos – e escapou de seus braços com um pulo anticlimático. Então, ela fechou um de seus olhos e pôs a língua pra fora.

Petra: Senhor Subaru, seu idiota! Egoísta! Vai lá fazer o que você quiser!

Subaru: gu, uo…

Petra: Porque quando você retornar daqui a 2 meses, eu vou te surpreender ao me tornar uma garota realmente linda. Sinta-se livre para se arrepender por não presenciar meu crescimento de perto!

Subaru: Há realmente algo de lamentável nisso... heh, eu vou perder o crescimento de mais um, então?

Subaru diria, relembrando do fato de que ficou sem ver Akashi durante 6 a 9 meses, e quando finalmente se reencontraram, ele havia se tornado um garoto muito diferente do antigo, além de ter um corpo bem mais construído do que antes, era comparável aos músculos de Garfiel... ver como Akashi cresceu tanto nesses últimos meses é algo que ainda espanta Subaru, principalmente pelo fato de que aquele garoto é um pouco mais alto que a maioria dos membros da mansão do Roswaal, isso tendo meros 15 anos.

É normal que uma criação mude durante seu período de crescimento tão repentinamente. Petra, entretanto, também era uma menina de 13 anos deslumbrante. Depois de 2 meses, ela pode passar uma impressão completamente diferente.

Subaru: Pra falar a verdade, eu também cresci 19 centímetros entre a 7º e a 8º série…

Petra: Huh? Isso parece ser um pouco impossível…

Bom, esse foi um caso raro em que Subaru cresceu devido a sua altura original ser curta. Embora Petra tenha quebrado as expectativas em que ele havia apostado, a menina agarrou o próprio punho logo após o ocorrido. Ela, então, levantou seus dois punhos para Subaru e fez uma declaração.

Petra: Enfiiiim! O que você tem que fazer é: ir em frente e viajar para lugares perigosos como você quer – preocupando todo mundo e causando problemas pra todo mundo – e depois disso, voltar como de costume.

Subaru: Eu pareço ser um grande incômodo pros outros quando você diz desse jeito…

Embora, quando visto dessa maneira, o modo como ela o descreveu surpreendentemente não soava errado. De qualquer modo, Subaru esticou suas duas mãos também e então alinhou seus punhos com os de Petra.

Subaru: É sempre preocupante para você, Petra, mas eu vou descuidadamente na direção de lugares perigosos como sempre faço, e você vai esperar pelo meu retorno normalmente depois que eu fizer inúmeras coisas – uma depois da outra. É o direito especial de Petra nos receber de volta assim que voltarmos de nossa viagem.

Petra: …Você não vai deixar a Frederica ou a Ram dizer antes de mim, certo?

Subaru: Sim. eu prometo.

Petra: Inclusive o Mestre?

Subaru: Mesmo que você não se preocupe com isso, eu apanharia do Roswaal se ele fosse o primeiro a nos receber quando voltarmos.

Petra: ...Mm, entendi. Tudo bem, me convenceu.

Ela puxou seu punho que estava junto ao de Subaru e, enquanto Petra suspirava, espíritos triunfantes começaram a fluir dela. O fluxo era essencial, e parecia mais como uma grande forma de perdão, mas―

Petra: Nossa, não dá para evitar, hein, Subaru...?

Parecia que ela dizia isso de um modo que fizesse parecer que ela estava falando com todo mundo. Ele não podia ser igualado.

Esses eram os pensamentos de Subaru.

Embora ele não estivesse preocupado ao ponto de ficar ansioso, para que fosse resolvido um assunto incerto que jazia dentro da mansão, Subaru finalmente entraria naquele quarto.

Entrar naquele quarto era o único momento em que Subaru naturalmente prendia a respiração e pisava com cautela. Mas mesmo que ele entrasse no quarto cantando alto e pisando pesado, a situação dentro do quarto definitivamente não mudaria.

Ainda assim, talvez ele inconscientemente decidiu manter o silêncio apenas pelo bem da garota que estava deitada na cama dentro do quarto, cuja figura causava uma dor que subia em seu peito caso ele a olhasse excessivamente.

Era um sono profundo em que, se ela fosse capaz de acordar mesmo neste exato momento, ele assim desejaria. Contudo, ele sentiu que mesmo que isso pudesse acontecer, se ele perturbasse seu sono profundo, ele sofreria algum tipo de punição, algo parecido com uma maldição. Essa garota, que se afogava num sono abismal de sonhos perpétuos, era a tal ponto preciosa para ele.

Subaru: Eu falo assim, mas é claro que isso é só a minha crença excessivamente subjetiva…

Ao dizer essas palavras em tom de descrença, Subaru puxou uma cadeira para sentar-se ao lado da cama. De repente, um mês havia se passado e ele entrava nesse quarto, encarando a face da adormecida Rem, cuja condição não mostrou nenhuma mudança desde um ano atrás, continuando em estado de sono profundo.

Subaru: Estou de volta, mas me desculpe por demorar tanto para vir te ver. Eu precisei cuidar de algumas coisas… e além disso eu hesitei um pouco, fazendo essa visita meio que de última hora

Era óbvio, mas, claro, não houve resposta de Rem, que dormia profundamente. Subaru falou, apesar de saber que não haveria resposta, e manteve uma expressão mesmo assim. Natsuki Subaru manteve a expressão que mostraria somente para essa garota específica.

Ele possuía essa expressão determinada, que indicava que ele estava pronto para jogar algo fora, e que ele mostraria apenas para Emilia. Ele possuía essa expressão leal, que o fazia parecer que ele seria capaz de confiar sua própria vida, e que ele mostraria apenas para Beatrice. E, por fim, ele possuía esta expressão que expunha suas fraquezas que tantas vezes tentava esconder, a expressão que ele mostraria apenas a Rem.

Subaru: Me pergunto se está bem se eu falar… Na verdade, há tantas coisas de que posso falar com você, sabe? Infelizmente eu não pude te visitar antes porque eu estava na cidade das comporta Pristella, mas havia ainda muitas coisas que aconteceram lá. Foi um tumulto tão grande que, mesmo se te dissesse tudo a noite toda, ainda haveria mais pra eu te falar. Mas mesmo assim, eu tenho todo o tempo do mundo para falar com você sobre isso. Ah, e eu achei o Akashi, viu? Digo, ele nos achou, ele cresceu bastante, Rem...

Subaru gentilmente deslizou sua mão para dentro da cama, procurando a mão da garota que tinha um lençol em seu peito, e começou a falar ao pegar a mão de Rem. Em seus longos dedos, com seu fino e pálido braço, sua mansidão e a presença de seu calor eram evidentes, mas por alguma razão parecia que a circulação de seu sangue – não, um sinal de vida dentro dela faltava.

Uma força solitária dentro dela preservava a vida dentro dela. Porém, não havia força dentro dela que cumprisse o papel de levar essa adiante.

Rem, com essa situação contraditória acontecendo dentro dela, ainda tinha seu tempo congelado, presa dentro de um estado de sono profundo. Entretanto ——,

Subaru: Eu posso finalmente te alcançar.

...

Subaru: Claro, é também possível pra mim elevar minhas expectativas alto demais e acabar não ficando satisfeito. É claro, é possível que o Sábio não faça jus ao seu nome e que tudo termine em nada, tendo apenas que se desculpar por sua informação imprecisa no fim.

...

Subaru: Mas...

Um modo claro de solução além de derrotar a Gula finalmente viera à luz. Embora outras pessoas tenham expectativas e fiquem desapontadas com as soluções que estavam disponíveis como resultado de seguir uma jornada assim, a resposta que ele seguiu em tal caminho ainda se assemelhava a um símbolo de esperança que ele finalmente pareceria capaz de pôr as mãos.

Subaru: Porque Echidna endoidou e não ouviu

Dentro do Santuário, na tumba da bruxa, quando ele fora convidado àquele chá das bruxas surreal, conhecendo a Bruxa da Ganância, Echidna, Subaru rejeitou as bruxas, escapando do controle de suas garras. Natsuki Subaru tomou essa decisão para proteger sua própria alma frágil, mas ao mesmo tempo foi uma decisão que o distanciou das pessoas que poderiam (possivelmente) ajudá-lo a encontrar um modo de salvar Rem.

É claro, ele não estava ciente até que ponto ia a opinião de Echidna sobre os Arcebispos brandindo seu poder. Mas, talvez, se ele fosse capaz de revelar suas circunstâncias, talvez fosse capaz de surgir com uma solução depois de ouvir a colaboração da bruxa.

Ele estava confiante de que havia tomado a decisão correta, e sua rejeição imediata ao pedido da Bruxa era algo que mostrava essa determinação. Mas o tempo se esgotava, e quando ele percebeu o fato de que parecia que o passar das estações estava deixando Rem para trás, ele ficou preocupado se sua decisão era ou não a correta.

Mesmo que ele prometesse do fundo do coração que a salvaria, ele mesmo ainda não havia tomado nenhuma ação definitiva para conseguir isso. Ele só tinha sido capaz de escapar da sensação de aprisionamento que sentia do impasse em que se encontrava, e finalmente agora era capaz de fazer algo por ela.

Para salvar a miríade de pessoas – a miríade de homens dentro da cidade de Priestella que estavam sofrendo o mesmo destino que Rem – ele iria numa jornada rumo à Torre Pleiades. Porém, se você o perguntasse seu real motivo para ir na direção da Torre, era por causa de Rem; nada mais era um candidato possível e real a ser sua verdadeira razão. Era irracional e inapropriado, e mesmo entendendo isso, Subaru continuou――.

Subaru: Eu vou salvar você, Rem. É uma promessa.

Do mesmo modo que ela esteve lá durante aqueles dias difíceis, naquela época – Agora era a hora em que Subaru queria estender sua mão e estar lá para ela, nestes tempos em que Rem mais precisava da ajuda de alguém.

???: ――Isso dói.

Subaru: ――!?

Subaru, cujo os olhos estavam fechados enquanto falava palavras de determinação, ouviu essa voz que fez seu rosto se mover abruptamente. Ele olhou para Rem com um olhar de surpresa inexplicável dentro de seus olhos, apenas para ver que ela estava lá deitada, com seus olhos fechados, segurando na mão de Subaru em silêncio. Sendo assim, então a voz de quem――,

Ram: Solte a mão dela, Barusu. Só de olhar ao quão forte você segura a mão dela me causa dor.

Subaru: ...Ah, é a Ram.

Quando Subaru olhou para trás, viu Ram em pé e encarando-o da porta do quarto com um olhar frio em seus olhos. Depois de ser aliviado pelo olhar dela, ele percebeu que estava segurando a mão de Rem com sua própria mão mais forte do que pensava e rapidamente se soltou.

Ram: Tudo bem, eu consigo lidar vendo Subaru violar os dedos de porcelana da Rem por causa de seus desejos sexuais.

Subaru: Você poderia não dizer algo assim? Isso vai me fazer sentir que minha determinação anterior se transformou completamente em algo repugnante.

Após Subaru soltar a mão de Rem, Ram, que entrara no quarto, pegou a mão de Rem. A irmã mais velha gentilmente acariciou os dedos brancos e delicados de sua irmã mais nova, e então olhou para Subaru com o canto do olho.

Ram: Essa sua determinação era realmente pura assim? Reflita cuidadosamente um pouco mais sobre si mesmo e faça seu discurso novamente…… Se você liberar seus desejos sexuais em mim, que sou extremamente parecida com Rem, Ram também terá arrepios nas costas e fugirá.

Subaru: Calma aí. Mesmo que suas aparências físicas sejam extremamente semelhantes, eu jamais me confundiria ao apontar a diferença em radiância entre vocês duas.”

Ram: É mesmo? Então tudo bem, eu acho. Mas mesmo que você finalmente encontrasse uma maneira de acordá-la, se você encontrá-la sem ela se lembrar quem ela é, Rem não estaria em paz. Seria surpreendente se ela não o detestasse, se suas ideias de Rem durante nossas conversas ociosas não fossem apenas fantasias selvagens.

Subaru: Você tem tão pouca fé em mim... agora a gente se conhece há um longo tempo, sabe? Que coisa, cadê a única testemunha que tenho nessas horas?

Ram: Heh.

Esnobando com nariz como ela sempre faz, Ram mostrava com seus movimentos que estava para sair de seu assento. Ao se levantar, ela olhou ao redor de quarto, e então,

Ram: Eu preciso me preparar para sair, então alguém precisa preparar outra muda de roupas para Rem. Não há muito suor nas roupas dela, então mudar não é realmente necessário, mas…. o corpo dela ainda precisa ser enxugado.

Subaru: ...

Ram: Algo está se alargando abaixo de seu nariz, nojento.

Subaru: Eu não disse nada porque não havia realmente nada a dizer mas, mesmo quando eu não digo nada, este é o tratamento que recebo!?

Cuidar do corpo de Rem – Rem que teve seu nome e memórias comidas – não estava essencialmente relacionado a obter uma reação de seu corpo físico. Não havia nenhuma razão prática para fazer algo como limpar seu corpo e trocar de roupa. A razão para fazer tais coisas não era mais do que simplesmente ser capaz de se confortar ocasionalmente, sendo capaz de lembrar as pessoas ao seu redor de sua existência, não permitindo que ela fosse abandonada.

Olhando para Ram com desdém, Subaru parecia que estava prestes a agir como uma das pessoas da trupe, mas, ao se lembrar do lugar onde estava, ele soltou o punho.

Ao considerar os resultados finais de fazer tudo isso, atitudes como Subaru conversar e Ram cuidando do corpo da sua irmã mais nova, nada realmente parecia indicar que seguiam em frente. Ele não impediu as pessoas de tomar ações que poderiam ser consideradas inúteis, porque percebeu que mesmo que não dissessem em voz alta, ele sabia que as pessoas ainda reconheciam o fato de que suas ações não trariam resultados reais.

Subaru: Não está na hora de você começar a perceber Rem como sua irmã verdadeira?

Subaru fez esta pergunta inesperadamente a Ram que, com sua maneira cuidadosa de fazer as coisas, estava olhando com sua gentileza para o corpo de uma Rem adormecida. Apesar de Ram ter corajosamente cuidado de Rem, ela não tinha lembranças dessa garota que representava sua outra metade. A garota era tão parecida com Ram que não se podia afirmar que eles não eram parentes. Mas, se fossem considerados apenas os sentimentos verdadeiros de Ram sobre ela, então poderia ser dito que a relação de Ram com Rem era fraca.

Ainda assim, dias como este passaram por um ano inteiro. Mesmo tendo perdido suas memórias de Rem, era possível que se formassem novas e diferentes memórias. Talvez agora as lembranças definitivas estivessem tomando forma dentro de Ram.

Ram: Sentimentos verdadeiros não são coisas que brotam tão facilmente. Eu ainda não tenho nenhuma memória dela em mim e nunca presenciei esta garota acordada. Embora eu possa imaginar que ela provavelmente fosse alguém de excelência e dignidade, parecida com mim mesma.

Subaru: Claro que ela era excelente, mas, na verdade, não tenho nenhuma lembrança de que ela fosse tão digna. Pelo contrário, houve muitas vezes em que ela surpreendentemente estava com tanta pressa a ponto de ser imprudente, me deixando preocupado.

Rem tinha essa outra parte imprudente que ela mostrava de tempos em tempos. Ram respondeu um “entendo” a Subaru com uma voz indiferente, semelhante ao vento.

Ram: Falar de lembranças que eu não lembro, mesmo que seja só por diversão, não é nada mais do que andar para trás. Isso é algo que não me agrada muito, Barusu.

Subaru: É verdade? Se você diz, então eu paro.

Ram: …. Depois que ela acordar, se eu recuperar minhas lembranças dela mesmo assim, terei muitas coisas para falar com ela. Mas digamos que eu não as recupere, se ela acordasse e, por mais que quisesse falar, eu não…

Espiando no rosto de sua irmã mais nova, Ram brincou com a franja dela com uma expressão imutável. O cabelo de Rem caía livremente de cima de sua testa pálida. Ram soltou um pequeno suspiro. Para Subaru, sua expressão era uma que parecia cruel e ainda assim gentil.

Mesmo que ela não se lembrasse de nada, mesmo que tivesse perdido a memória dela, não era como se a ligação delas tivesse desaparecido. E mesmo que tivesse desaparecido, não era como se não se conectasse novamente. Esses eram pensamentos de Subaru.

Subaru: Bem, deixe tudo isso comigo. Eu conquistarei a torre de vigia do Sábio e então definitivamente farei a Rem acordar. E então você irmãs terão seu reencontro sentimental.

Assim, Subaru disse estas palavras de uma maneira excessivamente brilhante, com uma voz deliberadamente alta. Se havia algum problema, este momento entre Subaru e Rem não se ajustava ao ambiente tranquilo dentro da sala.

Subaru fez este discurso, apenas para que Ram olhasse de volta para ele com um olhar extremamente confuso.

Ram: O que você está dizendo, Barusu.

Subaru: Huh?

Depois disso, Ram olhou para Subaru com um olhar que o fez parecer um idiota.

Ram: Ram também o acompanhará nesta viagem, então dizer dessa forma é bastante condescendente. Se vai ser uma reunião emocional, Ram agirá por sua própria vontade.

Subaru: Isso é algo que eu não tinha ouvido antes, sabe?

Ao ver Subaru alargar os olhos surpreso, Ram o olhou com ainda mais desprezo. Mesmo que ela olhasse para ele com aquele olhar, ele não teria como saber o que não lhe tinha sido dito, e não poderia estar ciente de coisas que não poderia ter ouvido falar, por isso esta era uma situação com pouco sentido.

Em resposta a uma pergunta de Subaru sobre o que ela estava falando, Ram manteve uma forma de bloquear seus ouvidos em rejeição às palavras de Subaru. Este dia de preparação iria gradualmente passar, pois não seriam capazes de ter uma conversa franca.

――A decisão de Ram em acompanhá-lo com o objetivo de reunir as irmãs Ram e Rem.

Uma jornada que começava com o propósito de encontrar a Sábio-Vidente; uma jornada pra conquistar a Torre de Vigia Plêiades. No total, haveria uma soma de 8 participantes de uma grande família. Este era o tipo de situação que parecia estar à frente.

Várias discussões foram feitas, juntamente com complicações entre os viajantes. Muitos problemas surgiram ao se despedirem das pessoas deixadas para trás, mas ainda, a manhã em que partiriam finalmente chegou.

Subaru: Bem, acabou se tornando um grupo maior do que eu imaginava, mas…

Subaru cruza os braços enquanto olha para as pessoas que viajariam ao longo da jornada de conquista a Torre do Sábio.

As duas facções que participavam eram a de Emilia e Anastasia. Claro, a facção de Emilia consistia em Subaru, Emilia e Beatrice, junto com Rem, a qual continuava dormindo, e Ram, que decidiu a acompanhar. Era um total de cinco pessoas.

Havia Anastasia, a guia das Dunas de Augria, e Julius, o cavaleiro. Depois havia Meili, que foi trazida como a Usuária de Majuus para ajudá-los a atravessar os grupos de Majuus que viviam nas dunas de areia.

Se ter um plano simples era o objetivo, então eles tinham muitas pessoas envolvidas para executar o plano de resgate de Pristella, e no que diz respeito ao comandante da situação e das pessoas, Subaru tinha experiência com a subjugação da baleia branca, assim como a batalha contra a Preguiça.

No entanto, essas 8 pessoas-chaves que são necessárias nessa jornada, não tinham experiência alguma quando se tratava de mudar para terras distantes.

Subaru: Me pergunto se realmente vai ficar tudo bem…

Emilia: Preocupado com alguma coisa, Subaru?

Ele inclina a cabeça e, quando imaginava um futuro distante, Subaru viu Emilia aparecer em seu campo de visão.

Subaru limpa a garganta com um “Hm” para a garota que usa um vestido leve para viajar e reponde:

Subaru: Quando penso no lugar para onde vamos, não consigo parar de ficar nervoso. Quando eu paro de pensar nisso… sinto medo de ir para um lugar perigoso com um grupo grande de pessoas, já que é difícil ajudar todo mundo quando há tantos envolvidos.

Emilia: Você pode estar certo. A Rem e Ram também estão vindo conosco. O Subaru vai ter que ser protegido pela Meili e pela Anastasia.

Subaru: Mas que diabos!? Já estou sendo tratado como alguém que não vai lutar!?

Emilia: Qual é, Subaru. Obviamente é só uma brincadeira. Você não vai levar isso a sério no fim das contas, não é?

Quando Subaru de repente gritou para Emilia, ela começou a rir, pois não conseguia lidar com isso. Subaru riu depois dessa reação, já que a rigidez de seu leve sorriso perdoava sua piada.

Emilia era realmente muito melhor em combates que Subaru. Do ponto de vista de Emilia, Subaru era alguém que deveria ser protegido. Claro, ela não queria pensar nele apenas dessa forma, mas…

Subaru: A próxima coisa específica para se sentir desconfortável seria…

Quando Subaru deu uma pausa em sua conversa com Emilia, ele voltou sua atenção para a frente.

Eles já estavam no jardim da frente da residência de Roswaal, e os preparativos para partir estavam sendo arranjados muito bem.

Então, o que Subaru viu foi cerca de 10 pessoas sendo transportadas por uma grande carruagem. Dois dragões da terra foram conectados ao transporte para puxar a carruagem do dragão. Ambas eram raças adequadas para percorrer longas distâncias.

O problema agora era a situação que se desenrolava ao lado da carruagem do dragão. Ali estava um dragão de terra negro como azeviche casualmente parado, e havia uma pequena silhueta que ficou cara a cara com seu focinho enquanto eles olhavam um para o outro.

Subaru solta um suspiro chocado com aquela situação, e se interpõe entre os dois que se encaravam.

Subaru: Você é exagerada como uma usuária de majuu, mas você não consegue se dar bem com dragões de terra?

Meili: Vamos, irmãozão. Você não consegue me entendeeer? Os únicos animais que posso disciplinar são aqueles que são maus e têm chifreees. Qualquer outro animal além deles não vai gostar de mim, pois sou alguém que carrega o fedooor.

Subaru: Então é assim que é… É tão difícil assim? — Hm... o Akashi cheira a majuu também, por conta do cristal dele que também funcionou como um "chifre" na posse do Kairus, naquela época, mas a Patrasche não parece ligar.

Subaru encolhe os ombros com a explicação de Meili, logo mencionando a situação de Akashi, e acariciando o focinho de Patrasche, que o encarou. Quando Subaru tocou o dragão de terra fêmea extremamente orgulhoso, ela deu uma cheirada brusca na mão de Subaru.

Era como se ela estivesse fazendo isso para substituir o fedor deixado pela garota.

Subaru: É realmente incomum ver a Patrasche ser tão direta, já que ela é alguém que é tolerante e boa em ser atenciosa… parece que ela é muito difícil de se entender.

Meili: Eu posso ser bastante amigável com outros animais, mas esse dragão de terra é muito apegado ao irmãozão. Ela é tão apegada que se eu baixar a guarda, posso ser mordiiida. Irmãozão, se você não a disciplinar adequadamente, eu me tornarei a comida desse animal, então tenha cuidaaado.

Subaru: Não diga coisas tão assustadoras como se não fosse nada… Patrasche, woah, woah.

Subaru acalma o dragão amoroso ligeiramente agitado e deixa Meili montar nele. Além disso, a Usuária de Majuus que iria viajar com eles tinha pouca bagagem. Ela era uma garota que raramente carregava quaisquer pertences. Mesmo assim, ela decidiu trazer o panda de pelúcia que Subaru fez. O charme infantil que ela tinha era adorável.

Anastasia: Parece que você está tendo problemas, Natsuki, já que você está sempre tentando agradar garotas.

Subaru: Se você pensa assim, então eu ficaria feliz se pudesse parar de tomar o meu tempo.

Quando ele mandou Meili para a carruagem do dragão, Anastasia o chamou com um tom de provocação.

Embora Anastasia fosse chamada assim, na realidade em seu interior ela era o espírito que jazia na raposa branca, Echidna.

Nos 20 dias de viagem de Pristella até a mansão, a maioria das diferenças foram escondidas. Mesmo que ela fizesse o trabalho de Anastasia, parecia que eventualmente se tornaria difícil distingui-las.

Anastasia: Eu apreciaria se você não duvidasse de mim assim. Eu não te disse que não tenho motivos ocultos? Por isso, me voluntariei para ser "o guia de seus caras" por um caminho perigoso.

Subaru: Incluindo esse ponto também, minha opinião é que existe a possibilidade de você ter vários planos, considerando seu criador. Eu já disse isso muitas vezes também, então lembre-se. Não é como se eu não quisesse acreditar em você. Isso iria fazer eu me sentir muito mais à vontade se eu pudesse acreditar em você.

Anastasia: Não é divertido estar em desvantagem assim por não lembrar de alguém. A situação faz parecer que meu criador me fez sem essas memórias apenas para te desagradar.

Subaru: ...

Anastasia: É por isso que você não deve ficar com tanta raiva. Nossa, é assustador.

Quando ele olhou para Echidna, que voltou a se disfarçar de Anastasia, viu ela fazer beicinho com os lábios. Com isso, ela passou por Subaru e entrou na carruagem do dragão.

Depois disso, o número de pessoas era…

Roswaal: Subaru, posso falar um pouco com você também?

Quando ele foi chamado e virou-se, ele viu Roswaal saindo da entrada da mansão.

Ao lado do Margrave em traje de palhaço, estavam Emilia e Julius. Roswaal virou-se para eles, pensando em quão incomum era a combinação, e olhou para as três pessoas enquanto fechava um olho.

Roswaal: Em primeiro lugar, imagino que esta jornada levará quase dois meses. Só a partir disso, fico pensando nos imprevistos que podem surgir no meio do caminho. Se você tem a dona Emilia e a dona Anastasia para lidar com os problemas, então eu não acho que haverá sérios riscos, mas…

Emilia: Sim, você pode contar comigo. Não é como se eu fosse ficar ociosa, afinal.

Roswaal: Essas palavras são reconfortantes. Estou honestamente feliz com o crescimento da dona Emilia… Tudo bem, deixando de lado o desconforto ao longo da jornada como algo que será cuidado individualmente, há uma pessoa que você deve prestar atenção. ―― a Ram.

Roswaal disse isso em voz baixa, e isso fez com que as expressões de Subaru e dos outros mudassem.

Os olhos de Emilia se contorceram, enquanto as bochechas de Subaru endureceram como se ele estivesse pensando profundamente. E então Julius, a única pessoa que não tinha relação com a chapa, franziu a testa ligeiramente.

Julius: Sobre isso, que tal eu ficar com ela? Senhor Mathers, como cavaleiro de Anastasia, o estado dos assuntos da chapa é… embora eu seja um mero servo, devo entender que os revelar não seria uma boa ideia.

Roswaal: Não é como se eu tivesse proposto a ideia sem me importar com nada, senhor Julius Euclius. Depois de ver seu comportamento nesta mansão e a maneira como você se comporta com o Subaru, entendi que você é uma pessoa confiável. Eu gostaria que você pensasse sobre isso, em relação ao favor anterior.

Subaru: Este foi o mais sombrio que você soou em muito tempo, Colorido.

Emilia: Desculpe, eu meio que pensei assim também…

Quando Roswaal respondeu à preocupação de Julius com uma voz séria, Subaru e Emilia levantaram as mãos quase ao mesmo tempo e o provocaram.

Mesmo sem considerar a ofensa, o que Roswaal disse era muito atípico de si mesmo. Ele disse “Não é assim”, talvez porque ele mesmo estivesse ciente de como era atípico. Ele dá um sorriso irônico para Subaru e os outros e diz:

Roswaal: Bem, talvez minha falta de persuasão não possa ser evitada. Julius fazendo tudo o que pode em relação aos erros sendo encontrados em outras chapas… Eu realmente pensei o quão ganancioso era sua personalidade. É por isso que eu quero que você ouça também. Esta é uma questão de vida ou morte.

Julius: Vida ou…

Quando Julius sussurrou isso com um rosto extremamente sério, Roswaal respondeu “Sim, sua vida” e assentiu.

Roswaal: Assim como o Subaru e a dona Emilia sabem, a constituição de Ram é um pouco especial. O vaso em seu corpo absorve muita habilidade, o que o preenche. Ou talvez você possa dizer que o combustível para corresponder a chamada habilidade não está totalmente pronto.

Subaru: Eu não estou tão bem informado sobre isso para você dizer "Assim como o Subaru e a dona Emilia sabem".

Roswaal: É mesmo? Entããão~, que tal sobre ela fazer parte do Clã dos Onis?

Subaru: Bem, isso é…

Claro, ele sabia que Ram e Rem faziam parte do Clã dos Onis.

Ele foi salvo mais de duas vezes por Rem, que poderia exercer seu poder de Oni vinculado ao seu coração quando seu chifre crescia. Ele também ouviu da própria Ram como ela perdeu o próprio chifre.

Portanto, Subaru pensou que não era realmente algo surpreendente, mas…

Julius: …Você disse, Clã dos Onis?

Subaru: Julius?

A pessoa que baixou a voz e revelou seu espanto foi o homem ao lado dele, Julius. Em seu belo rosto, ele tinha as sobrancelhas levantadas e se podia ver a perturbação em seus olhos amarelos.

Julius: Ouvi dizer que o Clã dos Onis foi destruído.

Roswaal: Cerca de 10 anos atrás, a última aldeia foi incendiada, a Ram foi a única sobrevivente… Desculpe, isso incluindo Rem, portanto os únicos sobreviventes eram as duas irmãs. Vale constar também... sobre os boatos "daquele Oni" estar vagando pela terra, até agora.

Ele falou sobre isso de forma implícita, mas Subaru não se intrometeu na conversa, ainda que houvesse curiosidade sobre o tal terceiro Oni, Subaru preferiu apenas ignorar para não tomar mais tempo com aquela comversa. Ele apenas estava surpreso em como aquelas irmãs eram mais raras do que ele imaginava, mais do que ele estava irritado.

Emilia: Existe algum motivo para a tragédia do Clã Oni?

Roswaal: Não se preocupe, dona Emilia. A queda do Clã dos Onis foi inevitável vindo da seleção natural. É o resultado de eles não seguirem o fluxo dos tempos e se apegarem a velhos costumes. Eles definitivamente não diminuíram em números por causa da discriminação e preconceito e entraram em colapso.

Emilia: … ah.

Emilia faz um olhar compreensivo e melancólico para a explicação de Roswaal.

Emilia nasceu em um lugar raro, sendo tratada como uma meio-elfa. Era natural para ela sentir desconforto e simpatia pelas duas sendo deixadas para trás enquanto o Clã dos Onis entrava em ruínas.

Subaru: Nós entendemos que essas duas são os membros restantes do Clã Oni. Mas e daí?

Subaru sente que a conversa estava começando a se estagnar, então ele mudou o rumo da conversa com uma voz intencionalmente alta. Quando Emilia e Julius ergueram os rostos em resposta àquela voz, Roswaal tocou seu queixo e disse:

Roswaal: Deixando de lado a Rem, que não tem atuado em seu corpo, há uma deficiência no corpo de Ram, assim como eu disse anteriormente. Isso porque ela perdeu um órgão que é importante para o Clã Oni. Esse órgão é o chifre. Essencialmente, a enorme quantidade de mana acumulada em seu corpo em compensação pela ausência do chifre que não está preparado, faz com que seu corpo sempre entre em um estado de dor e fadiga.

Emilia: É mesmo…!?

Roswaal: Não é impensável que você se surpreenda. Essa garota é muito forte. Nem uma vez isso a fez demonstrar uma carranca no rosto, mesmo passando por isso tudo.

Em resposta a Emilia, que engasgou, Roswaal balançou a cabeça lentamente. Subaru ao lado de Emilia, também foi surpreendido.

Ele sabia que Ram não tinha chifre. Pelas palavras de Rem, ele também sabia sobre como Ram tinha habilidades que se destacaram muito antes que ela perdesse seu chifre.

O fato era que havia outra penalidade por falta de um chifre que não era o declínio da habilidade. Ele não percebeu que, mesmo agora, continuava a arruiná-la.

Julius: … Entendo. Passei a entender os pensamentos do Sir. Mathers.

E então, repentinamente Julius diz isso, apenas ouvindo a conversa de toda a situação, ele balança a cabeça. Roswaal diz “Hmm” e levanta as sobrancelhas em resposta a isso, e então Subaru e Emilia se olham.

Essas coisas só aconteceram porque confirmaram a constituição de Ram. Julius continuou a acariciar sua franja na frente de Subaru e dos outros, que ficaram chocados, como se entendesse o pedido de Roswaal.

Julius: A raça Oni tem características para manipular uma enorme quantidade de mana e lutar com enorme força. O elemento essencial, que nenhuma outra espécie possui, que suporta essas duas características é o chifre. Se o chifre de um Oni não cumprir seu papel e ele sofrer, precisa haver um substituto que cumpra o papel do "chifre".

Roswaal: Eu vejo que o fato de você ter tido seu nome tirado foi tão frustrante que te fez inteligente. Ser capaz de ver através de mim com apenas isso faz com que me sinta bem.

Emilia: Ah, então é isso…

Roswaal admirou Julius pela sua explicação. Emilia também bateu as mãos ao compreender. A única pessoa que ainda estava para trás, perplexo, era Subaru.

Quando a situação lidava com poderes mágicos, Subaru não era nada senão lento ao entendê-los, por ser um amador.

Subaru: Não vão entendendo assim desse jeito. O que exatamente isso significa?

Julius: É simples. O corpo da senhorita Ram busca a mesma quantidade de mana do exterior como quando ainda possuía o chifre. Ela o perdeu, e se ela não consegue mana, então alguém precisa encontrar uma maneira de dar essa mana… É aqui onde podemos entrar.

Roswaal: Embora, normalmente, eu assumisse esse papel e a fornecesse em segredo à noite.

Subaru: …..Ah!?

Os pensamentos de Subaru conectaram-se por causa do discurso de Julius e das palavras de Roswaal.

Toda noite, ele via Ram se dirigir com entusiasmo para onde Roswaal estava. Sendo sincero, Subaru desviava o olhar da enérgica e suspeita relação entre mestre e empregada.

Ao pensar de novo depois de entender as circunstâncias, talvez tenha sido esse tipo de coisa.

Roswaal: Algo em mente, Subaru?

Subaru: N-não, nada demais. Continue.

Roswaal: Tem certeza?

Apesar de esclarecido o mal-entendido que teve durante mais de um ano, não valia a pena se corrigir.

Os parentes de Roswaal foram extremamente inescrutáveis com como eles tentaram se encontrar com Echidna durante gerações e gerações. Era difícil esquecer como Roswaal era especialmente ligado à Echidna. Subaru entendeu que ele não estava brincando com Ram, pelo contrário, ele sabia como Roswaal estava ligado.

Julius: Há um problema, no entanto, Senhor Mathers. Acerca do pedido. Sinto que não sou competente o bastante para cumpri-lo.

Ao lado de Subaru, que estava tendo pensamentos inúteis, Julius balançou a cabeça apologeticamente, o que fez Roswaal pestanejar os olhos.

Roswaal: "Falando humildemente, talvez eu não ajude pessoas de uma facção diferente"… parece que essa não é sua intenção. Fornecer mana a Ram exigiria atributos de fogo, água, ar e terra. Disso, você seria mais adequado para a tarefa, ao invés da dona Emilia.

Julius: Senhor Mathers, você provavelmente tem expectativas em mim por causa dessas garotas que me cercam.

Julius disse isso com uma espécie de sorriso frágil. Então, o homem que respondeu revelou uma luz fraca flutuando, e eles viram uma centelha de seis tipos de luzes.

As luzes eram conhecidas como os seis Semi-Espíritos com os quais Julius tinha contrato – porém, agora

Julius: A respeito de meus brotos…agora, sua conexão comigo se findou. Embora, enquanto eles tiverem seus títulos originais, eu não tenho nenhuma hesitação em aceitar um pedido.

Roswaal: Seu contrato com os espíritos foi maculado após ter seu nome devorado… huh. Dito isso, parece que os espíritos não estão tentando abandonar você.

Julius: Talvez haja resquícios do vínculo perdido dentro deles. Ou talvez eles tenham sido manchados e o contrato ainda esteja valendo apenas porque eles não podem ver….., de qualquer modo, eu estou sendo salvo pela afeição desses brotos com o modo que eles não abandonaram alguém incapacitado como eu. Não me sobrou muita coisa, então eu me pergunto se serei capaz de ajudar com minhas pobres habilidades.”

Julius suspira ao falar do vínculo com o Semi-Espíritos. Depois, ele olhou para Subaru por um breve segundo. Subaru não pôde descobrir o que ele queria com aquele olhar, por isso tudo o que ele podia fazer era parecer perturbado.

Julius: ―― Agora, sou meramente um devotado cavaleiro. Minhas sinceras desculpas.

Roswaal: Entendooo. Isso é péssimo. É um dano sério, mas…..

Emilia: Tudo bem. Se o Julius não pode fazer, pode deixar comigo.

Roswaal também baixou o tom ao falar com Julius, que se sentia triste, mas a pessoa que tomou seu lugar e se encheu de orgulho fora Emilia. Quando ela energicamente tomou à sua frente, trouxe à sua volta seus próprios espíritos inferiores.

Emilia: Eles são um pouco diferentes do semi-espíritos, mas se são espíritos inferiores, então eu posso tomar emprestado seus poderes também. O atributo de fogo é muito forte só com minha magia, mas se eu pegar emprestado os poderes dos espíritos inferiores, então posso usar outros poderes mágicos também. Que tal?

Roswaal: Claro que não será apenas ele. Também tomei a liberdade de fazer pedido à dona Emília, então não deverá ser um problema se ela quiser fazer. Porééém~, acho que haverão problemas sérios no início ao estabilizar o poder mágico. Para ajudar com isso, por favor, peça auxílio à Beatrice.

Subaru: Beako?

Roswaal: Beatrice é realmeeente excelente com teorias de poder mágico e como usá-los. Agora que possui um vínculo com Subaru, por isso eu sinto que é um talento realmente desperdiçado, mas as coisas estão funcionando ao usar o pouco poder mágico, certo? Para esse conhecimento, gostaria que se referisse à dona Emilia para isso.

Subaru: Não chame de pouco poder mágico. Mas eu entendo.

Não haveria problemas se o fardo de Ram diminuísse com a cooperação de Emilia e Beatrice.

Subaru começou a entender, mas logo depois de acenar com a cabeça, ele se enfiou em outro quebra-cabeça.

Subaru: Não, pera aí. Se é assim, então por que você está me dizendo ao invés de dizer diretamente para Beatrice? Quer dizer, eu quero saber também, mas a lógica seria dizer isso à Beako.

Roswaal: Porque se eu falar com Beatrice, obviamente ela dirá que é inútil e recusará. Beatrice é mais sovina comigo do que você pensa. Talvez você possa ser um pouquiiinho mais brando com suas críticas a mim.

Ele declinou o pedido de Roswaal com facilidade, que tinha uma expressão patética em seu rosto.

As coisas estavam feitas e esse fato não podia ser alterado. Não era um buraco onde foram enterrados durante cerca de um ano. Os tempos não eram tão bons ao ponto

ele simplesmente abrir o seu coração para alguém por quem pudesse ter sido morto, se os acontecimentos tivessem sido um pouco diferentes.

Subaru: Agora que penso nisso, não é um pouco perturbador como estou fazendo coisas com pessoas que me espancaram e me mataram….?

Emilia: Ah, Subaru. Você parece que está se deixando levar por seus pensamentos.

Subaru: Eu realmente pareço mesmo assim!?

De qualquer modo, ele aceitou o pedido de Roswaal.

Emilia e Beatrice lidariam com Ram. Emilia estava motivada a fazê-lo, por isso não deveria haver qualquer problema se Subaru falasse mais tarde com Beatrice.

Roswaal: Conto com você, Subaru.

Subaru: Huh, isso foi realmente louvável da sua parte. Você raramente diz coisas assim.

Roswaal: Você está se tornando admirável. ―― Esta é a primeira vez que eu digo por manter Ram longe do meu lado, afinal de contas.

Essa foi a única coisa que ele disse que não passou uma sensação de brincadeira. Roswaal disse isso com uma voz séria.

Quando desviou o olhar do rosto de Subaru, ele olhou para o céu azul.

Roswaal: Ram e eu não deveríamos ter memória da irmã mais nova. Mas ela realmeeeente tem algo que me impressiona. Ver Ram ir contra a minha opinião assim tão emocionalmente me aterroriza. ――Então, quero pedir a vocês que falem com ela.

Subaru: ...Sim, vou me lembrar disso.

一Ram ainda se devotou a Roswaal após o incidente no “Santuário”.

Mesmo quando Roswaal disse que tudo e qualquer coisa vinha em segundo lugar depois da única coisa que era importante, Ram ainda tinha uma opinião, como alguém que se esforçou tanto para se dedicar.

Se você pudesse chamar isso de uma mudança, então de forma alguma era uma mudança ruim.

Ou pelo menos, era muito melhor ser humano e se preocupar com emoções incontroláveis do que sobrecarregar amigos como um monstro incompreensível.

Roswaal: ――Parece que chegou a hora.

Antes que ele pudesse falar, Roswaal se virou.

A porta da mansão se abriu atrás dele, e quatro meninas apareceram do outro lado. Todas elas eram empregadas da residência Roswaal. Vê-las todas juntas era uma vista bastante magnífica.

Dito isto, uma das garotas estava dormindo, e outra garota, que parecia extremamente parecida com a que dormia, tinha uma aparência de preparo para a viagem, então sua beleza não estava muito evidente.

Frederica: Mestre Roswaal, os preparativos para as duas estão prontos.

Roswaal: Agradeço seus esforços. ――Ram, tenha cuidado na viagem.

Roswaal respondeu a Frederica, que deu seu relatório muito discretamente, e chamou Ram, que estava equipada para a viagem. Quando Ram ouviu isso, ela levantou a ponta de sua saia e fez uma reverência educada.

Ram: Patrão Roswaal, obrigada por atender ao meu pedido egoísta. Com certeza, trarei de volta resultados para mostrar meu respeito.

Roswaal: Estarei esperando por isso. Ademais, certifique-se de não fazer nada irracional. Além disso, certifique-se de que a dona Emilia e o Subaru também não façam nada irracional. Isso também faz parte de seu papel, é claaaaro.

Ram: Estou plenamente consciente disso.

Ele queria dar uma resposta do tipo “Não quero ouvir isso vindo de você”, mas o olhar de Ram o silenciou. Subaru cedeu a esse olhar, e olhou para a pequena presença ao lado de Ram.

Rem estava lá. Ela estava com roupas adequadas para a viagem, e agora estava sendo carregada pela cadeira de rodas de Petra ―― ela estava em algo que Subaru reproduziu de seu mundo original através de sua memória.

Um modelo da cadeira de rodas já havia existido neste mundo, mas levou bastante trabalho na remodelação; tinha uma rodinha como a roda dianteira, o que não seria um empecilho ao mudar de direção, junto com um andaime e um assento. É claro, um cinto de segurança e uma almofada para proteger sua cabeça também foram implementados.

Foi uma cadeira de rodas única que Subaru insistiu em fazer para Roswaal, e ele a fez com seu próprio dinheiro.

Subaru: Estou preocupado com a manutenção quando chegarmos longe, mas…

Frederica: Mestre Subaru é um pouco prático, e os materiais são o que são, então eu acho que ele poderia aguentar ser usado por dois meses. É claro, por favor, não faça nada de irracional.

Petra: Por favor, tenha cuidado, Mestre… Subaru...

Ele recebe o consentimento de Frederica, e lhe é confiada a cadeira de rodas de Petra. Ele a aceita, e quando ele se dirigiu para atrás da Rem, sentiu-se muito mais confortável desta maneira do que carregá-la e seguir em frente.

Isto porque a estrada era pavimentada, e assim não seria eficaz no deserto, na grama ou no cascalho.

Subaru: Ok, parece que vai funcionar. Petra, Frederica, vocês também se cuidem.

Frederica: Por favor, deixem o mestre Roswaal por nossa conta.

Petra: Cuidaremos do Otto e Garfiel também.

Petra e Frederica respondem a Subaru, acenando-lhe com a cabeça enquanto ele move a cadeira de rodas.

Mesmo que a viagem levasse dois meses, Otto e os outros em Priestella provavelmente estariam curados e deveriam voltar para a residência Roswaal.

Ele confiou isso às empregadas, que cuidariam das coisas enquanto eles estivessem fora. Subaru empurrou a cadeira de rodas e virou em direção à carruagem dracônica.

Subaru: Muito bem, então, é lamentável, mas acho que devemos partir agora.

Ram: Por que eu tenho que ser comandada pelo Barusu? Não fique tão cheio de si mesmo.

Subaru: Mas não estou mandando em você. Que tal você assumir o comando então?

Ram: Pareço assim tão descarada para você? Agradeço se você não me fizesse comportar assim, como uma empregada que precisa ser graciosa e atenciosa.

Subaru: O que que você tem? Você está naquela idade em que não pode fazer nada além de reclamar?

Ram: Não é bem isso. É só que…

Ram corta sua sentença e dá um olhar expressivo para a mão de Subaru. Nesse momento, Subaru estava empurrando a cadeira de rodas de Rem.

Subaru adivinhou o significado desse olhar, e soltou um suspiro profundo.

Subaru: Se você quiser mudar de lugar, é só dizer…

Ram: Se você pensar no porquê da minha vinda e no meu propósito, então me deixar lidar com ela natural. …… Já sobre adivinhar o que eu queria sem eu colocar em palavras, acho que posso vê-lo sob um prisma melhor. Só um pouco.

Quando Subaru relutantemente desistiu de sua posição, Ram tomou seu lugar e empurrou a cadeira de rodas. Ela mostrou cuidado com sua irmã adormecida sentada na cadeira de rodas enquanto ela se dirigia lentamente para a carruagem dracônica e seguia em frente.

Subaru abriu e fechou sua mão sem nenhuma razão quando os viu. Então, uma mão pequena agarrou suavemente sua mão de lado.

Subaru: Oh, é Beako.

Beatrice: Você não tem que parecer tão patético assim. Não é como se seus sentimentos por aquela garota fossem mais fracos do que os sentimentos que a irmã tem, então você não precisa se preocupar, eu suponho. Apenas seja você mesmo, e faça o que puder, eu diria.

Subaru: Não é bem assim… ou bom, é assim que parece?

Não foi como se ele sentisse que seu papel lhe foi tirado, mas olhando de fora, talvez o olhar em seu rosto indicasse que ele não se sentisse dessa maneira.

Subaru toca sua bochecha com a mão que estava livre, puxa-a e belisca-a. Então, desta vez, sua mão foi tomada por uma mão alva diferente.

Emilia: Sim, sim, eu pego essa mão.

Subaru: Vixe, Emilia-tan…

Beatrice: Depois que aquela garota acordar, será fácil para ambas as mãos estarem ocupadas. Estou interessada em ver o que Subaru vai fazer a respeito disso.

Emilia: Ah, talvez eu também esteja interessada nisso.

Subaru fica preso entre Emilia e Beatrice, e dá um olhar preocupado. Entretanto, ele teve em retorno um olhar sério e outro olhar ansioso.

Para piorar a situação, o olhar de Petra o perfurava por trás, e até Ram lhe lançava um olhar frio e desdenhoso na frente da carruagem dracônica quando ela se virava.

Ele estava sendo incrivelmente cercado por todos os lados ―― então, Julius deixou sair um “Hmm”, quando viu isso e deu um aceno de cabeça. Em resposta a essa reação desejosa, Subaru deu um grande sorriso.

Subaru: O que é isso? Se você quer dizer algo, diga. Muito bem, vá em frente!

Julius: Sério? Muito bem, então, vou dizer apenas uma coisa. ――Você realmente não poderia ser mais abençoado, estando rodeado de garotas bonitas como essa. Não posso deixar de sentir muitas dúvidas sobre se você está ou não satisfazendo todas essas flores com essas suas mãos.

Subaru: O que é isso? Estou começando a ser culpado!? Eu fiz algo errado!?

Julius encolheu os ombros com um rosto chocado. O patético grito que Subaru lhe deu subiu ao céu.

Infelizmente para ele, não havia funcionários domésticos ou oficiais superiores neste lugar para dar continuidade à sua declaração.

Subaru não tinha outra escolha senão lutar sozinho nesta próxima jornada de dois meses.

Ele entendeu essa realidade. Ele sentiu a confiança e o profundo afeto que tinha pelo calor que sentia de suas mãos encher seu peito. Ele sentiu ansiedade em seu peito por não ficar para trás. Esse era o tipo de manhã que era quando eles partiam.

...Continua......

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Atualizado até capítulo 46

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