Maeve pegou o documento, e abriu observando o conteúdo enquanto Magnólia a olhava com esperanças. Era a sua primeira vez recebendo um documento como esse.
Fernanda entrou no escritório com uma bandeja e duas xícaras de café, Magnólia serviu a Maeve e pegou o seu café despedindo gentilmente a Fernanda que fechou a porta ao sair.
— Eu posso levar? Preciso de um tempo para verificar.
— Claro, o Lorenzo disse que você pode retornar em dois dias.
— Hoje mesmo irei ler.
— Maeve, será um prazer contar com você. — Magnólia a olhava com simpatia nos olhos, Maeve ainda estava insegura e não deu nenhuma esperança.
— Terá a minha resposta em breve.
Lorenzo estava indo para a cozinha quando Magnólia e Maeve saíram do escritório, por pouco se encontraram. Antes de ser visto por elas que chegaram na sala, ele havia saído sem imaginar que ela estava ali. Magnólia despediu a Maeve na saída da casa e voltou para a sala encontrando o Lorenzo próximo ao sofá com uma xícara na mão.
— Trocou de perfume? — Ele encara a sua mãe ao sentir o cheiro de colônia feminina. Magnólia abriu um sorriso.
— Não, a fisioterapeuta que além de linda, é muito perfumada. Você tinha que conhecê-la.
— Esse cheiro é forte. — Faz careta e vira a xícara na boca.
— Só se for a sua bebida porque ela é encantadora.
— Por que esses elogios? Está arrumando uma namorada para mim ou uma fisioterapeuta? E aliás, porque não um fisioterapeuta, e logo uma mulher ?
—Porque mulher é mais delicada e paciente, preferiria que fosse um homem?
— Para quê existe profissionalismo? Isso é o que importa.
— O doutor Cézar quem a indicou, e eu super confio.
— Conhece mesmo ela?
— Filho, você só reclama.
— Não quero qualquer pessoa na minha casa, muito menos me vendo assim.
— Você não tem motivos para se envergonhar, Lorenzo. Dê graças que você sobreviveu.
— Melhor seria se eu tivesse morri...
— Não termine! O que pensa que está fazendo pensando assim? — Magnólia o repreendeu furiosa.
— Eu sou um homem incapacitado, mãe, nem as mulheres querem saber de mim.
— Você está preocupado com isso? Nem todas as mulheres são iguais. Elas só querem dinheiro, é por isso que não se importam mais com você. Lorenzo, essa raiva no seu coração não vai te levar a nada.
Enquanto Magnólia falava, Lorenzo ficava cada vez mais nervoso, ela sabia que ele não estava nada bem psicologicamente.
— O que acha de procurar um psicólogo?
— Preciso de um psicólogo também? Quer mais alguém para me carregar no colo?
— Isso não faz sentido, você só está inconformado. Conversar vai te fazer bem.
— Não me de mais ideias, mãe, isso só vai piorar.
— Está bem. Eu só quero que fique bem, que tudo isso passe o mais rápido possível.
Magnólia caminhou até ele e o abraçou, Lorenzo travou o maxilar completamente estressado.
***
Ao chegar em casa, Maeve não encontrou a Judith por estar trabalhando no restaurante. Sentou-se no sofá tirando a pasta de documentos da bolsa e abriu para ler. As condições do contrato eram normais, nada que tivesse que cumprir além da sua capacidade. Mas um ponto lhe chamou a atenção fazendo erguer as sobrancelhas acompanhadas de um sorriso.
“ Não compartilhar nada sobre mim e sobre o que acontece durante as sessões, a ninguém sequer”.
“ Relação completamente profissional com o paciente” .
“ Proibido qualquer tipo de envolvimento fora do proposto enquanto estiver em atendimento, a não ser, que seja convidada”.
“ O respeito é essencial, tanto no ambiente de trabalho como com o paciente”.
Maeve leu todas as outras cláusulas. Era normal por ser um contrato, mas o importante era a duração de tempo das sessões e prazo para terminar. Maeve sentiu receio ao pensar no trabalho, era o que mais amava ver o bem-estar dos seus pacientes.
Lembrou-se do doutor Cézar que fez questão de indicar a mesma, com isso, organizou a sua bolsa e guardou o documento no seu quarto. Durante a tarde, ela havia marcado de encontrá-lo no hospital, apressou-se para vê-lo quando chegou no corredor. Ele a viu de longe e chamou para a sua sala particular. O médico era um homem alto, aparentava ter seus cinquenta anos.
Maeve entrou após bater, cumprimentou-o com um aperto de mão e sentou-se a pedido dele.
— Acredito que veio aqui por causa da senhora Magnólia. — Diz num tom divertido.
— Sim, doutor. Ela disse que o senhor me indicou. Por que fez isso?
— Maeve, você é uma fisioterapeuta rara, além de fazer o seu trabalho, faz com muito amor. E eu me lembro você dizer que era o seu maior sonho. Para quê desistir agora?
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Atualizado até capítulo 126
Comments
Débora Oliveira
provavelmente aconteceu alguma coisa com algum paciente que ela cuidava
2024-11-27
0
Ezanira Rodrigues
Nào quero tirar conclusão precipitada.
2024-12-12
1
Analú
Qual será o segredo dela?
2024-11-21
0