Conexão

- Clara? diz Lucas, sua voz carregando um tom de surpresa e alegria.

- Lucas! Clara responde, tentando conter um sorriso que espontaneamente surge em seu rosto. É um reconhecimento que vai além das palavras, um entendimento silencioso que ambos compartilham.

Enquanto eles trocam algumas palavras, Clara percebe que a conexão entre eles é mais intensa do que qualquer outra que já experimentou.

Não é apenas a alegria de reencontrar um amigo de longa data, mas algo mais profundo, quase místico. Uma sensação de que eles sempre estiveram conectados, como se suas almas reconhecessem uma à outra de outras vidas.

No entanto, a realidade se instala rapidamente. Após alguns momentos, eles se despedem e continuam seu caminho. Clara sente uma onda de nostalgia, acompanhada de uma pitada de confusão. Ela nunca havia pensado em Lucas dessa forma antes, mas agora, ao se afastar, ela se pergunta se há mais entre eles do que apenas amizade.

Enquanto Clara continua seu caminho para casa, seu coração bate acelerado. A lembrança do olhar de Lucas persiste, e ela não consegue evitar um sorriso. Ela se pergunta se ele também sentiu a mesma conexão.

Aquela noite fria, que começou com um vazio e uma sensação de solidão, agora parece cheia de possibilidades. Clara percebe que, talvez, seu caminho para o amor verdadeiro não precise ser tão complicado.

Lucas é um homem alto, com cerca de 1,85 m. Sua presença imponente é realçada por sua postura confiante e bem cuidada. Ele tem olhos castanhos escuros, que lembram a profundidade de um rio tranquilo, sempre capazes de transmitir emoções sutis. Seus olhos têm um brilho especial que reflete sua inteligência e sensibilidade.

Seu cabelo liso e preto, que cai suavemente sobre a testa, dá-lhe um ar descontraído, mas sofisticado. Ele se veste com elegância, usando um sobretudo que complementa seu estilo. O casaco, de um tom escuro e bem ajustado, acentua sua silhueta e transmite uma sensação de segurança e maturidade.

Lucas sempre foi um garoto gentil e atencioso, e essas qualidades permanecem com ele na vida adulta. Ele é observador, com uma capacidade única de perceber os sentimentos dos outros. Ao encontrar Clara, ele imediatamente se recorda do carinho especial que sempre sentiu por ela, um sentimento que nunca desapareceu, mesmo após anos de separação.

Quando Lucas esbarra em Clara, uma onda de familiaridade o atinge. O choque do encontro é rapidamente substituído por uma sensação de calor que envolve seu coração. Ele se lembra das tardes passadas na infância, quando eles riam juntos, compartilhando segredos e sonhos. A visão de Clara, com seu sorriso iluminado e a luz nos olhos, reacende essa conexão profunda que ele sempre teve por ela.

No instante em que seus olhares se encontram, Lucas sente que algo dentro dele se reorganiza. A empolgação do reencontro o faz perceber que, apesar das mudanças que o tempo trouxe, seus sentimentos por Clara nunca se apagaram. Ele sente uma mistura de nostalgia e esperança, como se aquele momento estivesse destinado a acontecer.

Mesmo que apenas algumas palavras tenham sido trocadas, Lucas percebe que o carinho que sempre nutriu por Clara ainda está presente, pulsante e forte. Ele se pergunta se ela também sente essa conexão, esse fio invisível que os une desde a infância. Ao se afastar, Lucas não consegue tirar Clara da mente, ele se vê pensando nela, refletindo sobre a possibilidade de um recomeço e a chance de explorar o que esse sentimento pode significar agora, como adultos.

Clara chega ao seu apartamento, as chaves tilintando suavemente enquanto ela as coloca sobre a mesa. O ambiente acolhedor, decorado com seu toque pessoal e toques de cor, oferece um alívio contra a noite fria e solitária. Para não se sentir tão sozinha, ela liga a TV em volume baixo, permitindo que o murmúrio da programação a envolva enquanto ela tenta relaxar.

Sentindo-se cansada após um dia exaustivo de trabalho, Clara decide tomar um banho quente. A água morna escorre por sua pele, e ela fecha os olhos, permitindo que o vapor a envolva. Mas, mesmo enquanto tenta relaxar, sua mente não consegue se afastar do encontro com Lucas.

Ela revive o momento em que esbarraram, o olhar intenso e aquele lampejo de reconhecimento que passou entre eles.

Por que esse encontro a afetou tanto?

O que havia de tão especial naquele breve instante?

A lembrança de sua presença, de sua voz, a invade, e Clara se pergunta se está exagerando.

“Não pode ser,” pensa Clara, frustração misturada a confusão. “Estamos apenas revivendo memórias de infância. Não há nada mais.” Ela tenta afastar a ideia de que pode haver algo mais entre eles. “Você está ficando doida,” murmura para si mesma. “Isso não tem nada a ver.”

Ela se força a parar de pensar, sabendo que não é a primeira vez que suas emoções a pegam de surpresa.

Após o banho, Clara se enxuga e coloca um roupão aconchegante. Na cozinha, ela abre a geladeira e começa a preparar algo simples para comer: uma sopa quente que sempre a conforta. Enquanto a água ferve, ela tenta se distrair, escolhendo uma música suave para tocar ao fundo. A melodia a acalma, mas a lembrança de Lucas ainda ecoa em sua mente.

Após servir a sopa, ela se senta à mesa, dando uma rápida olhada pela janela. A neve ainda cai lá fora, cobrindo a cidade com uma camada de tranquilidade. O calor da sopa no prato é reconfortante, mas seu coração está inquieto. Clara termina sua refeição em silêncio, seu olhar perdido nas flocos de neve que dançam no ar.

Depois de limpar a mesa, ela decide que é hora de descansar. “Amanhã é outro dia,” diz a si mesma, um mantra que se repete para acalmar suas emoções. Ela se dirige ao quarto, ainda pensando em Lucas, mas fazendo um esforço consciente para se concentrar na rotina de sono. Em sua mente, ela tenta se convencer de que o que sentiu não é mais do que uma nostalgia.

Enquanto se deita, com a TV sussurrando ao fundo, Clara fecha os olhos, desejando que, ao acordar, o peso de suas reflexões tenha se dissipado. Mas, mesmo assim, no fundo de sua mente, uma pequena parte dela anseia por mais, pela possibilidade de um reencontro, algo que ela ainda não está pronta para explorar.

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Comments

Ana Maria Rodrigues

Ana Maria Rodrigues

tô gostando

2024-12-29

1

Android 17

Android 17

Já me conquistou!

2024-10-19

1

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