capítulo 04

Selena:

- Arrumei minhas coisas, não levaria muitas roupas, espero que eu possa vir pelo menos pegar algumas coisas depois. Pela manhã iriam vir me buscar. Escuto a campainha tocar.

- Ao abrir, apenas pelo cheiro, sabia quem era.

- Henrique!

- Oi!Selena.

- O que faz aqui?! Que eu lembre você me mandou embora.

- Selena! Desculpe-me e que ... enfim,eu não tenho muito jeito com as palavras, quero que volte, eu sinto a sua falta.

- eu não posso Henrique.

- Não pode?

- Foi por eu ter sido grosseiro, perdoa vai. - Fala com tom desesperado.

- Respiro fundo, pedi que entra-se e fui direto ao ponto.

-  Eu vou passar tempo fora. Vou trabalhar na mansão Foster.

- você vai o que!

- Está louca! Todos falam que aquela casa é mal assombrada por conta de um  homem que  vive lá. E ninguém nunca o viu.

- Você acredita que é mal assombrada Henrique, me poupe. As pessoas aumentam demais, ainda mais nesta cidade.

- ok! Selena, pode até ser, mas é muito estranho um cara com tanta grana comprar uma casa aqui, uma cidade tão pequena,não acha?- Pergunta

- Não exagere Henrique, a cidade é linda a muitas Mansões além da dele aqui.- Lembro quando criança.- falo

- Eu vou morar por 6 meses na Mansão.

- O que vai fazer que precise morar lá?

- Desculpa Henrique,mas você está fazendo perguntas demais. Prefiro não comentar mais nada.

- Agora se não se importa, preciso descansa, amanhã não estarei mais aqui.

- Tudo bem! Espero que saiba o que está fazendo,qualquer problema, me avise.

- Obrigado!

- Despedi- me de Henrique e passei a noite me virando na cama.

- Droga! Eu não consigo dormir. Desci para porão e fui mexer na caixa onde tinha as recordações que guardei dos meus pais. A bola que eu e ele jogávamos, alianças deles, o perfume dela, e caixinha de jóias da minha mãe, peguei o colar que tinha uma foto com eles, eu não podia enxergar, mas lembrava bem da foto.

- Coloquei no pescoço,e seria lembrança que  andaria comigo  a partir daquele momento. Voltei para cama e dormi.

- Acordei com minha tia me chamando.

- Meu amor! Já estão aqui para buscá-la.

- Ainda a tempo de desistir. - Fala tentando-me convencer.

- Não tia, eu vou. - abracei.

- Ao chegar na mansão. O segurança me ajuda a descer do carro e sinto alguém se aproximando.

- Bom dia! Senhorita Darcy, sou Jamile,assistente pessoal da casa e seria eu que cuidarei da sua alimentação e de tudo que precisar.

- Prazer! Senhora Jamile. - Ela pega em meu braço.

- Estamos chegando na sala e irei ajudá-la a conhecer toda a casa.- Fala

-  A senhora Foster já vem recebê-la.

- ok!

- Ela me sentou no sofá e lá está eu esperando.

- Minha afilhada querida! -Escuto sua voz em tom alto.

-  Levanto e ela me abraça e diz;

Ele está aqui.

- Oi! Senho..que dizer madrinha.

- Faz tanto tempo meu anjo é normal estar nervosa depois de tudo o que passou,não é Liam?

- Senti  seu cheiro amadeirado incrível se aproximando.

- Olá! Senhorita Darcy. - O tom da sua voz forte, um nervosismo bateu em mim.

- Sinto  sua respiração pouco ofegante.

- Ele pega em minha mão e um arrepio invade todo o meu corpo. Minha voz quase não sai.

Prazer senhor Foster.

- Não precisa me chamar assim, você e da família não é ?

- Antes que pudesse responder a senhora Foster responde;

E claro que  é da nossa família. Espero que a trate como tal, Liam. Querida, ele estará no café,almoço e jantar todos os  dias.  Não se esqueça que ela e filha do melhor amigo do seu pai. E ele não está aqui, então assuma o seu papel como tal. - Fala como uma mãe que dá obrigação ao filho.

- ok! Não sou uma criança, e jamais tratarei uma adolescente mal.

- O que! Você me chamou de adolescente? - Fico sem acreditar.

- Sim- sinto voz sarcástica.

- Senhor Liam, eu não sou uma adolescente a bom tempo.- falei irritada.

- Calma-se querida! Ele falou apenas por falar. Não ligue.- Fala senhora Foster, acalmando o momento acalorado.

- Respirei impaciente e apenas tento me acalmar

- Sua presença me causava algo diferente.

- Pronto senhora foster.- falou mais uma vez com ironia e isso me deixava com raiva.

- Foi quando não aguentei e disse;

- Eu não quero ser um incômodo.

- Filho!-  A senhora Foster, falou com tom de reprovação.

- Senhorita Darcy, seja bem vinda, imagino que não há muito o que olhar aqui. Mas se precisar de alguma coisa, eu estou aqui. 

- já chega! Liam, não haja como um menino, se não percebeu, ela é cega.

- O que! Cega.

- Porque tinha a sensação que havia algum problema nessa família em perceber que eu era cega. Faltava dizer;

Oi! Sou cega.- Aquilo me incomodou.

- Tá tudo bem senhora..que dizer madrinha.

- Eu realmente sinto muito, senhorita Darcy,minha mãe esqueceu desse detalhe. - Falou detalhe devagar, era provável que ele estava fazendo algum gesto para ela.

- Ele mais uma vez se aproximou de mim. Desta vez mais do que imaginei.- Sinto sua respiração em meu rosto.

- Ele me puxou e me abraçou forte. Naquele momento me perdi em seu cheiro, quando ele fala em meu ouvido;

Você não está perdendo nada nesse mundo.

- Como ele era um idiota, como poderia falar aquilo para mim.

- O afasto e falo:

Não há nada neste mundo que seja mais importante que valorizar o que ele nos oferece senhor Foster.

- Fique à vontade, você é bem peculiar. - Fala e escuto seus passos se distanciando.

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