Meg

"A vida é curta, mas os dias são longos,

A felicidade é rara, mas os momentos são fortes."

— Robert Frost

Tenho notado que chamo a atenção dos meus colegas do sexo oposto. Em cada esquina da universidade, sinto um olhar fixo em mim, e não demora muito para que eles tentem se aproximar de mim.

Confesso que fico um pouco confusa sobre o motivo pelo qual isso está acontecendo. Não tenho ideia de como esse interesse por minha pessoa vem despertando neles. Sinto-me um pouco insegura, mas principalmente incompreendida, uma vez que a única coisa que quero é me concentrar em meus estudos, em aprender, e crescer como pessoa.

Não é nada fácil lidar com isso, pois entendo que muitas das pessoas nessas idades, preferem vincular-se emocional e afetivamente. No entanto, os estudos são a minha prioridade. Estou convencida de que quando mais aprendo e me aperfeiço, melhores oportunidades surgirão para mim. Sinto-me um pouco isolada por causa disso, tendo em vista que estou tão focada nos meus estudos que não dou atenção a esses avanços. Talvez essa atitude possa ter me impedido de qualquer experiência de relacionamento mais íntimo, sem mencionar a dificuldade de entender as suas insinuações. Enfim, a minha falta de experiência me impede de perceber o outro lado, o lado sentimental desses avanços. Espero um dia encontrar alguém que entenda e respeite a minha dedicação aos estudos, e que possamos nos complementarmos mutuamente em um futuro próximo. Toda essa comoção teve início no primeiro dia de aula quando eu estava perdida na minha leitura "Breve História do Tempo" de Stephen Hawking um jovem se aproximou.

— livro legal

Será que achei outro amante da leitura sobre o conceito filosófico da criação?

— conhece esse livro?

Ele deu uma breve olhada na capa do livro

— ah! claro, minha leitura preferida

— sério? Qual é a sua parte preferida?

- a minha parte preferida bom me diz primeiro você

— sem dúvida e quando ela recita o seguinte trecho: "Se pudermos descobrir uma teoria completa, ela será, inevitavelmente, compreensível por todos, não apenas por alguns cientistas. Então todos, filósofos, cientistas e pessoas comuns, poderão discutir a questão de por que existe o Universo e por que existem leis tão particulares."

ele me olhava um pouco em choque, será que falei a sua parte preferida?

- e qual é a sua?

— ah eu entendi errado, eu pensei que estava lendo um outro livro.

Toda a minha excitação de ter uma conversa prazerosa com alguém que tem os mesmo interesses, fiz uma careta e voltei a atenção a minha leitura.

— Sabe, amanhã vai ter uma festa, quer ir comigo?

— não

— tem algo melhor para fazer?

— sim,

— que tal vou te deixar pensando e amanhã você me dar sua resposta

- a minha resposta é não.

— calma, vou te dar outra oportunidade para pensar

Ele podia tentar várias vezes, mas a resposta ainda seria não, mas ele só falou e saiu às pressas, pensei que esse assunto tinha morrido ali, mas lá estava ele no dia seguinte na porta da minha sala me entregou uma flor na mão e estendeu em minha direção.

— aqui uma flor para outra flor.

Eu olhei com desdenho para ele

— desculpa, sou alérgica a pólen

Claro que a alergia era apenas uma desculpa o garoto parecia ainda mais determinado, ele me olhou sério, limpou a garganta e falou em voz alta, a turma toda prestava atenção na cena.

— eu estou atraído por você.

— porquê?

— a atração é inevitável

— A ciência sugere que a atração física pode estar relacionada a processos hormonais e neurotransmissores, como a dopamina e a oxitocina.

— am?

— você falou que não tem explicação então estou te dando uma, e você não tá atraído por mim, só tá cheio de hormônios.

Escutei alguns sorrisos vindo da sala, ainda bem que Luiza e Lucca apareceram para me socorrer passei o resto do dia com eles escondida nos bastidores do teatro lendo, mas quando estava no final do dia tinha uma coisa a fazer devolver o casaco do Josh esperei ele em um lugar da arquibancada eu não iria falar com ele se estivesse com os seus amigos vai que ele me ignora-se de novo, ele não demorou a aparecer devolvi o casaco ele parecia meio cansado senti uma leve vontade de perguntar oque havia acontecido, mas eu estava atrasada tinha um compromisso muito importante a transmissão do meu programa científico preferido, estava louca para chegar em casa o quanto antes então falei com ele o mais breve possível. Então foi assim que passei o último mês vários garotos estranhos me chamando para sair, eu nunca fui popular e eu não gostava daquilo assim foi meu primeiro mês na universidade. No domingo eu estava precisando comprar leite então caminhei até um mercadinho em algum momento peguei uma rua errada e me perdi, eu ainda insisto em sair de casa sem meu celular bem que meu pai avisou já posso ouvir a voz dele " filha não esquece o GPS, olha as placas sabe que você e ruim com direções." e ele não estava mentindo, já estava cansada de andar, mas avistei uma figura conhecida Josh, ele estava correndo na rua eu acenei assim que ele me viu veio na minha há direção.

— desculpa atrapalhar

— deixa eu adivinhar, você se perdeu?

— sim, como adivinhou?

— foi só um palpite, então você faz por essas bandas?

— eu moro aqui perto, eu acho.

Não posso ter me afastando tanto assim de casa

— preciso de mais informações para te ajudar.

— eu precisava de leite, então sai para ir no mercadinho, eu sei que meu apartamento é bem perto da faculdade e tem um mercadinho a duas ruas ou três?

— como é o seu prédio?

— grande?

Ele soltou uma gargalhada, respirou fundo e voltou a falar.

— vem, acho que sei onde e, mas primeiro vamos comprar o seu leite.

Eu juro que ele mercadinho não estava ali, andamos alguns passos e chegamos eu comprei o leite para agradecer comprei um sorvete para o Josh.

- qual e o seu sabor preferido Josh?

Ele pensou um pouco e respondeu

- morango.

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