capítulo 04

Enquanto Aslan observava a sala, seu olhar encontrou Aylin, que estava vestida com um vestido simples, porém elegante, que contrastava com sua beleza natural. Seus olhos se fixaram nela por um momento, capturados pela sua presença serena e pela aura de mistério que a envolvia.

Aylin parecia inconsciente do impacto que sua presença estava causando em Aslan. Ela permanecia quieta, seus olhos transmitindo uma mistura de curiosidade e apreensão. O que ela não sabia era que aquela noite estava prestes a mudar sua vida para sempre, lançando-a em um turbilhão de eventos que desafiariam todas as suas expectativas e transformariam seu destino de maneiras inimagináveis.

Enquanto Aslan continuava a observá-la, um pressentimento inquietante se apoderou dele, como se ele estivesse testemunhando o começo de algo poderoso e irrevogável. Ele sabia que Aylin seria uma parte fundamental dessa jornada que estava por vir, mesmo que ela ainda não estivesse ciente disso. Com um sentimento de determinação crescente, Aslan se preparou para enfrentar os desafios que o aguardavam, sabendo que o destino deles estava entrelaçado de uma maneira que ele mal podia imaginar.

Todos foram em direção a mesa de jantar, Conforme o jantar avançava, Ysuf olhava fixamente para Aslan enquanto conversavam. Ele perguntou sobre o local de nascimento de Aslan, e este, sentindo-se desconfortável, mentiu dizendo que nasceu em Istabu, uma cidade distante. Aisha observava atentamente a interação entre os dois, parecendo ainda mais intrigada com Aslan. O clima tenso à mesa aumentava à medida que a conversa continuava, e Aslan se perguntava o que mais o senhor Ysuf descobriria sobre ele.

Enquanto Ysuf continuava a fazer perguntas perspicazes sobre a vida de Aslan, este mantinha sua compostura, respondendo de forma fria e calculista. No entanto, quando o assunto sobre a família foi abordado, Aslan sentiu um aperto no peito. Ele respirou fundo antes de dizer que era um homem só, pois seus pais haviam falecido quando ele ainda era criança. A revelação deixou uma sombra de tristeza no semblante de Aslan, mas ele manteve sua máscara impassível, escondendo qualquer vestígio de vulnerabilidade.

À medida que o jantar avançava, o clima de compaixão preenchia a mesa diante da revelação de Aslan sobre a perda de seus pais. Mesmo assim, ele permanecia firme, mantendo sua determinação intacta. Quando Ysuf perguntou sobre o motivo de sua vinda para a Capadócia, Aslan adiou a resposta, dizendo que explicaria depois do jantar. Sua resposta deixou uma aura de mistério pairando no ar, deixando todos curiosos sobre o que ele poderia revelar depois. O restante do jantar transcorreu em meio a uma atmosfera de expectativa e especulação.

Enquanto os homens se retiravam para a sala de estar após o término do jantar, Zeynep agiu rapidamente, instruindo a criada a preparar café e entregá-lo a Aisha para levar até a sala. O sorriso nos rostos de Zeynep e Aisha era revelador, sugerindo que elas deduziram que Aslan poderia estar prestes a pedir a mão de alguém em casamento. A ansiedade e a excitação pairavam no ar, enquanto aguardavam para ver o desenrolar dos eventos na sala de estar.

Na sala, Ysuf olhou diretamente nos olhos de Aslan e perguntou com uma expressão séria: "Aslan, o que o traz aqui hoje? Tem algo a ver com negócios?" O ar na sala ficou tenso enquanto todos aguardavam a resposta de Aslan.

Aslan suspirou antes de começar a falar, mostrando um leve nervosismo em suas palavras. "Na verdade, minha visita não tem nada a ver com negócios", disse ele. "Eu sei que vocês não me conhecem, mas sempre admirei a tradição e a família desta região. Meus pais sempre desejaram que eu seguisse os costumes locais e, por isso, estou aqui. Vim pedir a mão de sua neta em casamento, senhor Ysuf." Ele olhou para Ysuf com uma mistura de esperança e apreensão, esperando pela resposta do patriarca da família.

Ysuf olhou ao redor da sala, percebendo que apenas os homens estavam presentes. Um leve sorriso apareceu em seu rosto enquanto ele se recostava na cadeira. "Bem, então, sem distrações", disse ele com um tom amigável. "Aslan, deixe-me dizer que é uma honra para nós que você considere nossa família para uma união tão importante. E permita-me dizer que Aisha é uma jovem notável. Ela tem o coração gentil de sua mãe e a sabedoria de seu avô." Ysuf elogiou Aisha com orgulho, esperando que suas palavras pudessem aliviar um pouco a tensão da situação.

Aslan respirou fundo antes de falar: "Agradeço muito por suas palavras, senhor Ysuf. Mas antes de tomarmos qualquer decisão, há algo que preciso esclarecer. Não é de Aisha que estou falando, mas sim de Aylin." Ysuf ergueu as sobrancelhas, surpreso com a reviravolta. Antes que ele pudesse reagir, Aisha, que estava adentrando a sala, ouviu a conversa e saiu rapidamente, deixando a bandeja de café com a empregada. Ela correu para seu quarto, tomada pela surpresa e emoções conflitantes. O ambiente ficou tenso com a revelação inesperada de Aslan.

O sorriso de Friquet desapareceu diante da revelação de Aslan, enquanto Ysuf ficou em silêncio, processando a informação. Seu olhar revelava desaprovação, mas ele finalmente cedeu e concordou em dar a mão de Aylin para Aslan. Aslan então virou-se para Hazar, o pai de Aylin, e perguntou se ele estava de acordo. Hazar, sem entender totalmente o que estava em jogo e sentindo-se pressionado pela expectativa social, concordou relutantemente. No entanto, um sentimento de apreensão pairava no ar, indicando que esta união poderia não ser tão harmoniosa quanto parecia à primeira vista.

Então a empregada adentrou a sala com a bandeja de café, Hazar pediu licença e disse que ia buscar a filha.

Foi em direção ao quarto busca sua filha. Enquanto isso, Aylin estava na sacada, perdida em pensamentos, observando a cidade abaixo. De repente, ouviu batidas na porta do quarto, que a tiraram de seus devaneios. Com um suspiro, ela se aproximou da porta, sem saber o que esperar.

Ao abrir a porta, o sorriso radiante no rosto do pai de Aylin era evidente. Com um ar de importância, ele pediu à filha que o ouvisse atentamente, pois uma oportunidade significativa surgira para ela deixar aquele lar e fundar sua própria família. Confusa, Aylin indagou sobre o que estava acontecendo, e o pai começou a explicar que Aslan havia pedido a mão dela em casamento. Estupefata, Aylin afirmou que não conhecia Aslan, e seu pai, Hazar, esclareceu que essa era a tradição. Ele instou Aylin a aceitar, enfatizando que Aslan era um homem importante e aparentemente de boa índole. Embora relutante, Aylin sentiu o peso das expectativas familiares sobre ela.

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