Aproximação repentina

Laura

O final de semana chegou ao fim, hoje é segunda, acordo cedo, arrumo-me e desço para tomar o café da manhã.

_Bom dia papai bom dia mamãe

_Bom dia filha (ambos respondem)

_ Animada (meu pai diz me dando um sorriso)

_ Sim, estou gostando muito de trabalhar na empresa!

_ Que bom filha, fico feliz, quem dera a sua irmã tivesse esse estresse todo pelo patrimônio da família, mas se preocupa apenas em gastar.

_ Falando de mim?

Melinie entra tão silenciosa que só percebi quando ouvi a sua voz

_ Bom dia para você também, mais uma vez não dormiu em casa?

_ Ah papai me poupe, já sou bem grandinha!

_Pena que não tem juízo.

_Se soubesse que seria insultada nem teria voltado.

Ela fala se levantando mas minha mãe pede para que ele fique. Melinie senta-se novamente e faz a mesma pergunta.

_ Então, não vão me contar sobre o que estavam falando de mim?

_Estava dizendo que adoraria que você tivesse o mesmo interesse que a sua irmã em cuidar do património da família.

_Quem disse que isso não me interessa?

_Eu falei cuidar, e não gostar.

_Então minha irmãzinha está estressada na empresa.

_Apenas estou exercendo a minha função, trabalhando no que gosto. Me formei para isso, não?

_Sei, e o que exatamente você faz mesmo?

_Sou gerente de contabilidade

Nesse momento vejo Melinie arregalar os olhos, como se tivesse visto um fantasma.

_Contabilidade? Então o financeiro da empresa é o seu trabalho agora?

_Sim, algum problema com isso (pergunta meu pai)

_Não, nenhum, com licença.

Ela sai da mesa e eu fico a tentar entender porque ela se assustou com isso.

Sigo para empresa, estou preferindo ir no meu carro, assim ninguém me vê chegando com o chefe vulgo o meu pai.

O dia transcorreu muito bem, almoço num restaurante próximo a empresa e logo em seguida tenho a minha primeira reunião, e por sinal, me sai muito bem.

Chego em casa e subo para o meu quarto e para minha surpresa Melinie estava à minha espera.

_Melinie, o que faz aqui?

_Oi irmãzinha estava te esperando, então como foi seu dia, tudo bem?

_Por acaso você está doente?

_Não, só quero saber como está a minha irmãzinha.

_Ah, está tudo bem sim!

_Que bom, hoje um amigo meu vai dar uma super festa de aniversário, porque não vem comigo?

_Eu? Com você? Uma festa de um amigo?

_É, a gente nunca sai juntas, na verdade você nunca sai, era casa e faculdade, agora é casa e trabalho.

_Estou cansada Melinie, fica para próxima.

_Okay então, depois não diz que eu não chamei. Fui!

Melinie sai e mais uma vez eu fico com uma pulga atrás da orelha, ela nunca fala comigo e agora até me convidou para uma festa e com os amigos, é estranho.

Tomo banho, desço para comer alguma coisa na cozinha, chegando lá vejo minha mãe encostada no balcão com uma xícara na mão.

_Boa noite mamãe

_Boa noite (ela limita-se a falar)

_Tudo bem?

_Tudo sim, vou dormir, boa noite!

Ela põe a xícara na pia e logo a vejo subindo as escadas, no meio delas a vejo encontrar com Melinie que está toda arrumada, elas se falam sorrindo uma para outra, minha mãe abraça Melinie que em seguida desce as escadas e sai.

Eu achava que era coisa da minha cabeça, mas agora pude confirmar. Nossa mãe nos trata de forma diferente, não entendo o porquê dela ser tão fria comigo, mas ainda vou descobrir.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***