Véspera do casamento

Luna

Eu sabia que esse dia iria chegar... só não imaginei que seria tão cedo.

Passei o dia chateada, arrastando os pés pela casa, sem ânimo pra mais nada. Nem consegui cumprir o prometido à Júlia. Depois da bomba que recebi pela manhã, tudo perdeu a graça.

Thiago

— Ontem o dia foi uma correria — comentei, largando os papéis na mesa do escritório. — Resolvi umas demandas da máfia e, à noite, tive reunião com o conselho. Estão no meu pé por causa desse maldito casamento com a maluca da filha do Dom Ricardo. Eu não sou capaz de me apegar. Gosto dessa vida de solteiro, mas sei que, pra continuar no comando, é obrigatório casar. Saco.

Luiz Henrique Salvatore: Concordamos que já passou da hora desse casamento acontecer. O Thiago está no comando desde os 18, e agora, aos 21, ainda não se casou. Vamos antecipar isso para a próxima semana.

Dom Ricardo: Amanhã mesmo vou mandar buscar a Luna.

Thiago: Ok, então está decidido. Esse casamento acontece semana que vem.

Finalizamos a reunião com o conselho. Peguei meu carro, ainda com raiva dessa palhaçada toda. Um casamento arranjado? Nem pude escolher minha esposa. Mas quando assumi o trono e meu pai se aposentou, eu sabia que isso faria parte do pacote.

Dirigi até meu escritório no bordel, tentando engolir a frustração. Estou tentando me acostumar com a ideia de casar com aquela garota insuportável. E ainda vou ter que ir pra uma lua de mel forçada.

Tomei meu uísque, pronto pra sair... quando vejo a Mia, minha favorita por aqui. Não perde tempo. Rebola até mim, oferecendo o que ela sabe que eu gosto. E olha, com aquele rabo siliconado e os peitões em destaque, é difícil negar. Ela é gostosa pra caralho.

Fizemos sexo selvagem, do jeito que eu gosto. Sem romantismo, só pele, prazer e gemidos abafados. Depois, deixei algumas notas de 100 no criado-mudo e voltei pra casa como se nada tivesse acontecido.

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07:00 da manhã

Acordei com o despertador tocando. Fiz minha higiene, tomei banho e vesti uma roupa confortável. Desci e vi que todos já estavam à mesa.

— Bom dia, família — falei, me sentando.

Luiz Henrique: Bom dia, filho. Já começou a se preparar?

Elen: Bom dia, meu bem.

Bruno: Bom dia, mano.

— Fazer o quê, né? Tenho que me acostumar com essa ideia — resmunguei. Após o café, segui para o escritório com meu subchefe e irmão mais novo, Bruno. Na real, ele só é um ano mais novo.

Bruno: Você não curtiu essa ideia de se casar, né?

Thiago: Nem um pouco. Eu não nasci pra ficar preso a mulher nenhuma.

Bruno: Ah, para com isso. A garota é mó da hora! Muito gostosa. Já vi ela em algumas festas com a Júlia, aquela loirinha também top. Acho que vocês vão acabar se dando bem.

Thiago: Eu, hein. Esse casamento vai ser só fachada, irmão. Pelo que ouvi dela e pelo pouco que vi... não tem como dar certo entre a gente.

Bruno: Até parece que você vai resistir. Duvido! A garota é lacradinha, gostosa pra caralho.

Ri, balançando a cabeça.

Bruno acha mesmo que vou me apaixonar por essa maluca... que, pra falar a verdade, nem lembro o nome direito. Só sei que, na primeira noite, vou fazer o que tem que ser feito. Preciso provar pro conselho que ela era virgem e pura. Depois disso, vou continuar minha vida normal.