Hinata e Kageyama uma História de Amor
o primeiro dia
Capítulo//2 (o primeiro dia)
hinata
Hinata ✨
A caminho da escola, encontro o Kageyama, como sempre faziamos antes das férias. Não sei se o abraço ou se simplesmente digo Olá. Será que um abraço era estranho?
Antes que possa pensar direito no assunto, os braços do Kageyama envolvern-me e eu retribuo o abraço corando. Também tive saudades tuas" penso.
Continuamos a andar, num silêncio constrangedor. A cada passo que damos, mais sinto que não quero sair do lado dele. como se fosse ali que eu pertencesse.
Decido quebrar o gelo:
- O que fizeste nas férias?

kageyama
Kageyama :]
Pensar em ti.
- Nada de mais. Fui só eu e a minha mãe. E tu? Óbvio que não era isso que queria responder. queria expressar a falta que ele me fez. Porque nego que não gosto dele? Sinto borboletas à beira dele, nervosismo e ansiedade, mas ao mesmo tempo, sinto paz e tranquilidade. Não que isso fizesse muito sentido. Enfim, já nem penso coisa com coisa.
- Também só fui eu, a minha irmã e a minha mãe. Comemos que nos fartamos, devo ter ganho peso, mas tenho o voleibol para me pôr de volta no sítio...
E ele fala, fala, fala e fala. Mas pela primeira vez não me incomoda. Só fico a observar o brilho nos seus olhos e a felicidade que ele transpira enquanto conta que viram filmes e uma ou outra vez tentou jogar voleibol com a irmã mas não deu muito certo. E continua a falar. Fala sem parar. Mas só ouço e sorrio. Senti falta da voz dele, do sorriso dele, dos saltos que ele dá quando está realmente animado com a conversa, senti falta de tudo.
Ok, eu gosto dele. Mas como disse anteriormente, não há nada que possa fazer. O Hinata não tem qualquer tipo de interesse em mim

hinata
Hinata ✨
Já estou a falar desde que nos encontramos e falta pouquíssimo para chegarmos à escola. Porque é que ainda não me mandou calar? Só olha para mim e sorri. Um sorriso meigo, não assutador como os que ele costuma fazer. Algo de errado não está certo. O Kageyama a sorrir e a ouvir o que tenho para dizer? -
Estás bem? - pergunto interrompendo o tema anterior.
- Estou, porquê?
- Ainda não me mandaste calar.
- Bem, tu querias que eu te mandasse calar? - ele responde com um ar confuso.
- Eu, uhum, só estranhei, desculpa.
Chegamos à escola, e dirigimo-nos à sala. No corredor encontramos Sugawara, Asahi e Daichi em grupo a conversar alegremente. Quando nos vêm, gritam e o Sugawara diz:
Como correram as férias?
Antes de ter oportunidade de responder, o Daichi
continua:
Tivemos saudades vossas!
Andaram a treinar?- o Asahi continua. Acordaram energéticos.
Quando vou abrir a boca para responder, o Kageyama
interrompe:
- Correram bem, e as vossas? também sentimos a vossa falta.
Todos abrem a boca chocados. O kageyama está mesmo diferente.
- Vá, está na hora de irem para as aulas. Hinata depois encontra-me na porta do ginásio, preciso de falar
hinata
. - Suga diz.
Aceno com a cabeça e acompanho o Kageyama até à sala.

kageyama
Kageyama 💞
É a primeira aula do período, como tal, os professores mudaram ligeiramente a planta da sala. E como se o Universo estivesse contra mim, fiquei ao lado do ruivo.
Antes era tão fácil lidar com ele. Simplesmente ficava calado e ignorava o que ele dizia. Ok, às vezes irritava-me com ele, mas mesmo assim, estar à beira dele não era doloroso como agora. Parece que tudo mudou. Sinto o perfume dele com mais intensidade e o cheiro de côco do seu cabelo mistura-se com o ar, entrando no meu nariz. E a estratégia de o ignorar não está a resultar, sendo que tudo me atrai a ele.
Como é que é suposto eu aguentar uma aula à beira dele?
Logo após as plantas serem distribuídas e os lugares trocados, sento-me à beira do Hinata.
-Suponho que tivemos sorte com a mudança de lugares, hein?- ele sussura.
- É, suponho que sim. - volto a focar os meus olhos na minha mão, que aperta o lápis com força.
- Está tudo bem contigo hoje, Kageyama?
- Com licença. - peço ao professor para ir à casa de banho, e quando este dá permissão, pouso o lápis com força fazendo um ruído que atrai a atenção de toda a sala e acorda os poucos que estavam a dormir no fundo da sala.
Corro até à casa de banho, abro a porta e bato-a com toda a força que tenho, encostando-me a esta. Bato com a cabeça repetidamente e deslizo até ao chão, agarrando os joelhos com as mãos.
Qual é o meu problema? Afinal de contas é o Hinata. Cresci a ser questionado sobre as namoradas, e vendo a minha família a ser homofóbica. O que é que vai ser de
mim?
- AAAAA MALDITO SEJAS HINATA!- grito, ecoando-se
pela divisão fria e coberta por azulejos.
Sinto as lágrimas a escorrer. Eu não costumo chorar.
Não gosto de chorar. Quando era pequeno a minha mãe
kageyama
costumava dizer que chorar era para os fracos, e nós tinhamos de ser fortes. Penso que é por isso que não somos muito próximos. Ela é fria como eu. Mas não a culpo pela minha personalidade. Eu é que afasto as pessoas. Eu é que discuto com o Shōyō todos os dias. A culpa disto tudo é minha.
hinata
Hinata ✨
O Kageyama simplesmente levantou-se da cadeira de forma brusca e saiu da sala, pisando o chão fortemente. Bem disse que ele não estava bem, e logo que referi isso, ele simplesmente fugiu.
Até o Suga reparou nisso. Será que foi por isso que requisitou falar comigo mais tarde? Estou preocupado. Devo segui-lo até à casa de banho? Ou simplesmente esperar que ele volte e evitar o assunto?
Fim do segundo capítulo galera 🙃
Comments
Maria Eduarda Cavalcante
é o amooor ☺️
2024-10-02
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