O Retorno de Zandra
Após a partida de Rendra, seus filhos e netos se espalharam por diferentes cidades e países. Não porque não queriam ficar juntos, mas a casa principal na cidade de J, no país I, guardava muitas lembranças, e nenhuma delas era ruim. Cada segundo, minuto, hora, dia, mês e ano que passaram juntos foram repletos de memórias doces e maravilhosas. Eles sempre se reuniam, não importava a hora ou o lugar.
Era doloroso demais permanecer naquela casa, tanto que a própria mãe Yumi havia partido dez anos após a morte do marido.
Assim, os descendentes de Zandra optaram por cuidar dos negócios em diferentes cidades e países. Mas isso não significava que eles nunca mais voltassem para casa ou se reunissem. Em todas as grandes ocasiões, ou para homenagear a memória do patriarca e do casal Rendra e Yumi, eles sempre encontravam tempo para retornar.
Eles provavelmente se reuniam de quatro a seis vezes por ano, incluindo grandes eventos como o Eid al-Fitr, é claro.
Me perdoem, não descrevi a partida de Yumi. Seria como derramar um mar de lágrimas, mas talvez haja um flashback sobre o dia em que Yumi se foi para sempre, deixando para trás a família que tanto a amava.
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Alguns anos depois, ou talvez algumas décadas depois, a família Zandra era conhecida apenas pelo tamanho de seus negócios e por sua generosidade. Apenas um punhado de pessoas conhecia e guardava o segredo sobre suas habilidades. E mesmo aqueles que sabiam, nunca contaram a seus descendentes.
Assim, aos poucos, a história sobre as habilidades e a grandeza da família Zandra começou a se esvair. Porque desde o início, desde Yumi, apenas algumas pessoas sabiam, aquelas que haviam testemunhado com seus próprios olhos e aquelas que haviam recebido ajuda da família Zandra.
Atualmente, a residência da família Zandra era ocupada por apenas quatro membros da família principal, alguns empregados e guardas. Todos eles eram membros selecionados que permaneciam leais à proteção dos descendentes do bisavô Hasimoto. De geração em geração, seu juramento de lealdade era inabalável.
Os quatro, adolescentes ou já adultos?
Eram eles os netos dos casais Al e Sherina, Ar e Ani, Flo e Rio.
Um dos filhos de Yas e Esmerald, o filho de Anin e Syamil, o filho de Haidar e Rindu, e, por último, o filho do casal Adikirana e Ars.
Dez pares de gêmeos, todos tiveram gêmeos. Mas os outros filhos optaram por ficar com os pais. Ou, para ser mais preciso, para não dar dor de cabeça à autora. Imaginem só a confusão se eu tivesse que apresentar todos os seus descendentes.
(Sério... eu teria vertigens só de pensar nisso. Imaginem calcular o número total de descendentes. Dez casais, cada um com gêmeos. E, além dos gêmeos, alguns deles tiveram mais filhos. Eu vomitaria antes mesmo de começar a escrever a história. kkk)
Vamos começar as apresentações, ok? Começando pelos protagonistas.
*Ciara Azzahra Putri Zandra, a segunda filha de Yas e Es. Uma garota alegre, conhecida como Cia.
*Daneswara Ghava Putra Miura, o primeiro filho de Anin e Syamil. O primogênito que herdou a personalidade de Anin. Conhecido como Ghava.
*Fazluna Amalia Putri Zandra, a filha de Haidar e Rindu. Uma garota fria, reservada e carinhosa. Conhecida como Luna.
*Birendra Ghazali Putra Shafwan, o filho de Adikirana e Ars. Um homem frio que herdou a personalidade de Kirana. Conhecido como Ali.
OK... Que a história comece.
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"Certo, eu fiquei quieta esse tempo todo, não porque eu não quisesse perguntar, mas porque estava me segurando. MAS JÁ CHEGA... GHAVA!!!!" gritou Cia no final da frase, fazendo seus três irmãos taparem os ouvidos. Era evidente que Cia estava furiosa, seu peito subia e descia rapidamente.
"Para onde estamos indo, hein? Faz duas horas que estamos andando em círculos, e ainda não chegamos a lugar nenhum", disse Cia, com raiva e frustração misturadas em sua voz.
Sim, desde que saíram da faculdade naquele dia, Ghava havia convidado Cia, Luna e Ali para acompanhá-lo. Desde o início, Cia perguntou para onde estavam indo, mas o filho do irmão de seu pai se recusou a responder. E, finalmente, Cia havia atingido seu limite, pois já faziam quase duas horas que estavam presos no carro, dando voltas no mesmo lugar.
"Tio Ghava, para onde estamos indo?", perguntou Luna, a garota que havia herdado a personalidade fria do pai.
"Não vamos sair sem rumo, vamos? Já faz quase duas horas que estamos perdendo tempo na estrada. Por que simplesmente não voltamos para casa se você não sabe para onde estamos indo?", acrescentou Ali.
Ghava, sentindo-se pressionado por tantas perguntas, ou melhor, pelas reclamações de seus irmãos, soltou um suspiro pesado. Desde o início, ele estava tentando manter uma expressão séria. Mas, como não era algo natural para ele, estava se sentindo cansado e dolorido.
Parecia difícil ser frio e rígido como um robô. Por que Luna e Ali conseguiam ser assim com tanta facilidade?
"É cansativo ser outra pessoa. É melhor sermos nós mesmos", disse Ghava, em um tom irônico.
"IDIOTA", disseram os três em uníssono.
"Então, para onde estamos indo?", perguntou Ali novamente.
"Pergunte ao mapa... pergunte ao mapa...", respondeu Ghava, recebendo imediatamente um tapa na cabeça de seu primo mais novo.
"Você pode falar sério?", perguntou Cia, irritada. Ghava revirou os olhos. Quando queria, ele conseguia ser ainda mais irritante do que ela. Ah... esse Yas...
"Alguém me enviou uma mensagem no aplicativo. Não sei como conseguiu meu número nem como sabia o que podemos fazer", respondeu Ghava, agora falando sério.
Os três olharam para Ghava, procurando qualquer sinal de mentira em seus olhos.
"Ok, eu acredito em você. Então, qual era o conteúdo da mensagem?", perguntou Cia.
"A pessoa disse que na vila dela está acontecendo uma infestação de espíritos malignos. De acordo com a história, o espírito é de uma mulher que morreu grávida. Faz duas semanas que ela faleceu. Ela estava grávida de gêmeos e conseguiu dar à luz ao primeiro bebê. Mas o segundo... ela morreu com o bebê ainda em seu ventre", respondeu Ghava.
Seus corações deram um pulo.
Cia e Luna arregalaram os olhos e cobriram a boca com as mãos. Ambas sentiram um arrepio percorrer suas espinhas. Elas se entreolharam e respiraram fundo.
"Então a mulher morreu com o bebê que não conseguiu nascer. É isso?", Ghava assentiu.
"Innalillahi wa inna illaihi rajiun."
"Já faz duas semanas? O espírito vingativo está aterrorizando os moradores desde então?", perguntou Luna.
"Segundo a história, o fantasma aparece durante quarenta dias, a partir do dia da morte. Já se passaram duas semanas", respondeu Ghava.
"Essa vila fica nesta cidade?", perguntou Ali. Ghava negou com a cabeça.
PLAF!
Cia já estava se segurando, mas Ghava havia passado de todos os limites.
"AI!", gritou Ghava, massageando a nuca.
"POR QUE VOCÊ ME BATEU?"
"VOCÊ AINDA PERGUNTA?", Cia estava furiosa.
"Vamos...", disseram Ali e Luna ao mesmo tempo.
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Atualizado até capítulo 203
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