Condenado Pelo Próprio Preconceito

Ele entrou em casa quase derrubando a porta, o peito tomado por uma mistura sufocante de raiva e medo. Ao se virar, deu de cara com a mãe, que o olhou, claramente preocupada. “Você está bem?” ela perguntou, hesitante. Sem responder, ele desviou o olhar, tentando controlar o turbilhão que se formava dentro de si. Durante toda a vida, a avó lhe ensinara que ser ômega era desprezível, uma fraqueza a ser evitada a todo custo. Aquilo ficou gravado em sua mente, e ele passou a agir como se os ômegas fossem inferiores. A verdade é que, convencido de que era um alfa, ele até fazia mal às pessoas que julgava serem ômegas, tratando-as com desprezo e arrogância. Ele se gabava, certo de que seu diagnóstico confirmaria sua suposta superioridade. Como seus pais eram ambos alfas, ele nunca cogitou outra possibilidade. Mas agora, com o diagnóstico de ômega puro e dominante martelando em sua cabeça, o pânico crescia. Tudo aquilo que sempre desprezou, tudo o que ele acreditava estar acima, agora se aplicava a ele. O rosto começou a esquentar de raiva, mas também de vergonha. Como ele lidaria com isso? O medo de ser o que tanto criticou o sufocava, e a ironia amarga da situação pesava sobre ele como uma sentença. Não conseguiu olhar para a mãe por muito tempo, e tudo o que ele queria era fugir dessa realidade que o esmagava.
Tomado pela angústia, ele desabou diante da mãe, incapaz de segurar as lágrimas. O peso do que sentia o sufocava, e tudo o que ele queria era escapar daquela realidade. A mãe, surpresa, o olhava sem saber o que dizer, tentando entender a dor do filho.
Laura Noctis
Laura Noctis
"Filho, por favor, converse comigo," disse a mãe, com a voz suave, mas preocupada. "Me diga o que está acontecendo, não guarde isso pra você."
Alaric Noctis
Alaric Noctis
“Mãe, eu… eu sou um ômega,” ele disse, com a voz tremendo. “Vocês vão me odiar... o papai...”
Laura Noctis
Laura Noctis
A mãe ficou estática, os olhos fixos no filho enquanto tentava processar o que ele acabara de dizer. Como ele poderia pensar assim? Odiá-lo? Apenas por ser um ômega? A dor em suas palavras a atingiu em cheio. Ela não conseguia entender de onde vinha aquele medo, e por que ele achava que eles o desprezariam por algo tão natural. Seu coração apertou ao perceber o quanto ele estava sofrendo por causa dessa crença.
Laura Noctis
Laura Noctis
"Por que eu te odiaria, filho? Quem te disse isso? Quem fez você pensar dessa forma?" perguntou ela, a voz carregada de preocupação e surpresa.
Alaric Noctis
Alaric Noctis
Meio tenso, Alaric respondeu: "Foi a vovó que me ensinou isso... ela sempre disse que ser um ômega era a pior coisa do mundo. Que, se eu fosse um ômega, vocês me odiariam por ser fraco."
Laura Noctis
Laura Noctis
“Filho, a mamãe nunca te odiaria por você ser um ômega,” ela disse, fazendo uma breve pausa. “Eu sempre soube que era uma péssima ideia você ficar com a sua avó.”
Alaric se deixou levar pela dor e, enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto, acabou se aninhando no colo da mãe. O calor e o conforto dela o acalmaram, e, aos poucos, a exaustão tomou conta, fazendo com que ele adormecesse ali, protegido pelos braços dela. Um tempo depois, seu pai chegou e avistou os dois no sofá. Com um olhar preocupado, ele perguntou: “O que aconteceu aqui?” Mas Alaric já havia caído no sono, cansado de tanto chorar. Vendo a cena, o pai se aproximou com cuidado, sorrindo suavemente para a esposa antes de pegar o filho no colo. Ele o carregou até o quarto, com todo o carinho, e o acomodou na cama, certificando-se de que estivesse confortável e seguro.
euzinha
euzinha
é isso, foi meio tenso né
euzinha
euzinha
Sera que o Alaric, vai mudar a forma de pensar
euzinha
euzinha
ou não
euzinha
euzinha
até o proximo capítulo
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